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PROPEDEUTICA CLÍNICA

SINDROME FEBRIL.

Dr. Roman Savon Plutin.


SÍNDROME FEBRIL
• CONCEPTO
• A febre (também denominada hipertermia ou hiperpirexia)
é um complexo semiológico no que se destaca a elevação
da temperatura central do organismo por cima dos limites
admitidos como fisiológicos.
• A maioria das vezes, à elevação da temperatura, ou
hipertermia se adicionam signos e sintomas que fazem
que se constitua um síndrome, e por isso resulta mais
apropriada a designação de síndrome febril.
SEMIOGÉNESE OU FISIOPATOLOGIA.
• Normalmente a temperatura corporal do homem é
constante, já que pertence ao grupo de animais de sangue
quente chamados homeotermos, distintos completamente e
opostos aos animais cuja temperatura corporal depende da
que tenha o meio ambiente em que se encontram, que são
os animais de sangue-frio ou poiquilotermos.
• A temperatura do homem se regula compensando a
produção e perda de calor, de tal maneira que pode dizer-
se que sua temperatura representa o equilíbrio entre o calor
produzido nas malhas, ou obtido dos alimentos quentes, e
o emitido pelo organismo, que se perde no ambiente.
Continuação Fisiopatología
A produção de calor no organismo, deve-se
principalmente às reações químicas de oxidação que
têm lugar no interior das células durante o
metabolismo.

• A perda de calor se realiza pela intervenção de fatores


físicos, daí a distinção entre a termorregulação
química, encarregada da produção de calor, e a
termorregulação física relacionada com a regulação da
perda de calor por e1 organismo.
O mecanismo da produção de calor, termogénese ou termorregulação química,
relaciona-se com:
1. O metabolismo basal, resultado de oxidações nas células do organismo
pela atividade protoplasmática celular, sobre as que influem diversos
hormônios e o sistema nervoso.

2. A ação dinâmica específica dos mantimentos, ou seja, o calor adicional


durante a digestão.
3. A combustão visceral acelerada, quando um órgão entra em atividade como
ocorre no músculo e em outros órgãos, por exemplo, o fígado.

A perda de calor, termólisis ou termorregulación física se verifica por:


1. A irradiação do calor, major se o meio externo é de temperatura baixa (o
ambiente fisiológico oscila entre os 10 e os 30 °C; o nível ótimo é 20 °C).
2. A evaporação (respiração insensível, transpiração).
3. A termocondução.
• Os fatores que aumentam a produção de calor (termogénese) ou os que
incrementam sua perda (termólise) , atuam em equilibro , quando
preponderam um sobre o outro que ultrapassa a capacidade do centro
termorregulador , produz-se hipertermia ou hipotermia de acordo aos
que preponderem.

• A estimulação dos centros termorreguladores por diferentes fatores dá


lugar a uma temperatura mais alta que a normal, o qual ocasiona a
febre cujas causas podem ser diversas:
• 1- Infecções .
• 2- Intervenções cirúrgicas.
• 3- causas nervosas
• 4- Deshidratação.
• 5- Medicamentos etc.
ALGUNS TIPOS DE FEBRES E OS SEMIODIAGNÓSTICOS.
1. Febre contínua ou Sustentada: caracteriza-se por elevações
persistentes, sem variações diárias importantes.
É característica de enfermidades como: broncopneumonia,
sarampo, dengue, gripe e certas formas de febre tifóide

2. Febre remetente: É aquela em que a temperatura baixa cada


dia um grau ou mais, mas tampouco retorna ao normal. A
maioria das febres são remetentes e este tipo de resposta febril
não é característico de nenhuma enfermidade, embora se
descreve nas septicemias
• 3. Febre intermitente: É a que apresenta cada dia febril, depois há
descenso de temperatura até ou por debaixo do normal.

