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 Definição:

Sinais Vitais
o Indicador objetivo e observável, que pode evidenciar-se espontaneamente, por estimulação,
ou pela utilização de determinado equipamento.

 São:
o Temperatura
o Pulso
o Respiração
o Tensão arterial
o Dor

 Variações normais para adultos:


o Temperatura:36 /37 ºC
o Pulso:60-100 batimentos por minuto
o Respiração:12 – 20 ciclos por minuto
o Ta: 120 /80 mmHg

 Quais os aspetos que o enfermeiro deve conhecer ou fazer na avaliação dos


SV:
o A avaliação dos SV oportunamente é importante como deteção de alterações
o As necessidades de cada utente determinam quando é como os sinais vitais são mensurados.
o O enfermeiro que cuida do utente é o responsável pela avaliação dos seus SV
o O equipamento deve ser funcional e adequado, deve também ser adequado às
características do utente
o O enfermeiro deve conhecer a faixa normal de sinais vitais do utente
o O enfermeiro deve conhecer a história clínica do utente, as terapias e as medicações
prescritas
o O enfermeiro deve controlas ou minimizar os fatores ambientais que conduzam a alterações
dos SV
o O enfermeiro deve avaliar os SV de maneira metódica apara garantir a sua precisão
o O enfermeiro deve abordar o utente de maneira calma e cuidadosa para não alterar os SV
o Com base no estado do utente o enfermeiro juntamente com o médico define a periocidade
da avaliação dos SV
o O enfermeiro verifica e comunica as variações nos SV – quando acontece é importante que
outro profissional de saúde avalie repetindo a medição para ajudar a clarificar.
o O enfermeiro elabora um plano de ensino para instruir o utente.

 Em que situações devem ser avaliados ou monitorizados:


o Na admissão do utente
o No horário estabelecido pelo protocolo imposto no doente
o Antes e depois de um procedimento cirúrgico
o Antes e depois da administração de medicamentos que afetem os SV
o Quando a condição geral sofre alterações
o Quando o utente refere alterações no seu estado de saúde
o Antes e depois de prescrições de enfermagem que influencie um SV
 TA:
o Definição:
 Força exercida pelo sangue contra as paredes de uma artéria
o TA sistólica:
 Consiste no pico de pressão máxima
o TA diastólica:
 corresponde ao relaxamento do ventrículo, o sangue que permanece nas artérias faz uma
pressão mínima.
o Débito cardíaco:
 frequência cardíaca X volume de sangue
o Resistência vascular periférica:
 Também influencia a TA (especialmente a TA diastólica)
 A TA aumenta com a contrição vascular e diminui com a vasodilatação.
 A viscosidade do sangue é determinada pelos componentes celulares do sangue,
correspondente à “espessura” do sangue.
o Volémia:
 Volume sanguíneo em circulação no organismo humano.
 As situações que provocam oscilações no volume do sangue afetam a TA são por exemplo
administração de líquidos ou hemorragias.

o Alterações da TA:
 Hipertensão:
Sistólica acima de 130
Diastólica acima de 90
 Hipotensão:
Sistólica a baixo de 90 (com sinais de tontura e pulsação aumentada)
Diastólica abaixo de 70
 Hipotensão ortostática:
Queda de tensão arterial de 25 a 10, acompanhada de sinais e sintomas de perfusão
cerebral inadequada, quando se levanta da posição deitada para sentada ou de pé
 Fatores que afetam os valores normais:
 Idade
 Sexo
 Peso
 Raça
 Clima
 Ritmo circadiano
 Exercício físico
 Stress
 Posição
o Objetivo:
 Identificar sinais de agravamento súbito do estado do utente
 Vigiar o utente no período pós-operatório
 Acompanhar a evolução dos valores
 Avaliar os efeitos do tratamento com anti hipertensores
 Avaliar os efeitos de todos os tratamentos dos quais pode resultar hipertensão
 Ensinar o utente a medir a própria TA

o Equipamento:
Esfigmomanómetro: aneroide ou automático

 Composição:
 Braçadeira
 Pera insufladora
 Válvula de controlo

o Antes de medir a TA deve se tentar controlar fatores que possam influenciar as TA tal como:
 Refeições
 Fumar
 Exercício físico
 Dor
 Ansiedade

