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SINAIS VITAIS

PROF: Enfª Camila Ishida


DEFINIÇÃO
Os Sinais Vitais (SSVV) são indicadores do estado de saúde e da garantia das funções
Circulatórias, Respiratória, Neural e Endócrina do corpo. Podem servir como
mecanismos de comunicação universal sobre o estado do paciente e da gravidade da
doença.
O intuito da avaliação seriada dos SSVV é contribuir para a prevenção de danos e
identificação precoce à ocorrência de eventos que possam afetar a qualidade das
ações do cuidado. Auxilia assim na redução de riscos, ao mínimo aceitável, de danos
desnecessários associados à assistência à saúde, por meio do alcance de qualidade e
da segurança do paciente, atributos prioritário para todos os profissionais envolvidos
no processo do cuidar.
Falhas nas anotações dos SSVV em prontuários prejudicam a veiculação das
informações, comprometendo a avaliação dos resultados das intervenções de
enfermagem e a perspectiva de cuidado do paciente. (Rantz,2015, Dupony,2013,
Guedes,2013)

FREQUÊNCIA DE VERIFICAÇÃO
Os SSVV de clientes hospitalizados no período de 24h variam dentro de certos limites,
por isso é necessário realizar, no mínimo, o controle a cada plantão para clientes
estáveis; o tempo será determinado conforme as alterações e necessidades do cliente.
Para clientes graves, os SSVV devem ser verificados a cada 2h, ex: UTI. Em casos de
emergência esse período passa a ser a cada 15min – o profissional deve seguir e
verificar as prescrições médica e de enfermagem.
Os sinais vitais poderão ser verificados com o cliente em decúbito sentado ou deitado
no leito, salvo alguma recomendação diferente.
É responsabilidade do profissional de enfermagem realizar o controle dos SSVV, é
necessário ter precisão, se houver dúvidas, aferir novamente, registrando com clareza
na anotação de enfermagem: Hora, registro do sinal vital, conduta em caso de
alteração, assinatura e carimbo (coren).
Qualquer alteração nos SSVV deverá ser registrado e comunicado imediatamente à
enfermeira responsável pela unidade.
Segundo Potter, os sinais vitais incluem:
 Temperatura (T)
 Pulso (FC)
 Respiração (FR)
 Pressão Arterial (PA)
 DOR
Potter,2013
DE QUE FORMA ESSES DADOS AUXILIAM?
 Estado de saúde do paciente;
 Dados fisiológicos e fisiopatológicos;
 Diagnósticos de enfermagem;
 Implantar intervenções planejadas;
 Avaliar os resultados das intervenções aplicadas;
 Os SSVV devem ser avaliados no contexto da avaliação geral do paciente.
CONDIÇÕES A SEREM CONSIDERADAS PARA A OBTENÇÃO DOS SINAIS VITAIS
 Condições ambientais, como temperatura e umidade no local, que podem
causar variações nos valores;
 Condições pessoais, como exercícios recentes, tensão emocional e
alimentação, que também podem variar os valores;
 Condições do equipamento, que devem ser apropriados, limpos e calibrados
regularmente. O profissional deve estar atento, pois o uso de equipamentos
inapropriados ou descalibrados pode resultar em valores falsos.
Indicações:
 Admissão, alta e transferência de clientes hospitalizados ou unidades de saúde;
 Alteração no quadro clínico do cliente;
 Antes de procedimentos que podem alterar os SSVV;
 Antes e após procedimentos invasivos ou cirúrgicos;
 Durante a rotina diária de cada unidade, conforme prescrição;
 Exame físico e assistência de enfermagem.
MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A VERIFICAÇÃO DOS SINAIS VITAIS
 Bandeja
 Algodão
 Álcool 70% ou swab ( para desinfecção)
 Esfigmomanômetro
 Estetoscópio
 Termômetro
 Relógio
 Escala da dor
 Oxímetro*
 Caneta e papel para registro

