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HIPOXEMIA
A hipoxemia é definida como a baixa concentração de oxigênio no sangue, ou seja, quando a saturação de
oxigênio, medida por meio da oximetria de pulso, fica no valor baixo de 90%, já a hipóxia se caracteriza como
a redução da oxigenação nos tecidos do corpo, A hipoxemia pós-operatória tem como causas o controle
inadequado da ventilação ou da patência das vias aéreas, resultante do efeito residual de anestésicos e/ou
bloqueadores neuromusculares e a inadequação da relação ventilação/perfusão causada, principalmente, por
zonas de atelectasia nas regiões dependentes dos pulmões. Outras causas incluem estados de baixo débito
cardíaco, anemia, calafrios termogênicos, dor e agitação. A maior parte dos eventos hipoxêmicos ocorrem
durante os 15 minutos subseqüentes à admissão dos pacientes na SRPA. Um dos sintomas mais comuns de
falta de oxigênio no sangue é a falta de ar. Outros sintomas incluem dor de cabeça, tontura, respiração
rápida, ansiedade e batimento cardíaco lento, mesmo em pessoas que são muito saudáveis. A pele, lábios e
unhas também podem ficar azulados. Pessoas com problemas médicos, como asma, doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC) e insuficiência cardíaca também podem sentir dor no peito, confusão e fala
arrastada quando têm um episódio de hipoxemia
Cuidados de Enfermagem
Manter vigilância constante;
Fornecer oxigênio suplementar, incluindo ventilação mecânica, conforme prescrito;
Monitorizar administração e eficácia da oxigenoterapia;
Verificar sinais vitais, temperatura, frequência cardíaca, respiratória e pressão arterial;
Atentar para mudança na coloração da pele, principalmente cianose de extremidades;
Promover repouso absoluto;
Avaliar nível de ansiedade, promover conforto, e evitar estimulação excessiva;
Promover mudança de decúbito a cada duas horas observando a posição de melhor adaptação respiratória;
Realizar o controle de infecção através da lavagem das mãos, utilização das precauções básicas de barreira,
técnica correta de aspiração traqueal, esterilização dos circuitos respiratórios, protegendo a extremidade
distal do circuito respiratório desconectar do paciente fazer ao e acompanhamento do resultado de culturas;
HIPERTENSÃO
A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão
sanguínea nas artérias. Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou
ultrapassam os 140/90 mmHg. A pressão alta faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do
que o normal para fazer com que o sangue seja distribuído corretamente no corpo. A pressão alta é um dos
principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral, infarto, aneurisma arterial e
insuficiência renal e cardíaca
Cuidados de Enfermagem
Monitorização da pressão arterial
Monitorização dos sinais e sintomas
Monitorização de pulsos
Educação do paciente para o autocuidado
Monitorização no uso de medicamentos
Monitorização das complicações potenciais
Verificação do peso e altura
HIPOTERMIA
Hipotermia é definida como uma redução na temperatura central abaixo de 35ºC sendo considerada
hipotermia severa uma temperatura central menor que 30ºC
Hipotermia não-intencional, definida como temperatura sanguínea central menor que 36 ºC, ocorre
frequentemente durante a anestesia e a cirurgia devido à inibição direta da termorregulação pelos
anestésicos os sintomas que aparecem são: tremores leves, mãos e pés começam a sentir falta de
circulação sanguínea e apresentam dormência, cansaço excessivo e lentidão nos movimentos.
Cuidados de Enfermagem
Remover roupas frias e úmidas e substituir por roupas quentes e secas
Monitorar o aparecimento de sintomas associados a fadiga, fraqueza, confusão, apatia, coordenação
prejudicada, fala arrastada, tremores e alteração da coloração da pele;
Monitorar temperatura do paciente;
Se apropriado colocar em monitor cardíaco;
Colocar cobertores aquecidos;
Administrar líquidos aquecidos;
Monitorar cor e temperatura da pele;
Monitorar a ocorrência de bradicardia
HIPERTEMIA
A hipertermia nomeia a temperatura corporal superior ao normal. Em geral, a temperatura se situa em torno
de 37ºC. A hipertermia não é sinônimo de febre, considerada como alteração do ponto central da temperatura
normal do organismo. A hipertermia pode se dever a uma longa exposição ao calor e esforço muito intenso.