• 4- A febre héctica ( é um tipo de febre intermitente) é uma febre em


agulhas, geralmente muito elevada de tarde e normal ou quase normal
de amanhã. acompanha-se de sudação noturna e mau estado geral. É
característica das septicemias graves, das infecções piógenas, sobre
tudo abscessos, da tuberculose miliar e dos linfomas.

• 5-. Febre recorrente: É aquela em que se apresentam curtos períodos


febris, e em certos momentos, muitas horas do dia ou até vários dias,
falta a hipertermia e o doente permanece com uma temperatura
normal, embora em outros tenha uma temperatura elevada, vê-se em
enfermidades como: Paludismo , Brucelose, Linfoma do Hodgkin,
Colangite e outras.
ESTUDO CLÍNICO DA FEBRE
• A febre, como havemos dito, é um síndrome, o mais importante de cujos sintomas
é a hipertermia; além desta, outros sintomas são: pele seca e quente, igual às
mucosas que também se secam; lábios gretados e sangrantes , recobertos por
crostas chamadas fuliginosidades.
• SISTEMA CARIOVASCULAR: Taquicardia , sopros funcionais , chamados
sopros febris, acentuação dos ruídos cardíacos.
• SISTEMA RESPIRATÓRIO: (polipnea ou taquipnea)

• SISTEMA DIGESTIVO: Encontramos, além da secura de lábios e boca: língua


saburral, sede, diminuição do apetite (anorexia), sintomas dispépticos
gastrintestinais e constipação.
• SISTEMA URINÁRIO: é de notar a oligúria (diminuição da quantidade de urina
eliminada); a concentração e intensa coloração desta, são os mais interessantes
sintomas com que o sistema urinário contribui ao síndrome febril.
• SISTEMA NERVOSO: dilatação pupilar (midriase), alterações mentais que podem
até o delírio, decaimento, cefaleia e dores musculares e no raques (raquialgias) e a
insônia ou, pelo contrário, a sonolência, que pode chegar a constituir um estado
estuporoso, característico das infecções graves. Em alguns adultos e meninos pode
ocasionar convulsões.
MEDIÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL
• A temperatura pode tomar-se em diferentes lugares do corpo, tais como a boca, o
reto, a axila, a região inguinal e a vagina.
• Axilas. A temperatura axilar é a mais usada , mas sua prática devesse abandonar-se
pelo inexata, e substituir-se pela temperatura bocal. O método axilar se prefere para
os meninos, porque é menos perigoso que os outros métodos. o termômetro deve
deixar-se, pelo menos de 5-10 min.

• Boca. A temperatura bocal, é muito difundida em alguns países, é mais exata que a
anterior e deve usar-se cada vez que o médico queira saber com certeza qual é a
temperatura real do sujeito. O termômetro deve deixar-se na boca 5 min,

• Reto. A temperatura retal, muito difundida na Europa, considera-se a mais exata de


todas, mas também a mais invasiva, incômoda e embaraçosa, por isso se usa pouco

• Região inguinal. A temperatura inguinal, usa-se sobre tudo em meninos e doentes


muito debilitados; tem todos os inconvenientes da temperatura axilar, aumentados. É
muito pouco exata. Requer flexionar a coxa sobre o abdômen e mantê-lo nessa
posição enquanto se toma.
De acordo às cifras de temperatura se
classifica em:
1- febre ligeira: meno de 38 graus.
2- febre moderada: de 38 a 39 graus.
3- febre alta: mas de 39 graus.
• Classificação do síndrome febril de acordo ao
tempo de evolução:
• 1- Síndrome febril agudo: quando tem uma
duração de menos de 7 dias
• 2- Síndrome febril prolongado: quando tem
uma duração entre 7 e 28 dias.
• 3- Síndrome febril crônico: mais de 28 dias
• BIBLIOGRAFIA

• - Propedeutica clínica y semiológica


médica. Raimundo LLanio Navarro.

• - Temas de medicina interna . Reinaldo


Roca Goderich.

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