1.TEMPERATURA
A temperatura é mantida entre a produção e a perda de calor produzido pelo
organismo no ambiente e deve-se ao mecanismo controlado pelo hipotálamo.
CALOR PRODUZIDO – CALOR PERDIDO= TEMPERATURA CORPORAL
O ser humano é um ser homeotérmico, ou seja, tem a capacidade de manter a
temperatura corporal dentro de um certo intervalo predeterminado, apesar das
variações térmicas do meio ambiente ( homeostasia térmica). O equilíbrio térmico é
conseguido pelo balanço entre perda e produção ou aquisição de calor.
A medição da temperatura corporal visa à obtenção de uma média dos tecidos
corporais internos. Os tecidos corporais e os processos celulares funcionam melhor
dentro de uma faixa relativamente estreita da temperatura entre 36⁰C e 38 ⁰ C (
Potter, 2013)
Controle da Temperatura corporal
O calor produzido no interior do organismo chega a superfície corporal através dos
vasos sanguíneos, que representa até 30% do total do débito cardíaco. O grau de
aporte de sangue pela pele é controlado pela contração ou relaxamento das artérias,
no entanto, ao chegar à superfície, o calor é transferido do sangue para o meio
externo, por meio de irradiação, condução e evaporação.
Para que ocorra a irradiação, basta que a temperatura do corpo esteja acima do meio
ambiente. A condução ocorre quando há contato com outra superfície, mas com troca
de calor até que as temperaturas se igualem. Já o mecanismo onde o corpo troca
temperatura com o ar circulante chamamos de convecção.
O centro termorregulador localizado no hipotálamo, através de neurônios localizados
na área pré-óptica do Hipotálamo.
Condução. Ex: aplicação de gelo, compressas frias, aplicação de bolsas de água quente.
Convecção. Ex: Ventilador
Evaporação. Ex: Sudorese
Quando a temperatura sobe, inicia-se uma eliminação do calor por meio do estímulo
das glândulas sudoríparas e pela vasodilatação; com a sudorese, há perda importante
de calor, quando ocorre o inverso, ou seja , o resfriamento do organismo, são iniciados
mecanismos para a manutenção da temperatura pela contração dos vasos sanguíneos
e diminuição da perda por condução, convecção e transpiração.
O calafrio é uma resposta involuntária do corpo às diferenças de temperatura no
organismo. O movimento do músculo esquelético durante o calafrio requer energia
significativa. Em pacientes vulneráveis, o calafrio pode esvaziar seriamente as fontes
de energia, resultando em deterioração fisiológica posterior. O calafrio pode aumentar
a produção de calor de 4 a 5 vezes a mais que o normal. O calor produzido ajuda a
igualar a temperatura e o calafrio então cessa.
O Controle da Temperatura é a técnica para mensurar a temperatura corporal por
meio de termômetro. A temperatura ideal do corpo é mantida pelo equilíbrio perfeito
entre produção e eliminação mantida constantemente por um complexo ajustamento
dos reflexos.
A regulação da temperatura corporal é feita por dois mecanismos:
 Termogênese ( produção de calor)
 Termólise ( eliminação de calor)

PARÂMETROS NORMAIS DA TEMPERATURA SÃO:


 Temperatura axilar: 35,8⁰C a 37⁰C
 Temperatura oral: 36,3⁰C a 37,4 ⁰C
 Temperatura retal: 37 ⁰C a 38 ⁰C
A mensuração da temperatura axilar é o local mais utilizado, devido a sua facilidade. O
local que registra o valor mais próximo a temperatura central é a auricular. A oral está
contra indicada para crianças, pessoas agitadas, inconscientes e com alterações
neurológicas.
Classificação da Hipotermia Temperatura
Leve 34⁰C-36⁰C
Moderada 30⁰C-34⁰C
Grave <30⁰C

Sintomas da Febre/Pirexia:
 Calafrios seguido de sensação de calor intenso e sudorese.
 Dores musculares, nas articulações, dor de cabeça,
 Fraqueza, apatia, irritabilidade, indisposição, perda de apetite, boca seca,
desidratação.
 Especialmente nas crianças, febres que se aproximam dos 40ºC ou ultrapassam
tal limite podem provocar confusão mental, delírios e convulsões.