Certos medicamentos também causam hipertermia. A hipertermia é caracterizada por uma resposta hiper
metabólica (aumento exagerado das funções do corpo) após administração de alguns tipos de medicações
utilizadas na anestesia geral. Dentre esses sintomas, podemos destacar: Transpiração intensa, Respiração
rápida, Desidratação, Dor de cabeça, Pressão arterial baixa, Náuseas e vômitos, Desmaios.
Cuidados de Enfermagem
Realização de banho morno
Aplicação de compressas mornas
Bolsas de gelo e ventilação do ambiente.
Fazer uma avaliação completa da circulação periférica;
Evitar verificar pressão sanguínea na extremidade afetada
CALAFRIOS E TREMORES
tremores podem ocorrer como um efeito adverso da intervenção cirúrgica e anestesia. A incidência de
tremores pós-operatórios varia entre 6,3% e 66%. Pacientes jovens, sexo masculino, uso de agentes
anestésicos halogenados e tempo prolongado de anestesia ou procedimento cirúrgico estão relacionados
com tremores. Os tremores são involuntários e apresentam-se como atividade muscular oscilatória com
finalidade de aumentar a produção de calor. Tremor pós-operatório é uma desagradável complicação que
está relacionada com o aumento de morbidade. O tremor aumenta o metabolismo, resultando em um
acréscimo de 200% a 500% no consumo de oxigênio
Os tremores são, juntamente com náuseas e vômitos, causas de intenso desconforto na sala de recuperação
pós-anestésica, além de potencialmente prejudiciais por gerarem aumento da demanda metabólica. Embora a
presença de tremores não tenha sido diretamente relacionada com a morbidade cardíaca, a prevenção tem
se tornado tema de debate e de vários artigos científicos. A prevenção e o tratamento de tremores devem ser
implementados.
A anestesia geral causa a diminuição do metabolismo do organismo e, consequentemente, redução da
produção normal de calor. Além disso, durante a cirurgia, a superfície exposta do corpo provoca perdas
anormais de calor. Esses fatores, em conjunto, durante o ato anestésico-cirúrgico, diminuem a temperatura do
organismo para valores tão baixos quanto 34,5°C/35°C. Para minimizar esses efeitos, utilizam-se colchões
térmicos especiais e infusões ou soluções aquecidas. Mesmo assim, quando o paciente se recupera da
anestesia e as suas funções fisiológicas começam a se normalizar, ocorre calafrios, às vezes intenso, para
que haja produção de calor e restabelecimento da temperatura normal. Os sintomas podem ser tremores com
palidez e uma sensação de friagem.
sintomas associados como a fadiga, fraqueza, confusão, apatia, coordenação prejudicada, fala arrastada,
tremores e alteração da coloração da pele
Cuidados de Enfermagem
Monitorar temperatura do paciente;
Se apropriado colocar em monitor cardíaco;
Colocar cobertores aquecidos;
Administrar líquidos aquecidos;
Monitorar cor e temperatura da pele;
Monitorar a ocorrência de bradicardia
HIPOVOLEMIA
A hipovolemia reduz o débito cardíaco e pode ser causada pela hemorragia, desidratação, ou aumento da
pressão positiva expiratória final. A reposição de líquidos e/ou sangue é usada para tratar a hipovolemia. Se o
paciente está com hemorragia no local da cirurgia, está indicado o retorno à sala de cirurgia.
O choque hipovolêmico é uma situação grave que acontece quando se perde grande quantidade de líquidos e
sangue, o que faz com que o coração deixe de ser capaz de bombear o sangue necessário para todo o corpo
e, consequentemente oxigênio, levando a problemas graves em vários órgãos do corpo e colocando a vida
em risco
Cuidados de Enfermagem
Manter o acesso venoso desobstruído.
Monitorar os sinais vitais, quando apropriado.
Monitorar sinais e sintomas clínicos de hidratação excessiva/excesso de líquidos.
Monitorar a resposta do paciente à reposição de líquidos.
iniciar a reposição de líquidos prescritos, quando adequado.
