Você está na página 1de 14

PROPEDEUTICA CLÍNICA

SINDROME DE INSUFICIENCIA
RESPIRATORIA .

Dr. Roman Savon Plutin.


OBJETIVOS
• Explicar a fisiopatología do síndrome de
insuficiencia respiratoria..

• Clasificar os síndromes de insuficiencia


respiratoria apoiado no quadro clínico.

• Precisar a etiologia de cada um dos


síndromes.
SÍNDROME DE INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
Conhece-se como síndrome de insuficiência respiratória ao conjunto de sintomas,
sinais e alterações analíticas dos gases arteriais, que aparecem em um paciente
no qual se perturba o mecanismo da captação de oxigênio, da eliminação de
CO2, ou ambos, a nível do leito capilar pulmonar, por fatores que alteram a
renovação do gás alveolar ou o intercâmbio entre este e o sangue capilar, e que
podem corresponder a múltiplos causa, que freqüentemente coexistem no
mesmo paciente.

Sindromogénesis ou Fisiopatología.
• Este síndrome pode originar-se a ponto de partida de alterações que
comprometem a anatomofuncionalidade do sistema respiratório.
• Pode-se apresentar nas enfermidades propriamente dichas (das vias aéreas e do
parênquima pulmonar).
• Também, nas que afetam a vascularização pulmonar, a parede torácica, a
musculatura respiratória e o sistema de controle da ventilação.
CLASIFICAÇÃO .
l- Segundo intensidade e forma de aparição:
A. Aguda.

B. Crónica:

1. Estável (compensada).
2. Agudizada (descompensada).

II. Segundo as alterações dos gases arteriais:

A. Hipoxémica (paO2 baixa e paCO2 normal ou baixa).

B. Hipercápnica-hipoxémica (paO2 baixa e paCO2 alta).


CONT. CLASIFICAÇÃO.
III. Segundo seu etiopatogenia:
A. Hipoventilação (insuficiência ventilatoria):
1. Obstrutiva.
2. Restritiva:
a) Por limitação da expansão:
- Torácica.
- Pulmonar.
- Diafragmática.
b) Por defeitos neuromusculares.
c) Por lesão ou depressão do centro respiratório.

B. Desequilíbrio na relação ventilação /perfusão:


C. Curtocircuito intrapulmonar de direita a esquerda.
D. Transtorno ou limitação da difusão.
E. Mista:
1. Associação de A e B.
2. Associação de B e C.
Insuficiência respiratória aguda.
• É aquela com instauração mais ou menos súbita e potencialmente
reversível , em um paciente sem antecedentes de insuficiência respiratória
crônica. Se aparecer no terreno de um transtorno respiratório crônico
prévio com compromisso funcional, lhe chama insuficiência respiratória
crônica agudizada.
• Tanto em pulmões previamente sanos como danificados, há uma grave
alteração funcional respiratória, com um grande risco imediato para a vida
do paciente.
• O estado agudo se define também, porque que não se pode produzir
compensação renal.

Insuficiência respiratória crônica.


• É o caso de um processo de começo insidioso, de evolução crônica, sem
potencial reversibilidade completa.
• Nesta produz-se compensação renal da hipercapnia .
CONT. QUADRO CLINICO
As manifestações clínicas podem estar em dependência, por um lado das afecções
subjacentes prévias ou concomitantes, causadores ou predisponentes, e pelo
outro, da hipoxia e da hipercapnia.
A hipoxia crônica
- Traduz-se em manifestações neuropsíquicas, tais como sonolência, falta de
atenção, fadiga, atraso do tempo de reacção.
- Os efeitos cardiovasculares crônicos, pelo general são mínimos, embora no exame
físico pode detectar-se hipertensão pulmonar e inclusive, cor pulmonale crônico,
com sinas de insuficiência cardíaca direita.
A hipoxia aguda
- Taquicardia,
Dispnéia em forma de taquipnea, ansiedade, intranqüilidade, deterioração da
capacidade de julgamento, temor, cefaléia, angina de peito.

- Confusão, cianose, hipertensão arterial primeiro e logo, hipotensão arterial,


bradicardia, convulsões, depressão do miocardio e shock.