PIROGÊNIA
A reação pirogênica é caracterizada por um conjunto de sinais e sintomas
desencadeados pela presença, na corrente sanguínea, de soluções contaminadas por
endotoxinas e produtos de degradação proteica infundidas no paciente. Pirogênios
como bactérias e os vírus causam aumento na temperatura corporal. Os pirôgenios
agem como antígenos, disparando as respostas do sistema imune. A manifestação
clínica é aguda e caracterizada por febre, calafrios, tremores, hipotensão, cefaleia,
dispneia, náuseas e redução na saturação de oxigênio.
A febre é um mecanismo de defesa importante. Pequenas elevações de temperatura
até 39⁰C estimulam o sistema imune do corpo. Durante um período febril, a produção
de leucócitos é estimulada. A temperatura elevada reduz a concentração de ferro no
plasma sanguíneo, suprimindo o crescimento de bactérias. A febre também combate
infecções virais ao estimular o interferon, substância corporal de combate natural ao
vírus.
Padrões de Febre
 Sustentada: Uma temperatura corporal contínua e constante acima de 38C que
demonstra pouca variação
 Intermitente: A febre age intercalada com níveis usuais de temperatura. A
temperatura retorna ao valor aceitável no mínimo uma vez em 24h
 Remitente: A febre age e cai sem retornar aos níveis de temperatura
 Recaída: Períodos febris intercalados com valores aceitáveis de temperatura.
Episódios e períodos febris de normotermia podem ser superior a 24h.
Temperaturas acima de 41-42 ⁰C são incompatíveis com a vida, a partir desses valores
os centros termorreguladores se descontrolam, o ser humano entra em coma,
ocorrem convulsões e morte.Com o aumento da temperatura, o pulso e a respiração
podem aumentar proporcionalmente. Na maioria das vezes o individuo perde o
apetite, apresenta cefaleia, mal estar, depressão.
FATORES QUE AFETAM A TEMPERATURA CORPORAL
 Sono e repouso: reduz o metabolismo e diminui a temperatura;
 Desnutrição: Indivíduos desnutridos geralmente apresentam a temperatura
mais baixa pela deficiência no metabolismo celular;
 Exercícios: o trabalho muscular contínuo aumenta a temperatura;
 Emoções: o estresse aumenta a atividade metabólica e a temperatura
 Fator Hormonal: a fase de ovulação eleva a temperatura
 Idade: o metabolismo do recém nascido é elevado em relação ao idoso
 Banho: muito quente ou frio provoca alterações transitórias na T
 Vestimenta: provoca menor dissipação de calor e contribui para o aumento da
T
 Alimento: ingestão de alimentos muito quente ou frio provoca alterações
transitórias na T.
PROCEDIMENTO
 Objetivo: Auxiliar no diagnóstico e avaliar resposta no tratamento médico e
cuidados de enfermagem. Verificar se existe equilíbrio entre a produção e a
perda do calor do organismo. Detectar alterações no controle de temperatura e
presença de infecções e patologias.
 Material : Bandeja com algodão, álcool 70% ou swab com álcool, termômetro,
caneta

Em caso de verificação de temperatura retal :


 Comunique o cliente sobre o procedimento ou familiar em caso de criança;
 Não deixe o cliente sozinho com o termômetro;
 Desinfete o termômetro com álcool 70% após a retirada, e higienize com água
e sabão;
 A verificação retal é mais utilizada na maternidade e serviços de pediatria, o
termômetro deve ser de uso individual e apropriado, com bulbo curto e
arredondado
 É contraindicado em casos de diarreia, inflamação, obstrução ou cirurgia de
reto
 Papel para registro, EPI conforme precaução.
2.FREQUÊNCIA CARDÍACA(PULSO)
O pulso é a onda de expansão e contração das artérias resultante dos batimentos
cardíacos (Koch, 2004)
Avaliar o pulso fornece indicações da função cardíaca e perfusão tecidual
(Potter,2013)
Em adultos, o pulso radial é o local de rotina para sua avaliação. Já em bebes o
local de verificação costuma ser o pulso braquial ou apical.
As artérias mais comuns para a verificação de pulso são: Temporal, braquial, radial,
carotídeas, femoral, poplítea, tibial e pediosa.
Quando a condição de um paciente piora repentinamente, a região carotídea é
recomendável para se localizar rapidamente o pulso. O coração continuará
ejetando sangue pela artéria carótida para o cérebro até quando for possível.
Quando o débito cardíaco declina significativamente , os pulsos periféricos
enfraquecem e são difíceis de palpar.
O pulso braquial ou apical é o melhor local para se avaliar a pulsação no lactente
ou criança pequena, porque os outros pulsos periféricos são profundos e difíceis de
se palpar com precisão.
O volume de sangue bombeado pelo coração durante 1 minuto é o débito
cardíaco, o produto da frequência cardíaca e o volume ejetado do ventrículo. Em
um adulto, o coração normalmente bombeia 5.000ml de sangue por minuto.