Ao informar o utente dos valores ter em atenção o método que é usado para não alarmar o
utente e tentar medir no outro braço para controlar

o Método auscultatório:
1. Preparar o equipamento necessário
2. O ambiente deve estar silencioso
3. Lavar as mãos
4. Explicar ao utente os princípios da medição, informando-o da sua duração e da
necessidade de eventuais repetições.
5. Perguntar ao utente os seus valores normais
6. Pedir ao doente que se sente ou deite
7. Libertar o braço de constrições como vestuário, assegurar que a pele está seca e integra
e os músculos do braço se encontram relaxados.
8. Envolver os braços com uma Braçadeira de dimensões apropriadas, a câmara de
borracha insuflável sobre o trajeto da artéria braquial com o bordo inferior 2/3 cm acima
da prega do cotovelo
9. Eliminar as rugas e ajustar a Braçadeira
10. Palpar o pulso da artéria braquial na zona ante cubital
11. Colocar os auriculares do Estetoscópio nos ouvidos e pousar o diafragma sobre a
artéria braquial logo abaixo da Braçadeira
12. Verificar a aferição do manómetro
13. Fechar o parafuso da Pera de insuflação
14. Insuflar a Braçadeira suavemente e o suficiente para abolir o pulso radial
15. Abrir progressivamente a Válvula, um centímetro todos os segundos, até voltar a
auscultar a artéria braquial
16. Identificar as TAS e TAD
o Sons de korotkoff:
1. Aparecimento de ruídos sistólicos, batimentos nítidos, de intensidade crescente que
correspondem à TAS
2. Batimentos de ruídos suaves
3. Reaparecimento dos ruídos arteriais nítidos, primeiro fortes depois breves
4. Ruídos abafados, semelhantes a sopro
5. Desaparecimento dos ruídos sistólicos, o que corresponde à TAD

 Pulsação:
o Objetivo:
 Avaliar a frequência cardíaca
 Detetar anomalias cardiovasculares
 Avaliar a amplitude
 Verificar a integridade da vascularização periférica
 Avaliar os efeitos de um tratamento farmacológico.

o Onde avaliar:
 Locais onde as artérias sejam superficiais e assentem numa base dura.
 Mais comuns:
 Pulso radial nos adultos e crianças – sentido na artéria radial (pulso)
 Pulso apical nos latentes – auscultado no ápice do coração, no quarto ou quinto espaço
intercostal, na linha media da clavícula esquerda

 Outros locais:
 Temporal: palpado na artéria temporal entre o olho e a linha do cabelo acima do osso
zigomático local indicado como rotina em latentes e crianças
 Carotídeo: situado sobre o pescoço ao lado da laringe, entre a traqueia e o musculo
esternocleidomastóideo. Como é uma artéria central as pulsações podem persistir
quando o voluma de ejeção é insuficiente para se poderem palpar os pulsos periféricos
 Braquial: situado na face anterior do cotovelo entre os músculos bícipe e trícipe.
 Femoral: situado na virilha, no triangulo femoral. É contornado lateralmente por
músculos e, acima, pelo ligamento inguinal.
 Abdominal: mesmo acima do umbigo
 Poplíteo: situado atras do joelho
 Tibial posterior: atras do malelo interno do tornozelo
 Pedioso: situado no dorso do pé, acima da raiz dos dedos

o O que se avalia:
 Frequência
 Qualidade:
 Amplitude – forte, normal, fraco (filiforme), ou ausente
 Ritmo – regular/rítmico ou irregular/arrítmico
 Geralmente as mulheres têm maior frequência cardíaca, assim como os lactentes e as
crianças.
 A frequência cardíaca diminui ao chegar à idade adulta e aumenta ligeiramente nos idosos.