CONTINUAÇÃO QUADRO CLINICO:
A hipercapnia crônica
Manifesta-se por dor de cabeça, sonolência, movimentos
musculares involuntários, papiledema.
A hipercapnia aguda.
• Alterações progressivas do sistema nervoso central (SNC):
sonolência, letargia, confusão, inquietação, tremor, dor de
cabeça, papiledema e coma .
• Os efeitos cardiovasculares : taquicardia e sudoração, mais
pode haver hipertensão, hipotensão ou normotensão arterial.
Exames complementares
1- Radiografia de tórax. Pode ser normal ou mostrar infiltrado intersticial difuso,
infiltrado alveolar difuso ou infiltrado alveolar localizado, segundo a enfermidade de
base.

2- Determinação dos gases em sangue arterial (GASOMETRIA).


PaO2 baixas (menor que 50 mm Hg) na insuficiência respiratória aguda.
PaCO2 alta (maior que 50 mm Hg) na insuficiência respiratória aguda.

NORMAIS:
Presão parcial de oxigénio ( PaO2):
- Veia: 95- 100 mmHg.
- Artéria: 40- 60 mmHg.

Presão parcial de Dioxido de carbono ( PaCO2):


- Veia: 35- 45 mmHg.
- Artéria: 45- 55 mmHg.
Causas de insuficiência respiratória crônica:
1- Causas obstrutivas respiratórias:
- Bronquite crônica.
- Enfisema.
- Fibrosis quística.
- Bronquiectasia.
- Asma bronquial.
2- Enfermidades vasculares pulmonares:
- Vasculitis pulmonar (enfermidades do colágeno). Tromboembolias recorrentes
3- Enfermidades que causam infiltração do parênquima e/ou do interstício:
- Sarcoidosis.
- Neumoconiosis.
- Fibrosis idiopática.
- Leucemia.
- Enfermidade do Hodgkin.
- Radiações.
- Lupus eritematoso sistémico.
- Sensibilidade a drogas.
- Outros.
Continuação causa insuficiência respiratória cronica.
4- Enfermidades que causam edema pulmonar: Cardiogénico (insuficiência
cardíaca congestiva).
5- Enfermidades da pleura e da parede torácica: Cifoscoliosis idiopática ou
adquirida grave.
6- Derrame pleural maciço ou derrame com Paquipleuritis (capa pleural
engrossada, constrictiva).
7- Centro respiratório anormal: Síndrome de hipoventilação primária.
8- Transtorno da medula espinhal e nervos periféricos:
- Poliomielite.
- Polineuritis.
9- Transtornos musculares:
- Distrofia muscular.
10- Apnea do sonho:
11- Obesidade maciça.
CAUSAS DE INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA
1- Causas obstrutivas:
• Vias respiratórias altas: tumefação por inflamação da mucosa, devido a infecções, reações alérgicas
(laringite, traqueítis), e a lesões térmicas ou mecânicas; impacto por corpo estranho; tumores.
• Das vias respiratórias inferiores: tumefação da mucosa, secreções na luz ou broncospasmo.
Exemplos: asma bronquial, infecções, bronquiolitis, ou por inalação de substâncias químicas
(dióxido de nitrogênio ).

2- Enfermidades vasculares pulmonares:


- Tromboembolismo pulmonar.
- Embolia graxa.
- Embolia por agregados de plaquetas e fibrina, na coagulação intravascular disseminada (Cid).

3- Enfermidades que causam infiltração do parênquima e/ou do interstício:


- Pneumonias.
- Infecciosas (a causa mais freqüente de infiltração do parênquima).
- Inalação ou aspiração de substâncias químicas tóxicas.
- Reações imunológicas a medicamentos.
- Migrações de parasitas
Continuação causa de insuficiência respiratória aguda.
4- Enfermidades que causam edema pulmonar:
- Cardiogénicas: enfarte agudo do miocardio; insuficiência aguda do
ventrículo esquerdo, por crise hipertensivas ou arritmias;
cardiopatias valvulares.
- Não Cardiogénicas (por aumento da permeabilidade): Síndrome de
distress respiratório do adulto.

5- Enfermidades da pleura e da parede torácica:


- Lesão da parede do tórax: fratura segmentarias de várias costelas
ou fraturas costales, a ambos os lados do esterno.
6- OUTRAS
• BIBLIOGRAFIA

• - Propedeutica clínica e semiológica


médica. Raimundo LLanio Navarro.

• - Temas de medicina interna . Reinaldo


Roca Goderich.

Você também pode gostar