Caracterização do pulso
1.FREQUÊNCIA: é o número de pulsações, deve ser contada durante um minuto,
varia de 50 a 100 batimentos por minuto;
2. AMPLITUDE: é o grau de enchimento da artéria ( sístole e diástole), pode ser
cheia ou filiforme ( indica uma força insuficiente de cada batimento e batimentos
irregulares)
3. RITMO: é a sequência de pulsações, o normal é que elas ocorram em intervalos
iguais.
 Forte e regular ( Rítmico) – indica batimentos regulares com uma boa força
de cada batimento.
 Fraco e regular ( Rítmico) – indica batimentos regulares com uma força
precária de cada batimento.
 Irregular (arrítmico) – indica que ocorrem batimentos tanto fortes quanto
fracos durante o período de mensuração.
Idade Frequência Cardíaca (bpm)
Lactentes 120-160/min
Crianças até 3 anos 90-140/min
Pré – Escolares 80-110/min
Escolares 75-100/min
Adolescentes 60-90/min
Adultos 60-100/min
A contagem deve ser sempre feita por um período de 1 minuto e a frequência varia
com a idade e diversas condições físicas.
 Não usar o polegar para verificar o pulso, pois a própria pulsação pode ser
confundida com a do paciente;
 Não fazer pressão forte sobre a artéria, o que poderá impedir a percepção dos
batimentos;
 O pulso apical é verificado com auxílio do estetoscópio sobre o tórax do cliente
na região do ápice do coração, descrever a localização, qual espaço intercostal
e o lado do tórax;
 Evitar verificar o pulso em membros afetados de paciente com lesões
neurológicos ou vasculares;
 Não verificar o pulso em membros com fístula arteriovenosa;
 Não verificar o pulso com as mãos frias;
 Em caso de dúvida, repetir a contagem.
Algumas anormalidades em relação ao pulso incluem:
 Bradicardia: FC inferior a 60bpm
 Taquicardia: FC acima de 100 bpm
 Arritmia: Frequência de pulso irregular
 Pulso fraco, filiforme: Pulso difícil de palpar
 Pulso cheio: pulso forte
 Pulso normocárdico: Batimento cardíaco normal
 Pulso rítmico: os intervalos entre os batimentos são iguais
 Pulso arrítmico: os intervalos entre os batimentos são desiguais
 Pulso dicrótico: dá impressão de dois batimentos
 Taquisfigmia: pulso acelerado
 Bradisfigmia: frequência abaixo da faixa normal
 Pulso filiforme: indica redução da força ou do volume do pulso periférico

3.FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
A respiração é o mecanismo que o organismo utiliza para realizar a troca de gases
entre a atmosfera e o sangue bem como entre o sangue e as células.
A sobrevivência humana depende da capacidade de o oxigênio (O2) alcançar as células
do corpo e o dióxido de carbono (CO2) ser removido das células.
Respiração é o ato de inspirar e expirar, promovendo a troca de gases entre o
organismo e o ambiente, transformando o sangue venoso que é rico de carbono em
sangue arterial, rico em oxigênio.
VENTILAÇÃO: MOVIMENTO DE GASES PARA DENTRO E PARA FORA DOS PULMÕES.
DIFUSÃO: MOVIMENTO DE OXIGÊNIO E DIÓXIDO DE CARBONO ENTRE OS ALVÉOLOS E
AS HEMÁCIAS.
PERFUSÃO: DISTRIBUIÇÃO DAS HEMÁCIAS PARA OS CAPILARES PULMONARES.
A ventilação é avaliada ao se determinar a frequência, profundidade, ritmo
respiratório. Difusão e perfusão podem ser avaliadas pelo nível de saturação.
A oximetria de pulso é a maneira de medir quanto oxigênio seu sangue está
transportando. Usando um pequeno dispositivo chamado oxímetro de pulso, seu nível
de oxigênio sanguíneo pode ser aferido sem a necessidade de puncioná-lo com uma
agulha. O nível de oxigênio mensurado com um oxímetro é chamado de nível de
saturação de oxigênio (abreviado como O2sat ou SaO2). A SaO2 é a porcentagem de
oxigênio que seu sangue está transportando, comparada com o máximo da sua
capacidade de transporte.
O valor de referência é acima de 90%.
Como a respiração está parcialmente sujeita ao controle voluntário, deve ser contada
sem que o cliente perceba, procedendo a sua verificação após o término da contagem
do pulso, como se ainda a estivesse realizando.