o Terminologia:
 Normocardico – pulsação normal
 Bradicardia – pulsação baixa (-60)
 Taquicardia – pulsação rapida (+100)
 Bradisfigmia – pulso fino e bradicardico
 Taquisfigmia – pulso fino e taquicardíaco
o Fatores que influenciam:
 Exercício
 Emoções
 Temperatura
 Medicamentos
 Hemorragias
 Mudanças posturais
 Distúrbios pulmonares

 Temperatura:
o Definição:
 Diferença entre quantidade de calor produzido pelos processos corporais e a quantidade
de calor perdida para o ambiente externo (termogénese – termólise)
 Esta relação é regulada por mecanismos neurológicos e cardiovasculares.
 Obedece a um ritmo que se repete cada 24h
 É mínima no fim da noite e máxima 12h depois.
 É um pouco mais elevada no inverno que no verão.
o Fatores que afetam:
 Ambiente
 Stresse
 Idade
 Hormonas
 Ritmo cardíaco
o Consequências da falência termorreguladora:
 Se a temperatura subir acima de 41/42.2 ºC podem ocorrer lesões nos tecidos devido a
alteração ou inativação das proteínas celulares. A maioria das funções enzimáticas fica
comprometida. – Hipertermia
 Numa hipotermia prolongada as membranas celulares ficam danificada. Formam-se
cristais por congelação dos tecidos, o que provoca lesões. – Hipotermia.
o Mecanismos de perda de calor:
 Irradiação
 Remoção de roupas ou lençóis
 Posição do utente
 Ter atenção a que num ambiente aquecido, a quantidade de calor perdido por irradiação
diminuiu e pode mesmo inverter-se, podendo a temperatura aumentar por radiação.
 Condução
 Aplicação de uma bolsa de gelo
 Promoção de um banho do doente com uma água morna
 Convecção
 Dispersão do calor através de correntes de ar. Este tipo de perda de calor aumenta
quando a pele húmida entra em contacto com o ar em movimento.
 Evaporação
 Perdas insensíveis
 Sudação: resulta da elevada temperatura da pele ou da elevada temperatura interna,
da atividade muscular e do stress
o Vias de avaliação:
 Oral:
 Deve ser usado em crianças com mais de 4 anos.
 Ter em atenção se o utente ingeriu alimentos quentes nos últimos 30 minutos.
 A ponta do termómetro é colocada debaixo da língua e mantém-se a boca fechada.
 A leitura deve ser feita em 3 minutos. Mais preciso que o axial mas menos pratico.
 Retal:
 ideal para menores de 3 anos.
 pode ser usada desde o nascimento.
 criança deitada de costas e introduz-se o termómetro 1 a 2 cm depois de lubrificar e
sem esforçar.
 É o mais rigoroso mas menos pratico.
 Axilar:
 É o mais pratico mas mais demorado.
 Pode ser usado em bebes com menos de 3 anos desde que este esteja ao colo de um
adulto.
 Timpânica:
 Método mais rápido e higiénico.
 Só deve ser utilizado a maiores de 3 anos.
 Central
o Terminologia:
 Hipotermia – inferior a 36 ºC
 Apirético – entre 36 e 37 ºC
 SUB febril – 37 a 38 ºC
 Febre - 38.2 ºC
 Hipertermia ou hiperpirexia – acima de 40 ºC

 Respiração:
o Ventilação: movimentos mecânicos do ar a entrar e sair dos pulmões.

o Difusão: as moléculas de gases passam de uma zona onde estão em grande concentração
para uma de menor concentração através da membrana respiratória.

o Perfusão: movimento dos gases através dos tecidos e órgãos.

o Fatores que influenciam a frequência respiratória:


 Ansiedade
 Exercício físico
 Posição corporal
 Medicação
 Lesão do tronco cerebral

o Avaliação da respiração:
 Frequência:
Varia com a idade e declina ao longo da vida.

