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Os sinais vitais são indicadores das condições de saúde de uma pessoa. Numerosos
fatores, tais como temperatura ambiental, exercícios ou esforços físicos, sexo, idade, estado
emocional, horário da verificação e efeitos da doença (dentre outros), podem causar alterações
nestes sinais, algumas vezes, além da variação normal. A medida de sinais vitais fornece
valores que podem ser utilizados como parâmetro, em relação a outras aferições em um
mesmo indivíduo, para se determinar um estado normal de saúde (dados básicos), assim como
uma resposta tanto para o estresse físico e psicológico, como para o tratamento médico e de
enfermagem. Qualquer alteração dos sinais vitais de um paciente pode ser um sinal (indicativo)
para a necessidade de intervenção médica e de enfermagem.
Os sinais vitais são um meio rápido e eficiente para se monitorar as condições de um
paciente ou identificar a presença de problemas; eles nos fornecem dados pelos quais
podemos avaliar as condições do organismo, auxiliar no diagnóstico de anormalidades e na
continuidade do tratamento. As habilidades básicas exigidas para verificação dos sinais vitais
são simples, mas não devem ser subestimadas, e em conjunto com outras medições
fisiológicas, é a base para a solução de problemas clínicos. Quando o profissional aprende as
variáveis fisiológicas que influenciam na oscilação dos sinais vitais e reconhece a relação de
suas alterações com outros achados resultantes da avaliação física, ele será capaz de elaborar
determinações precisas sobre os problemas de saúde do paciente. Técnicas cuidadosas de
medidas asseguram resultados exatos; sendo assim, é muito importante que eles sejam
verificados com a maior precisão possível e anotados corretamente no prontuário do paciente.
Material necessário:
PULSO (P)
Terminologia básica:
Observação: não devemos usar o primeiro quirodáctilo (dedo polegar), na aferição do pulso,
porque podemos confundir a pulsação do paciente com a nossa. Não fazer pressão forte sobre
a artéria, pois isso pode nos impedir de perceber as pulsações do paciente.
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Procedimento:
1. Lavar as mãos.
2. Explicar ao paciente o que vai ser feito.
3. Manter o paciente confortável (deitado ou sentado) e o membro superior direito ou esquerdo
apoiado na cama, mesa ou colo, preferencialmente com a palma da mão voltada para baixo.
4. Colocar os dedos indicador, médio e anular sobre a artéria, fazendo leve pressão, suficiente
para sentir a pulsação.
5. Procurar sentir bem o pulso antes de iniciar a contagem.
6. Contar o número de pulsações durante um minuto.
7. Se necessário repetir a contagem.
8. Fazer as anotações.
9. Lavar as mãos.
RESPIRAÇÃO (R)
Terminologia básica:
Procedimento:
1. Lavar as mãos.
2. Solicitar que o paciente permaneça sem falar durante o procedimento (não contar a
respiração logo após qualquer esforço do paciente).
3. Deitá-lo ou sentá-lo, confortavelmente.
4. Observar os movimentos de abaixamento e elevação do tórax. Os dois movimentos
(inspiração e expiração) somam um movimento respiratório.
5. Colocar a mão no pulso do paciente a fim de disfarçar a observação.
6. Contar durante um minuto cheio.
7. Fazer as anotações.
8. Lavar as mãos.
TEMPERATURA (T)
Mercúrio
TERMINOLOGIA BÁSICA:
Os sinais ou sintomas mais comuns encontrados nas pessoas em estado febril são:
sede;
pele quente;
calafrios;
mal-estar;
vermelhidão da face;
aumento do brilho nos olhos;
agitação ou prostração;
lábios secos;
indisposição, dentre outros.
1. Ingerir líquidos;
2. Aplicação fria no tórax;
3. Aplicação de gelo nas pregas axilares e inguinais;
4. Retirar o excesso de roupa e cobertores (orientar paciente e seus familiares);
5. Roupas leves;
6. Repouso;
7. Alimentação leve.
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TEMPERATURA AXILAR
Apesar de não ser a mais precisa, é a mais comumente utilizada para a verificação da
temperatura corporal.
