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PROPEDEUTICA CLÍNICA

SINTOMAS DE CARDIOVASCULAR.

Dr. Roman Savon Plutin.


OS PRINCIPAIS SINTOMAS SÃO:
A) – Dor.
B) – Dispnéia.
C) – Palpitações.
D) – Manifestações circulatórias encefálicas.

DOR
•Denomina-se dor cardiovascular a toda dor provocada por
afecções do coração e dos copos sangüíneos; entretanto,
de modo geral, referem-se estes dores aos que são
originados no coração ou nos grandes copos que dele
saem, e que se localizam quase fundamentalmente nas
regiões precordial e esternal.
É conveniente assinalar aqui, que do ponto de vista
estritamente científico, a dor cardiovascular pode ser:
1. De tipo central, quer dizer, que se origina ou se produz a
nível do coração ou dos grandes copos, e se apresenta
localizado quase sempre na região precordial ou suas
imediações.

2. De tipo periférico ou vascular periférico, que se apresenta


nas afecções que se encontram localizadas a nível das artérias
e veias dos membros.
Tipos de Dores cardiovascular centrais:
1- Dor anginoso.
2– Dor precordial simples.
3– Algias precedíais.
1-DOR ANGINOSO
•Pode definir-se clinicamente como uma dor precordial freqüentemente
irradiado ao braço esquerdo, pescoço e mandíbula do mesmo lado; de
caráter constrictivo, desencadeado ou não pelo esforço e freqüentemente
acompanhado de angústia ou sensação de morte iminente.

•Devemos considerar três causas fundamentais de dor anginoso:


– Insuficiência coronária aguda sem oclusão.
– Dor da angina de peito.
– Dor do enfarte do miocardio.

DOR PRECORDIAL SIMPLES


•A dor simples pelo general se caracteriza por uma dor superficial, de
intensidade moderada e de escassa propagação.
•Este tipo de dor se apresenta nas afecções do pericárdio, nas afecções
aórticas e na dilatação das cavidades cardíacas
2- ALGIAS PRECORDIAIS OU ALGIAS CARDIOTORACICAS
•Podem localizar-se em qualquer ponto da região precordial e às vezes
fora dela; mais freqüentemente à esquerda do esterno, ao redor da ponta;
poucas vezes na cara lateral de qualquer dos dois hemitórax.

•Acompanham-se com freqüência de hiperestesia cutânea, que molesta


até o roce da camisa, na maioria dos casos se manifestam como dores
pungitivos (pinchazos) ou pellizcos fugazes, que duram uns segundos e
que se apresentam isolados ou se repetem várias vezes.
•As algias precordiais não estão relacionadas em sua aparição com os
esforços, embora ocasionalmente podem apresentar-se no exercício.
Semiodiagnóstico
•Neste sentido cabe considerar as seguintes variedades: algias
psicógenas, celulite regional, lesiões osteoarticulares, neuralgias
intercostais, litiasis biliar, dilatação gástrica ou aerogastria, espasmos do
cardias, etcétera.
B) DISPNEIA CLASSIFICAÇÃO

A dispnéia dos cardíacos tem certas características que passaremos a


descrever. Em seu estudo devemos considerar cinco tipos
fundamentais:
1 – Dispnéia de esforço.
2 – Dispnéia de decúbito, da qual a ortopnea constitui uma
modalidade em suas formas mais avançadas.
3 – Dispnéia paroxística, que tem a sua vez duas formas clínicas de
apresentação: o pseudoasma cardíaco e o edema agudo do pulmão.
4 – Dispnéia continua.
5 – Arritmias respiratorias.

A dispnéia de esforço
apresenta-se, como seu nome indica, nos grandes, médios e
pequenos esforços, foi precisamente chamada assim porque
desaparece quando o sujeito se encontra em repouso.
DISPNÉIA DE DECÚBITO
Em términos gerais, a dispnéia de decúbito é aquela que
aparece ou se exagera quando o doente se deita, e diminui
ou desaparece na posição ereta do tronco e da cabeça;
precisamente por aliviar-se com o ortostatismo se denomina
também ortopnea.

DISPNÉIA PAROXÍSTICA
Consiste em crise de aparição súbita de falta de ar mais ou
menos intensa, quase sempre de apresentação noturna, e
que não são motivadas por esforça físicos. A dispnéia
paroxística adota duas modalidades distintas que são:
a) Pseudoasma cardíaco.
b) Edema agudo do pulmão.
PSEUDOASMA CARDÍACO
O ataque intenso de asma cardíaco é impressionante: o doente,
freqüentemente durante a noite, já dormido ou em vias de conciliar o
sonho, acordada com dispnéia intensa e estado angustiante, incorpora-
se em seu leito e se agarra fortemente do bordo ou dos barrotes de sua
cama, com objetivo de utilizar os músculos acessórios da respiração.

