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qualquersuki:

- Bom dia, senhor! - a voz doce diz, enquanto sua dona passava em uma bicicleta
amarela pelo caminho até a cidadezinha próxima. O sorriso era sincero, grande, os
dentes perfeitamente brancos portando um aparelho quase imperceptível. Quando ela
enfim passa, e o deixa para trás, fica apenas o cheiro de pães e bolos, um tanto
doce, a trança igualmente amarela balançando com o vento e dando um ar ainda mais
infantil para a pequena menina de macacão marrom e blusa de girassóis.

qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
- Bom dia. - o rapaz responde, pausando por um instante pra apreciar o cheiro
delicioso. "...Vamos, Ash. Você não tem tempo pra isso," pensa, balançando a cabeça
antes de voltar a adiantar o passo. "Você tem um trabalho a fazer."

Suki:
- Pães e bolos frescos, senhor~ Os melhores da cidade, senhor~ - diz, sorridente e
inocente, parando a bicicleta diante dele enquanto o cheiro invadia-lhe as narinas,
nublando sua consciência.

Maianne Ribeiro:
Ele estremece, inalando o aroma delicioso e balançando a cabeça mais uma vez,
tentando resistir.
- A-agora não. Eu preciso falar com a bruxa. - sussurra.

Suki:
- Tem certeza, senhor? A bruxa não está em casa no momento, e os pães vão te
aquecer até ela retornar~ - diz, a voz um tanto tentadora.

Maianne Ribeiro:
"Merda."
- Você sabe onde ela está? - pergunta, o olhar pousando nos pães antes do rapaz
desviar o olhar. "Bem, se ela não es-- não, não, foco..!"

Suki:
- Sempre sabemos. Mas ela não se encontra em casa, e não deve retornar à
confeitaria até a tarde. Então por que não se serve de uma fatia de bolo, uma
xícara de chá, e se senta nos bancos dos jardins para esperá-la~?

Maianne Ribeiro:
Ele engole em seco, abrindo a boca pra questionar, mas hesitando.
- É... Uma boa ideia. - sussurra. - Um lanche cairia bem.

Suki:
- Tem alguma preferência, senhor~? - pergunta, descendo da bicicleta para abrir uma
das cestas, o cheiro ainda mais convidativo invadindo o cérebro de Ash sem nenhuma
barreira que o impedisse.

Maianne Ribeiro:
- N-não, não. Eu... Q-qualquer um. Esse a-aqui, parece gostoso. - sussurra,
indicando um dos pães. - Digo, todos parecem ótimos, mas...

qualquersuki:
Suki:
- E são, eu posso garantir. - a garota ri baixinho, suave, antes de retirar uma
folha de papel manteiga de um canto da cesta com um floreio, prontamente embalando
um dos pães para o rapaz. - Mais alguma coisa? Um chá ou café, talvez? - adiciona,
estendendo o pão para ele.

Maianne Ribeiro:
- Café. - pede, o olhar seguindo o pão embalado. "Pelas cinzas, eu acho que nunca
senti um cheiro tão gostoso..."

Suki:
- Com leite? Açúcar? - pergunta, já começando a servir um copo de papel reforçado.

Maianne Ribeiro:
- Não, não. Puro. - murmura. "Até o cheiro do café é ótimo..."

Suki:
- Dose dupla? - pergunta, indicando as duas linhas no copo sinalizando os
diferentes tamanhos.

Maianne Ribeiro:
- Dose dupla, sim. - ele assente com a cabeça.

qualquersuki:
Suki:
- Viciado em cafeína? - pergunta, rindo baixinho antes de estender o copo para ele,
o papel protegendo sua mão apesar de Ash conseguir sentir o líquido perfeitamente
quente dentro do copo. - Onze e cinquenta, senhor. - diz, a outra mão lhe
entregando o pão.

Maianne Ribeiro:
Ele puxa a carteira, entregando uma nota de dez e uma de dois para a garota.
- Não precisa do troco. - diz, pegando o café e o pão. - Onde fica a casa da bruxa?

Suki:
- Eu faço questão, senhor. - diz, fazendo uma mesura breve antes de estender uma
moeda para Ash, moeda esta que parece ter surgido do ar, sem que a garota a tenha
tirado de um bolso ou bolsa. - Ela vive em cima da confeitaria. - adiciona,
indicando a construção de cor pastéis.

Maianne Ribeiro:
- OK. Obrigado. - ele murmura, guardando a moeda antes de começar a se afastar,
tomando um gole do café. "Eu preciso sair de perto antes que eu gaste uma
fortuna..."

Suki:
- Obrigada pela preferência! - diz, rindo baixinho e acenando antes de ajeitar as
próprias coisas, subir na bicicleta, e sumir pela estrada.

O café era de um aroma indescritível e um sabor ainda melhor, o próprio coração


acelerando - mas sem apavorá-lo - diante do estímulo perfeitamente calculado do
preparo...

Maianne Ribeiro:
"Como diabos ela faz um café tão bom..?" pensa, tirando uma mordida do pão.

qualquersuki:
Suki:
A massa era quentinha, saborosa, derretendo na boca de Ash conforme ele mastigava e
se espalhando com um sabor que preenchia seus sentidos e aquecia o estômago e o
peito, o rapaz estranhamente leve, quase... feliz.

Maianne Ribeiro:
- ...uau... - ele esboça um sorriso, os ombros mais leves enquanto caminhava até a
confeitaria. "Eu não sabia que comida podia ser tão... Animadora? Alegre?"
Suki:
Algumas horas se passam até que ele veja uma cena um tanto... inesperada, talvez?
Da porta da confeitaria ao seu lado sai uma jovem toda de preto, dos pés ao cabelo,
dos acessórios ao corvo em seu ombro. Ela ainda hesita, e para de andar antes de se
virar para encará-lo, a testa franzida.

- Quem é você?

Maianne Ribeiro:
"Não estava em casa... Garota mentirosa!" pensa, escondendo a irritação ao se
levantar, encarando Circe.
- Bom dia. - diz, o tom mais firme. - Meu nome é Ash, e eu queria sua colaboração
com a investigação de um caso.

Suki:
- Prazer, Ash. Dark Lady. - diz, estendendo a mão cheia de anéis para que ele a
beijasse. - Como posso ajudar?

Maianne Ribeiro:
Ash leva um instante antes de beijar a mão dela, erguendo uma sobrancelha.
- Dark Lady? - questiona.

Suki:
- Sim? - pergunta, encarando-o com neutralidade, a expressão fria impassível.

Maianne Ribeiro:
"...claro."

- Ahem. - ele limpa a garganta. - Você conhecia um homem chamado Jacob West?

Suki:
- Não. O que ele fez? - pergunta, batendo uma mão na outra suavemente como se as
limpasse.

Maianne Ribeiro:
- ...ele faleceu. Esfaqueado. - responde. "Ela tá-- que arrogância!"

qualquersuki:
Suki:
- Então ele não faleceu. Foi assassinado. - diz, ajeitando a gola da própria blusa,
cuidadosa, ignorando o corvo que lhe bicava os dedos. - São coisas diferentes.

- Estúpido, estúpido! - o pássaro exclama.

Maianne Ribeiro:
O rosto de Ash se avermelha, o rapaz respirando fundo.
- Eu sei, é isso que estou investigando. Preciso do auxílio de alguém que entenda
de magia.

Suki:
- Alguma razão especial pra isso? Tem alguma suspeita em mente? - pergunta,
voltando a encará-lo.

Maianne Ribeiro:
- Tenho, mas não entendo de magia - ele nega com a cabeça. - É apenas um chute.
Um... Instinto.

Suki:
- E você vai anunciar aos quatro ventos que precisa de ajuda de alguém que entenda
de magia mesmo que essa pessoa possa ser a assassina? - insiste, estreitando os
olhos, ameaçadora.

Maianne Ribeiro:
- Você está insinuando que é a assassina, Dark Lady? - ele pergunta de volta,
incisivo. "Se for, eu estou morto, mas certo."

Suki:
- Não sei. Eu pareço uma assassina pra você? - pergunta, dando um passo na direção
dele enquanto retirava uma das luvas, os dedos sujos de um líquido rubro seco...

Maianne Ribeiro:
- Qualquer um pode parecer um assassino. - diz, o olhar pousando no líquido seco
antes de encarar a mulher de novo.

Suki:
- Isso foi uma ameaça ou uma confissão, mm? - pergunta, fria, impassível, retirando
a outra luva para mostrar a mão ainda mais suja.

Maianne Ribeiro:
- Eu sou um investigador, e não um criminoso. - responde. - O que você tem a ver
com o assassinato de Jacob West? Prefere responder aqui ou na delegacia?

qualquersuki:
Suki:
- Eu já perguntei: eu pareço uma assassina pra você? - insiste, dando mais um passo
na direção dele.

Maianne Ribeiro:
- Nós vamos descobrir na delegacia. - diz, sério. - Me acompanhe.

Suki:
- Estúpido! Estúpido!

- Como você quiser, _investigador_. - diz, em um tom levemente mais baixo que sua
voz normal, como um sussurro estranhamente incômodo.

Maianne Ribeiro:
Ash a guia até um veículo próximo, abrindo a porta para que ela entrasse antes de
sentar atrás do volante, guiando-a até a delegacia.

E que piada seria. O "líquido rubro seco" era nada mais que tinta, a mulher não
sabendo nada sobre a morte incidental de Jacob West durante um assalto comum. No
fim, Ash receberá ordens de levar Dark Lady de volta pra casa, o carro estacionando
em frente.
- Pronto. - sussurra, incapaz de encará-la, as orelhas vermelhas de vergonha.

qualquersuki:
Suki:
- Espero que tenha tido um dia agradável, _Ash_. - diz, fria, mas estranhamente
quase debochada, o corvo em seu ombro voltando a gritar enquanto a mulher saía do
veículo sem dizer mais nada ou olhar para ele.

- Estúpido, estúpido, estúpido!

Maianne Ribeiro:
"Estúpida..!" pensa, agarrando o volante em frustração, os dentes rilhando. "Eu
preciso fazer alguma coisa. Eu preciso daquele pão. Daquele café. Eu..."
- ...o que diabos..? - pensa, estremecendo.

Suki:
E, como se em resposta aos desejos dele, a garota de antes aparece na porta da
confeitaria, observando Dark Lady se afastar para a própria casa antes do olhar ir
até Ash.

- Oi! - ela sorri, acenando de leve antes de se aproximar. - O que achou do pão e
do café~?

Maianne Ribeiro:
- ...achei ótimos. Até demais. - ele sussurra, a voz mais fraca. - O que diabos
você botou neles..?

Suki:
- Mesmo? Fico feliz em saber disso. Meus clientes sempre adoram tudo o que eu faço,
e por isso vivo cheia de encomendas, mas não me canso de ouvir elogios ao meu
trabalho. - e ri baixinho, boba.

Maianne Ribeiro:
- O que diabos botou neles? - o rapaz insiste na pergunta. - Eu já tive um dia de
merda, só responde a pergunta.

Suki:
- Eu coloquei o que sempre coloco. - responde. - Você parece tenso. Aceita um chá?
- pergunta, suave.

Maianne Ribeiro:
Ele abre a boca pra responder, exacerbado, e então respira fundo. "Foda-se. Você já
estragou tudo," pensa.
- Aceito. - resmunga.

Suki:
- Só me acompanhar, então. - pede, gentil. - Por favor, só estaciona o carro um
pouco mais pra frente? Não gosto da minha entrada fechada.

Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça, puxando o carro mais pra frente antes de sair,
visivelmente frustrado e incomodado.

qualquersuki:
Suki:
- Obrigada. Espero que não se importe. - diz, suave, segurando a mão dele para
guiar Ash para dentro, os dedos confortavelmente quentes.

Maianne Ribeiro:
- Se tem uma coisa que eu não estou fazendo é me importar. - ele ri, sarcástico.

Suki:
- Eu não entendi. - comenta, encarando-o por cima de um dos ombros antes de abrir a
porta da confeitaria e guiá-lo até um lugar em frente ao balcão.

O ambiente era agradável, trabalhado em madeira e couro claros, decorado com


quadros e plantas coloridos. No balcão, várias opções de doces e pães, apesar das
horas claramente terem diminuído seus estoques: algumas bandejas e cestas já
estavam completamente vazias.

Maianne Ribeiro:
Ele apenas nega com a cabeça, indo sentar ao balcão, cabisbaixo.
- Só o chá, por favor. Minha carteira está meio vazia. - sussurra.

Suki:
Ela franze a testa ao encará-lo, mais séria.

- ...você está precisando de ajuda?

Maianne Ribeiro:
- Estou, mas você não pode me ajudar. O chá, por favor. - pede novamente.

Suki:
- Talvez eu possa. Quem sabe? - e esboça um sorriso, servindo um pão recheado para
ele, o cheiro do queijo e do alho dançando pelo ar quando ela o desembala diante de
Ash. - Tem alguma preferência pelo chá?

Maianne Ribeiro:
- A não ser que saiba quem matou Jacob West, não, não acho que...

Ele hesita ao sentir o cheiro do pão, estremecendo. "Puta merda, que cheiro bom..!"

qualquersuki:
Suki:
- Jacob West? O rapaz do assalto? - pergunta, franzindo de leve a testa.
- ...alguma preferência pelo chá?

Maianne Ribeiro:
- Nenhuma preferência. - responde. - ...É, ele mesmo. Tem alguma coisa errada com
esse caso, eu tenho certeza disso...

Suki:
- Bom, um assalto é algo comum. - murmura, indo servir um pouco de chá, o cheiro
das ervas logo espiralando pelo ar.

Maianne Ribeiro:
- Pois pra mim há algo a mais nesse. - insiste, enfim comendo um pedaço do pão.

Suki:
E a sensação de calor e felicidade o invade da mesma forma que o pão de mais cedo
fizera, as preocupações saindo de seus ombros...

Maianne Ribeiro:
"...eu não sei que magia é essa nesse pão, mas..."

- ...magia. O pão é mágico. - ele sussurra.

qualquersuki:
Suki:
- Todas as comidas são, de certa forma. - ela ri baixinho, se aproximando com uma
xícara de porcelana branca com detalhes floridos de amarelo e rosa, cheia de chá.

Maianne Ribeiro:
- Nenhuma comida faz eu me sentir leve como esse pão. Isso é magia. - diz, tomando
um gole do chá em seguida.

Suki:
- Fico feliz em saber que o pão te deixa feliz assim. - diz, ainda no mesmo tom. O
chá, ao contrário do café de mais cedo, relaxava seus músculos e sua mente, o que
junto ao efeito do pão deixava a mente de Ash nublada, quase plenamente
tranquila...
Maianne Ribeiro:
- É... É magia... - ele sussurra baixinho, encarando a garota. - A bruxa... Que
fez...? Ou encantou...?

Suki:
- Pode-se dizer que sim. - ela assente com a cabeça. - O efeito é delicioso, não
é~?

Maianne Ribeiro:
- Eu... Preferia ter sido... Informado antes... - sussurra baixinho, fechando os
olhos.

Suki:
- Culinária é uma magia por si só. - diz, gentil, a voz parecendo invadir sua mente
e desaparecer junto com seus pensamentos.

Maianne Ribeiro:
- ...o que você... Fez comigo..? - ele estremece. "Não durma..."

qualquersuki:
Suki:
- Eu não fiz nada. - e suspira, apesar de ainda sorrir. - Precisa de mais alguma
coisa?

Maianne Ribeiro:
- Eu não... - ele começa a responder, mas estremece. "Eu não era burro, mas pelo
jeito..." pensa, se forçando a levantar. - Eu... Eu preciso ir...

Suki:
- Você vai acabar caindo se forçar seu corpo além do que ele aguenta. - diz,
prontamente dando a volta no balcão para apoiá-lo.

Maianne Ribeiro:
- ...eu... M-me solte, eu não... Eu tenho que... Ir... - ele estremece, mal se
mantendo de pé.

Suki:
- Você precisa ir direto pro mundo dos sonhos, isso sim. - responde, guiando o
rapaz até uma das poltronas reclináveis em um dos cantos da confeitaria.

Maianne Ribeiro:
- N-não, eu... Eu... - ele balbucia, se deixando levar, incapaz de resistir.

Suki:
- Descanse. É bem visível que o seu corpo e a sua mente precisam. - ela suspira,
deitando Ash com cuidado antes de levar as mãos até a camisa dele, abrindo o
primeiro e o segundo botão.

Maianne Ribeiro:
As mãos de Ash voam até as da mulher assim que ela abre o primeiro botão,
afastando-as de imediato.
- Não encosta... - responde, o tom vagaroso apesar do movimento subitamente ágil.

Suki:
- Eu já entendi. Tudo bem. - diz, recuando um passo antes de se ajoelhar diante
dele. - Vou só tirar os seus sapatos pra você se aconchegar, então, antes de
providenciar um lençol.
Maianne Ribeiro:
- Eu não... Não vou dormir... Aqui... - sussurra, apesar dos olhos já pesados, Ash
incapaz de se manter desperto.

qualquersuki:
Suki:
A garota suspira, cantarolando bem baixinho uma melodia bastante suave, tentando
fazer com que Ash relaxasse e se entregasse ao próprio cansaço, gentil.

Maianne Ribeiro:
Por mais que tentasse resistir, Ash cairia num sono pesado, confortável,
completamente apagado na poltrona. Só despertaria no meio da madrugada,
estremecendo enquanto entreabria os olhos. "O que diabos..?"

Suki:
Ele perceberia que estava em uma posição mais confortável, devidamente coberto com
uma manta felpuda, porém ainda na mesma poltrona. A confeitaria estava silenciosa,
enquanto a única luz era a que vinha da vitrine, visivelmente fechada desde que o
rapaz perdera a consciência...

Maianne Ribeiro:
"...eu caí no sono aqui. Que papelão, Ash," pensa, passando a mão no rosto, sem
graça. O rapaz ajeita os sapatos nos pés antes de se levantar, indo procurar pela
confeiteira.

Suki:
E ele ouviria um cantarolar suave vindo do corredor, não demorando para que Ash a
encontre no que parecia ser a cozinha, os cabelos agora azuis presos em dois coques
enquanto ela lia sentada à mesa.

- Você acordou! - exclama, sorrindo e ficando de pé de imediato.

Maianne Ribeiro:
- Acordei sim. - ele murmura, um tanto sem jeito. "E tava precisando daquele sono."
- Obrigada pelos cuidados.

Suki:
- De nada. - diz, balançando a cabeça de leve, educada. - São só alguns favores.

Maianne Ribeiro:
- Ainda é bastante. - murmura. - ...eu ainda não sei o seu nome.

Suki:
- Oh. Verdade. - comenta, erguendo as sobrancelhas. - Eu sou Ophelia, muito prazer.

Maianne Ribeiro:
- Prazer, eu sou Ash. - ele responde, suspirando. - ...eu preciso ir. Ainda tenho
muito trabalho a fazer.

qualquersuki:
Suki:
- Eu imagino. Você é um investigador, não é? - pergunta, curiosa, se aproximando
dele.

Maianne Ribeiro:
- Sou, sou sim. - responde. "Só não sei por quanto tempo, se as coisas continuarem
assim."

Suki:
- A Circe comentou comigo sobre o que aconteceu. Eu disse que ela devia ter te
falado que era só tinta. - murmura, suspirando baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Cir... Circe? É esse o nome dela, então? - ela resmunga. - Ela tinha se
apresentado como "Dark Lady". - diz, fazendo aspas com as mãos. - Me causou um
problema enorme.

qualquersuki:
Suki:
- É, é sim. - diz, dando um risinho. - Ela exige que os outros a chamem com esse
título. Eu devo ser uma das poucas pessoas que ela deixa que a chamem pelo nome.

Maianne Ribeiro:
"Não foi muito engraçado quando riram da minha cara." pensa.
- Hmpf. Eu não sabia que a bruxa era arrogante do jeito que ela é.

Suki:
- Oh. Você acha que ela é a bruxa? - pergunta, erguendo as sobrancelhas.

Maianne Ribeiro:
Ele pausa.
- ...ela não é?

Suki:
- Ela parece ser a bruxa? - insiste.

Maianne Ribeiro:
- P... Parece. Eu achei que era, ela saiu da confeitaria como você disse!

Suki:
- Eu também disse que a bruxa não estava, não disse? - pergunta, franzindo a testa
de leve. - Ao menos eu jurava que sim!

Maianne Ribeiro:
- Disse, mas...! - ela resmunga, frustrada. "Estúpida!" - Onde ela está?

Suki:
- A essa hora? Em casa. Ou ao menos eu assumo que sim. - ela ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- A essa... - ele hesita. - Merda. Que horas ela acorda?

Suki:
- Ela não dorme muito. Mas falar de negócios deve ser feito em uma hora mais
propícia, não acha?

Maianne Ribeiro:
- Sim, claro, claro. Eu volto às nove, ela vai estar em casa ainda?

qualquersuki:
Suki:
- Mm. Nesse horário ela costumo estar fazendo entregas da confeitaria na cidade. -
comenta, esboçando um sorrisinho de canto.

Maianne Ribeiro:
A garota pausa, encarando-a. Por um instante, parecia prestes a explodir.
- ...você é a bruxa? - sussurra, se segurando.
Suki:
- Sou sim. - diz, assentindo com a cabeça antes de colocar as mãos para trás,
entrelaçando os dedos. - Prazer!

Maianne Ribeiro:
- ...e por que, pelas cinzas dos meus ancestrais, você se referia à bruxa como se
fosse outra pessoa? - pergunta, corando num misto de raiva e vergonha.

Suki:
- Por que eu me identificaria como a bruxa para uma pessoa desconhecida que a
estava procurando? - pergunta, ainda sorrindo, a voz suave.

Maianne Ribeiro:
- Por que não? Ser bruxa não é algo ruim, até onde eu saiba, e teria me poupado
muitos transtornos.. - ela resmunga, passando a mão nos cabelos. - Quando for uma
hora apropriada, então, eu quero conversar sobre a morte de Jacob West.

Suki:
- Não é ruim, mas pode não ser bom. Depende da bruxa, e depende de quem a procura.
- e suspira, balançando a cabeça de leve. - Pode vir na hora do almoço, com o sol a
pino? É quando eu costumo terminar as entregas e abrir a confeitaria, e é o horário
com o menor movimento. - explica.

Maianne Ribeiro:
- Na hora do almoço, então. - ela assente com a cabeça. - Obrigada, de novo, e com
licença. - diz, se afastando. "Eu não acredito..."

Suki:
- Vou te esperar com dois pratos! - avisa, acenando animadamente.

Maianne Ribeiro:
"Pra me encantar de novo, aposto," pensa, frustrada, pegando o carro e voltando pro
hotel.

Quando o sol sobe a pino, Ash retorna à confeitaria, já mais calmo, dando dois
toques na porta. "Sem comer, Ash. Sem comer. Você já almoçou."

qualquersuki:
Suki:
- Só um momento! - ele escuta Ophelia dizer, a bruxa não demorando a aparecer na
porta com um sorriso. Os cabelos agora estavam cor-de-rosa, apesar de ainda no
mesmo penteado da manhã. No corpo, um avental parcialmente sujo de farinha e molho,
as mãos igualmente sujas. - Ash! Achei que ia chegar um pouco mais tarde...! - diz,
sorridente, as bochechas corando de leve.

Maianne Ribeiro:
- Eu vim assim que o sol ficou a pino. - comenta, suspirando. - Mas eu posso
esperar você terminar, não tem problema.

Suki:
- Eu agradeço se puder. - ela assente com a cabeça. - Venha. Eu preciso terminar o
molho, e posso servir chá ou suco pra nós dois enquanto isso.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa, eu já comi. - diz, negando com a cabeça enquanto a acompanhava pra
dentro.

Suki:
- ...mesmo? - pergunta, se virando para encará-lo por alguns instantes, até o
sorriso se tornar mais triste enquanto ela parecia entender algo. - Eu... Eu vou
desligar o fogo, se é assim. Assumo que queira ir embora o mais rápido possível. -
e volta a andar.

Maianne Ribeiro:
"Ela ficou ofendida," pensa, passando a mão no rosto. "Quem devia se ofender sou
eu, recebendo comida mágica sem saber..."
- Eu posso esperar, já disse. - insiste.

Suki:
- Tem certeza? Não quero abusar da sua paciência. - murmura, sem encará-lo, indo
para o fogão. O cheiro era convidativo, delicioso e entorpecente, sem que Ophelia
ouse tocar em nada.

Maianne Ribeiro:
"De novo não..." pensa, parando na porta, sem entrar.
- Tenho. Eu espero lá fora. - murmura.

Suki:
- Ao menos me faça companhia, se é assim. - e suspira, respirando fundo antes de
voltar a sorrir como se nada tivesse acontecido.

Maianne Ribeiro:
Ele hesita, mas acaba por encostar no batente da porta.
- Tudo bem. - sussurra. "Que não demore muito..."

qualquersuki:
Suki:
- Obrigada, Ash. - ela assente com a cabeça, voltando a cozinhar com empolgação, o
cheiro cada vez mais tentador e entorpecente de tal forma que quando Ophelia serve
o prato, toda a força de vontade de Ash é colocada a prova.

Maianne Ribeiro:
"Puta merda..!"
- Pare de me tentar com a comida. - pede. - Por favor.

Suki:
- Eu não estou te tentando. Eu estou me servindo pra comer. - murmura, franzindo a
testa, os ombros murchando.

Maianne Ribeiro:
- ... Desculpe. - ela sussurra, desviando o olhar.

Suki:
- Tudo bem. - murmura, se sentando à mesa para comer em silêncio, evitando o olhar
dele. Apesar disso, o cheiro continuava flutuando e se espalhando pela cozinha...

Maianne Ribeiro:
Ash tenta, tenta, mas acaba por não resistir, soltando um resmungo baixo.
- ...só um pãozinho. Pequeno. - sussurra. "Ao menos eu sei que é mágico, agora. Que
os líderes não fiquem sabendo..."

Suki:
- Tem certeza? Fica ótimo com o molho do cozido. - pergunta, sem erguer o olhar do
prato.

Maianne Ribeiro:
- ...c-com o molho, então. - sussurra. "Eu vou me arrepender disso..."
Suki:
- Só um minuto. - diz, prontamente ficando de pé para servir o prato de Ash, um
farto copo de suco acompanhando-o. - Aqui. Não precisa comer ou beber tudo, se não
quiser ou aguentar.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - ele murmura, começando a comer, já esperando os efeitos da magia.

qualquersuki:
Suki:
E os efeitos logo o invadem, confortáveis, mas muito mais fracos do que ele
esperava...

Maianne Ribeiro:
Ash hesita, franzindo a testa.
- Fez com menos efeito..?

Suki:
- O nosso almoço não tem efeito nenhum. Não é pra vender. - murmura, suspirando
baixinho, os ombros caídos.

Maianne Ribeiro:
- ...mas... Fez efeito. - ele murmura. - Só mais fraco.

Suki:
- Ah. Deve ser do pão. - e suspira. - Eu só peguei meio pão, como você disse que
queria.

Maianne Ribeiro:
- O efeito diminui quando é só um pedaço? - pergunta, tomando um gole do suco.

Suki:
- Sim. - explica, esboçando um sorriso novamente enquanto retomava a postura feliz
e inocente. - Eu só quero que as pessoas se sintam bem. - explica.

Maianne Ribeiro:
- Foi por isso que me ofereceu os pães, então. - suspira, sem jeito. "E talvez por
isso que sejam tão irresistíveis..."

qualquersuki:
Suki:
- Você sofreu bastante. Ainda parece estar sofrendo. - diz, dando um sorrisinho sem
jeito.

Maianne Ribeiro:
- Fica tão estampado na minha cara assim? - ela ri, sem graça. - ...minha
credibilidade não anda muito alta, ainda mais que ninguém acredita que Jacob West
seja um caso digno de investigação por nossa parte. Eu preciso provar pra eles que
não é só coisa da minha cabeça...

Suki:
- Eu sinto muito que a Circe tenha te atrapalhado ainda mais nisso. - murmura,
culpada. - Por isso você queria falar com a bruxa...?

Maianne Ribeiro:
- É. Especificamente, por isso aqui.

Ash abre a bolsa que carregava a tiracolo, tirando de dentro um cristal roxo,
longo, depositando-o sobre a mesa.
- Isso foi encontrado no chão da casa de Jacob West, a poucos metros do corpo. -
murmura. - Eu acho que foi usado pra algo mágico, mas...

Suki:
Isso faz Ophelia erguer as sobrancelhas.

- Isso é uma ametista? - pergunta, baixinho. - É incomum que seja desse tamanho
naturalmente, mas a base certamente é natural. Talvez sintética no corpo? Tem quem
diga que os efeitos mágicos são os mesmos, e que a composição geológica é quase
100% a mesma, mas... - e faz uma careta.

Maianne Ribeiro:
- Efeitos mágicos? - ela pergunta de imediato. - Que efeitos mágicos?

Suki:
- Ah. Bom. Depende do uso, eu acredito. Mas quis dizer sobre cristais num geral:
existe uma discussão bastante grande sobre a diferença das gemas naturais e das
sintéticas e seus usos mágicos, que vai bem além da questão ética da extração
delas. - explica, assentindo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- ...ah. Entendi, é... é amplo, então. - murmura, suspirando. - Mas poderia ter
sido usado pra algo mágico. Algo com sangue, talvez?

Suki:
- Com... Sangue? - ela franze a testa. - Alguma razão pra essa suspeita?

Maianne Ribeiro:
- ...não havia sangue no corpo. - murmura, sério.

qualquersuki:
Suki:
- Nenhum? - e franze ainda mais a testa. - Mas disseram que foi um assalto que
terminou com facadas, não foi?!

Maianne Ribeiro:
- É o que a mídia está divulgando. Meus superiores acreditam que foi um exagero do
legista, que Jacob perdeu muito sangue por causa da demora de encontrar o corpo.

Suki:
- Você teve acesso à cena do crime? - pergunta, já ficando de pé e se afastando.

Maianne Ribeiro:
- ...tive. - ela franze a testa, encarando-a. - O que foi?

Suki:
- Ainda tem? - insiste, servindo uma caixinha de papelão decorado com o papel
manteiga estampado que usava nos pães.

Maianne Ribeiro:
- Acho que consigo sim. Por quê? - pergunta, encarando a caixinha. - O que é isso?

Suki:
- Biscoitos. Pra alinhar sua mente e te fazer fazer as perguntas certas. - explica,
passando um laço de barbante na embalagem com um floreio. - E um chá pra você fazer
lá, que vai abrir seus olhos pro que normalmente não consegue ver. - explica,
mexendo nos armários e separando algumas bolsinhas.

Maianne Ribeiro:
- Pra... - ela hesita. "Pra comer lá, e tomar lá. Foda-se, vai ajudar," pensa,
esboçando um sorriso. - Obrigada, Ophelia. Eu volto quando tiver mais informações.

qualquersuki:
Suki:
- Não dirija sob esses efeitos. - pede, embalando tudo em uma trouxa de tecido
branco, cuidadosa, antes de se aproximar para estendê-la para Ash. - Anote tudo,
por mais insano que pareça. Fotografe ou desenhe o que puder, também. - recomenda.

Maianne Ribeiro:
- Sem dirigir. Não tem problema. - ela assente com a cabeça, guardando a ametista e
pegando a embalagem. - De novo, obrigada, e até depois. - diz, se afastando,
apressada.

Suki:
"Que isso não dê errado...", pensa, suspirando antes de voltar a comer, não
demorando a colocar tudo em ordem e abrir a confeitaria...

Maianne Ribeiro:
A tarde e a noite passam, sem que Ash trouxesse notícias - ou que alguém o fizesse
em seu nome. Nem mesmo a manhã seguinte traria bons ventos, estranhamente
silenciosa...

Ophelia já terminava as entregas do dia quando nota uma figura caminhando, um tanto
cambaleante.

Ash. A investigadora estava pingando de suor, a pele vermelha denunciando que


estava no sol há muito tempo, a postura derrubada e derrotada enquanto caminhava, a
bolsa pendurada de qualquer jeito em um dos ombros. Sequer notara Ophelia, o olhar
perdido no chão, focado em colocar um pé diante do outro.

Suki:
- Ash...! Ash...! - ela chama, várias e várias vezes, parando a bicicleta ao dele
para chamar sua atenção, tocando-lhe um dos ombros.

Maianne Ribeiro:
Ela solta um resmungo de dor ao erguer o corpo, encarando Ophelia, o rosto vermelho
não apenas de cansaço, mas também de choro.
- ...oi. - sussurra.

qualquersuki:
Suki:
- O que aconteceu...? - pergunta, preocupada, o sangue fugindo de seu rosto.

Maianne Ribeiro:
- ...eu... perdi. - ela ri, fraca. - Eu perdi tudo...

Suki:
- Per... Deu...? - pergunta, confusa. - Perdeu o que...?

Maianne Ribeiro:
- Tudo. Meu emprego, minhas coisas, tudo. Até meu nome, que nunca foi meu. -
sussurra.

Suki:
Ophelia faz menção de perguntar mais, mas hesita, pegando a bolsa do ombro dele com
cuidado. Ela sobe na bicicleta, cuidadosa, chegando o banco para trás.

- Vem. Senta aqui na minha frente. Não é confortável, mas assim a gente chega mais
rápido.

Maianne Ribeiro:
Ele suspira, assentindo com a cabeça antes de se acomodar no quadro da bicicleta.
"Já era..."

Suki:
O trajeto é silencioso, sem que a bruxa diga mais nada até estacionarem diante da
confeitaria.

- Vem comigo. - chama, carregando a bolsa dele ao entrar.

Maianne Ribeiro:
- Tem pão..? - ele pede baixinho. - Qualquer um. Eu tô morrendo de fome...

Suki:
- Tem. Eu vou servir comida pra você enquanto você toma um banho fresco e se troca.
- diz, gentil, guiando-o através de uma porta entre a cozinha e a confeitaria,
subindo uma escada de madeira escura bem trabalhada nos detalhes do corrimão...

Maianne Ribeiro:
- Não... Não precisa isso tudo. Eu não tenho dinheiro, eu não vou poder te pagar...

qualquersuki:
Suki:
- São só favores, Ash. Não se preocupe, eu não costumo cobrá-los. - e suspira,
passando por um quarto decorado em tons pastéis, cheios de flores e plantas, com um
perfume adocicado quase irresistível, continuando pelo corredor até o outro quarto.

Maianne Ribeiro:
- "Só favores" são bastante coisa, Ophelia. - murmura, acompanhando-a.

Suki:
- São só favores. - insiste, abrindo a porta do quarto de hóspedes para Ash, indo
colocar a bolsa dele na poltrona em um dos cantos. - Tome um banho - diz, indicando
a porta encostada - e se vista com peças limpas. - adiciona, indicando o armário. -
Eu vou trazer comida.

Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça, esboçando um sorriso fraco.
- Obrigado. De verdade...

Suki:
- De nada, Ash. Eu não demoro. - ela sorri, tocando o rosto dele com as pontas dos
dedos em um afago encantador, delicioso e suave, antes de se afastar.

Maianne Ribeiro:
"...ela é muito gentil..." pensa, indo para o banheiro. O banho seria longo e
revigorante, apesar de Ash ainda parecer abatido ao sair, indo até o armário.
"Espero que ela tenha calças que caibam em mim..."

Suki:
E haviam peças de variados tipos e tecidos, estranhamente todas do tamanho adequado
para Ash...

Sobre a mesa, uma bandeja farta com pães, geleias, frios e bolos, além de chás,
cafés e sucos, tudo para que ele pudesse comer e descansar...

Maianne Ribeiro:
"...magia, provavelmente..." pensa, colocando uma calça confortável e uma camisa
folgada antes de ir sentar pra comer, apressado.
- Eu tava morrendo de fome... - sussurra pra si, devorando os pratos.

qualquersuki:
Suki:
E os encantamentos o invadem como ele esperava. A alegria e a tranquilidade, um
relaxamento jamais sentido antes ao mesmo tempo em que se sentia plenamente
saciado: não havia fome, cansaço, ou dor, apenas alegria e tranquilidade...

Maianne Ribeiro:
"Que alívio..." o rapaz pensa, esboçando um sorriso, se acomodando na cadeira.
- Magia é incrível, mesmo... - murmura, indo procurar Ophelia.

Suki:
A bruxa estava do lado de fora, se ajeitando na bicicleta novamente para sair, a
expressão um tanto séria e rígida...

Maianne Ribeiro:
- Ophelia. - ele chama, a própria expressão mais séria ao notar a seriedade da
outra. - ...obrigado.

Suki:
- De nada, Ash! - ela sorri, gentil, acenando de leve. - Sabe me dizer qual hotel
você tava hospedado?

Maianne Ribeiro:
- ...no Magna, por quê..? - responde, confuso. - Não precisa se incomodar por minha
causa, eu vou embora ainda hoje. Eu preciso arrumar documentos novos, e um
trabalho.

Suki:
- Eu vou pegar suas coisas. - ela diz, ainda sorrindo. - Eu preciso terminar as
minhas entregas antes de voltar e abrir a confeitaria, então fica a vontade, ok?

Maianne Ribeiro:
- Minhas coisas já devem ter sido recolhidas. - ele suspira, desviando o olhar. -
Não se preocupe com isso. Mesmo.

Suki:
- Eu tenho que passar lá na frente, de qualquer forma, não custa nada tentar. - e
sorri, se impulsionando na bicicleta. - Até daqui a pouco!

Maianne Ribeiro:
- ...até. - ele suspira, sem jeito. "Eu vou ter que retribuir de alguma forma..."

qualquersuki:
Suki:
Ophelia só retorna à confeitaria já na hora do almoço, os cabelos levemente
desgrenhados, mas sorridente, carregando a mala surrada de Ash em um dos ombros
como se fosse um prêmio.

- Ash, consegui! - avisa, ao entrar, já se adiantando para as escadas.

Maianne Ribeiro:
- ...conseguiu?! - ele exclama, surpreso, indo até ela. - M-mas como?! Me disseram
que já tinham mandado recolher!

Suki:
Ela pisca um dos olhos, encantadora, antes de estender a mala para ele.

- Aqui. Se precisar, a máquina de lavar fica do lado de fora da cozinha. - diz,


encostando o nariz na testa de Ash em um carinho e se afastando escada abaixo em
seguida, pulando degraus, risonha.

Maianne Ribeiro:
O rapaz estremece, segurando as lágrimas, os dentes cerrados.
- Obrigado... - sussurra, se afastando pra lavar as roupas, tanto as do dia
anterior como as da mala.

Após alguns minutos, o ex-detetive desce as escadas, procurando por Ophelia.


- Posso ajudar de alguma maneira..?

Suki:
- Oi. - ela sorri, encarando-o antes de se abaixar novamente para tirar os pães do
forno, a mistura de cheiros bastante tentadora. - Não, não se preocupe. Eu sempre
faço isso, são as fornadas pra tarde. - explica.

Maianne Ribeiro:
- É claro que me preocupo. Você me ajudou, eu preciso te ajudar de alguma maneira
também. - murmura.

Suki:
- São só favores. - e ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Favores são retribuídos. - ele insiste. - Por favor. Eu sei que não tenho nada
pra dar, mas eu posso ao menos te ajudar.

qualquersuki:
Suki:
- Você não vai aguentar ficar nesse cheiro por muito mais tempo. - diz, educada. -
Foque na sua investigação.

Maianne Ribeiro:
Ele abre a boca pra questionar, mas hesita.
- ...eu posso ajudar com outras coisas. Limpeza, eu sou bom com limpeza. Não sei
lidar com clientes, mas aprendo. - comenta, suspirando. - Eu não tenho mais uma
investigação. Não sou mais um detetive.

Suki:
- Isso não te impede de continuar. Não te impediu, mesmo quando ia custar seu
emprego. - e suspira, enchendo uma cesta de pães frescos. - Você acha que tem algo
de errado, não acha?

Maianne Ribeiro:
- Eu sei que tem algo de errado. - ele engole em seco. - Mas eu não tenho mais
acesso ao corpo, à cena do crime, nem a recursos. Nem sequer documentos ou nome,
Ophelia...

Suki:
- Se aconteceu dentro da cidade, eu posso providenciar todos os acessos que você
precisa. - diz, continuando o que fazia, entre fornos e frigideiras, servindo os
quitutes que enchiam suas vitrines. - Os recursos... Bom, isso é um pouco mais
difícil.

Maianne Ribeiro:
O rapaz a encara, surpreso.
- Você... pode providenciar? Que tipo de contatos você tem afinal?

"Com que tipo de pessoa eu tô me metendo..?"

Suki:
Ela dá de ombros.

- Acesso ao corpo e à cena do crime, certo? - pergunta.

Maianne Ribeiro:
- C... certo. - sussurra. - Ophelia, eu não sei como te agradecer...

Suki:
- São só favores, Ash. - e suspira. - E eu não costumo cobrá-los, já disse.

Maianne Ribeiro:
- Pra mim, são muito mais que "só favores". - suspira. - ...e eu não posso mais
usar esse nome.

qualquersuki:
Suki:
- Como assim "não pode mais usar esse nome"? - pergunta, parando o que fazia no
meio do caminho para encará-lo.

Maianne Ribeiro:
- Eu não posso. Eles me deram esse nome, e agora tiraram de mim. - sussurra,
estremecendo. - Tiraram todos os meus documentos, tudo que prova quem eu... Era. Eu
sou ninguém, agora.

Suki:
Isso faz a bruxa franzir a testa, confusa, até suspirar.

- Nomes são como presentes. Quando você nasce alguém te dá um. Mas você não precisa
se agarrar a ele pra sempre, e mesmo que tirem o seu, sempre há outra pessoa para
te dar um novo. - diz, como se não fosse nada.

Maianne Ribeiro:
- Como... Presentes? Como assim? - ele franze a testa. - E de qualquer forma, não
tem ninguém pra me dar um nome. Eu vou ter que criar um, e dar um jeito de
conseguir documentos no novo nome, se é que vão emitir...

Suki:
- Você gostava de ser "Ash"? Ou sempre quis um nome diferente? Gostaria que todo
mundo que te conhecia antes ainda te conhecesse agora? - pergunta, naturalmente,
continuando o que fazia.

Maianne Ribeiro:
- Eu não gosto ou desgosto. Mas e se vierem atrás de mim, me acusarem de usar o
nome deles..? - estremece. - As pessoas não vão deixar de me conhecer, só... Pelo
nome errado.

qualquersuki:
Suki:
- Você pode responder as minhas perguntas? - ela suspira, inflando as bochechas.

Maianne Ribeiro:
Ele suspira, passando a mão nos cabelos.
- Nunca quis um nome diferente, eu nunca pensei nisso. Sempre fui Ash. - murmura. -
Sim, eu queria que as pessoas continuassem me conhecendo. Eu não sei o motivo das
perguntas, mas aí está.

Suki:
- Mm. Ash, então. - murmura, batendo as mãos cheias de farinha antes de se limpá-
las no avental enquanto caminhava até o investigador. - ...ah. Achei! - ela ri,
estendendo as mãos na direção dele. - Achei um bom nome pra você.

Maianne Ribeiro:
Ele franze a testa.
- Você vai me dar um nome, então? - pergunta, segurando as mãos dela, sem entender.

Suki:
- São presentes, lembra? - pergunta, sorrindo, antes de pigarrear. - A partir de
agora seu nome é Ash Von Britannia, como sempre foi e sempre terá sido, sem que
ninguém ouse se lembrar do nome antigo que não te pertence mais. - entoa, bastante
pomposa, beijando a testa do investigador ao terminar.

Maianne Ribeiro:
Ele cora com o beijo, sem graça.
- Eu... Eu agradeço o sentimento, e o nome. De verdade. - sussurra, tímido. - Foi
um gesto bonito.

qualquersuki:
Suki:
- É um nome bonito. - ela ri, assentindo com a cabeça. - Depois podemos ir na
polícia pedir seus documentos novos. Eles não vão vir com filiação nenhuma,
infelizmente, mas ao menos ninguém vai ter como te tirar.

Maianne Ribeiro:
- Eu era adotado, isso é o menor dos problemas. - ele suspira. - Mas não vai ser
tão fácil assim, os sistemas ainda vão acusar meu nome como--

"...como... quê..?" Ash estremece.

Suki:
- Não se preocupe, os sistemas vão reconhecer seu novo nome, e ninguém vai tirar
ele de você. - e ri de novo, balançando a cabeça de leve antes de ir até a pia para
lavar as mãos.

Maianne Ribeiro:
- É claro que não vão reconhecer, todo mundo me conhece como--

"De novo..!"

- Eu me chamava-- - Ash tenta mais uma vez, as palavras morrendo na garganta, as


memórias inexistentes. Qual era o nome antigo..? - O-Ophelia, o que... o que você
fez..?

Suki:
- Eu te dei um presente novo. - Ophelia ri baixinho, inocente. - E joguei o seu
antigo fora.

Maianne Ribeiro:
- Jogou-- - Ash recua até a parede, o queixo caído, embasbacado. - O... o quão
poderosa você é, afinal..?

qualquersuki:
Suki:
- Como assim? - pergunta, ajeitando as bandejas e travessas, cuidadosa, alheia à
reação do investigador.

Maianne Ribeiro:
- Você... sobrescreveu meu nome. Não só na minha cabeça, mas pelo jeito, em todos
os lugares. Como..?!

Suki:
- Ah, isso? Nós conseguimos fazer isso com bastante facilidade. - diz, dando de
ombros. - Não é nada de mais.

Maianne Ribeiro:
- Pois pra mim, que não tenho magia nenhuma, é bastante coisa. - ele murmura, em
choque. - Bruxas são mais incríveis do que eu pensava...

Suki:
- Se você estiver com medo, eu posso pedir um quarto na casa da Circe pra você
ficar. - ela suspira, ainda alheia à reação dele, sem se virar para encará-lo.

Maianne Ribeiro:
- Medo? Não, não, eu... Eu tô impressionada, mesmo. - murmura.

Suki:
Ash pode ver toda a tensão desaparecendo dos ombros de Ophelia, sem que ela ouse
dizer nada.

- Não é nada de mais. - insiste.

Maianne Ribeiro:
- Pra mim, que sou uma mera mortal, é muita coisa. - ri, sem graça.

Suki:
- Meros mortais têm muitas coisas invejáveis. Liberdade, pra começo de conversa. -
e suspira, ajeitando algumas coisas nos braços antes de se afastar para a
confeitaria, indo encher as vitrines.

Maianne Ribeiro:
- ...e você não tem..? - ela franze a testa, acompanhando Ophelia.

qualquersuki:
Suki:
- Alguma, sim. - diz, ainda evitando o olhar de Ash. - Não plena, porém, e minha
prisão é eterna.

Maianne Ribeiro:
- ...desculpe. Eu... eu não sabia. - murmura, desviando o olhar.

Suki:
- Não se desculpe. Você não fez nada de errado. - e suspira, voltando para a
cozinha.

Maianne Ribeiro:
- Posso não ter errado, mas você murchou e se entristeceu. Peço desculpas ainda
assim. - insiste.

Suki:
- Você não fez nada de errado. - repete, enchendo os braços de produtos novamente
antes de voltar para a confeitaria.

Mesmo que Ash a encarasse, era como se não conseguisse ver o rosto de Ophelia, a
bruxa sempre olhando para um lugar que tornava seu semblante impossível de se
descobrir...

Maianne Ribeiro:
- ...ei. - ele chama, a testa franzida, os instintos agitados. - Olha pra mim.

Suki:
Ela hesita, terminando de ajeitar as bandejas da vitrine antes de ficar de pé e
encará-lo, uma Ophelia bastante sorridente surgindo por trás das cestas cheias.

- Sim...? - pergunta.

Maianne Ribeiro:
Ash dá um passo pra trás, a testa mais franzida ainda enquanto a encarava.
- ...não precisa fingir pra mim. Eu sei que você estava tensa, e evitando meu
olhar. Eu só quero ajudar.

Suki:
- Eu não estava evitando o seu olhar. O seu olhar estava evitando me processar, é
diferente. - e ri, secando a testa com as costas de uma das mãos, satisfeita ao
enfim terminar de servir tudo o que tinha feito. - Pode virar a placa da porta pra
mim, por favor? - pede.

Maianne Ribeiro:
- ...o meu olhar estava... quê? - ele murmura, confuso.

qualquersuki:
Suki:
- O seu olhar estava evitando me processar. - repete, indo ela mesma girar a placa
da porta de vidro, destrancando-a antes de tirar a chave da fechadura.

Maianne Ribeiro:
- Como assim? Eu... Como isso funciona..?!

Suki:
- Como assim 'como assim'? - Ophelia ri de leve. - O cérebro humano faz isso o
tempo todo com o que não consegue entender, ou não quer processar. Tudo que ele não
sabe explicar, ele distorce e disfarça.

Maianne Ribeiro:
- Sim, mas... Um rosto é apenas um rosto..!

"Por que diabos meu cérebro se recusaria a processar um rosto..?"

Suki:
- Um rosto nem sempre é só um rosto, e mesmo quando é, nem sempre é igual. -
explica.

Maianne Ribeiro:
- ...magia. - ele suspira, passando a mão nos cabelos. - Ainda não me acostumei...

Suki:
- Sim e não. Da mesma forma que você não vê os vasos sanguíneos de dentro dos seus
olhos, você não veria uma sombra que te espreita diretamente. - explica, rindo
baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Ou nossos narizes, na maior parte do tempo. Isso eu sei. - ele murmura, sem
jeito. - Mas eu nunca vi acontecer com rostos, a não ser depois de traumas.
Suki:
- Mas já viu acontecer. É algo parecido. - ela assente com a cabeça. - Mas você vai
se acostumar.

Maianne Ribeiro:
- Vou... eu acho. - murmura, hesitando. - Não tem problema mesmo, eu ficar aqui..?

qualquersuki:
Suki:
- Problema algum. Você tem uma investigação pra terminar, não tem? - pergunta.

Maianne Ribeiro:
- Tenho sim. - e esboça um sorriso. - Obrigado.

Suki:
Ela nega com a cabeça.
- Descanse mais um pouco e depois vá rever suas anotações. A noite eu posso ir com
você para providenciar os acessos que precisa.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou tentar. - murmura. - Devo precisar do seu conhecimento de novo, mais
tarde.

Suki:
- Até lá a confeitaria vai estar fechada e eu estarei livre pro que você quiser ou
precisar. - diz, gentil.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. E se precisar de ajuda, me chame, por favor. - pede, se afastando pra
subir as escadas.

Suki:
- Fique a vontade. - ela assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
O rapaz retorna o cumprimento antes de se afastar escada acima, indo para o quarto
onde tivera a refeição. Logo estaria mergulhando nas anotações, explorando teorias
e possibilidades...

Suki:
Começava a anoitecer quando o último cliente sai da loja, Ophelia prontamente
girando a placa - e a chave - na porta. Ela suspira, cansada, olhando ao redor
antes de colocar tudo que sobrara na vitrine aquecida, fechá-la, e subir a passos
rápidos.

- Ash? - chama, já se adiantando para o quarto do investigador.

Maianne Ribeiro:
- Oi. - ele responde, o rosto enfiado nas próprias anotações, a expressão focada. -
Já anoiteceu?

qualquersuki:
Suki:
- Já sim. Quer ir pegar seus documentos, ou ir direto pra cena do crime ou o pro
corpo...? - pergunta, se encostando no batente da porta, cansada.

Maianne Ribeiro:
- Os... ah. - ele pausa, erguendo o olhar e notando o cansaço de Ophelia. - Eu
posso ir na delegacia sozinho, não se preocupe. Você está cansada.

Suki:
- Eu perguntei onde você prefere ir primeiro. - ela sorri, sem se afetar.

Maianne Ribeiro:
- ...delegacia, e só. Posso continuar a investigação pela manhã.

Suki:
- Tem certeza disso? - pergunta, passando as mãos pelos fios cor-de-rosa para
prendê-los melhor.

Maianne Ribeiro:
- Tenho. Eu não quero pesar demais na sua rotina. - ele nega com a cabeça. - Se eu
sair cedo, ainda chego lá num bom horário.

Suki:
- Eu posso te levar quando for fazer as entregas. - diz, assentindo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Agradeço. - sorri. - Obrigado.

Suki:
Ophelia nega de leve com a cabeça.

- Vamos? Eu arrumo tudo quando voltarmos.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa, eu arrumo. Minha responsabilidade. - diz, ficando de pé pra
acompanhá-la.

Suki:
- A confeitaria, Ash. - e ri, antes de descer as escadas devagar.

Maianne Ribeiro:
- ...ah. - ele cora, sem graça. - B-bem, eu posso ajudar a arrumar, também. Sou bom
nisso.

qualquersuki:
Suki:
- Minha responsabilidade. - ela pisca um dos olhos, encarando-o por cima de um dos
ombros.

Maianne Ribeiro:
- É, mas... - ele cora, sem graça.

Suki:
- Minha responsabilidade. - repete, guiando Ash até a bicicleta, cuidadosa. - Eu
vou providenciar um jeito melhor pra você se locomover. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa, eu vou arranjar um trabalho pra comprar minhas coisas. - murmura,
sem jeito.

Suki:
- Sua investigação não pode esperar, pode? - e ergue uma das sobrancelhas, tirando
as cestas da bicicleta e acumulando-as ao lado da porta, cuidadosa.

Maianne Ribeiro:
- ...bem, não, mas eu não posso ficar dependendo de você, também. Nós mal nos
conhecemos, eu nem sei porque você tá me ajudando tanto assim.

Suki:
- São só favores. - ela suspira, subindo na bicicleta. - Vem.

Maianne Ribeiro:
- E você vai simplesmente ficar fazendo favores pra mim, sem cobrar nada em troca?
- murmura, se ajeitando na bicicleta.

Suki:
- Eu só quero que as pessoas se sintam bem. É tão absurdo assim? - pergunta, dando
um risinho antes de sair pedalando pela estrada.

Maianne Ribeiro:
- Você se surpreenderia. - ele ri baixinho, desviando o olhar. - É... é só isso,
então. Você só quer me ver bem.

Suki:
- São só favores, e eu só quero que as pessoas se sintam bem. É. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Mm... obrigado, de novo. - murmura.

qualquersuki:
Suki:
- São só favores, já disse! - Ophelia ri, a gargalhada dela enchendo a estrada,
gostosa...

Maianne Ribeiro:
- Favores a gente agradece, ora! - Ash responde, incapaz de segurar um risinho,
bobo. "A alegria dela é tão fofinha, contagiante..."

Suki:
- Tudo bem, tudo bem! Mas não precisa, eu não costumo cobrá-los! - diz, aumentando
a força nas pernas, risonha.

Maianne Ribeiro:
- Eu ainda vou agradecer sempre, e me oferecer pra ajudar. Apenas favores. - sorri.

Suki:
- De nada, então, Ash! - e ri, boba.

Maianne Ribeiro:
Ele apenas ri, mais relaxado. "Ela é um amor..."

Suki:
- Ah, aqui estamos! - diz, parando a bicicleta diante da delegacia com cuidado,
encostando-a na parede quando Ash desce. - Aproveito e vejo se vão querer o de
sempre pra amanhã... - comenta, esticando as costas.

Maianne Ribeiro:
- O de... Você costuma entregar aqui? - pergunta, curioso, entrando na delegacia
com ela. "Que isso dê certo mesmo..."

Suki:
- Eu faço entregas na cidade toda. - explica, sorridente, entrando na delegacia com
um floreio.
Maianne Ribeiro:
- Me pergunto como eu não te conheci antes... - murmura, indo até o balcão.
- ...com licença. Eu queria pedir a segunda via dos meus documentos.

qualquersuki:
Suki:
- Você não parece ser do tipo que se entrosa e come com todo mundo. - murmura,
encostando o ombro nele de leve.

A mulher ergue a sobrancelha ao ver o rapaz, abrindo a boca e engasgando nas


próprias palavras, atrapalhada.

- ...c-claro. Claro. Nome completo, por favor...? - pede, o rosto mais pálido.

Maianne Ribeiro:
- Não sou, mesmo. - murmura, franzindo a testa e encarando a mulher. - ...você está
bem?

Suki:
- Estou sim, eu só-- - ela pigarreia. - Nome... Nome completo, por favor...?

Maianne Ribeiro:
- ...Ash Von Brittania. - murmura.

Suki:
Ela assente com a cabeça, enquanto Ophelia apenas dá um risinho escondido atrás de
uma das mãos, a atendente solicitando tudo o mais rápido que conseguia.

- Vai precisar de uma foto nova?

- Vamos sim. A... A antiga está corrompida. - murmura, chamando Ash com uma das
mãos.

Maianne Ribeiro:
- A-ah. - ele murmura, sem graça, acompanhando-a. "Efeitos da magia..?"

Suki:
- Precisa de um pente? - Ophelia pergunta, seguindo os dois.

Maianne Ribeiro:
- A-aceito. Meu cabelo deve estar todo bagunçado... - sussurra.

Suki:
- Mais por causa do vento, na verdade, do que por qualquer outra coisa. - diz,
mexendo nos bolsos do macacão até achar um pente e um espelho de bolso. - Aqui.
Precisa de ajuda?

Maianne Ribeiro:
- Não precisa, obrigado. - diz, ajeitando o cabelo com cuidado, apesar de se
apressar. No fim, o estilo ainda era bagunçado, mas mais comportado.

qualquersuki:
Suki:
"Ajeitadinho sem vergonha.", pensa, sorrindo ao pegar o pente e o espelho de volta
e recuar alguns passos para deixar que a atendente ajeitasse Ash para o que fosse
necessário, tirando várias fotos até se dar por satisfeita...

Maianne Ribeiro:
- Nunca tirei tantas fotos pra um documento. - murmura, sem jeito. - O soberano só
dava uma chance pra gente...

qualquersuki:
Suki:
- Nós também só damos uma. - a atendente diz, se afastando, séria.

- Eu queria uma foto bonita pra você. - Ophelia admite baixinho, culpada.

Maianne Ribeiro:
- N-não precisava, Ophelia. - murmura, as bochechas vermelhas.

Suki:
- Eu sei. Eu quis. - e dá de ombros.

Maianne Ribeiro:
- B-bem, agora já foi. - sussurra. - Obrigado.

Suki:
- E ficou bonito, eu prometo. - ela sorri, estendendo a mão para ele.

Maianne Ribeiro:
- Eu acredito. - diz, segurando a mão dela de leve.

Suki:
- Obrigada pela confiança. - e sorri um pouco mais, guiando Ash de volta para a
recepção.

- Aqui. - murmura, estendendo o cartão para Ash, já devidamente codificado.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. Muito obrigado. - ele murmura, esboçando um sorriso. "Meu documento...
Meu nome. Eu sou eu."

Suki:
- De nada.

- Eu vou trazer rosquinhas recheadas amanhã. - avisa, ao que a mulher ergue uma
sobrancelha. - Avise ao Stewart, por favor, quando ele chegar. - pede, já puxando
Ash para fora.

Maianne Ribeiro:
- Rosquinhas? - Ash pergunta, a sobrancelha erguida enquanto seguia Ophelia.

qualquersuki:
Suki:
- Começou com um presente de boas vindas. - explica. - Uma piada com o clichê
policial de amar rosquinhas. Mas eles gostaram tanto que eu continuei trazendo.

Maianne Ribeiro:
- ...eu adoro rosquinhas. - ele cora.

Suki:
- Mesmo? - pergunta, erguendo as sobrancelhas. - Vou guardar umas pra você, amanhã.
- e sorri.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - ele sorri, bobo. - Se os pães já são uma delícia...

Suki:
- Ah, você não viu nada. - ela ri, as bochechas corando. - Os bolos e os bombons
são irresistíveis _de verdade_!

Maianne Ribeiro:
- Não fala isso que eu vou virar uma bola comendo doce..! - resmunga.

Suki:
- ...é verdade, você _precisa_ comer. - murmura, erguendo as sobrancelhas. - Eu
preciso fazer comidas mais equilibradas pra você, como eu fazia para a Circe...

Maianne Ribeiro:
- Preciso. Você não..? - ele murmura, curioso.

qualquersuki:
Suki:
- ...não... exatamente. - e suspira, passando a mão pelo rosto.

Maianne Ribeiro:
- Interessante... - murmura. - ...a Circe morava com você?

Suki:
- Ela ainda mora, de certa forma. - murmura, colocando a bicicleta de pé. - Eu sou
a "musa" dela. - e ri, as bochechas vermelhas.

Maianne Ribeiro:
- ...ah. - murmura, corando. - Eu estou atrapalhando vocês?

Suki:
- ...atrapalhando...? - e franze a testa, encarando-o antes de se ajeitar sobre a
bicicleta. - Não, de jeito nenhum. Até porque não tem o que atrapalhar; a Circe tem
horários estranhos, então ela chega, faz o que quer fazer, e vai embora quando se
sente satisfeita. - Ophelia dá de ombros.

Maianne Ribeiro:
- Faz o... C-claro, claro. - sussurra, encabulado.

qualquersuki:
Suki:
- É o normal. Ela faz isso desde que começou com a ideia absurda de me ver como
mais ninguém é capaz. - ela suspira. - Já tem alguns meses, e ela não parece nem
perto de estar satisfeita. - diz, esperando Ash se ajeitar para sair com a
bicicleta.

Maianne Ribeiro:
- Como... C-claro, faz sentido. - ele murmura, se ajeitando na bicicleta, até as
orelhas vermelhas.

Suki:
- ...tudo bem aí? - pergunta, hesitando antes de começar a pedalar, olhando para o
investigador.

Maianne Ribeiro:
- Sim, t-tudo bem. Nós podemos ir. - murmura. "Eu estou atrapalhando o casal..!"

Suki:
- ...tudo bem. - e balança a cabeça de leve, o perfume dos cabelos de Ophelia
invadindo o rosto de Ash, antes de começar a pedalar.

Maianne Ribeiro:
Ele estremece, desviando o olhar. "Tem alguma coisa naquela confeitaria, Ophelia
inclusa, que não tem um cheiro delicioso..?"

Suki:
O caminho de volta é mais silencioso, apesar de não plenamente, Ophelia
cantarolando baixinho por todo o percurso.

- Chegamos~ - ela sorri, ao estacionar a bicicleta.

Maianne Ribeiro:
- Obrigada. - Ash sorri de volta, descendo com cuidado. - Amanhã eu volto pra
investigação.

Suki:
- Você precisa descansar, também. - diz, encostando a bicicleta.

Maianne Ribeiro:
- Eu descanso durante a noite. - murmura. - Os pães ajudaram bastante também.

qualquersuki:
Suki:
Ela assente com a cabeça.

- Eu vou arrumar a loja e fazer o jantar pra você. - diz, sorridente, entrando na
confeitariam

Maianne Ribeiro:
- Posso ajudar no jantar? Eu sei cozinhar. - pergunta, acompanhando-a.

Suki:
- Não precisa, mas pode ficar a vontade. - Ophelia assente com a cabeça, pegando o
avental atrás do balcão, assim como um pano e um borrifador.

Maianne Ribeiro:
- Me ajuda a passar o tempo. - sorri. - É só falar que eu faço.

Suki:
- Deixa eu arrumar tudo aqui que eu já vou pra cozinha. - responde, começando a
limpar as mesas, cantarolando.

Maianne Ribeiro:
- Sem problemas. Tem outro pano? - pergunta, ajudando a recolher as coisas.

Suki:
- Aqui não. Mas no armário embaixo da escada tem o material de limpeza. - diz,
assentindo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Eu pego lá. - diz, se afastando, não demorando a pegar mais um pano pra ajudar na
limpeza das mesas, habilidosa.

Suki:
E ele perceberia que Ophelia cantarolava baixinho, mal prestando atenção no que
fazia, apesar das mãos já se moverem praticamente sozinhas, indo de mesa em mesa.

Maianne Ribeiro:
"...fofa," pensa, soltando um risinho enquanto voltava a focar na tarefa. Não
demoraria a terminar de limpar as mesas, complementando o trabalho de Ophelia.
- Eu posso varrer enquanto você fica com a cozinha, ou vice-versa. - comenta.
qualquersuki:
Suki:
- Eu posso varrer e depois cozinhar. - diz, piscando várias vezes, encarando-o.

Maianne Ribeiro:
- E eu posso varrer enquanto você cozinha. - ri. - Poupa tempo e cansaço.

Suki:
- ...não vai adiantar discutir, vai?

Maianne Ribeiro:
- Não, não vai. - ela ri de leve. - Limpar me ajuda a pensar, também.

Suki:
- Talvez você devesse gravar as informações da investigação, suas hipóteses, e
ouvir enquanto limpa? - brinca.

Maianne Ribeiro:
- ...não é uma má ideia. - murmura, curiosa.

Suki:
- Tem um gravador, um celular, ou algo assim? A Circe deve ter algum desses
sobrando. - comenta.

Maianne Ribeiro:
- Não, não tenho... - suspira. - O que eu tinha foi tomado pelo soberano.

Suki:
- Soberano. - resmunga. - Quem é esse tal de soberano, afinal? - pergunta, se
encostando no batente da porta.

Maianne Ribeiro:
- O soberano da família. Ele foi uma das pessoas que me criou. - explica.

qualquersuki:
Suki:
- ...uma das...? Como assim? - pergunta, franzindo a testa.

Maianne Ribeiro:
- Uma das. Nós não somos criados por uma unidade só, e sim várias. - murmura,
hesitando. - ...um tutor, digamos assim.

Suki:
- Uma unidade..? - e franze a testa. - Como uma academia...? - pergunta,
visivelmente ainda mais confusa.

Maianne Ribeiro:
- É, como uma academia. - ela assente com a cabeça. - Tem especialidades
diferentes, desde matemática e ciência até comportamento humano e etiqueta. -
explica.

Suki:
- Uau. Isso parece incrível. - comenta, esboçando um sorriso. - Estudar tantas
coisas diferentes...!

Maianne Ribeiro:
- Eu aprendi muita coisa, de fato. - sorri, apesar de uma certa tristeza no olhar.
- Não é à toa que os melhores detetives do mundo são da família.
Suki:
- Inclusive você, visivelmente. - murmura, mais contida. - ...qual a razão da
tristeza...?

Maianne Ribeiro:
- Eu fui expulso, exatamente porque não sou um dos melhores. - murmura, encarando o
chão. - Eu envergonhei a família, e desobedecido o soberano quando recebi ordens de
abandonar o caso.

Suki:
- Ser o melhor nem sempre significa ser o mais adestrado. - ela dá de ombros. - Até
um cão sabe obedecer.

Maianne Ribeiro:
- ...e se eu estiver errado? E se realmente tiver sido só um acidente, e ele está
vendo algo que eu não vi?

qualquersuki:
Suki:
- Ele esteve lá? - pergunta, franzindo a testa. - Ele te disse o que viu, que você
não parece estar vendo?

Maianne Ribeiro:
Ash nega com a cabeça.
- Não. Ele só me disse que era tolice, que o caso já estava sendo fechado, e que
era pra eu parar de insistir. Eu descobri algo de errado no caso, mas quando fui
provar pra ele... Tinha voltado ao normal. E aí, eu perdi a credibilidade, e fui
expulso.

Suki:
- Se ele não te disse o que tinha de errado, então talvez ele quem não tenha visto
algo que você foi capaz de ver. - e dá de ombros. - ...o que voltou ao normal...?

Maianne Ribeiro:
- ...o coração dele tinha desaparecido. - sussurra, estremecendo. - Mas quando eu
fui lá com o soberano, estava junto com os outros órgãos removidos. Ele nem sequer
estava com traços de magia, que era a minha teoria...

Suki:
- Você tem provas de que ele chegou a desaparecer? Chegou a pedir para testarem
esse coração para se certificar de que era o mesmo? - pergunta, coçando o queixo de
leve, se apoiando na vassoura. - Traços de magia vem e vão.

Maianne Ribeiro:
Ele nega com a cabeça.
- Sem provas, a não ser o fato de que não encontramos o coração quando eu fui lá da
primeira vez depois de comer os biscoitos. - murmura. - Eu teria testado o coração,
mas o soberano já tinha os motivos dele pra me expulsar, e eu perdi toda a
autoridade.

Suki:
- Você precisa de um gravador, definitivamente, pra registrar esses testemunhos e
essas informações. - murmura, pensativa. - E podemos pedir pra testarem o coração,
amanhã. E eu posso ver se realmente teve alguma magia ou não.

Maianne Ribeiro:
- Eu tinha. - ri, fraco. - ...acha mesmo que consegue isso tudo, amanhã?
Suki:
- Não. - ela ri. - Mas podemos tentar!

- Não. Na verdade, não me contou quase nada. - diz, ajeitando o pano na vassoura
antes de começar a limpar o chão.

qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
- Desculpe. - ele suspira, sem graça. - Eu fui ao local do crime primeiro, e comi
alguns biscoitos. Eles dão a habilidade de enxergar magia, certo?

Suki:
- Um ótimo detetive, não falei? - ela ri, continuando o que fazia, lançando um
olhar para ele. - Certo!

Maianne Ribeiro:
Ele cora, limpando a garganta.
- B-bem, eu... Eu notei que o apartamento tinha um certo resquício de magia, então
fui ver o corpo.

Ash faz uma pausa, suspirando.


- ...além do coração desaparecido, eu pude ver rastros de magia, que pareciam
correr *dentro* dele, por toda a extensão do corpo.

Suki:
- ..._dentro_ dele? - pergunta, surpresa, o rosto mais pálido. - Dentro onde? Não
deu pra ver melhor?! E o lugar do coração?

Maianne Ribeiro:
- Concentrava perto do coração, sim. Por isso que eu quis ver o coração, que não
estava lá. - suspira. - E depois estava, mas sem traços de magia.

Suki:
- O efeito da magia pode ter acabado, se foi algo fraco. - explica. - Mas os
biscoitos te permitiriam ver ao menos _alguma_ coisa, se esse fosse o caso...

Maianne Ribeiro:
- Foi magia forte. Eu pude ver, no corpo... Eu acho que era nas *veias*.

Suki:
- Se você conseguia ver no corpo, deveria conseguir ver no coração. A não ser que
não fosse o mesmo. - e ergue uma das sobrancelhas.

Maianne Ribeiro:
- E eu acho que não era o mesmo, mas eu não tinha argumentos exceto "não tem magia
nesse"... E isso eu não tinha como justificar.

Suki:
- E dar um dos biscoitos pra ele não seria algo inteligente. - ela ri, nervosa,
aumentando a força que usava para esfregar o chão.

Maianne Ribeiro:
- De jeito nenhum. Ele ia me acusar de uso de entorpecentes, e eu ia preso. -
estremece.

qualquersuki:
Suki:
- Magia não é entorpecente! Ao menos não nesse sentido! - reclama, inflando as
bochechas.
Maianne Ribeiro:
- Eu sei, mas eu não sei se ele ia parar pra ouvir a explicação. - suspira.

Suki:
- Visivelmente não ia. - responde, balançando a cabeça negativamente, erguendo o
rosto para encará-lo, próxima dele. . - Pode passar pro corredor? Eu gosto de
limpar da entrada pra cozinha.

Maianne Ribeiro:
- P-- - ele cora, sem jeito, se afastando na direção do corredor. - P-posso,
claro..!

Suki:
- Obrigada, Ash! - ela ri baixinho, boba, voltando ao que fazia. - ...voltando:
esse seu soberano parecia mais um tirano, pelo que você está falando, sabia?

Maianne Ribeiro:
- Tirano? Bem... De certa forma. - ele murmura. - O soberano precisa manter o
controle da família, e garantir que as regras estão sendo cumpridas.

Suki:
- E em qual parte ele expulsa membros por investigarem atividades sobrenaturais? Ou
ele não acredita em magia? - pergunta, quase ofendida.

Maianne Ribeiro:
- Eu acho que ele acredita. Eu não sei. - suspira.

Suki:
- Pelo jeito não. Que absurdo, uma vida sem magia! Que vida miserável! - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Minha vida nunca teve magia, até então. - ele ri, sem graça.

qualquersuki:
Suki:
- Uau, mesmo? Nem um pouquinho?! Que vida triste! - exclama, franzindo a testa.

Maianne Ribeiro:
- Nem um pouquinho. É por isso que eu não sei muito sobre.

Suki:
- Pobrezinho... - diz, um tanto triste, o olhar se perdendo em uma das janelas
antes que ela voltasse a limpar o chão.

Maianne Ribeiro:
- É o que é... Ao menos agora eu conheço magia. - murmura.

Suki:
- E como se sente com isso? - pergunta, apoiando uma das mãos na vassoura antes de
encará-lo.