 Qualidade:
 Amplitude – volume de ar corrente
Pode ser:
Profunda – envolve expansão plena dos pulmões com expiração completa
Normal – movimentos basais
Superficial – apenas uma quantidade de ar passa através dos pulmões e o movimento
respiratório é difícil de observar
 Ritmo
Regular – com intervalo regular
Irregular – com intervalo irregular
 Simetria
A respiração normal, descontraída, não exige esforço, é automática, regular e ampla.
Quando a expansão torácica é assimétrica significa que. Parte do pulmão está obstruída
ou colapsada, ou num pós-operatório quando o utente se defende da dor no local da
incisão.

o Dispneia:
 O utente refere falta de ar e demonstra fadiga e ansiedade pelo esforço que faz ao falar,
podendo também apresentar cianose ou taquicardia.
 Classifica-se em:
 Dispneia em esforço
 Dispneia funcional
 Dispneia em repouso
o Manifestações de respiração ruidosa:
 Sibilos/ pieira – sons agudos e prolongados. Mais audíveis na expiração. Resultam da
circulação do ar através de vias sérias de calibre diminuído, muito perto do ponto de
encerramento.
 Roncos – sons graves. Produzido nas vias aéreas de maior calibre, que tenham o seu
calibre diminuído por obstruções como secreções.
 Crepitações – sons breves e descontínuos. Podem ser provocadas pela abertura rápida
de pequenas vias aéreas, colapsadas durante a expiração ou pela passagem de ar
através de secreções presentes nas vias aéreas.
 Estridor – sons ásperos agravado na inspiração ou na expiração. Surge e indivíduos com
estenose das vias aéreas superiores.
o Terminologia:
 Bradipneia – frequência baixa
 Taquipneia – frequência alta
 Eupneia – frequência normal
 Apneia – respiração cessa por vários segundos
 Hiperpneia – frequência e/ou profundidade aumentada
o Padrões respiratórios anormais:
 Ortopneia: facilitada pela posição do utente
 Cheyne-stockes: existe aumento gradativo, vindo a apresentar decréscimo na
profundidade, seguido de um período em que a respiração para pôr breves instantes.
 Kuss-maul: frequência e profundidade aumentada
 Hiperventilação: respiração rápida e profunda
 Hipoventilaçao: estado de lentificação em que há volume insuficiente de ar que entra e
sai dos pulmões.
 Dor:
o É uma experiência sensorial e emocional
o É um fenómeno complexo e especulativo nas vertentes
 Bio fisiológicas
 Bioquímicas
 Psicossociais
 Comportamentais
 Morais
o Objetivos da avaliação:
 Prevenir a dor
 Medir a intensidade
 Avaliar a repercussão emocional
 Utilizar medidas de alívio
 Avaliar a evolução
o Indicadores observáveis:
 Comportamentais:
 Expressão vocal, corporal e facial
 Modificações comportamentais
 Fisiológicas:
 Sinais físicos
 Alterações endocino-metabolicas: libertação de hormonas que levam à mobilização de
substratos e catabolismo como libertação de cortisol, adrenalina, noradrenalina,
corticoides, etc….
o Escalas de avaliação:
 Critérios para escolher os instrumentos:
 Tipo de dor
 Idade/desenvolvimento cognitivo
 Situação clínica
 Facilidade e tempo necessário para a avaliação
 Validação e fiabilidade da escala
 Tipos de escala:
 Visual
 Numérica
 Qualitativa
 De faces
o Avaliação da dor:
 Causa ou etiologia:
Determina o fator que causa a dor
 Natureza da dor/
Física – dor orgânica
Psicológica – dor psicogénica
 Frequência da dor:
Pode ser episódica ou esporádica (alterna com períodos sem dor) ou continua
 Intensidade da dor:
Utilização das escalas
 Qualidade da dor:
Principal sensação que a dor transmite ao indivíduo.
 Duração
 Localização no corpo:
Quando tem local localizado é uma dor localizada a e quando é difícil localizar chama se
dor difusa.

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