É freqüente que se presente tosse, pouco intensa, seca ou com escassa


expectoração viscosa, em ocasiões sanguinolenta.
A auscultacção pode descobrir a presença de estertores sibilantes,
subcrepitantes o crepitantes.
A expressão do doente é de acentuada angústia, com os olhos
abertos, a cara pálida, ou cianótica, sudorosa e fria.
EDEMA AGUDO DO PULMON

Este quadro dispnéico pode aparecer no curso do asma cardíaco


prolongado, ou estalar com as características de edema agudo pulmonar
desde a iniciação do episódio dispnéico.
É muito parecido em seu aspecto clínico ao ataque de pseudoasma
cardíaco, mais, geralmente, a dispnéia é mais intensa, verdadeira
respiração sufocante, com sensação de constrição no peito ou no
pescoço.
A expectoração é abundante, fluída, espumosa e com maior ou menor
quantidade de sangue, pelo que depende sua cor, do branco amarelado
ao rosado, mais bem vermelho vivo.

A cianose ou o estado de shock são mais freqüentes e mais intensos; os


estertores úmidos adotam a forma de “maré montante
DISPNÉIA CONTÍNUA
Como seu nome indica é permanente; observa-se em pacientes que
apresentam não só uma congestão passiva visceral, tambem edemas que
chegam em seu grau máximo ao anasarca, incluindo às vezes a ascitis,
motivada pela grande insuficiência cardíaca congestiva em estádio terminal.

ARRITMIAS RESPIRATÓRIAS
As mais freqüente:
a) Respiração do Cheyne-Stokes: a de maior importância no paciente
cardiópata.
b) Respiração do Kussmaul.
c) Respiração do Biot.

C) PALPITAÇÕES
É a percepção consciente da atividade cardíaca, em forma molesta, devido à
estimulação de sua sensibilidade somática, pelos movimentos de translação,
vibratórios e de expansão que produzem-se durante cada ciclo cardíaco.
•.
MANIFESTAÇÕES CIRCULATÓRIAS ENCEFÁLICAS
Lipotimia.
Sincope.
Vértigo.
Convulsões.

LIPOTIMIA
Também chamada pelos doentes desmaio, vertigem ou desvanecimento; consiste
na obnubilação passageira da consciência, e portanto de todos os sentidos.
Às vezes o paciente experimenta somente um obscurecimento da visão com
debilidade muscular, particularmente manifestada por fraquejo dos membros
inferiores, acompanhado de náuseas, sudores frios, palidez e esfriamento das
extremidades.
Em outras ocasiões a perda passageira da consciência é total e provoca a queda
do doente.
Na lipotimia se pode comprovar a persistência do batimento do coração cardíaco,
apalpando o pulso; e se este é muito debil, pela auscultação do coração.
SÍNCOPE
• É um transtorno mais acentuado que a lipotimia. No síncope se perde
completamente a consciência, o que dá lugar à queda do doente.
• Além disso, o coração deixa de pulsar, de tal maneira que o pulso e os
ruídos do coração faltam por completo.

•O doente inicialmente apresenta palidez, e se o ventriculo não reanuda


suas funções e tambien se alteram as funções respiratórias , então
aparece cianose, abundante espuma nos lábios, separação conjugada dos
olhos e convulsões.

•O síncope é por definição uma alteração passageira, que se se


prolongasse provocaria a morte do doente.

•Ao cabo de uns segundos ou poucos minutos o coração reanuda sua


marcha e se desaparecem com rapidez cada um dos fenômenos
assinalados.
VERTIGEM
•A vertigem é uma sensação desagradável de instabilidade
produzida por um transtorno no sentido do equilíbrio. O sujeito com
vertigem sente, erroneamente, que seu corpo gira ao redor ou em
meio dos objetos que o rodeiam (vertigem subjetivo), ou que os
objetos que o rodeiam giram ao redor dele (vertigem objetivo), e às
vezes ambas as coisas de uma vez.

•Associa-se a um sentimento de ansiedade ou temor, podendo


concomitar com um estado nauseoso, vômitos, zumbidos de ouvido,
mal-estar geral, palidez e sudoração.

As causas cardíacas de vertigos mais comuns som as seguintes:


– Parada cardíaca.
– Bradicardia sinusal extrema.
– Fibrilação ventricular.
– Bloqueio auriculoventricular paroxístico.
– Fallo brusco da energia contrátil do coração.
OUTROS SINTOMAS:

1- Tosse as isole.
2- Tosse pertinaz improdutiva.
3- Afonia ou disfonía.
4 – Disfagia.
5- Icterícia hepatocelular.
6 - Oliguria e polaquiuria
ENTRE OS EXAMES COMPLEMENTARES QUE TÊM UMA GRANDE
UTILIZAÇÃO NAS AFECÇÕES CARDIOVASCULARES, TEMOS:
– Exames de laboratório.
– Volemia.
– Valoração do trabalho cardíaco.
– Cateterismo cardíaco.
– Punção pericárdica.
– Estudo radiográfico do coração.
– Electrocardiografía.
– Prova de esforço (prova do Master).
– Fonocardiografía.
– Tomografía axial computadorizada
– Resonancia magnética nuclear.
– Tomografía por emissão de positrones.
– Estudo da perfusão com isótopos e ecocardiografía de estresse.
– Prova ergométricas.


BIBLIOGRAFIA

• - Propedeutica clínica y semiológica


médica. Raimundo LLanio Navarro.

• - Temas de medicina interna . Reinaldo


Roca Goderich.

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