Procedimentos:
1. Lavar as mãos;
2. Explicar ao paciente o que vai ser feito;
3. Desinfetar o termômetro com algodão embebido em álcool a 70% partindo do bulbo para a
escala. A limpeza nesta direção indica do menos contaminado para o mais contaminado;
4. Certificar-se de que a coluna de mercúrio está abaixo de 35º C;
5. Enxugar a axila com a roupa do paciente (a umidade abaixa a temperatura da pele, não
aferindo a temperatura real do corpo);
6. Colocar o termômetro com o reservatório de mercúrio bem no côncavo da axila, de maneira
que o bulbo fique em contato direto com a pele. Quando o bulbo permanece na axila contra os
vasos sangüíneos superficiais e as superfícies da pele se juntam, reduzindo a quantidade de ar
que rodeia o bulbo, obtém-se uma medida de temperatura do corpo relativamente precisa;
7. Pedir ao paciente para comprimir o braço de encontro ao corpo, colocando a mão no ombro
oposto;
8. Após 5 a 7 minutos, retirar o termômetro, ler e anotar a temperatura;
9. Desinfetar o termômetro com algodão embebido em álcool a 70% e movimentá-lo
cuidadosamente até que a coluna de mercúrio desça abaixo de 35º C;
10. Fazer as anotações;
11. Lavar as mãos.
Observações:
TEMPERATURA INGUINAL
TEMPERATURA BUCAL
Procedimentos:
1. Lavar as mãos;
2. Explicar ao paciente o que vai ser feito;
3. Fazer a desinfecção do termômetro do bulbo em direção aos dedos, fazendo a limpeza do
menos contaminado para o mais contaminado;
4. Colocar o termômetro sob a língua do paciente, pois esta é a área mais quente da boca e
com melhor fluxo sangüíneo;
5. Solicitar que o paciente mantenha a boca fechada em torno do termômetro (pois o ar pode
resfriar e dar uma temperatura falsa), aguardar 5 a 7 minutos;
6. Retirar o termômetro, ler a temperatura e anotá-la, escrevendo a letra “B” para indicar o local
onde foi verificada;
7. Desinfetar o termômetro com algodão embebido em álcool a 70%;
8. Fazer o mercúrio descer e lavá-lo com água e sabão;
9. Lavar as mãos.
Observação:
O termômetro apropriado deve ser longo e chato, pois propicia mais segurança e rapidez
para o aquecimento e deve ser individual.
Contra-indicações:
TEMPERATURA RETAL
O reto é o local de maior precisão para se verificar a temperatura. Este processo é mais
utilizado nas maternidades e serviços de pediatria, devendo cada criança ter um termômetro.
Procedimentos:
Observação:
Contra-indicações:
A pressão arterial é a pressão exercida pelo sangue nas paredes dos vasos sangüíneos.
É a resistência oferecida pelas paredes das artérias ao fluxo sangüíneo, ocasionado pela força
de contração do coração.
O coração apresenta dois átrios e dois ventrículos. As válvulas, tricúspide, no lado
direito, e a mitral, no lado esquerdo. Estas válvulas permitem que o sangue passe dos átrios
para os ventrículos e impedem a passagem em sentido contrário.
Existe a pequena circulação e a grande circulação. Na pequena circulação, o sangue vai
do coração (ventrículo direito) através da artéria pulmonar, até o pulmão e retorna ao coração
(átrio esquerdo) pelas veias pulmonares. Na grande circulação o sangue sai do coração
(ventrículo esquerdo) através da artéria aorta que o distribui às partes do organismo através de
suas ramificações, às artérias e arteríolas, sendo recolhido pelas vênulas e veias que
desembocam nas veias cavas superior e inferior e levam o sangue novamente ao coração (átrio
direito).
As artérias transportam sangue rico em oxigênio, por isso é chamado sangue arterial.
Estas artérias vão se ramificando até as células, onde entregam o oxigênio e as células liberam
gás carbônico (CO2), que é recolhido pelos capilares. As veias vão se tornando cada vez mais
grossas e forma-se finalmente, as veias cavas, que se abrem no coração.
Todas as veias da grande circulação transportam sangue rico em gás carbônico, por isto
é chamado sangue venoso.
Variações Patológicas:
Esclerose dos vasos, drogas estimulantes, doenças renais, exercícios físicos, emoções,
processo digestivo, idade avançada, menstruação, gestação, alcoolismo, tabagismo, estresse.
A pressão arterial varia de hora para hora, sendo geralmente mais baixa durante o sono
e quando o paciente está deitado. É mais alta quando está sentado ou de pé.
Observações: