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SETOR DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UFPR.


CURSO: TÉCNICO EM PETRÓLEO E GÁS.
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR.
PROFESSORA: SILVIA CRISTINA SPRENGEL DE ALENCAR.

VERIFICAÇÃO DE SINAIS VITAIS

Os sinais vitais são indicadores das condições de saúde de uma pessoa. Numerosos
fatores, tais como temperatura ambiental, exercícios ou esforços físicos, sexo, idade, estado
emocional, horário da verificação e efeitos da doença (dentre outros), podem causar alterações
nestes sinais, algumas vezes, além da variação normal. A medida de sinais vitais fornece
valores que podem ser utilizados como parâmetro, em relação a outras aferições em um
mesmo indivíduo, para se determinar um estado normal de saúde (dados básicos), assim como
uma resposta tanto para o estresse físico e psicológico, como para o tratamento médico e de
enfermagem. Qualquer alteração dos sinais vitais de um paciente pode ser um sinal (indicativo)
para a necessidade de intervenção médica e de enfermagem.
Os sinais vitais são um meio rápido e eficiente para se monitorar as condições de um
paciente ou identificar a presença de problemas; eles nos fornecem dados pelos quais
podemos avaliar as condições do organismo, auxiliar no diagnóstico de anormalidades e na
continuidade do tratamento. As habilidades básicas exigidas para verificação dos sinais vitais
são simples, mas não devem ser subestimadas, e em conjunto com outras medições
fisiológicas, é a base para a solução de problemas clínicos. Quando o profissional aprende as
variáveis fisiológicas que influenciam na oscilação dos sinais vitais e reconhece a relação de
suas alterações com outros achados resultantes da avaliação física, ele será capaz de elaborar
determinações precisas sobre os problemas de saúde do paciente. Técnicas cuidadosas de
medidas asseguram resultados exatos; sendo assim, é muito importante que eles sejam
verificados com a maior precisão possível e anotados corretamente no prontuário do paciente.

Quando medir os sinais vitais?

 Quando o paciente é admitido em um hospital ou outro serviço de saúde;


 Em um hospital, dentro de uma rotina de atendimento, de acordo com as prescrições
médicas e de enfermagem;
 Durante a consulta de um paciente em um ambulatório ou consultório particular;
 Antes e depois de qualquer procedimento cirúrgico ou procedimento invasivo de diagnóstico;
 Antes e depois da administração de medicamentos que afetam as funções cardiovascular,
respiratória e de controle de temperatura;
 Sempre que as condições físicas gerais do paciente pioram repentinamente (como perda de
consciência, presença de sangramento intenso...);
 Antes de intervenções de enfermagem que possam alterar qualquer um dos sinais vitais (tais
como antes de fazer um paciente sair da cama e andar no período pós-operatório imediato,
por exemplo);
 Sempre que o paciente manifestar quaisquer sintomas inespecíficos de desconforto físico
(se o paciente estiver se sentindo “estranho” ou “diferente”).

Material necessário:

 Relógio com ponteiro de segundos;


 Termômetro;
 Estetoscópio;
 Esfigmomanômetro;
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 Recipiente contendo álcool a 70%;


 Recipiente com algodão hidrófilo;
 Recipiente para lixo;
 Canetas;
 Caderneta ou papel para anotação.

Acessórios para verificação da temperatura retal: vaselina ou óleo e luvas de procedimento.

PULSO (P)

Pulso é a contração e descontração que as paredes das artérias sofrem, seguindo os


batimentos cardíacos.
O número de pulsações normais no adulto é de aproximadamente 60 a 80 por minuto.
As artérias mais comumente utilizadas para verificar o pulso são: artéria radial,
braquial, carótida, temporal, femoral, poplítea, pediosa, tibial anterior e tibial posterior.

O pulso pode variar quanto à freqüência, volume e ritmo:

 Freqüência: número de batimentos por minuto;


 Volume: relaciona-se com a quantidade de sangue impulsionado através das artérias,
podendo ser cheio, fraco ou filiforme;
 Ritmo: maneira compassada dos batimentos cardíacos, podendo ser rítmico ou arrítmico.

Terminologia básica:

 Normocardia: batimento cardíaco dentro dos padrões de normalidade.


 Taquicardia: batimento cardíaco acelerado.
 Bradicardia: batimento cardíaco lento.
 Normosfigmia: pulsação dentro dos padrões de normalidade.
 Taquisfigmia: pulso acelerado.
 Bradisfigmia: pulso lento.
 Fraco, filiforme: redução da força ou do volume no pulso periférico; pulso facilmente
desaparece com a compressão.
 Pulso forte: aumento da força ou do volume no pulso, dificilmente some com a
compressão.

Fatores que alteram a pulsação:

 Causando elevação: emoções, processo digestivo, exercícios, banho frio, determinadas


drogas.
 Causando diminuição: repouso, jejum, certas drogas.

Observação: não devemos usar o primeiro quirodáctilo (dedo polegar), na aferição do pulso,
porque podemos confundir a pulsação do paciente com a nossa. Não fazer pressão forte sobre
a artéria, pois isso pode nos impedir de perceber as pulsações do paciente.
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Procedimento:

1. Lavar as mãos.
2. Explicar ao paciente o que vai ser feito.
3. Manter o paciente confortável (deitado ou sentado) e o membro superior direito ou esquerdo
apoiado na cama, mesa ou colo, preferencialmente com a palma da mão voltada para baixo.
4. Colocar os dedos indicador, médio e anular sobre a artéria, fazendo leve pressão, suficiente
para sentir a pulsação.
5. Procurar sentir bem o pulso antes de iniciar a contagem.
6. Contar o número de pulsações durante um minuto.
7. Se necessário repetir a contagem.
8. Fazer as anotações.
9. Lavar as mãos.

RESPIRAÇÃO (R)

Respiração é o ato de inspirar e expirar, promovendo a troca de gases entre o


organismo e o ambiente.
A freqüência respiratória normal do adulto oscila entre 16 a 20 respirações por minuto.
Em geral, a proporção entre freqüência respiratória e ritmo de pulso é de
aproximadamente 1:4 (exemplo, R: 20, P: 80).
Como a respiração está sujeita ao controle voluntário, em certo grau, deve ser contada
sem que o paciente perceba (deve-se observar a respiração, procedendo como se estivesse
verificando o pulso).
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Fatores que alteram a respiração:

 Sono, banho quente: diminuem a respiração;


 Emoções, exercícios e banho frio: aumentam a respiração.

Terminologia básica:

 Eupnéia: respiração normal.


 Dispnéia: dor ou dificuldade ao respirar (falta de ar), respiração difícil.
 Apnéia: parada respiratória.
 Bradipnéia: diminuição da freqüência respiratória.
 Taquipnéia: aumento da respiração, acima do normal.
 Ortopnéia: respiração facilitada na posição vertical, dificuldade para respirar quando na
posição deitada.
 Respiração ruidosa, estertorosa: respiração com barulho, ruídos semelhantes a
“cachoeira”.
 Respiração Cheyne Stokes: ritmo respiratório desigual.

Procedimento:

1. Lavar as mãos.
2. Solicitar que o paciente permaneça sem falar durante o procedimento (não contar a
respiração logo após qualquer esforço do paciente).
3. Deitá-lo ou sentá-lo, confortavelmente.
4. Observar os movimentos de abaixamento e elevação do tórax. Os dois movimentos
(inspiração e expiração) somam um movimento respiratório.
5. Colocar a mão no pulso do paciente a fim de disfarçar a observação.
6. Contar durante um minuto cheio.
7. Fazer as anotações.
8. Lavar as mãos.

TEMPERATURA (T)

Temperatura corporal é o equilíbrio entre a produção e a perda de calor do organismo,


mediado pelo centro termo-regulador. O mecanismo que governa a temperatura, o ritmo do
pulso e da respiração está tão inter-relacionado, que uma variação considerável do valor normal
já é considerada como indicativo de doença.
A temperatura normal, dependendo das circunstâncias, pode variar de 35,8 até 37,2º C.
As regiões de verificação de temperatura são: região axilar, inguinal, bucal e retal. A
axilar é a mais comumente verificada (embora menos fidedigna) e seu valor normal varia no
adulto (entre um adulto e outro).

A temperatura sofre alterações de acordo com alguns fatores:

 Horário: mais baixa pela manhã, mais alta à noite.


 Aumentam a temperatura: exercícios físicos, cansaço mental e físico, emoções,
nervosismo, processo digestivo, não ingestão de líquidos, infecções;
 Diminuem a temperatura: repouso, sono, inanição, hemorragia, choque hipovolêmico,
medicamentos depressores do sistema nervoso central.
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PARTES QUE COMPÕE UM TERMÔMETRO:

Escala de temperatura em centígrados Bulbo de Mercúrio

Mercúrio

Os valores de normalidade para a temperatura são:

Axilar – de 36ºC a 36,8ºC, aproximadamente;


Bucal – de 36,2ºC a 37ºC, aproximadamente;
Retal – de 36,4ºC a 37,2ºC, aproximadamente.

TERMINOLOGIA BÁSICA:

 Normotermia: temperatura corporal normal.


 Afebril: ausência de elevação da temperatura, sem febre.
 Febre ou Hipertermia: elevação da temperatura corporal, normalmente acima de 37.8ºC.
 Hiperpirexia: a partir de 41º C.
 Hipotermia: temperatura abaixo do normal.

Os sinais ou sintomas mais comuns encontrados nas pessoas em estado febril são:

 sede;
 pele quente;
 calafrios;
 mal-estar;
 vermelhidão da face;
 aumento do brilho nos olhos;
 agitação ou prostração;
 lábios secos;
 indisposição, dentre outros.

Cuidados recomendados nos casos de hipertermia:

1. Ingerir líquidos;
2. Aplicação fria no tórax;
3. Aplicação de gelo nas pregas axilares e inguinais;
4. Retirar o excesso de roupa e cobertores (orientar paciente e seus familiares);
5. Roupas leves;
6. Repouso;
7. Alimentação leve.
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Cuidados observados nos casos de hipotermia:

1. Ingestão de alimentos quentes, de acordo com aceitação e condições gerais do paciente;


2. Repouso;
3. Manter-se aquecido;
4. Banhos mornos;
5. Compressas mornas nas pregas axilares e inguinais;
6. Bolsa de água quente nos pés (conforto);
7. Aquecimento adequado do ambiente.

TEMPERATURA AXILAR

Apesar de não ser a mais precisa, é a mais comumente utilizada para a verificação da
temperatura corporal.

Procedimentos:

1. Lavar as mãos;
2. Explicar ao paciente o que vai ser feito;
3. Desinfetar o termômetro com algodão embebido em álcool a 70% partindo do bulbo para a
escala. A limpeza nesta direção indica do menos contaminado para o mais contaminado;
4. Certificar-se de que a coluna de mercúrio está abaixo de 35º C;
5. Enxugar a axila com a roupa do paciente (a umidade abaixa a temperatura da pele, não
aferindo a temperatura real do corpo);
6. Colocar o termômetro com o reservatório de mercúrio bem no côncavo da axila, de maneira
que o bulbo fique em contato direto com a pele. Quando o bulbo permanece na axila contra os
vasos sangüíneos superficiais e as superfícies da pele se juntam, reduzindo a quantidade de ar
que rodeia o bulbo, obtém-se uma medida de temperatura do corpo relativamente precisa;
7. Pedir ao paciente para comprimir o braço de encontro ao corpo, colocando a mão no ombro
oposto;
8. Após 5 a 7 minutos, retirar o termômetro, ler e anotar a temperatura;
9. Desinfetar o termômetro com algodão embebido em álcool a 70% e movimentá-lo
cuidadosamente até que a coluna de mercúrio desça abaixo de 35º C;
10. Fazer as anotações;
11. Lavar as mãos.

Observações:

 Não deixar o paciente sozinho com o termômetro;


 Não verificar no braço em que estiver recebendo soro ou sangue.

Contra-indicação: furunculose axilar, pessoas muito fracas ou magras, queimaduras de tórax,


fraturas de membros superiores.
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TEMPERATURA INGUINAL

É mais comumente verificada em recém-nascidos. O procedimento para a verificação da


temperatura é o mesmo, variando apenas o local: o termômetro é colocado na região inguinal, e
deve-se neste caso, flexionar a coxa sobre o abdome.

TEMPERATURA BUCAL

Procedimentos:

1. Lavar as mãos;
2. Explicar ao paciente o que vai ser feito;
3. Fazer a desinfecção do termômetro do bulbo em direção aos dedos, fazendo a limpeza do
menos contaminado para o mais contaminado;
4. Colocar o termômetro sob a língua do paciente, pois esta é a área mais quente da boca e
com melhor fluxo sangüíneo;
5. Solicitar que o paciente mantenha a boca fechada em torno do termômetro (pois o ar pode
resfriar e dar uma temperatura falsa), aguardar 5 a 7 minutos;
6. Retirar o termômetro, ler a temperatura e anotá-la, escrevendo a letra “B” para indicar o local
onde foi verificada;
7. Desinfetar o termômetro com algodão embebido em álcool a 70%;
8. Fazer o mercúrio descer e lavá-lo com água e sabão;
9. Lavar as mãos.

Observação:

 O termômetro apropriado deve ser longo e chato, pois propicia mais segurança e rapidez
para o aquecimento e deve ser individual.

Contra-indicações:

 Pacientes com comprometimento de face e boca, problemas nas vias respiratórias, em


doentes mentais, com delírios, inconscientes, crianças, logo após a ingestão de alimentos
gelados ou quentes, pacientes graves e imediatamente após ter fumado.

TEMPERATURA RETAL

O reto é o local de maior precisão para se verificar a temperatura. Este processo é mais
utilizado nas maternidades e serviços de pediatria, devendo cada criança ter um termômetro.

Procedimentos:

1. Lavar as mãos e calçar as luvas;


2. Orientar o paciente sobre o procedimento;
3. Posicioná-lo em decúbito lateral, deixando as nádegas expostas;
4. Lubrificar o termômetro com óleo ou vaselina e introduzir de 1 a 2 cm pelo ânus;
5. Retirar o termômetro após 2 a 5 minutos e ler a temperatura;
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6. Desinfetar o termômetro com algodão embebido em álcool a 70%;


7. Fazer o mercúrio descer e lavar o termômetro com água e sabão;
8. Retirar as luvas e lavar as mãos;
9. Anotar a temperatura escrevendo a letra “R” para indicar o local onde foi verificada.

Observação:

 O termômetro é de uso individual e deve ser apropriado (reservatório de mercúrio curto,


arredondado e de vidro mais grosso).

Contra-indicações:

 Em caso de inflamação, obstrução ou operação do reto.

PRESSÃO ARTERIAL (PA)

A pressão arterial é a pressão exercida pelo sangue nas paredes dos vasos sangüíneos.
É a resistência oferecida pelas paredes das artérias ao fluxo sangüíneo, ocasionado pela força
de contração do coração.
O coração apresenta dois átrios e dois ventrículos. As válvulas, tricúspide, no lado
direito, e a mitral, no lado esquerdo. Estas válvulas permitem que o sangue passe dos átrios
para os ventrículos e impedem a passagem em sentido contrário.
Existe a pequena circulação e a grande circulação. Na pequena circulação, o sangue vai
do coração (ventrículo direito) através da artéria pulmonar, até o pulmão e retorna ao coração
(átrio esquerdo) pelas veias pulmonares. Na grande circulação o sangue sai do coração
(ventrículo esquerdo) através da artéria aorta que o distribui às partes do organismo através de
suas ramificações, às artérias e arteríolas, sendo recolhido pelas vênulas e veias que
desembocam nas veias cavas superior e inferior e levam o sangue novamente ao coração (átrio
direito).
As artérias transportam sangue rico em oxigênio, por isso é chamado sangue arterial.
Estas artérias vão se ramificando até as células, onde entregam o oxigênio e as células liberam
gás carbônico (CO2), que é recolhido pelos capilares. As veias vão se tornando cada vez mais
grossas e forma-se finalmente, as veias cavas, que se abrem no coração.
Todas as veias da grande circulação transportam sangue rico em gás carbônico, por isto
é chamado sangue venoso.

São cinco os fatores que conservam a pressão:

1. Força de contração do coração: interfere na pressão sanguínea de modo que uma


contração fraca resulta numa pressão fraca;
2. Resistência Periférica: também interfere na pressão sangüínea, pois se o calibre dos
vasos periféricos é muito pequeno, a pressão sanguínea aumenta, e quando os vasos têm
calibre maior, há diminuição da pressão sangüínea;
3. Volume do sangue circulante: a pressão é baixa quando há pouco sangue e a pressão
aumenta quando aumenta a quantidade de sangue circulante;
4. Viscosidade do sangue: quanto mais viscoso (pegajoso) for o sangue, mais alta será a
pressão arterial;
5. Elasticidade da parede dos vasos: quando os vasos são menos elásticos oferecem mais
resistência e, aumentando a resistência, aumenta a pressão.
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- Pequena e grande circulação -

A idade, o sexo, o esforço físico, a posição física do indivíduo (de pé ou deitado), as


emoções fortes, o estresse, a digestão, o sono, determinadas drogas são variações fisiológicas
da PA.

Ao verificarmos a pressão, temos dois valores: a pressão máxima e a pressão mínima:


 A pressão sistólica (máxima) é decorrente da contração do ventrículo,
significando a maior pressão nos vasos causada pela contração cardíaca.
 A pressão diastólica (mínima) é decorrente do relaxamento dos ventrículos,
significando a menor resistência oferecida pelos vasos à pressão circulante.
A PA é medida em milímetros de mercúrio (mmHg), sendo necessário o uso do
estetoscópio e o esfigmomanômetro, para sua aferição.

Os valores de normalidade variam muito, mas podemos citar como exemplo:

 Máxima: PA sistólica 110mmHg a 130 mmHg; (120/75)


 Mínima: PA diastólica 65 mmHg a 75 mmHg; (130/75)

A diferença habitual entre a PA sistólica e a PA diastólica é de 40 a 50 mmHg.


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Variações Patológicas:

 Hipertensão: PA diastólica elevada, igual ou maior que 90 mmHg; (ex.: 150/110)


 Hipotensão: PA diastólica baixa, igual ou menor que 60 mmHg; (ex.: 90/40)
 PA convergente: quando a máxima (sistólica) e a mínima (diastólica) se aproximam, ex.:
120/100 mmHg;
 PA divergente: quando a máxima (sistólica) e a mínima (diastólica) se afastam,
ex.: 120/50 mmHg.

Fatores que aumentam a Pressão Arterial:

 Esclerose dos vasos, drogas estimulantes, doenças renais, exercícios físicos, emoções,
processo digestivo, idade avançada, menstruação, gestação, alcoolismo, tabagismo, estresse.

Fatores que diminuem a Pressão Arterial:

 Choque hipovolêmico, hemorragias, sono, repouso, drogas depressoras SNC.

A pressão arterial varia de hora para hora, sendo geralmente mais baixa durante o sono
e quando o paciente está deitado. É mais alta quando está sentado ou de pé.

Procedimentos para Verificar a Pressão Arterial:

1. Explicar ao paciente sobre o cuidado a ser executado;


2. Lavar as mãos;
3. Colocar o cliente em posição confortável, com o braço na altura do coração, o que
possibilita a verificação do valor real, pois o braço acima do nível do coração dá valor
falsamente baixo, e abaixo do nível do coração, o valor eleva-se;
4. Colocar o esfigmomanômetro na parte superior do braço, de modo que a borda inferior fique
2,5 cm acima do cotovelo (fossa cubital), permitindo compressão da artéria braquial e colocação
adequada do estetoscópio;
5. Não deixar que as borrachas se cruzem devido aos ruídos que produzem;
6. Localizar com os dedos a artéria braquial, na dobra do cotovelo;
7. Colocar o estetoscópio no ouvido (curvatura voltada para frente) e o diafragma do
estetoscópio sobre a artéria braquial;
8. Palpar o pulso radial (método palpatório);
9. Fechar a válvula de ar e insuflar o manguito até o desaparecimento do pulso radial
(observar o manômetro, pois este valor corresponde à pressão sistólica, aproximadamente);
10. Deve-se abrir a válvula vagarosamente para esvaziar completamente o manguito, aguardar
por cerca de um minuto para que a circulação se restabeleça;
11. Deve-se somar 40 mmHg ao ponto de desaparecimento do pulso radial, e com o
estetoscópio na artéria radial, fechar a válvula e insuflar o manguito até o valor obtido com a
soma;
12. Abrir a válvula da pera de borracha, liberando a ar e observar no manômetro o ponto em
que são ouvidos os primeiros batimentos ou sons de Korotkoff (pressão sistólica). A liberação
lenta do ar reduz a compressão sobre o braço, gradualmente, permitindo perceber o som
quando o sangue começa a entrar na artéria;
13. Observar o ponto em que o som foi ouvido por último ou sofreu uma mudança nítida
(pressão diastólica), desaparecimento dos sons de Korotkoff;
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14. Retirar todo o ar do manguito, removê-lo e deixar o paciente confortável;


15. Anotar os valores, a posição do paciente (sentado ou deitado) e o braço em que foi
realizada a medida;
16. Lavar as mãos;
17. Colocar o material em ordem, limpando as olivas/ogivas auriculares e o diafragma, com
algodão embebido em álcool a 70%.

Observações:

 Certificar-se de que não há contra-indicação para a verificação da pressão arterial num


determinado braço, devido a fístulas artério-venosas (FAV), mastectomia, punção arterial ou
venosa, lesões locais.
 Caso precise repetir a verificação, dê um intervalo de pelo menos 1 minuto entre as
verificações, pois este tempo é necessário para que a circulação se processe novamente.

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