Você está na página 1de 87

FUNDAM E N T OS D E

ENF E R M A G E M
N T E À ID E NT IFIC A Ç Ã O E
TÊNC IA D E ENFERMAGE M FRE
ASSIS F E C Ç Õ ES
TRATA ME N T O D A S IN
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE À IDENTIFICAÇÃO E
TRATAMENTO DAS INFECÇÕES

A equipe de enfermagem tem papel fundamental no diagnóstico e controle


das doenças infecciosas e da infecção hospitalar, pois são os cuidados por ela
prestados continuamente ao paciente que possibilitam a identificação precoce
dos sinais e sintomas, proporcionando condições de agilizar a adoção das
medidas mais adequadas de proteção e tratamento.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE À IDENTIFICAÇÃO E
TRATAMENTO DAS INFECÇÕES

Sinais são manifestações clínicas que podem ser observadas no doente e


sintomas são as manifestações subjetivas, ou seja, sentidas pelo doente e não
podem ser detectados por outra pessoa. Por exemplo, a cor amarela da pele
(icterícia) é um sinal e a dor é um sintoma.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE À IDENTIFICAÇÃO E
TRATAMENTO DAS INFECÇÕES

Dados vitais ou sinais vitais são um conjunto de medidas, observações ou


monitorizações úteis no diagnóstico e acompanhamento da evolução e das
condições clínicas do paciente. Alterações dos dados vitais ocorrem em
problemas circulatórios, neurológicos, respiratórios, endocrinometabólicos,
emocionais, infecciosos, trauma, intervenções terapêuticas ou cirúrgicas
diversas.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE À IDENTIFICAÇÃO E
TRATAMENTO DAS INFECÇÕES

Os quatro sinais vitais clássicos são a temperatura, frequência cardíaca, a frequência


respiratória e a pressão arterial. Por sua importância e necessidade de ser avaliada com
frequência, a dor passou a ser considerada o quinto sinal vital, podendo ser quantificada por
escala.
Com a disponibilidade cada vez maior de oxímetros portáteis, a oximetria de pulso
passou a ser usada na prática como o sexto sinal vital, sobretudo em pacientes em estado
grave ou com problemas respiratórios.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE À IDENTIFICAÇÃO E
TRATAMENTO DAS INFECÇÕES

Hipertermia ou febre – Verificação da Temperatura


A temperatura do corpo humano é controlada por uma área do cérebro chamada
hipotálamo, que age como um termostato ajustado para manter os órgãos internos a
37℃. Esse objetivo é alcançado por meio do equilíbrio entre a perda de calor pelos
órgãos periféricos (pele, vasos sanguíneos, glândulas sudoríparas etc.) em contato
com o ambiente e a produção de calor pelo processo metabólico dos tecidos internos.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE À IDENTIFICAÇÃO E
TRATAMENTO DAS INFECÇÕES

Hipertermia ou febre
Quando o organismo é agredido por um agente externo ou por uma doença
dos órgãos internos, o termostato pode elevar a temperatura dois ou três graus
acima dos valores habituais, o que caracteriza a febre.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE À IDENTIFICAÇÃO E
TRATAMENTO DAS INFECÇÕES

Hipertermia ou febre
A maioria dos processos infecciosos é acompanhada de hipertermia, cujas
distinções - como intensidade, tempo de duração e periodicidade - variam conforme
a natureza da infecção e características orgânicas do paciente. A hipertermia
costuma ser acompanhada de alterações cardiorrespiratórias, incluindo aumento da
frequência respiratória (taquipneia) e dos batimentos cardíacos (taquicardia).
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE À IDENTIFICAÇÃO E
TRATAMENTO DAS INFECÇÕES

Hipertermia ou febre
São comuns as queixas de fadiga, mal-estar, dores no corpo, secura na
boca e falta de apetite, que causam muito desconforto à pessoa acometida. A
febre pode provocar períodos de calafrio, fazendo com que o indivíduo sinta
necessidade de se agasalhar; em outros momentos, podem ocorrer episódios de
transpiração e sensação de calor;
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE À IDENTIFICAÇÃO E
TRATAMENTO DAS INFECÇÕES

Inflamação
A inflamação é uma resposta do tecido à agressão, com o envolvimento de vasos
sanguíneos, componentes do sangue e células locais que se concentram para destruir os
agentes agressores e propiciar a recuperação. Durante esse processo ocorre a formação
de uma substância chamada exsudato inflamatório, contendo produtos químicos liberados
pelas células mortas, pelas células de defesa, pelos agentes infecciosos - se a agressão
foi por eles provocada , por líquidos extravasados através dos capilares sanguíneos, etc.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE À IDENTIFICAÇÃO E
TRATAMENTO DAS INFECÇÕES
São sinais e sintomas clássicos de inflamação ou sinais flogísticos:
- dor: as terminações nervosas locais são estimuladas pelo exsudato inflamatório;
- calor: devido ao aumento do fluxo sanguíneo local;
- rubor: por causa do maior fluxo sanguíneo, a pele no local fica avermelhada;
- edema: resultante do exsudato inflamatório, também chamado de tumor.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE À IDENTIFICAÇÃO E
TRATAMENTO DAS INFECÇÕES
Inflamação
Dependendo da defesa orgânica do paciente e da capacidade dos agentes
infecciosos causarem danos ao hospedeiro, a infecção será ou não controlada. Em
alguns casos, pode generalizar-se, caracterizando septicemia na qual os agentes
infecciosos disseminam-se pelo organismo por meio da corrente sanguínea,
podendo provocar o desenvolvimento de um quadro grave, denominado choque
séptico.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE À IDENTIFICAÇÃO E
TRATAMENTO DAS INFECÇÕES

Inflamação
Este quadro causa uma série de transtornos circulatórios que comprometem
seriamente a irrigação de diversos órgãos e tecidos, colocando em risco a vida do
paciente, pois pode ocasionar o óbito.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES
Controlando a temperatura corporal
Vários processos físicos e químicos, sob o controle do hipotálamo, promovem a
produção ou perda de calor, mantendo nosso organismo com temperatura mais ou
menos constante, independente das variações do meio externo. A temperatura
corporal está intimamente relacionada à atividade metabólica, ou seja, a um
processo de liberação de energia através das reações químicas ocorridas nas
células.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES
Controlando a temperatura corporal
Diversos fatores de ordem psicofisiológica poderão influenciar no aumento ou
diminuição da temperatura, dentro dos limites e padrões considerados normais ou
fisiológicos. Desta forma, podemos citar o sono e repouso, emoções, desnutrição e
outros como elementos que influenciam na diminuição da temperatura; e os
exercícios (pelo trabalho muscular), emoções (estresse e ansiedade) e o uso de
agasalhos (provocam menor dissipação do calor), por exemplo, no seu aumento.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES

Controlando a temperatura corporal


Há ainda outros fatores que promovem alterações transitórias da temperatura
corporal, tais como fator hormonal (durante o ciclo menstrual), banhos muito
quentes ou frios e fator alimentar (ingestão de alimentos e bebidas muito quentes ou
frias).
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES

Controlando a temperatura corporal


A alteração patológica da temperatura corporal mais frequente caracteriza-se
por sua elevação e está presente na maioria dos processos infecciosos e/ou
inflamatórios.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES
Controlando a temperatura corporal
É muito difícil delimitar a temperatura corporal normal porque, além das variações individuais e
condições ambientais, em um mesmo indivíduo a temperatura não se distribui uniformemente nas
diversas regiões e superfícies do corpo. Assim, podemos considerar como variações normais de
temperatura:
temperatura axilar: 35,8ºC - 37,0ºC;
temperatura oral: 36,3ºC - 37,4ºC;
temperatura retal: 37ºC - 38ºC.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES

Controlando a temperatura corporal


O controle da temperatura corporal é realizado mediante a utilização do
termômetro - o mais utilizado é o de mercúrio, mas cada vez mais torna-se
frequente o uso de termômetros eletrônicos em nosso meio de trabalho.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES
A temperatura corporal pode ser verificada pelos seguintes métodos:
oral - o termômetro de uso oral deve ser individual e possuir bulbo alongado e
achatado, o qual deve estar posicionado sob a língua e mantido firme com os lábios
fechados, por 3 minutos. Esse método é contraindicado em crianças, idosos,
doentes graves, inconscientes, com distúrbios mentais, portadores de lesões
orofaríngeas e, transitoriamente, após o ato de fumar e ingestão de alimentos
quentes ou frios;
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES
A temperatura corporal pode ser verificada pelos seguintes métodos:
retal - o termômetro retal é de uso individual e possui bulbo arredondado e
proeminente. Deve ser lubrificado e colocado no paciente em decúbito lateral,
inserido cerca de 3,5cm, em indivíduo adulto, permanecendo por 3 minutos. A
verificação da temperatura retal considerada a mais fidedigna - é contraindicada em
pacientes submetidos a intervenções cirúrgicas do reto e períneo, e/ou que
apresentem processos inflamatórios locais;
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES

A temperatura corporal pode ser verificada pelos seguintes métodos:


axilar - é a verificação mais frequente no nosso meio, embora seja a menos precisa.
O termômetro de mercúrio deve permanecer por, no máximo, 7 minutos (cerca de 5
a 7 minutos). O termômetro digital avisará através do som de um bip que será
ouvido e aparecerá a imagem com o valor da temperatura.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES
As principais alterações da temperatura são:
hipotermia - temperatura abaixo do valor normal;
hipertermia - temperatura acima do valor normal;
febrícula - temperatura entre 37,2ºC e 37,8ºC.
A temperatura corpórea considerada ideal varia entre 36ºC e 36,7ºC. Geralmente, ela
é mais baixa pela manhã e mais alta no fim da tarde ou à noite. Alterações de até um grau
podem ser absolutamente aceitáveis em condições normais.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES

Verificando a temperatura corporal:


Material necessário:
• bandeja
• termômetro clínico
• bolas de algodão seco
• álcool a 70%
• bloco de papel
• caneta
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES

As orientações seguintes referem-se ao controle de temperatura axilar,


considerando-se sua maior utilização. Entretanto, faz-se necessário avaliar esta
possibilidade observando-se os aspectos que podem interferir na verificação, como
estado clínico e psicológico do paciente, existência de lesões, agitação, etc.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES

O bulbo do termômetro deve ser colocado sob a axila seca e o profissional deve
solicitar ao paciente que posicione o braço sobre o peito, com a mão em direção ao
ombro oposto. Manter o termômetro pelo tempo indicado, lembrando que duas
leituras consecutivas com o mesmo valor reflete um resultado bastante fidedigno.
Para a leitura da temperatura, segurar o termômetro ao nível dos olhos, o que
facilita a visualização.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES

Após o uso, a desinfecção do termômetro (antissepsia) deve ser realizada no


sentido do corpo para o bulbo, obedecendo o princípio do mais limpo para o mais
sujo, mediante lavagem com água e sabão ou limpeza com álcool a 70% - processo
que diminui os microrganismos e a possibilidade de infecção cruzada.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES
Cuidados de enfermagem na alteração de temperatura corporal
HIPERTERMIA
• Orientar o paciente sobre a importância dos procedimentos a serem realizados para reduzir a
temperatura
• Controlar a temperatura com maior frequência até sua estabilização
• Aumentar a ingesta líquida, se não houver contraindicação
• Providenciar banho morno e repouso - o banho morno provoca menos tremores e desconforto que o
frio
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES
Cuidados de enfermagem na alteração de temperatura corporal
HIPERTERMIA
• Nos casos de febre muito alta, aplicar compressas frias de água
• Durante o período de calafrios, cobrir o paciente e protege-lo de correntes de ar; no
período de transpiração, arejar o ambiente e providenciar roupas leves
• Fornecer medicação de acordo com a prescrição médica
• Comunicar ao enfermeiro ou médico e fazer o registro no prontuário
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES
Cuidados de enfermagem na alteração de temperatura corporal
HIPOTERMIA
• Orientar o paciente sobre a importância dos procedimentos a serem realizados para elevar
a temperatura
• Aquecer o paciente com agasalhos e cobertores
• Manter o ambiente aquecido
• Proporcionar repouso e ingestão de alimentos quentes
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES

AVALIAÇÃO DO PULSO
O pulso é a delimitação palpável da circulação sanguínea percebida em vários
pontos do corpo. O sangue circula no corpo através de um circuito contínuo. O pulso
é um indicador do estado circulatório.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES

AVALIAÇÃO DO PULSO
Após cada batimento cardíaco, o sangue é ejetado do ventrículo esquerdo para a
artéria aorta. A pressão e o volume resultam em oscilações em toda extensão da
parede.
As oscilações da pulsação, verificadas através do controle de pulso, podem trazer
informações significativas sobre estado do paciente.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES

AVALIAÇÃO DO PULSO
Esta manobra, denominada controle de pulso, é possível porque o sangue
impulsionado do ventrículo esquerdo para a aorta provoca oscilações ritmadas em
toda a extensão da parede arterial, que podem ser sentidas quando se comprime
moderadamente a artéria contra uma estrutura dura. Além da frequência, é
importante observar o ritmo e força que o sangue exerce ao passar pela artéria.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES
Fatores que influenciam a frequência de pulso
• Atividade física;
• Alimentação;
• Emoções;
• Mudanças posturais;
• Hemorragia;
• Fármacos;
• Drogas, etc.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES
Fatores que influenciam a frequência de pulso
Além dos fatores citados anteriormente, a frequência cardíaca de um indivíduos se modifica em cada fase
da vida.
Recém-nascido: 120 a 160bpm (batimentos por minuto)
Criança começando a andar – 90 a140bpm
Pré-escolar: 80 a 110bpm
Criança em idade escolar: 75 a 100bpm
Adolescente: 60 a 90bpm
Adulto: 60 a 100bpm
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES

AVALIAÇÃO DO PULSO
Habitualmente, faz-se a verificação do pulso sobre a artéria radial e, eventualmente,
quando o pulso está filiforme, sobre as artérias mais calibrosas - como a carótida e a
femoral. Outras artérias, como a temporal, a facial, a braquial, a poplítea e a dorsal
do pé também possibilitam a verificação do pulso.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES
AVALIAÇÃO DO PULSO
O pulso normal - denominado normocardia
O pulso apresenta as seguintes alterações:
• bradicardia: frequência cardíaca abaixo da normal;
• taquicardia: frequência cardíaca acima da normal;
• taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico;
• bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico;
• filiforme: pulso fino.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES

Verificando a pulsação
Material necessário:
- Relógio
- Papel e caneta
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES
Como verificar o pulso?
Higienizar as mãos;
Aquecer as mãos antes de tocar no paciente/ cliente;
Orientar o paciente/ cliente quanto ao procedimento;
Colocar o paciente/ cliente em posição confortável, sentado ou deitado, porém sempre com o braço apoiado;
Realizar o procedimento de acordo com a técnica descrita abaixo:
Utilizar os dedos indicador e médio sobre a artéria e palpar suavemente a artéria escolhida;
Sentir as pulsações através da polpa digital;
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES
Realizar o procedimento de acordo com a técnica descrita abaixo:
Contar a pulsação durante um minuto (60 segundos);
Se necessário repetir a contagem;
Deixar o paciente/ cliente confortável.
Higienizar as mãos;
Realizar as anotações de enfermagem no prontuário do paciente, rubricar e carimbar.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES
OBSERVAÇÃO:
Não usar o polegar para verificar o pulso, pois a própria pulsação pode ser confundida com a
pulsação do paciente/ cliente;
Em caso de dúvida, repetir a contagem;
Não fazer pressão forte sobre a artéria, pois isso pode impedir de sentir os batimentos do pulso.
O pulso braquial e o pulso apical são os melhores locais para avaliar a pulsação de um bebê ou de
uma criança pequena, porque os demais pulsos são profundos e difíceis de palpar com precisão
(POTTER, 2013).
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES
Características do pulso:
Frequência: A contagem deve ser sempre feita por um período de 1 minuto (60 segundos), sendo
que a frequência varia com a idade e diversas condições físicas.
Ritmo (Regular, Irregular e Arritmia): É dado pela sequência das pulsações. Quando ocorre uma
contração ineficiente do coração, que falha em transmitir a onda de pulso para o local
periférico/central, cria um déficit de pulso.
Regular: É dado pela sequência das pulsações, sendo que quando ocorrem a intervalos iguais,
chamamos de ritmo regular.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES

Características do pulso:
Irregular: Os intervalos são variáveis, ora mais longos, ora mais curtos.
Arritmia: Traduz alteração do ritmo cardíaco.
Amplitude: É avaliada pela sensação captada em cada pulsação e está relacionada
com o enchimento da artéria durante a sístole e seu esvaziamento durante a
diástole. É a intensidade com que o sangue bate nas paredes das artérias.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES
Tipos de pulso
Pulso normal: Facilmente palpável por pressão digital.
Pulso forte/ cheio: Quando se exerce uma pressão moderada sobre a artéria, o pulso é
denominado de cheio.
Pulso fraco/fino/ filiforme ou débil: Difícil de sentir por pressão digital. Indicam redução
da força ou volume do pulso. O volume é pequeno e a artéria fácil de ser obliterada, o
pulso é denominado fraco, fino, filiforme ou débil.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES

Tipos de pulso
Pulso irregular/arrítmicos: Os intervalos entre os batimentos são desiguais.
Pulso dicrótico: Dão a impressão de dois batimentos.
Pulso ausente: Não palpável, medido como 0.
• Oximetria de pulso é a maneira de medir quanto oxigênio seu sangue está
transportando. O nível de oxigênio mensurado com um oxímetro é chamado de nível
de saturação de oxigênio (abreviado como O2sat ou saO2).
• Usando um oxímetro, deve-se medir pelo menos uma vez ao dia a taxa
de saturação do sangue e o batimento cardíaco. Em pessoas saudáveis e em
altitudes normais, a taxa de saturação varia entre 95 a 99% e a frequência cardíaca
normal, em repouso, varia entre 60 e 100 batimentos por minuto (bpm). Quando
os batimentos cardíacos estão acelerados, acima de 100 bpm, a pessoa está com
taquicardia. Uma frequência cardíaca baixa, inferior a 60 bpm, é considerada
bradicardia.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES

RESPIRAÇÃO
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES
Controlando a pressão arterial
Outro dado imprescindível na avaliação de saúde de uma pessoa é o nível de sua pressão
arterial, cujo controle é realizado através de aparelhos próprios
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES
Controlando a pressão arterial
A pressão arterial resulta da tensão que o sangue exerce sobre as paredes das artérias e depende:
a) do débito cardíaco relacionado à capacidade de o coração impulsionar sangue para as artérias e
do volume de sangue circulante;
b) da resistência vascular periférica, determinada pelo lúmen (calibre), elasticidade dos vasos e
viscosidade sanguínea, traduzindo uma força oposta ao fluxo sanguíneo;
c) da viscosidade do sangue, que significa, em outros termos, sua consistência resultante das
proteínas e células sanguíneas.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES
Hipertensão arterial é o termo usado para indicar pressão arterial acima da normal;
e hipotensão arterial para indicar pressão arterial abaixo da normal. Quando a
pressão arterial se encontra normal, dizemos que está normotensa.
A pressão sanguínea geralmente é mais baixa durante o sono e ao despertar. A
ingestão de alimentos, exercícios, dor e emoções como medo, ansiedade, raiva e
estresse aumentam a pressão arterial. Habitualmente, a verificação é feita nos
braços, sobre a artéria braquial.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES

A pressão arterial varia ao longo do ciclo vital, aumentando conforme a idade.


Crianças de 4 anos podem ter pressão em torno de 85/60mmHg; aos 10 anos,
100/65mmHg34. Nos adultos, são considerados normais os parâmetros com
pressão sistólica variando de 90 a 140mmHg e pressão diastólica de 60 a 90mmHg
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES

O American College of Cardiology e a American Heart Association acabam de propor


novos limites para definir hipertensão arterial. Segundo essas normas, os níveis
máximos da normalidade devem ser de 12 por 8, contradizendo os 13 por 9 das
anteriores.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES
As categorias de pressão arterial na nova diretriz são:
Normal: Menos de 120/80 mm Hg;
Elevada: sistólica entre 120-129 e diastólica menor que 80;
Etapa 1: sistólica entre 130-139 ou diastólica entre 80-89;
Etapa 2: sistólica pelo menos 140 ou diastólica pelo menos 90 mm Hg;
Crise hipertensiva: sistólica acima de 180 e/ou diastólica acima de 120
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES
Verificando a pressão arterial
Material necessário
• estetoscópio
• esfigmomanômetro
• algodão seco
• álcool a 70%
• caneta e papel
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES
Antes e após a realização do procedimento deve-se realizar a desinfecção do diafragma
e olivas do estetoscópio, promovendo a autoproteção e evitando infecção cruzada.
Para que a aferição seja fidedigna, o braço do paciente deve estar apoiado ao nível do
coração; o manguito deve ser colocado acima da prega do cotovelo, sem folga, e a
colocação do diafragma sobre a artéria braquial não deve tocar a borda inferior do
manguito. Outro cuidado a ser observado é que o tamanho do manguito deve ser
adequado à circunferência do braço.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES
Na verificação da pressão arterial, insuflar o manguito rapidamente e desinsuflá-lo
lentamente.
O som do primeiro batimento corresponde à pressão sistólica (máxima) e o
desaparecimento ou abafamento do mesmo corresponde à pressão diastólica
(mínima).
Não realizar o procedimento em membros com fístulas arteriovenosa e cateteres
venosos, para evitar estase sanguínea e risco de obstrução da fístula ou cateteres.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES

Se houver a necessidade de repetição do exame, retirar todo o ar do manguito e


aguardar cerca de 20 a 30 segundos para restabelecer a circulação sangüínea
normal e promover nova verificação.
O limite normal de diferença entre a pressão sistólica e diastólica é de 30 a
50mmHg.
IMPLEMENTANDO MEDIDAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE
INFECÇÕES

O paciente tem o direito de saber seus valores pressóricos. Nunca lhe negue esse
direito nem diga frases como está ótima!. As alterações devem ser comunicadas ao
paciente e/ ou familiar de modo adequado.
Nos casos de hipertensão ou hipotensão, a enfermeira ou o médico devem ser
imediatamente comunicados.

Você também pode gostar