RETENÇÃO URINARIA
Retenção urinária é uma complicação pós-anestésica comum, associada à distensão dolorosa da bexiga e
risco de lesão permanente do músculo detrusor, podendo culminar com problemas de motilidade e atonia,
especialmente em pacientes com idade avançada
No passado, a hipótese diagnóstica de retenção urinária no período pós-anestésico imediato era aventada
por sintomas e sinais clínicos como dor, agitação, taquicardia, hipertensão arterial e pela palpação da bexiga
distendida, sendo o diagnóstico confirmado pela cateterização vesical. Atualmente, a ultrassonografia permite
um diagnóstico rápido, sendo uma medida confiável, não invasiva, indolor e de boa reprodutibilidade, que
permite um diagnóstico preciso e precoce do volume urinário evitando, assim, a distensão excessiva da
bexiga A etiologia da retenção urinária pós- operatória está relacionada ao uso de drogas anticolinérgicas ou
analgésicas, tipo de cirurgia, terapia intravenosa, posição e perda da privacidade do paciente durante a
micção
Cuidados de Enfermagem
Orientar o paciente a beber bastante líquido (média de 2 litros por dia), caso não haja nenhuma
contraindicação;
Instruir o paciente a evitar reter a urina, urinando sempre que tiver vontade;
Procurar manter o paciente sempre com uma higiene pessoal adequada;
Caso esteja fazendo uso de frauda o ideal é que não fique muito tempo sem realizar a troca da mesma;
Lavar a região perianal após as evacuações, caso não seja possível fazer limpeza adequadamente; Evitar o
uso indiscriminado de antibióticos, sem indicação médica;
CEFALEIA PÓS-RAQUIDIANA
A cefaleia pós-raquianestesia ou pós-raqui é um dos tipos da cefaleia de baixa pressão, que é uma dor de
cabeça que surge após uma anestesia raquidiana ou punção lombar. Outros nomes que podem ser dados
para esse tipo de dor de cabeça são cefaleia pós-punção dural ou cefaleia pós-punção lombar. A anestesia
peridural e a raquianestesia são, geralmente, aplicadas em partos normais ou cesarianas. Por isso, a dor de
cabeça também é chamada de cefaleia pós-parto. A cefaleia pós-raqui é causada pelos procedimentos de
punção lombar, porque quando a agulha é introduzida, cria um pequeno furo, ou seja, uma passagem, para o
líquido cefalorraquidiano vazar para fora do canal medular. Isso reduz a pressão do líquido ao redor do
cérebro e da medula espinhal. Dependendo da quantidade de líquido que é vazado, o paciente tem uma
hipotensão liquórica, que causa alguns sintomas, como a dor de cabeça, tontura, náuseas e fraqueza.
Cuidados de Enfermagem
ingerir bastante líquido, Sentar no leito antes de levantar para deambular
Não realizar esforços físicos subitamente auxiliam na recuperação do paciente após realizar uma
raquianestesia.
DOR
A dor corporal pode variar entre moderada, desconforto localizado ou agonia. Pode ser aguda e de curta
duração, ou tornar-se crônica é um problema a longo prazo. A dor aguda possui uma função protetora para os
humanos, dado que nos ensina a evitar lesões ao nosso corpo ou situações potencialmente danosas,
protegendo a parte do corpo lesionada enquanto sara. Os sintomas devem incluir cefaleia, náusea, vômito,
febre, cansaço e indisposição
Cuidados de Enfermagem:
Administração de analgésicos e fármacos
Aplicação de frio/calor
Assistência à analgesia controlada pelo paciente
Controle do ambiente: conforto, controle da dor, controle da energia, distração
Ensino: procedimento/tratamento, estimulação da imaginação, melhora do enfrentamento, massagem,
musicoterapia, relaxamento muscular progressivo, terapia de relaxamento e toque Diminuição da ansiedade
Aromaterapia
Promoção do sono
REFERENCIAS
https://www.uol.com.br/vivabem/colunas/paola-machado/2021/03/02/hipoxemia-baixos-niveis-de-
oxigenio-no-corpo.htm
https://www.tuasaude.com/hipoxia/
https://enfermagemilustrada.com/hipoxia/
https://www.sanarmed.com/obstrucao-de-vias-aereas-por-corpo-estranho
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/7/14/mais!/28.html#:~:text=Roberto%20S.,da%20produ
%C3%A7%C3%A3o%20normal%20de%20calor
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/complicacoes-no-pos-operatorio-imediato/23165
https://www.scielo.br/j/rba/a/PVjW8ZPVnKDKCLntQFRdmHv/?lang=pt
https://saj.med.br/cefaleia-pos-raquianestesia-entenda-o-que-e-e-porque-pode-acontecer/
https://www.tuasaude.com/cefaleia-pos-raqui/