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TRABALHO DE CIRURGICA

ALUNA- Luiza Haubert Oliveira


TURMA- ENFT2
PROFESSORA- Sônia

HIPOXEMIA
A hipoxemia é definida como a baixa concentração de oxigênio no sangue, ou seja, quando a saturação de
oxigênio, medida por meio da oximetria de pulso, fica no valor baixo de 90%, já a hipóxia se caracteriza como
a redução da oxigenação nos tecidos do corpo, A hipoxemia pós-operatória tem como causas o controle
inadequado da ventilação ou da patência das vias aéreas, resultante do efeito residual de anestésicos e/ou
bloqueadores neuromusculares e a inadequação da relação ventilação/perfusão causada, principalmente, por
zonas de atelectasia nas regiões dependentes dos pulmões. Outras causas incluem estados de baixo débito
cardíaco, anemia, calafrios termogênicos, dor e agitação. A maior parte dos eventos hipoxêmicos ocorrem
durante os 15 minutos subseqüentes à admissão dos pacientes na SRPA. Um dos sintomas mais comuns de
falta de oxigênio no sangue é a falta de ar. Outros sintomas incluem dor de cabeça, tontura, respiração
rápida, ansiedade e batimento cardíaco lento, mesmo em pessoas que são muito saudáveis. A pele, lábios e
unhas também podem ficar azulados. Pessoas com problemas médicos, como asma, doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC) e insuficiência cardíaca também podem sentir dor no peito, confusão e fala
arrastada quando têm um episódio de hipoxemia
Cuidados de Enfermagem
Manter vigilância constante;
Fornecer oxigênio suplementar, incluindo ventilação mecânica, conforme prescrito;
Monitorizar administração e eficácia da oxigenoterapia;
Verificar sinais vitais, temperatura, frequência cardíaca, respiratória e pressão arterial;
Atentar para mudança na coloração da pele, principalmente cianose de extremidades;
Promover repouso absoluto;
Avaliar nível de ansiedade, promover conforto, e evitar estimulação excessiva;
Promover mudança de decúbito a cada duas horas observando a posição de melhor adaptação respiratória;
Realizar o controle de infecção através da lavagem das mãos, utilização das precauções básicas de barreira,
técnica correta de aspiração traqueal, esterilização dos circuitos respiratórios, protegendo a extremidade
distal do circuito respiratório desconectar do paciente fazer ao e acompanhamento do resultado de culturas;

OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS


A obstrução da via aérea consiste no que habitualmente se designa por “engasgamento”. Quando se trata de
uma obstrução por um corpo estranho a vítima vai ter dificuldade em respirar porque o ar não chega aos
pulmões. A obstrução nasal pode ser provocada por processos infecciosos virais ou bacterianos, como a
gripe, os resfriados e a sinusite aguda, ou por distúrbios estruturais, por exemplo, o desvio do septo ou a
presença de pólipos ou tumores no nariz. Em geral, quando a causa é infecciosa, principalmente viral, o
incômodo é passageiro, mas pode ser persistente e progressivo, como nas rinites alérgicas e se houver uma
barreira anatômica que impeça a passagem do ar. Os sinais e sintomas podem envolver sufocamento, falta
de ar, engasgamento...
Cuidados de Enfermagem:
Acalmar o paciente
Instruir o paciente a realizar tosses vigorosas
Se possível, monitorar oxigenação
Se possível, suplementar oxigênio
Não colocar a mão na boca do paciente enquanto ele mostrar-se nervoso
HIPOTENSÃO
A hipotensão é experimentada por cerca de 3% dos pacientes no pós-operatório. A hipotensão tem sido
definida com uma pressão arterial menor que 20% do nível basal ou que a pressão do pré-operatório.
Normalmente, o corpo mantém a pressão do sangue nas artérias situada em um intervalo limitado. Quando a
pressão arterial é muito baixa, não chega uma quantidade suficiente de sangue a todas as partes do corpo.
Assim, as células não recebem oxigênio e nutrientes suficientes e os resíduos não são eliminados da forma
adequada. Por isso, os órgãos e as células afetadas em seu interior começam a funcionar mal. A pressão
arterial muito baixa pode ser fatal, já que pode provocar choque, pois a falta de fluxo sanguíneo causa danos
aos órgãos. Muitas vezes os sinais clínicos de hipotensão são mais confiáveis como um indicador,
especialmente no paciente com apenas um registro de pressão no pré-operatório. Os sinais clínicos podem
incluir pulso rápido e filiforme, desorientação, sonolência, oligúria, pele fria e pálida.
Cuidados de Enfermagem
Monitorização da pressão arterial
Monitorização dos sinais e sintomas
Monitorização de pulsos
Educação do paciente para o autocuidado
Monitorização no uso de medicamentos
Monitorização das complicações potenciais
Verificação do peso e altura