Fatores que afetam a respiração:


1.Idade: na criança é maior que no adulto.
2.Atividade física e estado emocional: aumenta a frequência e a amplitude respiratória
3.Qualidade do ar
4.Doenças pulmonares
Os valores da FR variam em relação a idade, patologias de base, sinais e sintomas
alterados podem interferir diretamente nos valores normais.
Idade Frequência Respiratória
(rpm)
Neonato 30-60 rpm
Lactente (seis meses) 30-50rpm
Pré – escolares (2 anos) 25-32rpm
Crianças Escolares 20-30rpm
Adolescentes 16-19 rpm
Adulto 12 – 20 rpm
Potter,2008

 BRADIPNÉIA – Regular porém abaixo de 12 rpm


 TAQUIPNÉIA - Regular FR acima de 20 rpm
 HIPERPNÉIA- Respiração com esforço, maior profundidade e ritmo. FR acima de
20 e ocorre por ex :durante exercícios.
 APNEIA – Ausência de respiração por alguns segundos
 HIPERVENTILAÇÃO – Ritmo e profundidade aumentam
 HIPOVENTILAÇÃO – Ritmo baixo, profundidade pode estar deprimida
 RESPIRAÇÃO DE CHEYNE-STOKES- aumento progressivo da amplitude , seguido
por um decréscimo progressivo até uma breve pausa.
 RESPIRAÇÃO DE KUSSMAUL – Profunda, trabalhosa, hiperventilação. Associada
a cetoacidose diabética, mas também com a insuficiência renal.
 ORTOPNÉIA: é a incapacidade de respirar facilmente, exceto na posição ereta.
 RESPIRAÇÃO DE BIOT – Rápidas e curtas respirações, seguidos de momentos de
apnéia. Relacionado a comprometimentos cerebral.

4.PRESSÃO ARTERIAL - PA
PA é a força exercida sobre as paredes de uma artéria pelo sangue que pulsa sob a
pressão do coração . A pressão arterial ou sistêmica, a pressão sanguínea no sistema
das artérias do corpo é um bom indicador de saúde cardiovascular.
Na contração dos ventrículos para ejetar o sangue nas grandes artérias, esse pico de
pressão máxima é a PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA.
Quando os ventrículos relaxam, o sangue que permaneceu nas artérias exerce uma
pressão máxima mínima ou PRESSÃO DIASTÓLICA
A unidade padrão para medição de pressão arterial é milímetros de mercúrio (mmHg),
essa medida indica a altura a qual a pressão pode alcançar em uma coluna de
mercúrio. A pressão arterial é registrada com a leitura da sistólica antes da diastólica.
Ex: 120/80.
Os valores da PA podem sofrer alterações fisiológicas conforme cada situação
 Hipertensão Arterial: ocasionada por alimentação rica principalmente em
sódio, medo, ansiedade, exercícios, dor e estimulante.
 Hipotensão Arterial: repouso, depressão e jejum.
Locais para verificação da pressão arterial
 Artéria braquial
 Artéria poplítea
 Artéria pediosa
 Cuidados na hora de verificar a pressão arterial
 O cliente deve estar sentado ou deitado
 Membro, braço na altura do coração
 Caso o paciente tenha algum problema motor ou vascular em um dos lados ,
evitar esse.

COMO EXECUTAR A VERIFICAÇÃO:


 Posicione o cliente, sentado ou deitado, se estiver sentado, com apoio nos pés,
livre de compressões;
 Localize a artéria braquial;
 Coloque o manguito firmemente cerca de 2,5 cm acima da fossa antecubital,
centralizando as marcações das setas sobre a artéria;
 Deixe o mostrador do manômetro visível ou posicione a coluna de mercúrio ao
nível dos seus olhos.
 Palpe a artéria braquial e infle o manguito até o desaparecimento da palpação,
esse será o valor da pressão sistólica estimada. Desinflar rapidamente e
aguardar 30 seg.
 Inflar novamente até 30mmhg acima da pressão sistólica estimada palpada
anteriormente
 Com o estetoscópio nas orelhas com as olivas auriculares voltadas para frente e
o diafragma do estetoscópio sobre a artéria braquial na fossa cubital
 Abra a válvula, procedendo o esvaziamento do manguito gradualmente.
 Registre o valor encontrado
 Comunique a enfermeira da unidade sobre alterações.
 Em caso de dúvidas, ou se for necessário, repetir a verificação, esvaziar
completamente o manguito e aguardar de 1 a 3 minutos para nova aferição.
 Em situações especiais a PA poderá ser verificada nos membros inferiores
 Evitar aferir a PA em braço onde foi realizado cateterismo cardíaco, shunt A-V,
mastectomia ou com venopunção.
 Evitar quedas e batidas do aparelho, pois pode danificar e inutilizar o mesmo.