HIPERTENSÃO
A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão
sanguínea nas artérias. Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou
ultrapassam os 140/90 mmHg. A pressão alta faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do
que o normal para fazer com que o sangue seja distribuído corretamente no corpo. A pressão alta é um dos
principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral, infarto, aneurisma arterial e
insuficiência renal e cardíaca
Cuidados de Enfermagem
Monitorização da pressão arterial
Monitorização dos sinais e sintomas
Monitorização de pulsos
Educação do paciente para o autocuidado
Monitorização no uso de medicamentos
Monitorização das complicações potenciais
Verificação do peso e altura

HIPOTERMIA
Hipotermia é definida como uma redução na temperatura central abaixo de 35ºC sendo considerada
hipotermia severa uma temperatura central menor que 30ºC
Hipotermia não-intencional, definida como temperatura sanguínea central menor que 36 ºC, ocorre
frequentemente durante a anestesia e a cirurgia devido à inibição direta da termorregulação pelos
anestésicos os sintomas que aparecem são: tremores leves, mãos e pés começam a sentir falta de
circulação sanguínea e apresentam dormência, cansaço excessivo e lentidão nos movimentos.
Cuidados de Enfermagem
Remover roupas frias e úmidas e substituir por roupas quentes e secas
Monitorar o aparecimento de sintomas associados a fadiga, fraqueza, confusão, apatia, coordenação
prejudicada, fala arrastada, tremores e alteração da coloração da pele;
Monitorar temperatura do paciente;
Se apropriado colocar em monitor cardíaco;
Colocar cobertores aquecidos;
Administrar líquidos aquecidos;
Monitorar cor e temperatura da pele;
Monitorar a ocorrência de bradicardia

HIPERTEMIA
A hipertermia nomeia a temperatura corporal superior ao normal. Em geral, a temperatura se situa em torno
de 37ºC. A hipertermia não é sinônimo de febre, considerada como alteração do ponto central da temperatura
normal do organismo. A hipertermia pode se dever a uma longa exposição ao calor e esforço muito intenso.
Certos medicamentos também causam hipertermia. A hipertermia é caracterizada por uma resposta hiper
metabólica (aumento exagerado das funções do corpo) após administração de alguns tipos de medicações
utilizadas na anestesia geral. Dentre esses sintomas, podemos destacar: Transpiração intensa, Respiração
rápida, Desidratação, Dor de cabeça, Pressão arterial baixa, Náuseas e vômitos, Desmaios.
Cuidados de Enfermagem
Realização de banho morno
Aplicação de compressas mornas
Bolsas de gelo e ventilação do ambiente.
Fazer uma avaliação completa da circulação periférica;
Evitar verificar pressão sanguínea na extremidade afetada

CALAFRIOS E TREMORES
tremores podem ocorrer como um efeito adverso da intervenção cirúrgica e anestesia. A incidência de
tremores pós-operatórios varia entre 6,3% e 66%. Pacientes jovens, sexo masculino, uso de agentes
anestésicos halogenados e tempo prolongado de anestesia ou procedimento cirúrgico estão relacionados
com tremores. Os tremores são involuntários e apresentam-se como atividade muscular oscilatória com
finalidade de aumentar a produção de calor. Tremor pós-operatório é uma desagradável complicação que
está relacionada com o aumento de morbidade. O tremor aumenta o metabolismo, resultando em um
acréscimo de 200% a 500% no consumo de oxigênio
Os tremores são, juntamente com náuseas e vômitos, causas de intenso desconforto na sala de recuperação
pós-anestésica, além de potencialmente prejudiciais por gerarem aumento da demanda metabólica. Embora a
presença de tremores não tenha sido diretamente relacionada com a morbidade cardíaca, a prevenção tem
se tornado tema de debate e de vários artigos científicos. A prevenção e o tratamento de tremores devem ser
implementados.
A anestesia geral causa a diminuição do metabolismo do organismo e, consequentemente, redução da
produção normal de calor. Além disso, durante a cirurgia, a superfície exposta do corpo provoca perdas
anormais de calor. Esses fatores, em conjunto, durante o ato anestésico-cirúrgico, diminuem a temperatura do
organismo para valores tão baixos quanto 34,5°C/35°C. Para minimizar esses efeitos, utilizam-se colchões
térmicos especiais e infusões ou soluções aquecidas. Mesmo assim, quando o paciente se recupera da
anestesia e as suas funções fisiológicas começam a se normalizar, ocorre calafrios, às vezes intenso, para
que haja produção de calor e restabelecimento da temperatura normal. Os sintomas podem ser tremores com
palidez e uma sensação de friagem.
sintomas associados como a fadiga, fraqueza, confusão, apatia, coordenação prejudicada, fala arrastada,
tremores e alteração da coloração da pele
Cuidados de Enfermagem
Monitorar temperatura do paciente;
Se apropriado colocar em monitor cardíaco;
Colocar cobertores aquecidos;
Administrar líquidos aquecidos;
Monitorar cor e temperatura da pele;
Monitorar a ocorrência de bradicardia

HIPOVOLEMIA
A hipovolemia reduz o débito cardíaco e pode ser causada pela hemorragia, desidratação, ou aumento da
pressão positiva expiratória final. A reposição de líquidos e/ou sangue é usada para tratar a hipovolemia. Se o
paciente está com hemorragia no local da cirurgia, está indicado o retorno à sala de cirurgia.
O choque hipovolêmico é uma situação grave que acontece quando se perde grande quantidade de líquidos e
sangue, o que faz com que o coração deixe de ser capaz de bombear o sangue necessário para todo o corpo
e, consequentemente oxigênio, levando a problemas graves em vários órgãos do corpo e colocando a vida
em risco
Cuidados de Enfermagem
Manter o acesso venoso desobstruído.
Monitorar os sinais vitais, quando apropriado.
Monitorar sinais e sintomas clínicos de hidratação excessiva/excesso de líquidos.
Monitorar a resposta do paciente à reposição de líquidos.
iniciar a reposição de líquidos prescritos, quando adequado.

RETENÇÃO URINARIA
Retenção urinária é uma complicação pós-anestésica comum, associada à distensão dolorosa da bexiga e
risco de lesão permanente do músculo detrusor, podendo culminar com problemas de motilidade e atonia,
especialmente em pacientes com idade avançada
No passado, a hipótese diagnóstica de retenção urinária no período pós-anestésico imediato era aventada
por sintomas e sinais clínicos como dor, agitação, taquicardia, hipertensão arterial e pela palpação da bexiga
distendida, sendo o diagnóstico confirmado pela cateterização vesical. Atualmente, a ultrassonografia permite
um diagnóstico rápido, sendo uma medida confiável, não invasiva, indolor e de boa reprodutibilidade, que
permite um diagnóstico preciso e precoce do volume urinário evitando, assim, a distensão excessiva da
bexiga A etiologia da retenção urinária pós- operatória está relacionada ao uso de drogas anticolinérgicas ou
analgésicas, tipo de cirurgia, terapia intravenosa, posição e perda da privacidade do paciente durante a
micção
Cuidados de Enfermagem
Orientar o paciente a beber bastante líquido (média de 2 litros por dia), caso não haja nenhuma
contraindicação;
Instruir o paciente a evitar reter a urina, urinando sempre que tiver vontade;
Procurar manter o paciente sempre com uma higiene pessoal adequada;
Caso esteja fazendo uso de frauda o ideal é que não fique muito tempo sem realizar a troca da mesma;
Lavar a região perianal após as evacuações, caso não seja possível fazer limpeza adequadamente; Evitar o
uso indiscriminado de antibióticos, sem indicação médica;

CEFALEIA PÓS-RAQUIDIANA
A cefaleia pós-raquianestesia ou pós-raqui é um dos tipos da cefaleia de baixa pressão, que é uma dor de
cabeça que surge após uma anestesia raquidiana ou punção lombar. Outros nomes que podem ser dados
para esse tipo de dor de cabeça são cefaleia pós-punção dural ou cefaleia pós-punção lombar. A anestesia
peridural e a raquianestesia são, geralmente, aplicadas em partos normais ou cesarianas. Por isso, a dor de
cabeça também é chamada de cefaleia pós-parto. A cefaleia pós-raqui é causada pelos procedimentos de
punção lombar, porque quando a agulha é introduzida, cria um pequeno furo, ou seja, uma passagem, para o
líquido cefalorraquidiano vazar para fora do canal medular. Isso reduz a pressão do líquido ao redor do
cérebro e da medula espinhal. Dependendo da quantidade de líquido que é vazado, o paciente tem uma
hipotensão liquórica, que causa alguns sintomas, como a dor de cabeça, tontura, náuseas e fraqueza.
Cuidados de Enfermagem
ingerir bastante líquido, Sentar no leito antes de levantar para deambular
Não realizar esforços físicos subitamente auxiliam na recuperação do paciente após realizar uma
raquianestesia.
DOR
A dor corporal pode variar entre moderada, desconforto localizado ou agonia. Pode ser aguda e de curta
duração, ou tornar-se crônica é um problema a longo prazo. A dor aguda possui uma função protetora para os
humanos, dado que nos ensina a evitar lesões ao nosso corpo ou situações potencialmente danosas,
protegendo a parte do corpo lesionada enquanto sara. Os sintomas devem incluir cefaleia, náusea, vômito,
febre, cansaço e indisposição
Cuidados de Enfermagem:
Administração de analgésicos e fármacos
Aplicação de frio/calor
Assistência à analgesia controlada pelo paciente
Controle do ambiente: conforto, controle da dor, controle da energia, distração
Ensino: procedimento/tratamento, estimulação da imaginação, melhora do enfrentamento, massagem,
musicoterapia, relaxamento muscular progressivo, terapia de relaxamento e toque Diminuição da ansiedade
Aromaterapia
Promoção do sono

REFERENCIAS

https://www.uol.com.br/vivabem/colunas/paola-machado/2021/03/02/hipoxemia-baixos-niveis-de-
oxigenio-no-corpo.htm
https://www.tuasaude.com/hipoxia/
https://enfermagemilustrada.com/hipoxia/
https://www.sanarmed.com/obstrucao-de-vias-aereas-por-corpo-estranho

https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/7/14/mais!/28.html#:~:text=Roberto%20S.,da%20produ
%C3%A7%C3%A3o%20normal%20de%20calor

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/complicacoes-no-pos-operatorio-imediato/23165

https://www.scielo.br/j/rba/a/PVjW8ZPVnKDKCLntQFRdmHv/?lang=pt

https://saj.med.br/cefaleia-pos-raquianestesia-entenda-o-que-e-e-porque-pode-acontecer/

https://www.tuasaude.com/cefaleia-pos-raqui/

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