CLASSIFICAÇÃO DA PA DE ACORDO COM A MEDIÇÃO CASUAL OU NO CONSULTÓRIO A


PARTIR DE 18 ANOS:

Classificação PAS mmHg PAD mmHg

Normal ≤ 120 ≤ 80

Pré Hipertensão 121-139 81-89

Hipertensão Estágio 1 140 – 159 90 – 99

Hipertensão Estágio 2 160 – 179 100 - 109

Hipertensão Estágio 3 ≥ 180 ≥ 110

Quando a PAS e a PAD situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada
para classificação da PA.
 Hipertensão: PA acima da média
 Hipotensão: PA inferior à média
 Convergente: a sistólica e a diastólica se aproximam
 Divergente: a sistólica e a diastólica se afastam
5. DOR – QUINTO SINAL VITAL
A dor é um sintoma e uma das causas mais frequentes da procura por auxílio médico.
A necessidade da dor ser reconhecida como 5° sinal vital foi citada pela primeira vez
em 1996 por James Campbell (Presidente da Sociedade Americana de Dor). Seu
objetivo foi de elevar a conscientização entre os profissionais de saúde sobre o
tratamento da dor. James Campbell (1996) refere que se a dor fosse aliviada com o
mesmo zelo como os outros sinais vitais haveria uma melhor chance de promover
tratamento adequado.
A avaliação da dor deve ser visível nas instituições de saúde, assim o seu registro
juntamente com os demais sinais vitais garantirá, na sua vigência, imediata
intervenção e reavaliações subsequentes, avaliação da dor e o registro sistemático e
periódico de sua intensidade é fundamental para que se acompanhe a evolução dos
pacientes e se realize os ajustes necessários ao tratamento.
A dor foi definida pela Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) como uma
experiência sensorial e emocional desagradável que é associada a lesões reais ou
potenciais ou descrita em termos de tais lesões. A dor é sempre subjetiva e cada
indivíduo aprende a utilizar este termo por meio de suas experiências.
A dor não controlada pode levar o indivíduo a reações neurovegetativas, como:
 Aumento da PA
 Taquicardia
 Taquipneia
 Ansiedade
 Agitação psicomotora, causando assim alterações nos padrões vitais.

DOR AGUDA: está relacionada com afecções traumáticas, infecciosas, inflamatórias.


Há expectativa de desaparecimento após a cura de lesão. Há respostas
neurovegetativas associadas ( PA elevada, taquicardia...).
DOR CRÔNICA: é aquela que persiste após o tempo razoável para a cura de uma lesão
ou que está associada a processos patológicos crônicos, que causam dor contínua ou
recorrente.

A avaliação da dor compreende:


 exame clínico ( história da doença, exame físico)
 exames laboratoriais e de imagem;
 caracterização da dor, de sua repercussão, nas atividades de vida diária.
 investigação de elementos psíquicos e socioculturais significativos para o
quadro de dor.
A frequência de avaliação da dor é um aspecto importante da implantação da dor
como 5° sinal vital e pode variar de acordo com o cenário clínico.
Para pacientes internados a dor deve ser avaliada na admissão, juntamente com os
outros sinais vitais e posteriormente de horário, de acordo com a rotina da instituição
e as condições do paciente (pós-operatório imediato, pós-operatório tardio, dor
crônica, doentes fora de possibilidade terapêutica em fase avançada da doença, entre
outras), que podem determinar uma maior ou menor frequência à ser estabelecida.
Sociedade Brasileira para Estudo da Dor
CARACTERÍSTICAS DA DOR
 Localização
 Tipo - peso, queimação, aperto, cólica, etc
 Intensidade - escala 0-10, ausente, leve, moderada, forte
 Extensão - área atingida
 Irradiação -
 Fatores desencadeantes
 Fatores de melhora
 Fatores de piora (esforço, alimentação...)
 Fatores acompanhantes ( náuseas, vômitos, sudorese)

INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO DA DOR


 Auto relato
 Diário da dor
 Observação de comportamento ( choro, postura de proteção, expressão facial)
 Escalas numéricas, visual numérica e de faces.

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