Maianne Ribeiro:
- ...curioso. Bastante curioso. - ri.

Suki:
- Ao menos é uma reação boa. - e ri também, recolhendo o material de limpeza.

Maianne Ribeiro:
- Eu sempre fui muito curioso. - ele ri baixinho. - Instinto de detetive, eu
acho...

Suki:
- Provavelmente. É uma característica que faz parte essencial do trabalho. - diz,
sorridente, fechando a porta do armário antes de ir para a cozinha.

Maianne Ribeiro:
- ...quem sabe, se eu resolver esse caso eles me aceitem de volta... - murmura,
pensativo.

qualquersuki:
Suki:
- E é o que você quer? - pergunta, sorrindo por cima do ombro para ele.

Maianne Ribeiro:
- Por que não seria..? - ele franze a testa.

Suki:
- Eu não sei. - ela dá de ombros. - Existe mais pra vida do que um tirano.

Maianne Ribeiro:
- É, mas... Eles me deram tudo o que eu tinha. - murmura, desviando o olhar. - Meu
treinamento, minhas coisas, meu propósito. Sem isso, eu... Eu não seria nada.

Suki:
- Não seria, mas pode se tornar. - e repete o gesto. - Eles te descartaram que nem
uma máquina quebrada, Ash. Você não deve nada a eles.

Maianne Ribeiro:
- ...tem... Tem certeza..? - sussurra.

Suki:
- Absoluta. Eu não tenho certeza sobre muitas coisas da vida, mas sobre isso eu
tenho. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- ...obrigado. - ele sussurra, passando a mão no rosto disfarçadamente.

Suki:
- Vem. Me diz o que você gosta de comer. - resmunga, puxando Ash pela mão para a
cozinha.

Maianne Ribeiro:
- Coisas nutritivas. E... E rosquinhas. - cora. - Eu não tenho muitas preferências.

qualquersuki:
Suki:
- Percebi. Vou tentar fazer um prato por dia, pra você experimentar e descobrir. -
ela sorri, indo lavar as mãos e os braços.

Maianne Ribeiro:
- Não é muito trabalho..? - pergunta.

Suki:
- Eu vou cozinhar todos os dias pra você, de qualquer forma, não vou? Posso mudar o
cardápio com frequência.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - ele sorri. - Eu posso ajudar, também.

Suki:
- Não precisa. Você tem uma investigação pra concluir, lembra? - ela sorri.

Maianne Ribeiro:
- Lembro. - ele ri, sem graça.

Suki:
- Então não se preocupe. Eu cuido de tudo por aqui!

Maianne Ribeiro:
- De novo, obrigado. - sorri. - Eu vou retribuir de alguma forma assim que puder.

Suki:
- São só favores. - e sorri, misteriosa, sem que Ash possa ver sua expressão.

Maianne Ribeiro:
- São grandes favores. - insiste.

Suki:
- Ainda são só favores. - retruca, rindo de leve.

Maianne Ribeiro:
- Já disse, pra mim é muita coisa. - sorri.

Suki:
- Tudo bem, tudo bem! - e ergue as mãos, inocente, risonha.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou terminar de limpar, e então venho jantar. - sorri. - E depois, cama.

qualquersuki:
Suki:
- Eu já limpei ~ - ela sorri, vulpina. - Mas fique a vontade pra descansar enquanto
eu cozinho.

Maianne Ribeiro:
- Ei..! - ele murmura, corando.

Suki:
Isso faz Ophelia rir baixinho, piscando um dos olhos.

- E você nem percebeu~

Maianne Ribeiro:
- Não, não percebi. - ele murmura, sem graça. - E é meu trabalho perceber as
coisas.

Suki:
- É um dos meus dons passar despercebida. - e sorri, compreensiva. - Não se
preocupe.

Maianne Ribeiro:
- ...magia é incrível, mesmo. - sussurra.

Suki:
- Nesse caso não é _só_ magia, mas... Sim, é incrível. - ela ri baixinho.
Maianne Ribeiro:
- Ah, não, é? - ele pergunta, curioso.

Suki:
- Não. Eu aprendi a... Distrair as pessoas, podemos dizer assim.

Maianne Ribeiro:
- Ah, é? Que interessante. - murmura. - Pode me ensinar?

Suki:
- Um bom primeiro passo é ocupar a pessoa com algo interessante enquanto você faz o
que quer discretamente. - explica, começando a separar ingredientes.

Maianne Ribeiro:
- Como um mágico, fazendo truques. Redirecionamento. - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- Exato. Mas mais simples, descontraído. - ela pisca um dos olhos. - Cotidiano.

Maianne Ribeiro:
- Disfarçadamente. - ele sorri. - Eu vou manter isso em mente, pra quando precisar.

Suki:
- Isso. Como eu fiz, te mantendo entretido com a conversa como se não fosse nada de
mais, enquanto limpava tudo ao seu redor primeiro. Só chamei sua atenção ao final~

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. E eu não vi nada. - ri, sem graça.

Suki:
- Eu sou manipulativa. - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- É bem esperta, isso sim.

Suki:
- ...também! - admite, orgulhosa de si.

Maianne Ribeiro:
Ash ri baixinho, bobo. "Que fofa..."
- Mas sem me manipular, vai. Deixa eu ajudar quando puder.

Suki:
- Bem de vez em quando.

Maianne Ribeiro:
- Com mais frequência que isso!

Suki:
- De vez em nunca~?

Maianne Ribeiro:
- De vez em sempre! - ri.

Suki:
- Aí é demais! - e gargalha.

Maianne Ribeiro:
- Não, não é. - ri.

qualquersuki:
Suki:
- É, é sim, Ash!

Maianne Ribeiro:
- Não, não é, eu preciso ajudar também!

Suki:
- Não, não precisa!

Maianne Ribeiro:
- Precisa s-- a comida, você já tá fazendo..!

Suki:
- ...é. Tô sim~ E daqui a pouco fica pronta. - adiciona, rindo.

Maianne Ribeiro:
- Ophelia, eu ia ajudar..!

Suki:
- Que pena~

Maianne Ribeiro:
O rapaz suspira.
- Não adianta discutir, né..?

Suki:
- Não, até porque a comida já está quase pronta. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- E imagino que não vai adiantar com mais nada, também. - suspira.

Suki:
- Eu não gosto de receber favores. Acostume-se. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Não é receber favores, é retribuição. - resmunga.

qualquersuki:
Suki:
- Ainda são favores, mesmo que de volta. - ela dá de ombros.

Maianne Ribeiro:
- Então eu tenho que só aceitar as coisas que você faz, sem nunca fazer algo em
troca? Não é justo.

Suki:
- Eu não preciso de nada em troca. Eu não quero nada em troca.

Maianne Ribeiro:
- Não quer. Nada. Nunca. - insiste.

Suki:
- ...nunca é exagero. - e ri, sem graça.

Maianne Ribeiro:
- Então me deixe ajudar de alguma forma. Eu não me sinto bem assim, me aproveitando
de você. - suspira.

Suki:
- Você não está se aproveitando de mim, Ash. - ela suspira. - E eu vou pedir quando
quiser ou precisar de algo.

Maianne Ribeiro:
- Eu sinto que estou... E sinto que você não vai pedir, também. - resmunga.

Suki:
Ophelia resmunga baixinho, balançando a cabeça de leve antes de responder.

- Nós vamos ver.

Maianne Ribeiro:
- Vamos sim, pelo jeito. - suspira.

Suki:
- Sem esse tom comigo. - reclama, inflando as bochechas.

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem, tudo bem. Desculpe. - murmura.

qualquersuki:
Suki:
- ...eu vou tentar aceitar a ajuda. Só é... Difícil, pra mim. Não gosto de aceitas
favores de ninguém.

Maianne Ribeiro:
- É sempre difícil aceitar ajuda. Olhe pra mim. - ele ri, sem graça. - Eu só quero
retribuir o que você está fazendo por mim, mais nada.

Suki:
- Não é por dificuldade de aceitar ajuda. - murmura, e Ash pode notar Ophelia um
tanto hesitante. - ...faes. Faes te prendem assim.

Maianne Ribeiro:
Ele hesita, encarando Ophelia.
- Fae..? Você é... É fae?

Suki:
- Eu pareço fae? - pergunta, erguendo as sobrancelhas. - Eu só não quero dívidas
com ninguém. Não aceito favores com ninguém. Faes fazem favores, dão coisas, e
depois te controlam e te manipulam como eles querem. É um contrato mágico não
explicado.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sei como um fae se parece. - suspira. - Eu não sei nada de magia, lembra?

Suki:
- É uma boa resposta. Mas não, eu não pareço fae. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- E com o que faes se parecem? - pergunta.

qualquersuki:
Suki:
- Criaturas da floresta. Alguns meio insetoides, com vários olhos, ou asas, coisas
assim. - ela dá de ombros.
Maianne Ribeiro:
- Que... Diferente. Bem diferente. - murmura, curioso. - Fácil de identificar, ao
menos.

Suki:
- Um pouco. Mas varia de tipo pra tipo.
"Mas magias de disfarce existem."

Maianne Ribeiro:
- Bom saber. Eu vou anotar no meu caderno. - comenta.

Suki:
- É uma boa ideia pra ficar de olho. - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Vou sim. Obrigado. - sorri. - Mas bem, eu não sou fae, disso você já sabe bem. Eu
não vou te prender a nada.

Suki:
Ela balança a cabeça de leve.

- Talvez. - e ri, indo buscar os pratos dos dois.

Maianne Ribeiro:
- Ophelia..! - ri.

Suki:
- Foi uma brincadeira! - e gargalha. - Vem se servir e vamos comer!

Maianne Ribeiro:
- Indo, indo! - ri, se aproximando pra botar o próprio prato.

qualquersuki:
Suki:
Ophelia espera até que ele tenha se servido para fazer o mesmo, pegando talheres
para os dois antes de se sentar à mesa.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado pela comida. - sorri, começando a comer. "Ótima, que nem os doces e
salgados..!"

Suki:
- De nada! - ela ri baixinho, acompanhando Ash na refeição.

Maianne Ribeiro:
A refeição seria tranquila, logo Ash se retirando para o quarto pra descansar.
Acordaria no meio da madrugada, porém, estranhamente inquieto...

"Eu preciso de uma água," pensa, saindo do quarto pra ir na cozinha.

Suki:
E quando ele passasse no corredor, veria a porta do quarto de Ophelia aberta, Circe
dentro dele.

Diante da mulher, um quadro da bruxa nua, dançando, os cabelos naturalmente crespos


emoldurando-lhe o rosto sorridente. E Circe a pintava com maestria, silenciosa,
observando Ophelia adormecida na cama...
Maianne Ribeiro:
Um arrepio sobe pela espinha de Ash, o detetive dando um passo pra dentro do quadro
e encarando Circe.
- Isso não é um tanto rude? - sussurra, sério, alerta.

qualquersuki:
Suki:
- Do que você está falando...? - pergunta, se virando devagar para encará-lo. - Eu
estou pintando a minha musa.

Maianne Ribeiro:
- Que está dormindo. - diz, enfatizando a última palavra.

Suki:
Ela dá de ombros.

- A Ophelia não liga.

Maianne Ribeiro:
- Você já perguntou a ela? - insiste.

Suki:
- Ela já acordou enquanto eu a pinto, e nunca disse nada. Agora vá fazer o que quer
que estivesse fazendo e me deixe trabalhar em paz. - resmunga, voltando ao que
fazia.

Maianne Ribeiro:
- ...rude como antes. - resmunga, se afastando, incomodado. "Não é certo."

Suki:
"E não me incomode mais, moleque.", pensa, irritada.

Maianne Ribeiro:
"Ela é completamente diferente da Ophelia," pensa, resmungando. Acabaria por pegar
não só a água, mas também o caderno, sentando em uma das mesas pra estudar...

qualquersuki:
Suki:
Ainda era madrugada quando Ophelia desce as escadas, bocejando de leve. No corpo,
um robe de cetim bastante torto, aberto, revelando parte do corpo nu sob ele...

Maianne Ribeiro:
- Bom di--

Ash trava ao ver o corpo de Ophelia, as bochechas corando sem que ele conseguisse
desviar o olhar de início.
- S... S-seu robe, ah... Aberto...

Suki:
- ...meu corpo é uma obra de arte que merece ser apreciada. - diz, ainda sonolenta,
ajeitando os próprios cabelos para prendê-los. - Bom dia.

Maianne Ribeiro:
Ele cora mais ainda, limpando a garganta e desviando o olhar.
- D-de fato...

Suki:
- Eu sei. - e boceja mais uma vez, enfim fechando o robe.
Maianne Ribeiro:
- Ahem. A-A Circe estava te pintando, mais cedo. - murmura.

Suki:
- ...ah. De novo isso. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Acontece com frequência?

Suki:
- Mais do que eu gostaria. - ela assente com a cabeça. - Já me habituei a acordar,
vê-la me pintando, e voltar a dormir.

Maianne Ribeiro:
- E não te incomoda? - pergunta. - Me pareceu bastante intrusivo.

qualquersuki:
Suki:
- Incomoda, é claro que me incomoda. - e franze a testa. - Mas eu entendo que é o
jeito dela.

Maianne Ribeiro:
- Mas te incomoda. - ele insiste. - Não deveria deixar ela fazer isso, se é assim.

Suki:
Ophelia suspira, balançando a cabeça de leve antes de ir fazer café, sem responder.

Maianne Ribeiro:
- ...por que você não reclama? - ele franze a testa.

Suki:
- Porque não tem necessidade. - ela dá de ombros.

Maianne Ribeiro:
- Você se incomodar não é motivo o bastante?

Suki:
- Não. - diz, sucinta.

Maianne Ribeiro:
- ...mas é claro que é! - exclama.

Suki:
- Não pra mim. - insiste.

Maianne Ribeiro:
- E você vai ficar se incomodando calada, só aceitando?!

Suki:
- Sim. A Circe me é valiosa demais para eu arriscar perdê-la.

Maianne Ribeiro:
Ele abre a boca pra questionar, mas desiste, negando com a cabeça. "É melhor eu não
me meter no relacionamento dos outros."

qualquersuki:
Suki:
- Não é fácil encontrar pessoas que aceitem uma bruxa tão bem, Ash. - murmura,
balançando a cabeça.
Maianne Ribeiro:
- Eu compreendo. - murmura. "Antes só que mal acompanhado."

Suki:
- Obrigada por entender. - e esboça um sorriso um tanto... Triste, antes de se
virar para servir o café, dando as costas para ele.

Maianne Ribeiro:
"...não discute, Ash," pensa, voltando a focar no caderno.

Suki:
- Aqui. Duplo, sem açúcar. - murmura baixinho, servindo a xícara para ele antes de
se aproximar da pia novamente, mexendo nos armários atrás de ingredientes.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - ele sussurra, tomando um gole do café e suspirando. "Delicioso..."

Suki:
"É sua única forma de companhia, Ophelia. Você já devia ter acostumado.", pensa,
cozinhando em silêncio, sem cantarolar ou erguer a cabeça.

E isso se reflete no cheiro que se espalha pela cozinha. Os pães não pareciam os
mesmos, o aroma um tanto banal...

Maianne Ribeiro:
Ele franze a testa, ficando de pé e indo para a cozinha.
- O que houve?

Suki:
- O que foi? - pergunta, sem encará-lo. - O café esfriou?

Maianne Ribeiro:
- Não é o café, são os pães. Tem alguma coisa errada.

Suki:
- Do que você está falando, Ash...? - ela suspira, se virando para ele, mais uma
vez sem que o investigador consiga visualizar ou compreender seu semblante.

Maianne Ribeiro:
- O cheiro está fraco, e eu não consigo te ver. - diz. - Tem algo errado.

Suki:
- Como assim 'não consegue me ver'...? - pergunta, movendo a cabeça para o lado,
confusa.

Maianne Ribeiro:
- O seu rosto. Eu não consigo ver.

qualquersuki:
Suki:
- ...não consegue ver em que sentido?

Maianne Ribeiro:
- Embaçado. Meu cérebro não processa, e isso somado com o cheiro enfraquecido dos
pães me diz que tme algo errado.

Suki:
- O cheiro parece o cheiro de pão, pra mim. O cheiro de qualquer pão. - resmunga.
Maianne Ribeiro:
- Eu mal conseguia entrar na cozinha ontem, Ophelia, e agora eu tô aqui sem nem me
sentir tentado. - murmura. - O que houve?

Suki:
- Eu só não estou me sentindo bem. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Eu posso ajudar em algo? - pergunta, estendendo a mão pra ela.

Suki:
- Não me julgue. Por favor. - pede, tocando a mão dele com as pontas dos dedos.

Maianne Ribeiro:
Ele hesita, desviando o olhar, as bochechas levemente coradas.
- Me desculpe.

Suki:
- ...obrigada. - murmura, soltando a mão dele antes de voltar ao que fazia.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - sussurra. - Precisa de ajuda, ou..?

qualquersuki:
Suki:
- Não, obrigada. Eu já me habituei a fazer tudo sozinha. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- ...tudo bem. - ele murmura, voltando pra mesa em que estava antes.

Suki:
E ele pode sentir uma angústia no próprio peito por um segundo, que desaparece
assim que ele sai da cozinha..

Maianne Ribeiro:
Ele hesita, engolindo em seco.
- ...Ophelia..? - sussurra.

Suki:
- O que foi, Ash...? - pergunta, já tendo voltado a bater a massa, parte dos pães
ainda no forno.

Maianne Ribeiro:
- Eu senti uma angústia forte. - murmura. - Sua angústia..?

Suki:
- Talvez tenha sido. - ela dá de ombros. - Não se preocupe.

Maianne Ribeiro:
- É claro que eu me preocupo, Ophelia, ainda mais sendo a causa disso tudo!

Suki:
- Você não é causa disso, Ash...! - responde, a voz tremendo.

Maianne Ribeiro:
- E quem é? O que é?

Suki:
- EU NÃO SEI! - grita, a voz quebrando enquanto ela caía no choro, o rosto dela
distorcendo ainda mais aos olhos de Ash.

Maianne Ribeiro:
Ele engole em seco, se aproximando pra apoiar a mulher, estremecendo.
- Seja lá o que for... Vai ficar bem. - sussurra. - Vai passar. Vai melhorar.
Respira fundo...

qualquersuki:
Suki:
E Ophelia chora, um choro de partir o coração e deixar desolado, tentando se
acalmar enquanto as mãos tremiam...

Maianne Ribeiro:
E Ash continuaria ali com ela, consolando Ophelia como podia, a voz suave tentando
acalmá-la e diminuir seu sofrimento...

Suki:
Longos minutos. Longos e longos minutos enquanto ela chorava baixinho, erguendo a
cabeça repentinamente quando o cheiro de queimado invade suas narinas.

- O-os pães...! - exclama, se adiantando até o forno.

Maianne Ribeiro:
- A-ah, droga..! - ele resmunga, ficando de pé e acompanhando a mulher, preocupado.

Suki:
- Ah, não, os pães da primeira fornada da manhã são os mais importantes...! - ela
choraminga, colocando a travessa sobre a bancada, os pães torrados.

Maianne Ribeiro:
- A gente faz de novo. Eu te ajudo se precisar, pra fazer mais rápido. - Ash
murmura, colocando uma mão no ombro de Ophelia. - Vai dar certo.

Suki:
- ...obrigada, Ash... - murmura, e enfim o detetive consegue ver o rosto dela
novamente em um sorriso tímido. As bochechas vermelhas, assim com os olhos, estavam
lavadas e brilhantes pelas lágrimas, que ainda assim não lhe pareciam feias ou
desagradáveis... - Pode tirar os miolos desses pães, sendo assim? Eu posso usar pra
fazer farinha...

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele sorri de volta, começando a remover os miolos dos pães queimados,
cuidadoso.

qualquersuki:
Suki:
Enquanto isso, Ophelia lava o rosto e as mãos na pia, jogando os cabelos para trás
com cuidado. Depois, ela se afasta para a parte da bancada cheia de farinha,
recomeçando o processo dos pães...

Maianne Ribeiro:
- Precisa que eu faça algo da farinha? - pergunta. - ...e posso comer um pouco dos
pães? Abriu meu apetite.

Suki:
- Os queimados...? - pergunta, rindo de leve. - _Mesmo_?

Maianne Ribeiro:
- Aposto que continuam bons. - ri.

Suki:
- Por dentro, talvez. Não muito, mas talvez. - e ri, claramente provocando-o. - Tem
geleia e coisas assim na geladeira. Pode ficar a vontade!

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - ele ri, indo pegar a geleia, beliscando os pães enquanto continuava a
trabalhar.

Suki:
E assim as horas seguem, não demorando para que Ophelia comece a cantarolar; e
melhor ainda, que o cheiro dos pães e bolos volte ao normal, em um ambiente
extremamente sedutor para todos os sentidos. Até mesmo o som das folhas e embrulhos
era agradável, como um ruído branco ao fundo da voz da garota...

Maianne Ribeiro:
"Pelos céus, resista..!" pensava, terminando de tirar os miolos dos pães antes de
se virar pra observar Ophelia trabalhando, completamente entretido...

qualquersuki:
Suki:
E Ash perceberia que ela fazia tudo com imenso prazer, sorridente, o olhar se
divertindo com cada novo pão e doce que fazia ou montava...

- ...o que foi? - pergunta, de repente, ao notar o olhar dele. Sem o avental, o
robe estava cheio de farinha, algumas marcas das mãos sujas de ovo ou similares
perdidas aqui e ali no tecido.

Mesmo desalinhada, com a peça caindo por um de seus ombros, ainda assim parecia,
como ela mesma dissera, uma obra de arte...

Maianne Ribeiro:
- N... Nada. Nada não... - ele balbucia, balançando a cabeça como se despertasse,
antes de afastar o olhar.

Suki:
- ...tudo bem. - e ri, boba. - Pode ir colocando tudo nas cestas da bicicleta, por
favor? Pães embaixo, bolos no meio, doces e salgados em cima. - explica. - Eu
preciso tomar banho e me trocar pra ir fazer as entregas.

Maianne Ribeiro:
- C-claro, sem problemas. - ela assente com a cabeça, indo ajudar a embalar e
organizar os itens, cuidadoso. "Sem pegar nada pra você, Ash."

Suki:
- Eu não demoro! - e ri de novo, beijando uma das bochechas dele antes de se
afastar.

Maianne Ribeiro:
Ash cora, sem graça, limpando a garganta antes de voltar a organizar as coisas.

qualquersuki:
Suki:
E isso a faz sorrir satisfeita antes de se afastar. De fato, não demoraria a
retornar, já vestida, os cabelos em um degradê de verde e amarelo com manchinhas
mais escuras imitando uma fruta.

- Obrigada por ter ajeitado tudo. - ela diz, chegando na cozinha, terminando de
trançar os fios.

Maianne Ribeiro:
- De na-- seu cabelo mudou de novo! - ri.

Suki:
- Eu mudo ele todo dia. - admite, dando um risinho. - Aqui. Eu fiz esses pra você.
- diz, indo até algumas embalagens separadas no canto oposto da bancada. - Pão com
recheio de ovo, queijo e ervas; um trançado de frutas e mel; e, claro, as
rosquinhas que te prometi. Mas não coma todas de uma vez!

Maianne Ribeiro:
- Pra mim..? - ela murmura, surpresa, as bochechas corando. - Não... Não precisava
isso tudo, Ophelia..!

Suki:
- Você precisa comer bem, mas também precisa comer coisas saudáveis. As rosquinhas
são só hoje. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Obrigada. - murmura, sem jeito, pegando o prato pra si. - Parece delicioso, como
tudo que você faz.

Suki:
- De nada, Ash. Foi feito com muito carinho, eu garanto. - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- Eu tenho certeza que sim. - diz, com um sorrisinho.

qualquersuki:
Suki:
- Bom. - ela une as duas palmas das mãos, sorridente. - Eu preciso ir fazer as
minhas entregas, mas volto o mais rápido que conseguir, então fique a vontade até
lá, ok?

Maianne Ribeiro:
- Claro, não se preocupe. Leve o tempo que precisar. - diz, assentindo com a
cabeça. - Até mais tarde, Ophelia.

Suki:
Ela acena de leve antes de se afastar, quase saltitando...

Maianne Ribeiro:
"Fofa demais," pensa, risonha, indo se sentar pra comer, a alegria de Ophelia
contagiante.

Suki:
Era o meio da manhã quando Circe desce as escadas, a postura impecável apesar das
roupas ainda um pouco desalinhadas que ela ajeitava cuidadosamente.

- Bom dia. - murmura, indo se servir de café.

Maianne Ribeiro:
- Bom dia. - diz, já tendo voltado ao próprio trabalho. "Hmpf."

Suki:
- A Ophelia já saiu...? Que horas são? - ela suspira, olhando ao redor.

Maianne Ribeiro:
- São... Dez e meia. Já saiu sim. - murmura.

Suki:
- Oh. Quase a hora da minha mentoria. - e suspira novamente, bebendo o café
devagar.

Maianne Ribeiro:
- Mentoria..? - pergunta, curioso.

qualquersuki:
Suki:
- Com um descendente de Monet. Sim. - responde, encarando-o para julgar sua reação.

Maianne Ribeiro:
- ...com um descendente de *quem*?! - ele engasga.

Suki:
- Monet. - responde, orgulhosa. - Legítimo, com uma linhagem de pintores incríveis.

Maianne Ribeiro:
- Não é à toa que você pinta tão bem, então. Esforço, e um tutor de qualidade. -
murmura.

Suki:
- A modelo ajuda muito, também. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- ...de fato. - murmura, mordendo a língua. "Não fale pela Ophelia. Não fale sobre
a pintura à noite."

Suki:
- Ela é fonte de inspiração em tudo que faz. - diz, esboçando um sorriso.

Maianne Ribeiro:
- É... Ela é contagiante. - murmura, sorrindo também.

Suki:
- É uma boa palavra. - e assente com a cabeça, terminando a xícara de café antes de
deixá-la na pia. - Eu preciso ir. Não esqueça de trancar a porta da confeitaria
depois.

Maianne Ribeiro:
- Eu não vou sair antes da Ophelia retornar, não se preocupe. - diz.

qualquersuki:
Suki:
- Ainda assim é melhor que a porta fique fechada. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem, eu tranco. - murmura.

Suki:
- Obrigada. Agora é melhor eu ir. - diz, pomposa, ajeitando a própria postura antes
de se afastar.

Maianne Ribeiro:
"Parece um pavão. Só que preto," pensa, indo trancar a porta.

Suki:
Era quase hora do almoço quando Ophelia enfim retorna, visivelmente cansada,
esticando o corpo ao sair da bicicleta e tocar a campainha da confeitaria...

Maianne Ribeiro:
- Bem vinda de volta. - Ash sorri ao abrir a porta pra Ophelia, dando passagem para
a mulher.

Suki:
- Obrigada. - ela diz, um tanto boba, corando de leve ao passar. - Como foram os
estudos? Comeu o que eu deixei?

Maianne Ribeiro:
- Claro que comi. - ela ri de leve. - Mas guardei algumas rosquinhas pra amanhã. Os
estudos também foram bons, vou tentar continuar as investigações mais tarde. E as
entregas, como foram?

Suki:
- Normais. - e dá de ombros. - O pessoal da delegacia amou as rosquinhas recheadas.
- diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- São ótimas mesmo, entendo. - e ri.

qualquersuki:
Suki:
- Bom saber. Vou fazer uma gigantesca, como um bolo, quando resolvermos esse caso!

Maianne Ribeiro:
- Isso só me empolga mais. - ela ri baixinho.

Suki:
- Então eu vou pra cozinha adiantar seu almoço e o cardápio da tarde da confeitaria
enquanto você se afunda ainda mais nos estudos~

Maianne Ribeiro:
- Eu posso ajudar na cozinha? Queria uma pausa dos estudos, na verdade. - murmura.

Suki:
- Pode, pode sim. - e assente com a cabeça. - É bom que te ensino a cozinhar a sua
própria comida.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei cozinhar um pouco, na verdade. - ri, sem graça. - Mas aceito mais aulas,
sempre.

Suki:
- Um pouco como em "legumes cozidos e carne na chapa", imagino~?

Maianne Ribeiro:
- É-é nutritivo. - e cora.

Suki:
- E sempre a mesma coisa. Eu dava isso pros porcos na minha vila. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- E-eu sei fazer arroz também. E pure de batatas. - murmura, mais vermelha ainda.

qualquersuki:
Suki:
- Continua sendo lavagem. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- N-não é, é bem temperado..!

Suki:
- Ah, claro, a _consistência_ é de lavagem. Melhorou~?

Maianne Ribeiro:
- N-não é..!

Suki:
Ophelia hesita, mas não consegue segurar a gargalhada, o rosto corado.

- Você é muito fácil de ser provocado, Ash~!

Maianne Ribeiro:
Ela cora ainda mais, desviando o olhar.
- O-ora...

Suki:
- Venha, venha. Vamos cozinhar, que você tem muito a aprender!

Maianne Ribeiro:
- I-indo. - ela sussurra, acompanhando Ophelia, sem graça.

Suki:
"Ele é tão indefeso~", pensa, boba.

Maianne Ribeiro:
- É só guiar que eu sigo. Eu aprendo fácil. - Ash murmura.

Suki:
- Tudo bem. Vou dividir as tarefas mais simples com você, primeiro, e depois te
ensino as mais complexas.

Maianne Ribeiro:
- Sem problemas. Obrigada. - sorri, assentindo com a cabeça.

qualquersuki:
Suki:
A bruxa assente com a cabeça, puxando Ash para perto antes de começar a guiá-lo
pelos diferentes preparos não apenas da refeição dele, mas também pelos dos doces e
salgados, sempre gentil e empolgada.

Maianne Ribeiro:
E Ash aprendia a cada instrução, seguindo-as com cuidado, atenciosa, fazendo
perguntas aqui e ali...

Suki:
- Acho que terminamos. - ela sorri, secando o suor da testa com o antebraço. - Eu
vou arrumar a vitrine enquanto você almoça.

Maianne Ribeiro:
- Eu como rapidinho e já ajudo. - sorri, assentindo com a cabeça. - Obrigada.

Suki:
- Não precisa se preocupar com isso. É só fazer as plaquinhas e colar no vidro na
direção certa. - e ri de leve.
Maianne Ribeiro:
- Tudo bem, tudo bem. - ri.

Suki:
- Eu tenho tudo sob controle, não se preocupe. - ela sorri.

Maianne Ribeiro:
- Eu tenho certeza que sim. - ela ri baixinho, indo se servir do almoço.

Suki:
"Ninguém nunca me tratou assim antes...", pensa, boba, levando uma das mãos ao
peito antes de se afastar para arrumar a loja...

Maianne Ribeiro:
A detetive sorri, os ombros relaxados enquanto sentava pra comer.
- A comida ficou deliciosa. - sorri, boba. - Se fosse só eu, não teria ficado tão
bom.

qualquersuki:
Suki:
- Uma hora vai ser só você, e vai ficar igualmente bom, eu prometo. - ela sorri,
enchendo o carrinho com os quitutes.

Maianne Ribeiro:
- Tomara. - ela ri baixinho. - Se eu cozinhar um décimo do que você cozinha, já
fico feliz.

Suki:
- Isso não tem que ser sua prioridade. - e balança a cabeça negativamente.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei, mas eu vou aprendendo aos poucos. - ri.

Suki:
- Bem aos poucos. Sem pressa alguma~

Maianne Ribeiro:
- Sem pressa, sim. - sorri, aproveitando a refeição. - Não vai comer?

Suki:
- Não, obrigada. Eu não preciso comer comida com frequência. - explica.

Maianne Ribeiro:
- Mas você podia comer por gosto, também. - comenta.

Suki:
- Ah, não. Digo, eu gosto, mas... - ela suspira, dando de ombros de leve.

Maianne Ribeiro:
- Mas..? - ela ergue uma sobrancelha.

qualquersuki:
Suki:
Ophelia dá de ombros novamente, sem responder.

Maianne Ribeiro:
- ...tudo bem se não quiser falar. Não vou insistir. - murmura.
Suki:
- Obrigada, Ash. Você é muito gentil. - murmura, sorrindo.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ela sorri de leve, já terminando a comida. - Obrigada pela refeição, e
pela aula.

Suki:
- É um prazer. - e pisca um dos olhos. - Agora é melhor você voltar pros seus
estudos que eu vou preparar um café pra te ajudar.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa, eu tenho que sair. - diz. - Preciso ver se consigo que examinem
aquele coração direito.

Suki:
- ...mm. Verdade. - e toca o queixo, pensativa. - ...eu vou separar alguns doces e
salgados pra você oferecer _sutilmente_. Suborno é uma tática de guerra válida.

Maianne Ribeiro:
- Sutilmente. - ela ri, corando. - É... Eu não sou mais da polícia, mesmo. Não
tenho nada a perder.

Suki:
- Exatamente! E o cheiro da minha comida vai ser entorpecente e tentadora o
suficiente. Recomendo deixar um pacote meio aberto dentro da bolsa, e quando for
abrir a bolsa pra pegar o documento, não fechá-la pro cheiro poder subir. - ela ri,
vulpina.

Maianne Ribeiro:
- Ardilosa. - ri, as bochechas mais vermelhas. - Deve funcionar, o cheiro é bom
demais.

qualquersuki:
Suki:
- Como uma raposa~! - e ri baixinho, empolgada como uma criança.

Maianne Ribeiro:
- Como uma raposa bem ardilosa. - ela ri, assentindo com a cabeça.

Suki:
- Não me arrependo e nunca disse o contrário~

Maianne Ribeiro:
- Nunca mesmo. - Ash apenas balança cabeça, boba. - É melhor eu me trocar, pra não
ficar tarde. Já volto pra pegar os doces!

Suki:
- Eu vou arrumar tudo enquanto isso! Vai vai vai~

Maianne Ribeiro:
- Indo! - Ash ri, se afastando. Não demoraria muito a retornar, as vestes mais
arrumadas, próprias pra se apresentar no trabalho, a bolsa a tiracolo.

Suki:
- Tudo arrumadinho, quentinho~ - diz, boba, estendendo-lhe a caixinha retangular. -
Coloque com a abertura para cima, pra ser mais fácil de abrir sutilmente.

Maianne Ribeiro:
- Obrigada, Ophelia. - ela sorri, pegando a caixa e guardando na bolsa com cuidado.
- Mais tarde te conto como foi.

Suki:
- Vou ficar aguardando ansiosamente~! - e ri, empolgada.

Maianne Ribeiro:
As horas se passam, o dia virando noite sem que Ash retornasse. Já era perto das
nove quando Ophelia escuta a porta se abrir com estrondo, e o barulho de algo
pesado caindo no chão...

...Ash. O detetive segurava o peito e o abdomen, tentando impedir que mais sangue
escorresse dos ferimentos, a roupa lavada com o líquido rubro que agora se
espalhava pelo piso da confeitaria.

qualquersuki:
Suki:
- ASH! - ela grita, correndo até ele de imediato assim que o vê aparecer do outro
lado do vidro, apoiando seu corpo como podia enquanto se ajoelhava no chão. -
Respira, se concentra em respirar...! - pede, rasgando os restos da camisa dele sem
pudor e empalidecendo.

"É muito sangue...!"

Maianne Ribeiro:
Havia um grande corte cruzando o torso de Ash, além de um outro em seu estômago,
profundo, o braço do detetive também ferido, o sangue escorrendo estranhamente
devagar.
- T-te... tent-tando... - ele responde, a voz vagarosa, a respiração difícil.

Suki:
O medo estava estampado no rosto pálido de Ophelia, enquanto ela começa a suar
frio, analisando a gravidade dos ferimentos, os olhos arregalados.

- ...me perdoe por isso. - diz, enfim, colocando uma das mãos sobre os olhos dele
enquanto a outra mão entrava por uma das feridas. A sensação era de que Ophelia
arrancava a carne de Ash de dentro pra fora, enquanto a ferida se fechava sob seus
dedos seguindo a mesma direção...

Maianne Ribeiro:
Ash urra de dor, se retorcendo com a sensação horripilante, lágrimas escorrendo por
seu rosto. Apesar disso, os movimentos pareciam voltar ao normal, sem a letargia de
antes...

qualquersuki:
Suki:
- Vai passar, vai passar, vai passar... - repetia, baixinho, tentando acalentá-lo
enquanto continuava o que fazia até fechar plenamente os ferimentos, as cicatrizes
retorcidas bastante feias.

"Eu devia hipnotizar ele, mas...!"

Maianne Ribeiro:
A consciência do rapaz acaba por se esvair, o corpo amolecendo, enfraquecido demais
pra se manter desperto durante o processo. "Ao menos eu morro nos braços dela..."
pensava, antes de apagar.

Suki:
E isso faz as lágrimas escorrerem pelo rosto de Ophelia, que se agarra firmemente
ao corpo de Ash para chorar baixinho, trêmula e apavorada.

Só muito tempo depois é que ela reúne forças para fechar a confeitaria e colocá-lo
em um dos bancos mais longos antes de se afastar.

Voltaria com uma toalha e uma bacia de água morna, limpando o sangue com cuidado,
antes de tirar os sapatos dele e envolvê-lo em uma manta quente e confortável. Por
fim, ela aconchega a cabeça de Ash em um travesseiro fofinho, e se larga em uma
cadeira ao lado dele, vigiando-o por toda a noite quase sem piscar..

Maianne Ribeiro:
São longas horas de silêncio, o peito de Ash subindo e descendo devagar enquanto o
corpo - e a mente - tentavam se recuperar. É apenas no meio da madrugada que o
rapaz se move, soltando um gemido de dor, os olhos se entreabrindo, as pálpebras
ainda pesadas.
- ...v... vivo..? - sussurra.

qualquersuki:
Suki:
- Não se mova, você ainda precisa descansar. - diz, tocando o rosto dele com
cuidado, esboçando um sorriso aliviado enquanto os olhos se enchiam de lágrimas.

Maianne Ribeiro:
- ...Ophelia... - ele susurra baixinho, o olhar buscando a outra. - ...você me...
salvou...

Suki:
Ela ri baixinho.

- E o que você achou que eu ia fazer? Te deixar morrer? - brinca, secando as


próprias lágrimas com a mão livre.

Maianne Ribeiro:
- N... não, mas... - ele ri, fraco. - Obrigado...

Suki:
- Descanse... - sussurra, suave. - Ainda está doendo...?

"Não precisa agradecer...", pensa, incapaz de verbalizar a mentira, os olhos se


enchendo de lágrimas novamente.

Maianne Ribeiro:
- Um... um pouco, mas... bem menos. - responde. - O que você fez..?

Suki:
- Cicatrizei seus ferimentos de dentro pra fora. - explica, voltando a secar o
rosto.

Maianne Ribeiro:
- ...isso explica... a dor. - sussurra, estremecendo. - Mas você fez... fez o que
tinha que ser feito.

qualquersuki:
Suki:
- Eu tirei o ferimento de você, por isso a dor. - explica, suspirando. - Foi como
se eu arrancasse algo dali de dentro. E de certa forma arranquei.

Maianne Ribeiro:
- Eu agradeço. Muito. - diz, baixinho. - ...eu estava certo... Sobre o coração.
Suki:
- ...mesmo...? - pergunta, erguendo as sobrancelhas. - Me... Me conta tudo!
Gravou?! Conseguiu pegar o testemunho?! Copia do resultado da análise?!

Maianne Ribeiro:
- Tá... Tá na mochila. - ele assente com a cabeça. - Eles me d-disseram que... Que
iam reabrir a.. A investigação.

Suki:
Isso enche os olhos de Ophelia de brilho, um sorriso ameaçando surgir em seu rosto.

- Sério?! Mesmo?! - pergunta, risonha. - O Tirano vai te aceitar de volta, então?!

Maianne Ribeiro:
- Eu a-ainda não falei com ele, mas... Talvez. - ele ri baixinho, e então a
expressão se esvai pouco depois. - Eu acho que... Que tentaram me matar. Não foi a-
acidente.

Suki:
- ...É. Isso... Isso visivelmente foi mandado. - murmura, o semblante distorcendo
diante dos olhos de Ash. - Mas você vai tomar mais cuidado, e eu vou conseguir uma
arma de volta pra você.

Maianne Ribeiro:
- ...não fica assim. - pede baixinho. - Não some pra mim...

Suki:
- Você... Você não precisa me ver assim. - sussurra, a voz tremendo.

Maianne Ribeiro:
- ...você é você... Do jeito que for...

qualquersuki:
Suki:
- Pense em você, agora, Ash. Não em mim. - ela responde, tocando o rosto dele com
uma das mãos.

Maianne Ribeiro:
- ...eu não consigo... - sussurra, o rosto se inclinando na direção da mão dela.

Suki:
- Não se preocupe. - insiste, afagando-lhe a pele suavemente em um carinho bastante
delicado e doce, ainda mais confortável que os pães...

Maianne Ribeiro:
- Eu não escolho me preocupar. Apenas... Me preocupo. - diz, os olhos fechando
devagar.

Suki:
- Então se concentre em você mesmo. Melhor assim...?

Maianne Ribeiro:
- Eu vou... Tentar. - sussurra.

Suki:
- Então feche esses lindos olhinhos e volte a descansar. - murmura, rindo baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Lindos olhinhos..? - ele não reprime um risinho, as pálpebras voltando a pesar.

Suki:
- É. Seus lindos olhos. - diz, a voz mais mansa, suave. - Descanse, descanse, eu
vou estar aqui o tempo todo... - continua, induzindo Ash a cair no sono..

Maianne Ribeiro:
E não demora para que o rapaz adormeça, confortável, o sorriso ainda no rosto
enquanto descansava...

Suki:
"Eu mal consigo acreditar que consegui salvar ele a tempo...", pensa, passando as
mãos pelo rosto pra conter o turbilhão de sentimentos negativos que a invadia,
antes de se encostar melhor na cadeira.

Maianne Ribeiro:
Ash voltaria a despertar no início da manhã, se sentando devagar no banco, a mão
indo ao rosto esfregar os olhos. "Eu dormi de novo..."

qualquersuki:
Suki:
E Ophelia ainda estaria ali, os braços cruzados e o rosto distorcido, a postura
logo se desfazendo para apoiá-lo.

- Cuidado.

Maianne Ribeiro:
- Não se preocupe. - ele nega com a cabeça, tateando o torso. - Não dói... Mais...

"...minha camisa," pensa, as bochechas corando violentamente enquanto voltava a


cobrir o torso com a manta, tímido.

Suki:
- Tem certeza que não dói? - pergunta, delicada. - Quer que eu pegue uma camisa
inteira pra você?

Maianne Ribeiro:
- P-por favor. - sussurra, frágil, incapaz de encarar Ophelia.

Suki:
- Eu já volto. - e beija os cabelos dele antes de se afastar, apressada.

Maianne Ribeiro:
A garota aproveita a ausência de Ophelia pra observar as cicatrizes, suspirando.
- Melhor isso que morrer... - murmura, cobrindo o corpo de novo antes de traçar a
cicatriz do braço com a ponta dos dedos.

Suki:
- Aqui. Eu peguei uma que parecia mais confortável. Imagino que seja um pijama. -
diz, o rosto já de volta ao normal enquanto estendia a peça para ele.

Maianne Ribeiro:
- É, é sim. - diz, hesitando antes de soltar a manta, colocando o pijama. "Ela já
viu, não faz diferença..."

Suki:
- Eu limpei o sangue todo, mas imagino que você vá querer um banho e cama, de
qualquer forma. - ela ri de leve.
Maianne Ribeiro:
- Banho, sim. Cama, não sei. - ela murmura. - Eu já fiquei bastante tempo
deitada...

qualquersuki:
Suki:
- Já, mas imagino que você ainda esteja cansado. Foi bastante sangue.

Maianne Ribeiro:
- ...foi mesmo. Eu ainda vou levar um tempo pra me recuperar de verdade...

Suki:
- É. E até lá vamos ter que tomar mais cuidado. - Ophelia se afasta, indo até a
bancada da confeitaria antes de trazer um saco de tecido _bastante_ pesado e
entregá-lo para Ash.

Dentro, uma arma de calibre considerável em perfeito estado, vários pentes de


munição junto.

Maianne Ribeiro:
Os olhos de Ash se abrem em surpresa, a garota encarando-a.
- Onde conseguiu isso..?

Suki:
Ophelia dá de ombros.

- É sua agora.

Maianne Ribeiro:
Ela abre a boca pra questionar, mas apenas suspira.
- Obrigada. - murmura. - Vou me sentir mais segura assim.

Suki:
- Não hesite em usar. - pede, segurando uma das mãos de Ash. - ...por favor.

Maianne Ribeiro:
- Não vou. - ela sussurra, as bochechas corando de leve. - Eu sei bem o risco que
corro, agora.

qualquersuki:
Suki:
- Obrigada. Eu fico mais tranquila sabendo que não vou precisar te ver naquele
estado de novo.

Maianne Ribeiro:
- Não vai, eu prometo. - diz, deixando a arma de lado antes de colocar a mão livre
sobre a de Ophelia.

Suki:
- Obrigada. - repete, esboçando um sorriso antes de encostar a testa nas mãos dele
em sinal de carinho.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ela sussurra baixinho, fazendo um carinho na pele da mulher, o toque
suave apesar das mãos um tanto calejadas.

Suki:
Isso faz escapar um suspiro dos lábios de Ophelia, que prontamente fecha os olhos e
encosta mais o rosto contra as mãos dele, confortável...
Maianne Ribeiro:
"Ela é tão delicada..." pensa, afagando o rosto de Ophelia. "E tão preocupada,
também..."

Suki:
E ela suspira mais uma vez antes de sorrir, um tanto confortável, as bochechas
ruborizadas.

Maianne Ribeiro:
Ash apenas continua o carinho, o momento tranquilo, pacífico, em contraste com a
noite anterior...

- ...a confeitaria. Não vai fazer as entregas hoje..? - ela pergunta baixinho.

Suki:
- ...não, eu... Eu avisei que estaria fechada hoje. - sussurra, entreabrindo os
olhos para encará-lo. - ...eu não ia conseguir fazer nada de bom no estado em que
estava.

Maianne Ribeiro:
- Me perdoe pela preocupação. - sussurra, sem graça.

qualquersuki:
Suki:
- Não foi sua culpa. - Ophelia nega com a cabeça de imediato, mais séria.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei, mas... Ainda me sinto mal por te atrapalhar.

Suki:
- Não foi você, e não me atrapalhou. Eu posso fazer isso depois. - insiste.

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem. - murmura, esboçando um sorriso. - Já foi.

Suki:
- Exatamente. - e assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- O dia vai ser bem quieto, então. - murmura, voltando ao carinho.

Suki:
- Acho que nós dois precisamos um pouco... - sussurra.

Maianne Ribeiro:
- Precisamos mesmo. Já tivemos emoções demais em uma só semana. - ri.

Suki:
- Em uma só vida, no seu caso. - reclama.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sei se posso prometer muito com relação a isso. - ela sussurra. - Meu
trabalho já é perigoso, e alguém me quer morta.

Suki:
- E não vai conseguir. Eu não vou deixar, _você_ não vai deixar. - diz, mais séria,
o semblante distorcendo novamente.
Maianne Ribeiro:
- Não vai. - diz, afagando a mão de Ophelia. - Mas as noites estão mais perigosas,
agora.

qualquersuki:
Suki:
- Eu vou te acompanhar a partir de agora. - responde, estremecendo.

Maianne Ribeiro:
- ...tem certeza? Eu não quero te atrapalhar, Ophelia...

Suki:
- É uma escolha minha.

Maianne Ribeiro:
Ela suspira, assentindo com a cabeça.
- Obrigada. Eu vou me sentir mais segura, tendo companhia.

Suki:
- De nada. - murmura. - Eu não vou mais te deixar só.

Maianne Ribeiro:
Ash sorri, assentindo com a cabeça.
- Obrigada, de novo. - diz, o tom suave. - Agora é melhor eu comer alguma coisa,
pra me recuperar direito. Se não incomodar demais, pode fazer um sanduíche pra
mim..?

Suki:
- Não demoro. - ela assente com a cabeça, prontamente ficando de pé. - Me grite a
qualquer problema. - pede, antes de se afastar.

Maianne Ribeiro:
- Não se preocupe. - ela nega com a cabeça, voltando a deitar no banco, suspirando.
"Eu perdi sangue demais... vai demorar muito pra voltar à ativa."

Suki:
Não demora para que Ophelia retorne com uma bandeja de café da manhã para Ash, com
frutas e mel além de um sanduíche caprichado e bem temperado, um suco no lugar do
café...

Maianne Ribeiro:
- Não precisava isso tudo. - Ash murmura, as bochechas corando de leve, o olhar
brilhando ao ver a bandeja. "Pelas cinzas, que fome..."

qualquersuki:
Suki:
- Precisava de até mais. - diz, colocando a bandeja na mesa diante dele antes de
prontamente ajudá-lo a se sentar. - Vem. Precisa de ajuda pra comer...?

Maianne Ribeiro:
- Não precisa, eu consigo comer. - murmura, sem graça, se ajeitando antes de tomar
um gole do suco. - Você não vai comer, né..?

Suki:
- Não. Isso é tudo pra você. - diz, gentil, afagando os cabelos e o rosto dele.

Maianne Ribeiro:
- Obrigada. - ela sussurra, as bochechas corando com o carinho. "Ash, não. Ela tem
a Circe," pensava, comendo devagar.
Suki:
- ...se importa se eu me sentar do seu lado? - pergunta, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Claro que pode. - ela assente com a cabeça, dando um pouco mais de espaço pra
Ophelia.

Suki:
- Obrigada. - murmura, se sentando cuidadosamente ao lado dele e encostando a
cabeça de leve em seu ombro.

Maianne Ribeiro:
Ash apenas sorri, continuando a comer, aproveitando o carinho silenciosamente. "Até
o carinho dela é bom..."

Suki:
"Esse gosto é ótimo...", pensa, boba, afagando as costas dele gentilmente.

Maianne Ribeiro:
- ...obrigada. - ela sussurra enfim, ao terminar a refeição, fazendo questão de
comer toda a comida. - Estava uma delícia.

qualquersuki:
Suki:
- Bom saber. - diz baixinho, gentil. - Eu vou lavar a louça enquanto você sobe pra
tomar banho. Acha que consegue?

Maianne Ribeiro:
- Acho que sim... - murmura. - É só eu ir devagar.

Suki:
- ...eu te apoio, por precaução, e lavo a louça quando você estiver no banheiro. -
ela ri de leve.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou ficar bem, não se preocupe. - ri.

Suki:
- Tem certeza disso...? - pergunta, preocupada. - Me deixe pelo menos te levar até
o quarto, então.

Maianne Ribeiro:
- Até o quarto, então, se te acalma. - sorri.

Suki:
- Obrigada. Acalma sim. - e assente com a cabeça, apoiando Ash para que se
levantasse.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ela sorri, aceitando a ajuda e ficando de pé devagar, cuidadosa.

Suki:
- Devagar, certo? Devagar. - pede, guiando Ash com cuidado.

Maianne Ribeiro:
- Devagar. - ela assente com a cabeça, dando passos lentos em direção à escada,
subindo os degraus vagarosamente. - ...é frustrante ficar assim, mas... não tem
muita opção.
Suki:
- Não, não tem. Eu vou providenciar uma campainha simples pra quando você precisar
de mim e eu estiver aqui embaixo. - comenta, apoiando o investigador escada acima.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa, mesmo. Eu me recupero rápido, você não vai precisar se preocupar por
muito tempo. - murmura, corando de leve.

qualquersuki:
Suki:
- Isso me deixa mais tranquila, mas eu ainda vou ficar preocupada até lá.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa, de verdade. - ela insiste. - ...mais tarde eu vou entrar em contato
com a família, e perguntar notícias do Soberano. Talvez ele já saiba das notícias
sobre o caso.

Suki:
- Eu não controlo. - resmunga. - ...mas sim. É uma boa ideia.

Maianne Ribeiro:
- Me deseje sorte. - sorri, parando diante do banheiro. - E obrigada pela ajuda.

Suki:
- De nada. E me grite se acontecer qualquer coisa. - pede, tocando o rosto de Ash
suavemente.

Maianne Ribeiro:
- Grito sim, não se preocupe. - diz, se apoiando no batente da porta e nas paredes
pra entrar no banheiro, cautelosa.

Suki:
"Eu queria que ele me deixasse ajudar mais...", pensa, preocupada, se afastando com
um suspiro

Maianne Ribeiro:
Um bom tempo se passa até que Ophelia ouça os passos vagarosos de Ash descendo as
escadas, a garota já banhada e em vestes limpas, confortáveis.

Suki:
- Não era melhor você ficar na cama descansando...? - pergunta de imediato,
praticamente surgindo nas escadas para apoiá-lo.

Maianne Ribeiro:
- Eu já passei horas deitada, não queria ficar mais tempo. - ela ri, sem jeito.

Suki:
- Não se esforce demais, por favor. - pede, preocupada

Maianne Ribeiro:
- Não vou, eu prometo. - ela assente com a cabeça. - Eu estou me sentindo melhor
depois do banho.

qualquersuki:
Suki:
Ophelia hesita, mas acaba por assentir com a cabeça também.

- Eu vou fazer o almoço. Quer me fazer companhia?


Maianne Ribeiro:
- Quero sim. - sorri. - Eu posso ajudar com coisas pequenas, também.

Suki:
- Não, você pode ajudar ficando quietinho. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem, tudo bem. - ele ri, sem graça.

Suki:
- Quer uma cadeira? Prefere se apoiar na bancada? - pergunta, hesitante.

Maianne Ribeiro:
- Uma cadeira é melhor, eu acho. - murmura

Suki:
- Tudo bem. Imagino que ficar em pé ainda vai ser cansativo. - diz, prontamente
trazendo uma cadeira para Ash se sentar, cuidadosa

Maianne Ribeiro:
- Provavelmente. Eu consigo ficar de pé, mas canso rápido. - comenta, se ajeitando
na cadeira.

Suki:
- Melhor não arriscar, você mal se levantou. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- É, ainda estou um tanto lento. - comenta, suspirando.

Suki:
- E vai continuar assim por alguns dias.

Maianne Ribeiro:
- Provavelmente. - suspira. - Mas vai passar, é o que importa.

Suki:
- É... É sim. - e assente com a cabeça, esboçando um sorriso

Maianne Ribeiro:
Ele sorri de volta, assentindo com a cabeça.
- Então não se preocupe.

qualquersuki:
Suki:
- Eu não controlo, mas eu estou tentando

Maianne Ribeiro:
- Eu sei, eu sei. - ri. - Desculpe.

Suki:
- Não precisa se desculpar. - ela suspira, começando a separar os ingredientes do
almoço.

Maianne Ribeiro:
- Se importa se eu ligar pro Soberano enquanto você cozinha..? - pergunta.

Suki:
Ela nega com a cabeça.
- Fique a vontade.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - ele sorri, pegando o celular no bolso pra fazer a ligação.

Ophelia podia ouvir parte da conversa, a expressão de Ash concentrava enquanto


relatava os acontecimentos do dia anterior. Enfim, longos minutos depois, ele
desliga, suspirando.
- Vão me aceitar de volta, com louvor. - ele sorri, bobo. - Um carro vem me buscar,
mais tarde, pra uma audiência com o Soberano.

Suki:
- ...uau. Uau...! - ela ri, boba, as bochechas vermelhas. - Mesmo?! Parabéns,
Ash...!

Maianne Ribeiro:
- Mesmo. - ri. - Disseram que vão me levar num hospital também, garantir que tá
tudo certo e que minha recuperação seja rápida.

Suki:
- Uau. Isso é incrível...! Eu sei que está tudo cicatrizado, mas é bom ver o
cuidado que estão tendo com você~

Maianne Ribeiro:
- Eu nem sei o que dizer. Se não fosse a sua ajuda, eu não teria conseguido. - ele
sorri, bobo. - Obrigado...

qualquersuki:
Suki:
- De nada, Ash. - responde, sorrindo de volta. - Agora só precisamos descobrir o
culpado, mas você já avançou muito!

Maianne Ribeiro:
- E vou continuar avançando, com certeza. - sorri.

Suki:
- Ainda mais com os recursos que o Tirano vai te devolver. - e assente com a
cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Tirano... - ele ri, balançando a cabeça. - Sim, com certeza. Eu vou ter acesso a
muita coisa, incluindo a biblioteca de casos da família.

Suki:
- Uma biblioteca inteira de casos...? - pergunta, erguendo as sobrancelhas. - Uau.
Uau, isso vai ajudar muito...!

Maianne Ribeiro:
- Eles guardam registros de todos os casos que os membros da família investigam. -
sorri. - Há séculos!

Suki:
- Boa sorte encontrando informações lá. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou tentar. - ri. - É tudo bem categorizado e catalogado.

Suki:
- Boa sorte~! - repete, risonha.

Maianne Ribeiro:
- Vou precisar, obrigado. - ri. - Eu vou arrumar minhas coisas depois do almoço,
com calma.

Suki:
- Vai precisar de ajuda? - pergunta, o sorriso menor no rosto.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa, mas aceito. - murmura. - ...eu venho te visitar todo dia, e contar
como a investigação está indo.

qualquersuki:
Suki:
- ...promete...? - pede, segurando uma das mãos dele, tristonha, o rosto
desaparecendo diante dos olhos dele.

Maianne Ribeiro:
- Eu prometo. - diz, levando a mão livre ao rosto de Ophelia, afagando-o. - Não
fica assim...

Suki:
- Eu vou sentir sua falta. - admite, estremecendo com o toque dele.

Maianne Ribeiro:
- Não vai precisar sentir minha falta, eu vou estar aqui todo dia. - ele ri de
leve. - É uma promessa.

Suki:
- Eu não acredito em promessas. - e ri, fraca.

Maianne Ribeiro:
- Então acredite em mim. - sorri.

Suki:
- Eu estou tentando. Mas eu não quero ficar longe. Eu vou ficar preocupada... -
sussurra.

Maianne Ribeiro:
- Você tem celular? Telefone? - pergunta. - Eu posso te ligar, ou mandar mensagens.

Suki:
Ela nega com a cabeça.

- Só o da confeitaria, mas eu não sei se ainda funciona. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- A gente descobre. Qualquer coisa, eu posso comprar um aparelho e uma linha pra
você, no meu nome, pra gente se comunicar. - comenta.

qualquersuki:
Suki:
- Eu faço questão de pagar, se for o caso. - murmura, erguendo as sobrancelhas.
- ...você me ajuda a aprender a mexer...?

Maianne Ribeiro:
- Ajudo, é claro. Não é difícil. - sorri.
Suki:
- Obrigada, Ash. - diz, gentil, afagando-lhe o rosto com as pontas dos dedos.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - diz, o rosto inclinando na direção do carinho. "É bom..."

Suki:
"Eu queria ficar aqui pra sempre com ele...", pensa, suspirando baixinho,
confortável.

Maianne Ribeiro:
- ...continua mais um pouco..? - pede, ainda afagando o rosto dela. "Ash, ela tem
namorada..."

Suki:
- O tempo que você quiser... - sussurra, fechando os olhos.

Maianne Ribeiro:
- ...não fala assim... - ele estremece, as bochechas mais quentes.

Suki:
- Já falei. - ela ri baixinho, suave, o ar que ela respirava parecendo envolvê-lo e
invadir seus pulmões...

Maianne Ribeiro:
- Aí eu vou querer ficar pra sempre... - ele sussurra. "Ash..!"

Suki:
- ...então fica. - pede, suspirando de leve. - Fica comigo pra sempre...

Maianne Ribeiro:
- ...eu... - ele hesita, e então assente com a cabeça. - Eu fico. Eu fico,
Ophelia...

qualquersuki:
Suki:
- Então ficamos. - e o beija, os lábios carnudos bastante doces, a língua buscando
a dele, os movimentos lentos e carinhosos, porém um tanto intensos...

Mai:
Ash retribui o beijo de imediato, buscando mais daquele sabor delicioso, melhor até
que os pães e doces que a bruxa fazia com tanto carinho. "Ela é... Irresistível..."
pensa, puxando-a mais pra perto de si.

Suki:
"Eu não preciso de mais nada...", pensa, entorpecida pela mistura de sabores em sua
boca, se deixando levar enquanto as mãos iam até o rosto de Ash para segurá-lo e
acariciá-lo delicadamente.

Maianne Ribeiro:
- Senta no meu colo... - ele pede baixinho antes de voltar a se entregar ao beijo.
"Que a Circe não nos veja..." pensava.

Suki:
"Tudo o que você quiser e mais um pouco..", pensa, estremecendo antes de fazer como
Ash pedira, as pernas envolvendo a cadeira enquanto Ophelia encostava o torso no
dele.

Maianne Ribeiro:
Os braços de Ash envolvem a cintura da bruxa com firmeza, mantendo os corpos
colados, o coração do detetive batendo forte dentro do peito.
- Ophelia... - ele sussurra baixinho, a voz carregada de desejo.

Suki:
- Ash... - responde no mesmo tom, sem ousar afastar demais o rosto do dele. -
Continua... - pede, segurando o rosto do investigador novamente antes de voltar a
beijá-lo.

Mai:
"Nem precisava pedir..." pensa, arrepiado, as mãos começando a despir Ophelia,
buscando o toque da pele da mulher.

Suki:
As mãos de Ophelia logo o ajudam, abrindo o próprio sutiã e jogando-o para o lado
assim que Ash afasta o rosto do dela para jogar seu vestido para o lado.

E assim, seminua, ela o encara com o rosto vermelho, ofegante, o peito subindo e
descendo visivelmente...

Mai:
Os olhos de Ash devoram o corpo de Ophelia, a própria respiração pesada.
- Você é a mulher mais linda do mundo. - ele sussurra, arrancando a própria camisa
antes de colar o corpo no dela novamente, os lábios buscando o pescoço da outra,
entre beijos e mordiscadas, as mãos descendo até os quadris da bruxa.

qualquersuki:
Suki:
- E você é a pessoa mais linda, aos meus olhos... - responde, suspirando baixinho
enquanto agarrava os cabelos dele, rebolando devagar para provocá-lo...

Maianne Ribeiro:
- Mais que você..? Jamais. - ele ri, as bochechas vermelhas, visivelmente
arrepiado.

Suki:
- Muito, muito mais... - responde, as mãos passando pelo torso de Ash para
acariciá-lo enquanto a ereção roçava contra o corpo dele...

Maianne Ribeiro:
"Eu não sabia que ela tinha um..." pensa, uma das mãos descendo pra estimular
Ophelia, o toque um tanto desajeitado, inexperiente.

Suki:
E isso a faz puxar o ar entre os dentes, arrepiada, uma das mãos tocando a dele
para guiá-lo.

- Eu te ensino... - sussurra, beijando o rosto e o pescoço dele, marcando-lhe a


pele com os lábios e a língua entre os gemidos...

Maianne Ribeiro:
- Por... Por favor... - pede, arrepiado, se deixando guiar por Ophelia, a mão livre
agarrando-lhe a coxa. "Eu quero ela inteira..."

Suki:
- Ah... Ah, Ash, eu... Eu quero você... - ela geme, roçando mais o corpo no dele,
entregue, deixando a própria saliva escorrer como uma tentação..

Maianne Ribeiro:
- Eu sou seu... - responde, soltando Ophelia pra desabotoar a calça, empurrando-a
pra baixo como podia. - Todo...

Suki:
A mulher desce junto com a peça dele, se ajoelhando no chão. As mãos logo vão até a
roupa de baixo, descendo-a devagar com uma das mãos enquanto a outra puxava o
investigador até o próprio colo...

Maianne Ribeiro:
Ash se deixa levar pela mulher, o corpo estremecendo com a proximidade dos dois.
- Eu... Eu nunca... Fiz. - ele sussurra baixinho, o rosto vermelho. - Me ensina..?

qualquersuki:
Suki:
- Tudo o que você quiser, e tudo que eu souber. Prometo. - ela ri, empurrando a
cadeira para o lado antes de deitar Ash no chão, o corpo sobre o dele para beijá-lo
novamente...

Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça, retribuindo o beijo intensamente, as pernas se abrindo
pra dar espaço pra Ophelia, como se a convidassem pra mais e mais.

Suki:
- Assim eu não aguento me segurar... - sussurra, mordiscando os lábios dele
enquanto uma das mãos descia para estimular Ash delicadamente, explorando seu
corpo.

Maianne Ribeiro:
- Não p-- Ah..! - ele geme baixinho, estremecendo. - Não s-se segura, então...

qualquersuki:
Suki:
- Um pouquinho eu preciso, sim... - e ri baixinho, aproximando o quadril do dele,
penetrando-o devagar, ainda mantendo a carícia da mão.

Maianne Ribeiro:
- N--

Dessa vez, Ash sequer consegue falar, jogando a cabeça pra trás com a sensação de
Ophelia dentro de si, arrepiado. "Oh, não, é bom demais..." pensa, gemendo mais
alto dessa vez, incapaz de controlar a própria voz.

Suki:
- Chama meu nome... - pede, a voz carregada de prazer e vontade enquanto as mãos de
Ophelia agarravam os quadris de Ash com violência, os lábios beijando e mordendo-
lhe o torso. - Me pede pra te fazer meu...

Maianne Ribeiro:
- Ophelia..! - ele chama, instigado pelo pedido da mulher, os quadris se movendo
contra os dela. - M-me faz seu, Ophelia, eu quero s-ser seu, todo seu..!

Suki:
- Ash... Ah, Ash...! - chama, o movimento ritmado e profundo, mas de forma alguma
violento, em um entra-e-sai que acelerava aos poucos conforme as vozes dos dois
preenchiam o cômodo. - Ash, eu... Mm~ E-eu vou te encher por inteiro, Ash~ Ash...!
- geme, não demorando a alcançar um orgasmo bastante intenso..

Maianne Ribeiro:
O climax de Ash viria logo depois, o corpo inteiro se tensionando enquanto os
quadris deixavam o chão, a cabeça jogada pra trás, vários gemidos de prazer
escapando seus lábios, a sensação mais intensa do que jamais sentira antes. Enfim,
o corpo relaxa quase que de uma só vez, o peito arfando enquanto Ash tentava
recuperar o fôlego, ainda tonto de prazer...

qualquersuki:
Suki:
E Ophelia prontamente o apoia, ofegante, se deitando no chão ao lado dele antes de
puxar Ash para que colocasse a cabeça em seu peito.

- Respire... - sussurra, suave, os dedos entrando pelos cabelos dele em um carinho


gostoso, mas intenso, apaixonado.

Maianne Ribeiro:
- Ten... Tentando... - ele ri, fraco, se deixando levar por Ophelia.

Suki:
- Então fique assim até conseguir. - pede, abraçando Ash carinhosamente.

Maianne Ribeiro:
A respiração do rapaz se acalma aos poucos, voltando a um ritmo normal após um
tempo, um sorrisinho em seus lábios.
- Foi... Incrível... - sussurra.

Suki:
- Eu... Eu posso dizer o mesmo... - ela ri baixinho, se aconchegando melhor junto
ao corpo dele. - Eu quero você comigo assim pra sempre...

Maianne Ribeiro:
- Eu não tenho como dizer não. - Ash sussurra, fechando os olhos, confortável.
- ...eu converso com o Soberano. Ele vai me deixar morar aqui, tenho certeza.

Suki:
- Espero que sim... - e suspira, apertando o abraço. - Eu não quero ficar longe de
você.

Maianne Ribeiro:
- Não se preocupe. - diz, e então hesita. - Mas... E a Circe..?

Suki:
- ...o que tem a Circe...? - pergunta, franzindo a testa de leve.

Maianne Ribeiro:
- Eu não quero atrapalhar o relacionamento de vocês duas. - sussurra, sem jeito.

qualquersuki:
Suki:
- Ah. Não se preocupe. - ela ri. - A Circe é uma amiga possessiva, mas não _tanto_
assim!

Maianne Ribeiro:
Ele pausa, hesitando.
- Amiga..? Vocês são só amigas?

Suki:
- ...somos. O que você achou que nós fossemos? - pergunta, confusa.

Maianne Ribeiro:
- Namoradas. - diz, corando bastante.
Suki:
- Eu e a Circe?! - pergunta, dando um risinho engasgado. - Você acha que nós
combinamos assim?

Maianne Ribeiro:
- Não é b-bem isso, eu s-só..! - ele murmura, gaguejando. - E-ela dorme aqui, ela
te pinta nua, eu achei...!

Suki:
- Ela dorme aqui _às vezes_. - corrige.

Maianne Ribeiro:
- É, mas... B-bem, eu estava errado. - murmura, limpando a garganta.

Suki:
- Estava com ciúmes? - brinca, aproximando o rosto do dele.

Maianne Ribeiro:
- Não, n-não é isso. - murmura, sem jeito. - Eu só... Eu tive medo de estar
causando uma rixa entre vocês, só isso.

qualquersuki:
Suki:
- Ah, não. A Circe só tem aquele jeito, mesmo, mas é por fora. Por dentro ela é
amável e delicada. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Ela não foi bem amável ou delicada comigo, mas... Bem, eu também não fui. -
murmura.

Suki:
- Você era um completo desconhecido procurando a melhor amiga dela. Alguém
procurando uma bruxa nunca é boa coisa. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Ela não precisava ter feito eu passar vergonha, ao menos. - resmunga.

Suki:
- Nisso eu concordo plenamente. - ela suspira de novo.

Maianne Ribeiro:
- Bom, agora já foi. - suspira. - E ao menos as coisas vão se resolver com o
Soberano.

Suki:
- E nós acontecemos nesse meio de caminho. Então acho que teve seu lado bom. - e ri
baixinho, beijando Ash suavemente.

Maianne Ribeiro:
- Teve mesmo. - ele sorri, bobo, retribuindo o beijo gentilmente.

Suki:
- Podemos ficar assim mais um pouquinho...? - pede, confortável.

Maianne Ribeiro:
- Podemos sim. Até porque eu preciso descansar mais. - ri, sem graça.

qualquersuki:
Suki:
- É, eu imaginei isso. - ela ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - murmura. - Eu não fiz tanto esforço assim, mas...

Suki:
- Mas seu corpo ainda não se recuperou. Foi mais esforço do que deveria, até. -
diz, culpada.

Maianne Ribeiro:
- Foi. Mas eu quis, e gostei. - ri, corando.

Suki:
- E valeu a pena a fadiga de agora? - pergunta, acariciando-lhe o rosto.

Maianne Ribeiro:
- Valeu sim. Valeu bastante. - ri.

Suki:
- Isso que importa. - diz, suave.

Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça, suspirando.
- ...acho que vou precisar de outro banho. - murmura, o rosto vermelho.

Suki:
- Eu te ajudo nesse. - ela ri baixinho, afagando os cabelos dele.

Maianne Ribeiro:
- Agradeço. - ele ri, sem graça. - Minhas pernas não parecem capazes de me aguentar
direito.

qualquersuki:
Suki:
- Eu exagerei...? - pergunta, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- Não, não, de forma alguma. - diz, negando com a cabeça. - Mas minhas pernas já
estavam fracas antes.

Suki:
- Sim, isso eu sei. O seu corpo todo, na verdade: você perdeu muito sangue. -
sussurra, apertando o abraço ao redor de Ash.

Maianne Ribeiro:
- Vai ficar tudo bem. É só a gente não repetir a dose por uns dias. - ri, sem
graça.

Suki:
- Não vamos, prometo. - e ri também, mais alto e solta, enchendo o rosto dele de
beijos.

Maianne Ribeiro:
- O-Ophelia..! - ele ri, bobo, corando bastante com os beijos.

Suki:
- O que foi?! - reclama, ainda rindo.
Maianne Ribeiro:
- N-nada, nada, pode continuar..! - ri.

Suki:
- Ótimo, porque eu sou beijoqueira!

Maianne Ribeiro:
- Pode beijar então, o quanto quiser!

Suki:
- Não, não posso, senão vai faltar ar. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Ophelia..! - ele ri, balançando a cabeça.

qualquersuki:
Suki:
- O que foi? É verdade!

Maianne Ribeiro:
- Ok, um pouco menos então. - ri, bobo. - Eu ainda preciso de oxigênio.

Suki:
- Eu sei, eu sei. Prometo não exagerar muito!

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - ele ri baixinho, dando um beijo leve na mulher. - Subir..?

Suki:
- Vamos. - e assente com a cabeça, se sentando e levando Ash consigo antes de ficar
de pé e em seguida se abaixar para apoiá-lo.

Maianne Ribeiro:
O rapaz fica de pé devagar com ajuda de Ophelia, resmungando baixinho.
- Acho que vou tirar um cochilo depois do banho... não vou precisar mais arrumar a
mala, mesmo. - e dá de ombros.

Suki:
Ela abre a boca para dizer algo, mas hesita, balançando a cabeça de leve e rindo
baixinho.

- Eu te ajudo no banho, e a se vestir, e posso te induzir a dormir.

Maianne Ribeiro:
- Me induzir, é? Como isso funciona? - pergunta, curioso.

Suki:
- Parecido com hipnose, mas eu só inicio o processo: precisa ter combustível pra
que ele siga seu caminho natural.

Maianne Ribeiro:
- Entendi... deve funcionar, então. - murmura, assentindo com a cabeça.

qualquersuki:
Suki:
- Você já está cansado. Só vai pegar no sono mais rápido. - e sorri.

Maianne Ribeiro:
- Eu costumo demorar pra pegar no sono, então isso vai ajudar. - sorri.
Suki:
- Eu posso te ajudar com isso sempre que quiser. - diz, beijando-lhe o rosto.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa ser sempre, mas de vez em quando eu agradeço. - sorri, as bochechas
corando com o beijo.

Suki:
- Sempre que quiser. - insiste, começando a apoiá-lo escada acima.

Maianne Ribeiro:
- Pode deixar que eu vou pedir. - diz, subindo as escadas com a ajuda de Ophelia,
os passos até firmes apesar do cansaço.

Suki:
"Ele parece bem...", pensa, esboçando um sorriso mais tranquilo.

- Aqui. Vem, entra na banheira, deixa que eu te lavo.

Maianne Ribeiro:
- Tem certeza? Não precisa isso tudo. - murmura, sem jeito.

Suki:
- Precisa sim. Eu quem te cansei.

Maianne Ribeiro:
- ...obrigado. - murmura, corando. - Ninguém nunca me deu banho... exceto quando eu
não tinha idade, é claro.

Suki:
- Você precisa de mais mimos. - ela suspira. - Mais carinho.

Maianne Ribeiro:
- Nunca recebi muitos, também. - murmura. - A família é bem... rígida.

qualquersuki:
Suki:
- Agora vai receber. Eu sou carinhosa!

Maianne Ribeiro:
- Já percebi. - ri. - E seu carinho é ótimo...

Suki:
- Você gosta de receber carinho, e eu gosto de dar carinho. É uma boa combinação,
não acha? - pergunta, rindo baixinho, boba.

Maianne Ribeiro:
- É a combinação perfeita. - sorri.

Suki:
- ...É. - ela ri de novo, as bochechas corando. - É sim.

Maianne Ribeiro:
- Me dá mais um beijo..? - pede, baixinho.

Suki:
- Quantos você quiser. - e o beija de novo, carinhosa.
Maianne Ribeiro:
- Só um... - ele ri, retribuindo o beijo. - ...ou uns. Mas eu preciso tomar banho
pra descansar, então não muitos.

Suki:
- Então é melhor eu começar a cuidar de você. - diz, beijando Ash mais uma vez
antes de começar a lavar seu corpo, o toque delicado sem malícia...

Maianne Ribeiro:
Ash suspira de leve, o sorriso no rosto, relaxando sob o toque de Ophelia. Não
demoraria muito pra que começasse a lutar contra o sono, as pálpebras pesadas
enquanto ele se esforçava pra não dormir no meio do banho...

qualquersuki:
Suki:
"Pobrezinho...", pensa, terminando o que fazia rapidamente.

- Ash. Vem. Levanta pra eu te secar e te colocar na cama. - chama, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- T-tô indo... - ele sussurra baixinho, sonolento, se deixando levar.

Suki:
- Um pé depois do outro. - ri, secando Ash cuidadosamente, delicada.

Maianne Ribeiro:
- Um pé depois do outro. - ri, sem graça, se deixando levar por Ophelia.

Suki:
- Se aguenta só mais um pouquinho. Eu posso te vestir com você deitado. - diz,
passando a toalha pelos cabelos dele.

Maianne Ribeiro:
- Eu aguento. - murmura, balançando a cabeça. "...com esse carinho todo, eu tô
quase caindo..."

Suki:
- Pronto. Pronto. Vem, deita, dorme, eu te visto. - murmura, deixando a toalha
sobre um dos próprios ombros antes de guiar Ash até a cama.

Maianne Ribeiro:
- Eu aguento me vestir... - murmura, apesar de se deixar levar, subindo na cama
devagar.

Suki:
- Não, não aguenta. - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Aguento sim... - sussurra, infantil, apesar das pálpebras pesarem mais uma vez.

Suki:
"Que bonitinho.", pensa, rindo baixinho enquanto o ajeitava na cama e ia pegar as
roupas para vesti-lo.

Maianne Ribeiro:
E quando ela voltasse, o rapaz já estaria adormecido, o peito subindo e descendo
devagar...

qualquersuki:
Suki:
- Eu não devia ter feito isso... - murmura, culpada, vestindo Ash cuidadosamente
antes de descer para pegar as roupas dos dois para lavar.

Maianne Ribeiro:
Já era fim de tarde quando Ophelia escuta os passos lentos de Ash escada abaixo, o
rapaz procurando-a com os olhos.

Suki:
E ela estava sentada em um dos bancos da confeitaria enquanto observava a estrada
vazia através da porta de vidro...

Maianne Ribeiro:
- ...Ophelia..? - ele chama baixinho, se aproximando, os passos mais firmes que
antes.

Suki:
Isso parece despertá-la de um transe, e Ash pode perceber que os olhos dela estavam
completamente negros até a esclera, voltando ao normal quando ela pisca.

- Você não devia estar andando sozinho...! - reclama, se levantando e prontamente


indo apoiá-lo.

Maianne Ribeiro:
O rapaz abre os olhos em surpresa, estremecendo.
- O-os seus olhos! - exclama, preocupado. - Eu estou bem, o que houve com você?

Suki:
- Eu só estava distraída. - e suspira, piscando mais algumas vezes até os olhos
voltarem plenamente ao normal. - ...na verdade, concentrada até demais, isso sim.

Maianne Ribeiro:
- É por isso que seus olhos estavam escuros? Pela concentração..? - pergunta.

Suki:
- É. Eu estava... Em outro plano, por assim dizer. - murmura, desviando o olhar.

Maianne Ribeiro:
- Em outro... plano? - ele murmura, sem entender.

qualquersuki:
Suki:
- Uma dimensão paralela. - explica, ainda tentando simplificar o conceito.

Maianne Ribeiro:
- Uma... dimensão paralela. E você consegue simplesmente ir lá..? - pergunta, o
queixo caído. - Uau... você é ainda mais incrível do que eu pensava.

Suki:
- Não é exatamente ir. - murmura, as bochechas corando enquanto ela cruzava os
braços. - Mas obrigada.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele ri baixinho, aproximando o rosto pra beijar os lábios dela. - E
obrigado pelo banho. Eu vim só te dar um beijo antes de ir me arrumar pra ir até a
residência.

Suki:
- Você vai sozinho...? - pergunta, preocupada, segurando o rosto dele com as duas
mãos. - É seguro...?

Maianne Ribeiro:
- É, é sim. Um carro vai vir me buscar, não se preocupe. - diz, gentil.

Suki:
- Tem certeza? - insiste, encostando a testa na de Ash.

Maianne Ribeiro:
- Tenho sim. Juro. - sorri.

Suki:
Ophelia hesita, mordendo o lábio inferior e fechando os olhos.

E então ela respira fundo, reabrindo os olhos para encará-lo.

- ...posso ir junto...?

Maianne Ribeiro:
- Ir junto? - ele murmura, surpreso. - Eu acho que pode, sim. Eu só preciso avisar
o Soberano, por garantia, mas... Por quê?

qualquersuki:
Suki:
- Eu não me sinto segura de te deixar sozinho nesse estado. - sussurra,
estremecendo.

Maianne Ribeiro:
- Eu estou bem, Ophelia. - ri. - Mas tudo bem, se você insiste.

Suki:
Ela morde o lábio inferior, visivelmente dividida.

- Eu... Eu quero ir. - e assente com a cabeça.

qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
- Então você vai comigo. - sorri. - É bom que conhece o Soberano.

Suki:
- O Tirano. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Não chame ele de Tirano na frente dele, por favor. - ri, sem graça.

Suki:
- Eu não... - ela suspira, hesitando. - Eu vou tentar.

qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
- Por favor. - pede. - Pode me causar problemas. Nos causar problemas.

Suki:
- Eu vou tentar. - repete, estremecendo.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - murmura, beijando a testa dela. - Vamos nos arrumar, então?

Suki:
- Vamos. Eu preciso te mostrar meu guarda-roupas pra você me ajudar a escolher uma
roupa adequada. - e assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sou bom em escolher roupas, mas posso tentar. - ri, sem graça.

Suki:
- Você sabe como as pessoas se vestem lá, e como é esperado que eu me vista. É só
isso que eu preciso. - ela suspira.

Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça.
- Eu vou encontrar algo, tenho certeza. Seu guarda-roupa é bem vasto.

Suki:
- E sempre tem o da Circe. - provoca, rindo baixinho.

Maianne Ribeiro:
- O dela certamente não vai ter tanta variedade quanto o seu. Especialmente em
cores. - o rapaz ri.

Suki:
- Mas as suas peças são de cores bem sóbrias. Talvez preto fosse uma escolha
melhor. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- São neutras, mas não são todas pretas, ora. - ri, corando.

qualquersuki:
Suki:
- OK, bom ponto! Eu tenho peças de cores claras e terrosas, também, devem servir. -
e assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Você pode usar cores, não se preocupe. - ri. - Roupas neutras são uma preferência
minha, apenas.

Suki:
- Tudo bem. Bom saber~! - diz, empolgada, segurando a mão de Ash para guiá-lo
escada acima, preocupada e atenciosa.

Maianne Ribeiro:
O rapaz já subia as escadas com mais firmeza, apesar da força não ter retornado por
completo ainda.
- Você não vai precisar esconder seu estilo exuberante, prometo. - sorri.

Suki:
- Espero que não. Odiaria que você não pudesse chegar com essa obra de arte que eu
sou em todo o meu esplendor. - diz, boba, estufando o peito.

Maianne Ribeiro:
- E que obra de arte. - ele ri, corando bastante.

Suki:
- O mundo inteiro devia apreciar, eu já disse. - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Eu, ao menos, pude apreciar bem de perto. - diz, risonho.
Suki:
- Pode se vangloriar o quanto quiser. Você fez por merecer. - e beija o rosto dele
antes de abrir o guarda roupas.

As peças eram organizadas por cores, e Ash perceberia que a maioria delas era
bastante vibrante ou estampada...

Maianne Ribeiro:
Ele apenas ri, bobo, o olhar passando pelas várias roupas.
- Combina muito com você. Com a sua alegria. - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- A Circe diz que eu sou um raiozinho de sol. - diz, bastante orgulhosa de si. - Eu
só quero que as pessoas ao meu redor se sinta bem, e estar sempre feliz ajuda
nisso.

Maianne Ribeiro:
- Ajuda mesmo. Não tem como ficar triste com você do lado. - ri.

Suki:
- Eu tento o meu melhor? - e ri, boba.

Maianne Ribeiro:
- É mais que suficiente. - sorri, bobo, beijando-a de leve.

Suki:
- E você é mais que o suficiente pra mim. - sussurra baixinho, boba, quando ele
afasta o rosto.

Maianne Ribeiro:
O sorriso dele se abre mais, bobo, um risinho escapando entre seus lábios.
- Roupas. Roupas. Senão a gente vai ficar aqui até amanhã...

Suki:
- Vamos mesmo, eu disse que sou carinhosa ~ - e rouba um beijo dele antes de
começar a mexer no armário. - Imagino que o ideal seja não deixar as pernas de
fora, certo?

Maianne Ribeiro:
- É melhor, sim. Não precisa ser formal, mas arrumado. - comenta.

Suki:
- Mmmm~ Eu tenho um vestido longo branco, de um tecido leve, mas não transparente.
Serve? - pergunta, puxando a peça de um dos cabides. As alças eram de renda bem
trabalhada, a peça bastante comportada e leve, o decote quadrado.

Maianne Ribeiro:
- Serve sim. Deve ficar lindo em você. - sorri, bobo.

qualquersuki:
Suki:
- Tudo fica lindo em mim. - e pisca um dos olhos antes de começar a se trocar.

Maianne Ribeiro:
- Isso é verdade. - ri, corando bastante.

Suki:
- Eu sei bem. - ela ri, o vestido bastante justo conforme Ophelia o arrumava...
Maianne Ribeiro:
"Pelas cinzas..." ele estremece, arrepiado, incapaz de afastar os olhos de Ophelia,
encantado.

Suki:
- O que achou...? - pergunta, se virando para ele com um sorriso no rosto.

Maianne Ribeiro:
- Achei lindo. Incrível. - ele sorri, bobo.

Suki:
- Então eu vou com ele. - e assente com a cabeça, as bochechas vermelhas. - Posso
colocar só uma sapatilha, ao invés de salto? Nem sei se eu ainda tenho saltos,
inclusive.

Maianne Ribeiro:
- Pode, claro que pode. Como preferir. - sorri.

Suki:
- Obrigada, Ash. - ela sorri, mexendo nas prateleiras cheias de tênis e botas
enquanto tentava encontrar as sapatilhas...

Maianne Ribeiro:
- ...linda. - ele ri baixinho. - Eu vou me trocar também, e avisar ao Soberano que
pode mandar o carro.

Suki:
- Tudo bem! Enquanto isso eu troco o cabelo~!

Maianne Ribeiro:
- Quero só ver a cor. - ri, bobo, se afastando.

Suki:
"Ele já percebeu que eu adoro ser colorida~", pensa, boba, ajeitando os sapatos
enquanto se observava no espelho, trocando de penteado várias e várias vezes até
escolher uma trança elaborada, os fios cor-de-vinho.

Maianne Ribeiro:
O rapaz levaria longos minutos até retornar, usando uma calça escura e uma camisa
de botões vinho, bem arrumado.
- ...que coincidência. - sorri, ao notar o cabelo de Ophelia.

qualquersuki:
Suki:
- ...vamos fingir que foi proposital. - brinca, se aproximando para beijá-lo,
carinhosa. - Você está lindo.

Maianne Ribeiro:
- Vamos sim. - ele ri, corando. - Obrigado.

Suki:
- De nada. - diz, sorridente. - Vamos~?

Maianne Ribeiro:
- Vamos. O carro vai chegar a qualquer minuto. - sorri, estendendo a mão pra ela.

Suki:
- Não vamos fazer ninguém esperar, então. - responde, segurando a mão dele.
Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, guiando-a escada abaixo e até a frente da confeitaria. Não demoraria
para que um carro se aproximasse, Ash abrindo a porta do carro pra que Ophelia
entrasse primeiro, cavalheiresco.

Suki:
- Obrigada. - sussurra, beijando os lábios dele discretamente ao passar antes de se
ajeitar no banco do carro com cuidado.

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, bobo, sentando ao lado dela, o carro seguindo caminho assim que a
porta se fecha e os dois se acomodam propriamente.

Seriam longos minutos dos dois conversando entre si até enfim chegarem na mansão: a
construção era antiga e tradicional, sóbria, mas visivelmente bem cuidada, o escudo
da família à mostra ao lado dos portões. O carro enfim estaciona na frente da porta
principal, Ash descendo do veículo e estendendo a mão pra Ophelia.
- Chegamos. - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- Obrigada, Ash. - diz, tocando a mão dele suavemente para sair do carro. Teria
sido fácil para ele perceber o incômodo da bruxa com a pomposidade do lugar,
resmungando baixinho sobre o "brasão de mal gosto" quando passam pelos portões.

Maianne Ribeiro:
- Calma. - ele ri baixinho, guiando-a pra dentro.

Pra desgosto de Ophelia, o interior era um tanto gélido, parecendo mais um


internato que um lar, os poucos jovens no caminho com expressões sérias e focadas
enquanto discutiam seus assuntos.

- Ah, Ash. Eu estava esperando vocês.

O Soberano, a mulher podia deduzir. O homem era alto, os longos cabelos brancos
pessoa numa trança, algumas mechas caindo ao lado do rosto, a barba espessa e bem
cuidada dando uma expressão austera ao homem.
- Bem vinda de volta. - diz, o tom neutro, antes de se virar pra Ophelia. - E a
senhorita, quem é?

Suki:
"Que lugar horrendo e sem vida. Que prisão.", pensa, enrijecendo a própria
expressão de imediato. Quando ela escuta a voz do Soberano, porém, Ophelia hesita e
respira fundo antes de se virar, tentando manter uma expressão amável no rosto
apesar do veneno que sentia escorrer na própria língua.

- Ophelia, senhor. Eu estou acompanhando Ash. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Ophelia. Prazer em conhecê-la. - diz, fazendo uma mesura. - E onde estão as suas
malas, Ash? Já foram levadas para o quarto?

- ...na verdade, senhor, eu não vou ficar. - diz, negando com a cabeça. - Eu moro
com a Ophelia, agora.

- ...explique-se.

Suki:
- Ele mora comigo, agora. - repete, neutra, a expressão desaparecendo aos olhos de
Ash. - Nós nos aproximamos bastante enquanto eu cuidava dele.

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf. Se aproximaram. - ele repete. - Então pra que veio, criança?

- E-eu vim pra--

- Nós não precisamos de cerimônias. Você está aceita de volta à família, só precisa
vir para as aulas.

- S... Sim, senhor, é claro. - sussurra.

Suki:
- ...É só isso, então? - murmura, cruzando os braços e fuzilando o Soberano com o
olhar. - Podemos ir?

qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
- Podem. O carro vai levá-los de volta. - diz, encarando a mulher. - Algum
problema, Ophelia?

Suki:
Ela não responde, continuando com o mesmo olhar assassino, ainda encarando o
Soberano.

"Muitos, seu velho ridículo."

Maianne Ribeiro:
- ...algum proble--

- Nós já estamos indo, Soberano. Com licença. - murmura, se curvando antes de puxar
Ophelia na direção da saída outra vez.

Suki:
A bruxa ainda se mantém parada por alguns segundos, observando o Soberano
ferozmente, antes de enfim se deixar levar, ainda em silêncio.

Maianne Ribeiro:
- Nós já vamos voltar pra casa. - ele sussurra baixinho, trêmulo. "Que ele não se
irrite por isso..."

Suki:
- Eu não fiz nada. - murmura, também em voz baixa.

Maianne Ribeiro:
- Mas parecia prestes a fazer. - sussurra. - E ele, também.

Suki:
- Ele não _ousaria_. - sibila.

Maianne Ribeiro:
- Ele é o Soberano. Nessa casa, quem manda é ele.

Suki:
- Eu mando onde eu quiser. - retruca de imediato.

Maianne Ribeiro:
- Ophelia, por favor..! - ele pede, estremecendo.
qualquersuki:
Suki:
- Eu não fiz nada. - insiste. - Poderia, mas não fiz.

Maianne Ribeiro:
- Então continue não fazendo, por favor. A última coisa que eu quero é ser expulso
de novo.

Suki:
- Eu não vou te causar problemas. Mas nós vamos precisar conversar bastante sério,
chegando na confeitaria. - diz, um tanto sombria.

Maianne Ribeiro:
- T-tudo bem. A gente conversa. - sussurra. "O que diabos..?" pensa, saindo da
mansão com Ophelia, o carro ainda no mesmo lugar de antes.

"Merda. Merda..." pensava, se acomodando ao lado dela, o trajeto dessa vez


silencioso...

Suki:
E assim o caminho segue, sem que a bruxa ouse abrir a boca, batendo um dos pés
ritmadamente, inquieta.

Maianne Ribeiro:
Quando o carro estaciona, Ash agradece ao motorista, descendo do veículo e
estendendo a mão pra Ophelia.
- Vem cá. - pede.

Suki:
Ela não diz nada, ao contrário da educação e delicadeza normais, tocando a mão de
Ash sem cuidado ou delicadeza, acatando o pedido.

Maianne Ribeiro:
O carro se afasta quase de imediato, o rapaz suspirando, frustrado.
- ...entra primeiro. Eu já vou. - pede.

qualquersuki:
Suki:
- Precisa respirar, imagino. - e balança a cabeça negativamente antes de entrar sem
dizer mais nada, os passos pesados.

Maianne Ribeiro:
"Preciso," pensa, se encostando na parede, a cabeça baixa. Se ele tinha sido aceito
na família, por que o tratamento tão frio dispensando-o? E o que diabos acontecera
com Ophelia pra que ela agisse daquele jeito? As perguntas corriam na mente de Ash,
o rapaz tentando se acalmar, até que...

...bang. O som de um tiro se faz ouvir, o tempo quase parando enquanto Ash erguia o
rosto na direção do som, o olhar dando de cara com uma bala. "Eu vou morrer,"
pensara logo antes do projétil entrar pela órbita do olho esquerdo, o corpo já
desfalecido do rapaz indo ao chão.

Suki:
O som do tiro faz com que Ophelia gire nos próprios calcanhares, alerta e
assustada, prontamente correndo para fora da confeitaria.

E então, Ash. No meio do próprio sangue novamente, o rosto desfigurado pelo tiro,
fazendo com que todo o ar escapasse dos pulmões da bruxa.
Por um instante, tudo parecia ter chegado ao fim. Em uma eternidade silenciosa que
duraria apenas um segundo, Ophelia tentava aceitar a morte do investigador,
dividida entre o horror e o desespero de tal forma que não conseguia se mover.

Até que ela percebe o peito dele ainda se movendo, respirando fracamente - ou
tentando -, o sinal de vida sendo mais que suficiente para fazê-la correr para
salvá-lo...

Maianne Ribeiro:
Ao longe, o atirador desaparecia, satisfeito com mais um trabalho executado, sem
notar que ainda restava vida em Ash. Apesar do ferimento grave, o sangue fluía
devagar, como se em câmera lenta, dando mais tempo pra Ophelia socorrer o rapaz...

qualquersuki:
Suki:
E ela prontamente o faz, arrastando-o para dentro assim que consegue conter o
sangramento, repetindo os cuidados de antes...

Maianne Ribeiro:
A cicatriz que resultara da magia de Ophelia se espalhava a partir do olho do
rapaz, a órbita vazia e desfigurada. Apesar dos cuidados, seriam muitas e muitas
horas de sono inquieto até que Ash enfim despertasse novamente, um grunhido
escapando por entre seus lábios enquanto ele levava a mão ao rosto, se encolhendo.
"Não, não, não..!"

Suki:
- Calma. Calma. - pede, afastando a mão dele para tocar-lhe o rosto. Não tinha
saído do lado dele nem por um segundo, preocupada e apavorada.

Maianne Ribeiro:
- O... Ophelia..? - ele sussurra, ofegante, encarando-a. - O que... Eu... Eu não...
Você tá... Bem... O que..?

Suki:
- Shh. Calma. Foi bem feio, você sobreviveu por pouco. - explica, encostando a
testa na dele, a respiração doce parecendo envolvê-lo e relaxar seu corpo e seus
pulmões. - ...eu não consegui salvar o seu olho. Me perdoe.

Maianne Ribeiro:
- Meu... olho. - ele estremece, engolindo em seco. - Eu... eu l-levei um tiro. Eu
lembro, eu vi... eu vi a bala...

qualquersuki:
Suki:
- ...foi. E foi um tiro bastante feio. - sussurra, o rosto desaparecendo. - ...isso
foi uma tentativa de assassinato, Ash, que nem a outra.

Maianne Ribeiro:
- Foi. - sussurra. - Foi. E eu acho que... que foram eles. A família.

Suki:
- ...eu tenho certeza que foi. O.. O Soberano, ele... Ele cheirava a fae. A mansão
inteira tinha cheiro de magia. - sussurra, cerrando os punhos. - Eu devia ter
matado ele, eu sabia que devia!

Maianne Ribeiro:
- ...o Soberano... - ele ri, fraco. - ...hah. Eu... eu nem q-queria acreditar,
mas...
Suki:
- ...mas faz todo o sentido. A expulsão, o coração ter voltado pro lugar e ter sido
trocado, e as duas tentativas de assassinato. É. Mas ele vai ver. Eles vão pagar,
todos eles vão. - sibila.

Maianne Ribeiro:
- Vão. Eu preciso fazer eles pagarem. Não é sobre mim, é sobre justiça. - ele
sussurra baixinho. - ...mas eu vou precisar me recuperar primeiro. De novo.

Suki:
- Eu posso fazer isso por você. Colocar aquele lugar inteiro no chão, e destruir
toda a tradição que eles criaram em cima de sujeira. - e ri, um tanto cruel, a
própria voz parecendo distorcida também.

Maianne Ribeiro:
Ele estremece.
- Ophelia... isso não combina com você. - sussurra.

qualquersuki:
Suki:
- Não importa. A morte também não combina com você, e eles não se importaram! -
rosna.

Maianne Ribeiro:
- ...mas eu me importo com você. - sussurra.

Suki:
- Eu estou bem. Vou ficar melhor ainda quando arrancar o coração daquele
desgraçado. - e ri, cruel, a voz distorcida bastante grave.

Maianne Ribeiro:
- ...não, você... não está. - sussurra. - Nem um pouco.

Suki:
- Preocupe-se em se recuperar, Ash. Eu vou cuidar de você, e de todo o resto. -
diz, rindo de novo.

Maianne Ribeiro:
Ele abre a boca pra questionar, mas acaba se calando, cansado.
- Eu... Vou dormir mais... - sussurra.

Suki:
- É melhor. - murmura. - Foi um tiro bastante feio, e você ainda está bastante
fraco. - diz, o riso imediatamente cessando, a voz mais gentil e preocupada. - Eu
vou ficar aqui, então não precisa ter medo.

Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça, o olho se fechando logo depois, o sono não demorando a
vir.

Mais uma vez, longas e longas horas até que Ash desperte, já na manhã seguinte. O
rapaz estremece, sentando na cama devagar, grunhindo ao sentir os músculos
reclamarem de um dia inteiro parados.
- Ophelia..? - ele chama baixinho, olhando ao redor.

qualquersuki:
Suki:
E ela dormia na cadeira ao lado da cama dele, ainda com a mesma roupa, os cabelos
crespos sem a vida ou o cuidado habituais. Na mesa de cabeceira, um prato com um
pão de frutas e mel, assim como um café ainda quente, denunciando que a bruxa os
tinha feito logo antes de adormecer.

Maianne Ribeiro:
- ...o sol se pôs... - ele sussurra baixinho, afagando o rosto dela de leve,
gentil. O rapaz se levanta devagar, ignorando as reclamações do próprio corpo pra
tomar Ophelia no colo e deitá-la na cama com cuidado...

Suki:
E isso a faz estremecer e resmungar baixinho, entreabrindo os olhos devagar. Ali,
Ash podia perceber que a pele de Ophelia parecia mais fria e pálida, o corpo
bastante leve.

- ...o que-- Ash, não...! - reclama, arregalando os olhos. - Você devia estar
deitado...!

Maianne Ribeiro:
- Eu deito do seu lado. - murmura, soltando um risinho. - Você também devia estar
deitada...

Suki:
- Eu preciso cuidar de você... - diz infantilmente, manhosa.

Maianne Ribeiro:
- Você não tem como cuidar de mim se não cuidar de você antes. - murmura. - A
comida é pra mim?

Suki:
- É, é sim. - murmura, esfregando os olhos antes de se sentar. - Você precisa
comer...

Maianne Ribeiro:
- Eu como enquanto você descansa, então. - diz, gentil, antes de se virar pra pegar
o prato... E bater a mão na mesa, soltando um resmungo de dor.

qualquersuki:
Suki:
- Cuidado...! - reclama, ficando de pé de imediato. - Você vai precisar se
reacostumar a enxergar as coisas.

Maianne Ribeiro:
- ...É. É verdade. - ele sussurra, sem jeito. - Eu vou tomar mais cuidado...

Suki:
- Eu vou precisar te guiar por uns dias... - ela suspira, apoiando Ash para que se
sentasse.

Maianne Ribeiro:
O rapaz senta devagar, suspirando.
- Eu não queria te dar mais trabalho...

Suki:
- Eu cuido de você porque te amo e te quero bem. - ela suspira, afagando os cabelos
dele antes de beijar seu rosto.

Maianne Ribeiro:
- Me... Ama..? - ele sussurra, corando.
Suki:
Ophelia abre a boca para dizer algo, mas acaba notando as bochechas dele e se cala.

- ...vem. Você precisa comer. - murmura, puxando o prato mais para perto dele.

Maianne Ribeiro:
- .. Ninguém nunca disse que me amava. - ele sussurra, esboçando um sorriso, uma
lágrima escorrendo pelo rosto. - Me abraça..?

Suki:
Isso faz com que a bruxa suspire baixinho, prontamente abraçando Ash com firmeza.

- Pois eu te amo. - sussurra, carinhosa.

Maianne Ribeiro:
Ele estremece no abraço, um dos braços envolvendo Ophelia.
- Eu também te amo... - sussurra baixinho, choroso.

qualquersuki:
Suki:
- Mesmo...? - pergunta, roçando o nariz pela bochecha dele, a voz mais fraca. - De
verdade...?

Maianne Ribeiro:
- M-mesmo. Eu j-juro...

Suki:
Isso faz ela rir baixinho, um riso confortável e alegre, antes de colar os lábios
dos dois em um beijo carinhoso.

Maianne Ribeiro:
O rapaz retribui o beijo, gentil, delicado, a mão afagando levemente o rosto de
Ophelia. "Amor..."

Suki:
- Esse gosto é... É incrível. Eu nunca senti nada tão bom. - sussurra, entorpecida.
- Eu já provei muitos sentimentos, mas o seu amor é inigualável...

Maianne Ribeiro:
- Provar... Sentimentos..? - ele murmura, confuso.

Suki:
- Mm. O seu amor. - murmura, passando o rosto pelos cabelos de Ash, suspirando
baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Você consegue saborear sentimentos? - ele pergunta, curioso.

Suki:
- Consigo. - murmura, ainda abraçada nele. Ophelia em seguida hesita, mas acaba por
suspirar. - Eu me alimento deles.

Maianne Ribeiro:
- Você... Quê? - sussurra. - Você se...

O rapaz hesita, engolindo em seco.


- ...É por isso que... Que você quer ver todo mundo feliz...

qualquersuki:
Suki:
- ...o quê...? - ela se afasta de imediato, encarando o investigador. - Não, é
claro que não...!

Maianne Ribeiro:
- ...como não..? - ele sussurra, abaixando o olhar. - Você precisa se alimentar...

Suki:
- Eu... Eu me alimento da felicidade dos outros, isso é verdade. Mas não é por isso
que eu quero ver as pessoas felizes! - exclama, recuando um passo.

Maianne Ribeiro:
- E por que é..? - ele ri, fraco. - É por isso que você cuidou de mim..? Pra se
alimentar do meu amor? Pra me usar, que nem o Soberano fez..?

Suki:
Todo o sangue foge do rosto de Ophelia, enquanto ela o encarava com a expressão
ferida, cheia de dor.

- ...descanse. Você precisa. - sussurra, antes de se afastar e sair do quarto a


passos rápidos, tremendo.

Maianne Ribeiro:
"Eu preciso ficar sozinho, longe de todo mundo que me vê como ferramenta," pensa,
indo deitar na cama. Apesar disso, não conseguiria dormir, apenas encarando a
parede abatido...

qualquersuki:
Suki:
E ele não vê ou escuta Ophelia nas horas seguintes. Nos _dias_ seguintes. Apesar
disso, a comida estava sempre pronta no fogão, e a roupa limpa bem dobrada na
mesinha do corredor.

A confeitaria seguia fechada, a bicicleta abandonada do lado de fora, e vez ou


outra Ash via Circe ou um cliente observando a construção da estrada...

Maianne Ribeiro:
E Ash apenas vivia, ou se movia pelos processos da vida: comia, se banhava, dormia,
e só, voltando a se encolher sobre a cama, isolado. Vez ou outra, chorava, magoado,
traído, sentindo como se tivesse perdido tudo outra vez...

qualquersuki:
Suki:
Na dificuldade de se reacostumar com a visão limitada, era comum que Ash esbarrasse
nas coisas e derrubasse tantas outras, atrapalhado, tendo que se reacostumar a
viver sozinho em meio a um turbilhão de sentimentos.

Naquele dia, mais uma vez derrubaria um talher da bancada ao tentar pegá-lo, a
colher batendo em algo no ar antes de desaparecer...

Maianne Ribeiro:
- O que..? - ele estremece, recuando, o rosto perdendo a cor. "Não. Não. De novo
não. Vão tentar me matar de novo..!" pensa, a respiração acelerando enquanto ele
recuava até a parede, aterrorizado.

Suki:
Apesar disso, a colher apenas volta para a bancada sem som algum, o ar parecendo
distorcido em uma forma humanoide que logo se abaixa novamente e desaparece do
campo de visão dele, voltando a se encolher no chão.
Maianne Ribeiro:
- Q-quem... quem está...

Silêncio, os olhos de Ash se abrindo em choque.


- ...Ophelia..?

qualquersuki:
Suki:
Silêncio, sem que ninguém ouse responder...

Maianne Ribeiro:
- O-Ophelia, é você..? R-Responde..! - ele exclama, ou tenta, a voz saindo fraca e
falhada.

qualquersuki:
Suki:
- Eu não vou te machucar. - ele escuta a voz dela, baixinha e rouca,
perceptivelmente fraca.

Maianne Ribeiro:
Ele solta um suspiro fraco de alívio, ofegante de nervoso.
- Eu... Eu não c-consigo te ver...

qualquersuki:
Suki:
- Eu sei. Quer que eu pegue um pouco de água? Você... Você precisa se acalmar.

Maianne Ribeiro:
- Você... Sabe... É de propósito. - ele sussurra. - Eu não sirvo mais, é isso..?

qualquersuki:
Suki:
- Não é de propósito. - responde com a voz desafinada, servindo a água antes de
colocar o copo sobre a bancada e voltar a se encolher no chão.

Maianne Ribeiro:
O rapaz se aproxima devagar, tateando a bancada até pegar o copo, tomando um longo
gole.
- ...e o que é..?

qualquersuki:
Suki:
- Eu não vou mais encostar em você, ou provar seus sentimentos. Ou o de qualquer
pessoa. Não precisa se preocupar. - e ri, fraca, a voz quebrando enquanto ela
voltava a chorar baixinho...

Maianne Ribeiro:
- ...você vai morrer, se não se alimentar. - ele estremece.

qualquersuki:
Suki:
- É-é um preço que... Que eu tô disposta a pagar. - e ri de novo, entre os soluços.

Maianne Ribeiro:
- Eu não quero que você morra. - o rapaz nega com a cabeça, fraco. - Come... Come
os meus sentimentos. Pode se alimentar. Por favor...

qualquersuki:
Suki:
- ...não. Não. Só... - ela engasga, voltando a se entregar ao choro.

"Só acredita que eu te amo, por favor..."

Maianne Ribeiro:
- ...por favor... - ele pede, a voz quebrando. - Eu j-já perdi t-tudo... Então...
Não I-importa... Você pode f-ficar com o que resta...

qualquersuki:
Suki:
- ...eu não quero. Eu não quero me alimentar de você. Eu só... Eu só queria te
amar. Eu juro. E-eu juro, eu-- Me perdoa...!

Maianne Ribeiro:
O rapaz se debruça sobre a bancada, as pernas tremendo, as lágrimas escorrendo pelo
rosto.
- M-me... Me ama... P-por favor... - ele pede baixinho, fraco. - Por favor, eu não
q-quero ficar s-sozinho..!

qualquersuki:
Suki:
- Você... Você não vai ficar. Eu... Eu tô cuidando de você. E-eu tô... Eu... - ela
fraqueja, tentando ficar de pé antes de ir ao chão com um baque seco bastante alto,
cansada demais pra aguentar continuar chorando...

Maianne Ribeiro:
- Ophelia..? Ophelia?! - ele chama, amedrontado, indo pra trás do balcão, tentando
encontrar a mulher.

qualquersuki:
Suki:
- Não... Eu só... - ela suspira, a voz fraquinha. - Eu só preciso dormir um
pouco...

Maianne Ribeiro:
Ele se abaixa, tateando o chão, tentando encontrá-la.
- Vem... Vem, eu... Eu cuido. Eu cuido, vem cá...

qualquersuki:
Suki:
E ele logo encontra algo que parece um osso, a pele fria e ressecada que o cobria
quase sem nada embaixo.

- Não... Não precisa...

Maianne Ribeiro:
- Precisa. - ele sussurra, estremecendo. - Come. Come, por favor... Você tá
morrendo, Ophelia...

qualquersuki:
Suki:
- Só... Só não esquece o meu amor... - pede, os dedos magros e frios tocando o
braço dele em um afago fraco.

Maianne Ribeiro:
- Não me deixa sozinho... - pede, frágil, a mão sobre a dela. - Não morre,
Ophelia... Eu f-faço qualquer c-coisa... Mas n-não... Não m-morre..!
Suki:
- Shh. Shh, vai ficar tudo bem... - sussurra, o corpo parecendo ressurgir aos olhos
de Ash devagar conforme a visão parecia focar em Ophelia.

A pele negra estava cinzenta, recobrindo o corpo magricelo e fraco de mãos longas e
dedos compridos. No rosto, três pares de olhos completamente negros, as orelhas
longas e pontudas aparecendo em meio ao cabelo crespo sem vida, quebradiço...

Maianne Ribeiro:
- Não, não vai... Não vai... - ele sussurra, negando com a cabeça, a mão afagando o
rosto dela fracamente. - Eu preciso de você...

qualquersuki:
Suki:
- Eu... Eu estou aqui... - sussurra, fechando os olhos com o toque dele, as
lágrimas escorrendo silenciosamente pelo rosto consumido.

Maianne Ribeiro:
- Mas n-não por muito tempo, se continuar assim... - estremece.

Suki:
- Por... Por tempo o suficiente pra continuar cuidando de você, eu... Eu juro.

Maianne Ribeiro:
- Não... Não, Ophelia, não, não..! Eu te amo, Ophelia, eu causei essa merda, me
perdoa, não se destrói assim..! - ele exclama, a voz quebrada, frágil.

Suki:
Silêncio, enquanto as mãos de Ophelia tentavam erguer o próprio corpo, tremendo
violentamente, o rosto se aproximando do de Ash para beijá-lo suavemente...

Maianne Ribeiro:
O rapaz a apoia, selando os lábios da mulher com os próprios, o gosto das lágrimas
em meio ao beijo, os braços mantendo Ophelia perto de si. "Não me deixa..."

qualquersuki:
Suki:
- Eu... Eu te amo... - sussurra, bem baixinho, arrastando o corpo fraco para se
aproximar do de Ash, buscando conforto e calor...

Maianne Ribeiro:
- Eu também te amo... Eu juro... Me p-perdoa... - pede, puxando-a pro próprio colo.

Suki:
- Você... Você não fez nada de errado. - sussurra. - Faes são... São monstros.
Sempre fomos, sempre vamos ser.

Maianne Ribeiro:
- Você não é um m-monstro... Você é... É linda. Gentil. Cuidadosa. Atenciosa.
Delicada. É... É um raio d-de sol...

Suki:
Isso faz Ophelia rir baixinho, sem força.

- Eu... Eu só quero ver as pessoas felizes... - choraminga. - Eu só quero ajudar as


pessoas...

Maianne Ribeiro:
- Você nunca... Nunca quis usar as pessoas. Nem me usar. - ele estremece,
enterrando o rosto no ombro dela. - Me perdoa...

Suki:
- Faes... Faes n-não mentem... - murmura, se encolhendo, choramingando.

Maianne Ribeiro:
"Faes não mentem," ele repete em sua mente, estremecendo.
- Me p-perdoa... Eu duv-videi de você, eu errei, me perdoa... Não m-morre,
Ophelia..!

Suki:
- Eu... E-eu não tenho do que te perdoar... - sussurra, encostando a cabeça em um
dos ombros dele, cansada. - ...se importa se... Se eu dormir um pouco...? -
pergunta, a voz bastante fraca. - Pode... Pode me deixar aqui no chão, eu... Eu não
ligo...

Maianne Ribeiro:
Ele nega com a cabeça.
- Eu vou te levar pra cama. - sussurra, ficando de pé com a mulher no colo,
devagar.

qualquersuki:
Suki:
- O-obrigada, Ash... - e suspira, fechando os olhos. Não demora para que ele sinta
o corpo dela amolecer em seus braços, enquanto Ophelia adormecia depois dos longos
dias chorando...

Maianne Ribeiro:
O rapaz leva Ophelia escada acima com cuidado, deitando-a na cama gentilmente. "Eu
fiz isso com ela..." pensa, trêmulo, afagando o rosto da fae como se ela pudesse
quebrar a qualquer instante...

Horas, até que enfim ele se afaste, indo até a cozinha, encarando os potes, panelas
e pratos. "...eu não vou conseguir sozinho..." pensa, engolindo em seco, decidindo
por sair da confeitaria...
...e bater na porta de Circe.

qualquersuki:
Suki:
- Quem é? Vá embora! - exclama, a voz um tanto trêmula, irregular.

Maianne Ribeiro:
- Ash. - ele responde, sem rodeios. - Eu preciso da sua ajuda.

Suki:
"Da minha ajuda...?", pensa, entreabrindo a porta.

- O que houve com o seu rosto?! - pergunta, o rosto ainda mais pálido que o normal.

Maianne Ribeiro:
- Eu levei um tiro. - sussurra, estremecendo. - A Ophelia me salvou, e eu preciso
da sua ajuda pra cozinhar. Eu... Eu magoei ela, e ela não tá bem.

Suki:
Isso faz a mulher franzir a testa, confusa com as palavras dele, tentando entender
além do que o investigador tinha falado.

- Eu vou colocar meus sapatos. - e fecha a porta, se adiantando em fazer como


falara e reabri-la. - Vamos.
Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - sussurra, guiando-a pra confeitaria. - Eu... Eu preciso fazer comida,
pra mim e pra ela. Mas com um olho só, eu... Eu vou estragar tudo. Se você não
souber cozinhar, eu te guio, mas me ajuda, por favor...

Suki:
- Eu sei cozinhar, não se preocupe. - diz, negando com a cabeça. - Mas me conte
direito o que aconteceu.

Maianne Ribeiro:
- Eu duvidei das intenções dela. Eu achei que... Que ela estava me usando, apenas.
- sussurra, negando com a cabeça. - Eu fui um idiota...

Suki:
- A Ophelia nunca usaria ninguém. - diz, visivelmente ofendida, amarga. - Isso é
mais do que ser idiota, isso é ser cruel com a melhor pessoa que você vai conhecer
na sua vida.

Maianne Ribeiro:
- ...eu fui. - ele sussurra, os ombros caindo. - Eu não tava pensando direito. Eu
não tô. Não é desculpa, não apaga o que eu fiz, mas eu tô tentando desfazer essa
merda enorme.

qualquersuki:
Suki:
A mulher nega com a cabeça, adiantando o passo.

- Você vai me ajudar a cozinhar, mesmo que isso custe seus dedos. - avisa, séria.

Maianne Ribeiro:
- Claro. Claro. - sussurra, se aproximando.

Suki:
Ela assente com a cabeça, prendendo os longos cabelos negros rapidamente antes de
ir lavar as mãos.

- Venha. Não se mexe com comida de mãos sujas.

Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça, indo até a pia pra lavar as próprias mãos.
- Eu aprendi a cozinhar, só... O olho faz falta. - sussurra.

Suki:
- Eu imagino. - murmura, balançando a cabeça de leve. - Eu vou te ajudar a fazer as
coisas. Mas é importante que você participe: a Ophelia sente essas coisas.

Maianne Ribeiro:
- ...faz... Faz sentido. - ele murmura. - Eu vou fazer o que eu puder, mas vai ser
bem devagar. Tenha paciência, por favor.

Suki:
- Eu sou uma artista. Paciência é algo que não me falta. - e suspira, teatral, indo
mexer nos ingredientes e panelas.

Maianne Ribeiro:
- ...faz sentido. - ele repete com um risinho. - Você sabe algo que ela goste de
comer..?
"Se é que tem algo..."
qualquersuki:
Suki:
- Pessoas. - diz, exageradamente sombria. - Corações ainda pulsando e sangrando.

Maianne Ribeiro:
- Eu daria o meu coração, se isso fosse verdade.

Suki:
- E como você sabe que não é? - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Eu apenas sei. - responde. - A Ophelia não faria isso.

Suki:
- ...alguém aprendeu. Bom saber. - e assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Do pior jeito, mas aprendi. - sussurra, balançando a cabeça.

Suki:
- Quão mal ela está? - pergunta, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- ...muito mal. Eu acho que ela não se alimenta há quase dois dias. - ele
estremece.

Suki:
- ...isso não é bom. Não é nada bom. - sussurra. - Não se alimenta _de nada_...?

Maianne Ribeiro:
- De nada. - responde. - Nada nada.

Suki:
- Oh, não. A última vez que isso aconteceu ela quase morreu. Precisei fazer uma
festa e tanto pra animá-la. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- A gente faz uma festa se precisar. - sussurra, estremecendo. - Eu não quero que
ela morra...

qualquersuki:
Suki:
- Meus pães e doces não são tão bons quanto os dela. - murmura. - Não sei se
atrairia tanta gente, mas talvez falando que ela está doente... - e suspira,
começando a separar os ingredientes, cuidadosa.

Maianne Ribeiro:
- Provavelmente. Todo mundo ama a Ophelia. - ele murmura, suspirando. - Eu espero
que dê certo...

Suki:
- Vamos fazer a comida dela, e depois eu vou fazer panfletos convidando algumas
pessoas e vou deixar pela cidade. Vou avisar que ela está doente e precisa de
carinho. Tenho certeza que isso vai encher!

Maianne Ribeiro:
- Provavelmente, sim. - murmura, estremecendo. "...eu vou participar da festa...
desse jeito..?"
Suki:
- ...você não parece animado. - murmura, franzindo a testa. - Nem com a
possibilidade de cuidar da Ophelia você se importa? Mesmo? - reclama.

Maianne Ribeiro:
- ...não é isso. Eu quero cuidar da Ophelia, eu juro. - diz, balançando a cabeça. -
Minhas preocupações são outras, e eu vou lidar com elas.

Suki:
- Preocupações mais importantes que o estado dela, pelo jeito. - resmunga,
ofendida, puxando a tábua para si para cozinhar sozinha.

Maianne Ribeiro:
- Nada é mais importante que o estado dela, Circe. Eu já disse, eu vou lidar com as
minhas preocupações! - o rapaz grita, frustrado. - Elas não são nada perto do medo
que eu sinto de perder a Ophelia!

Suki:
- Se você gritar comigo de novo, eu arranco seu outro olho. - sibila, se virando
para ele com a faca na mão. - Use a sua energia pra algo útil e vá ralar as
cenouras. - diz, ainda no mesmo tom.

Maianne Ribeiro:
O rapaz apenas resmunga, começando a ralar as cenouras, irritado. "Eu devia ter
feito sozinho," pensa, focando em cozinhar.

Suki:
- Vou fazer um cozido com frango desfiado, batatas e legumes. Tem alguma ideia do
que mais adicionar? - pergunta, alguns minutos depois, tendo terminado de descascar
as batatas.

Maianne Ribeiro:
- Não. Parece bom e nutritivo. - murmura, ainda sem encarar Circe.

qualquersuki:
Suki:
- Hunf. Ficou ofendido, visivelmente. - resmunga, começando a cortar as batatas.

Maianne Ribeiro:
- Você me ofendeu, é claro que fiquei ofendido. - retruca.

Suki:
- Eu não te ofendi, eu te _questionei_. É diferente.

Maianne Ribeiro:
- Você afirmou, Circe. Isso não é questionar. - responde, ríspido. - Eu me preocupo
com a Ophelia, se você não acredita é problema seu.

Suki:
- Foi um questionamento. - insiste, pomposa, inflando o próprio peito. - Se você
não entende a diferença, aí é problema seu. Já terminou as cenouras? - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Já. - rosna, colocando a tigela com as cenouras raladas sobre a bancada, talvez
com mais força do que gostaria, estremecendo com o própro gesto.

Suki:
- Acha que consegue temperar a carne? - pergunta, tocando as mãos dele suavemente,
a voz mais mansa. - Cuidado.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sou um inútil. - retruca, afastando a mão de imediato. - Eu disse que vou
ajudar a fazer a refeição da Ophelia, não disse? Ou até isso você vai questionar?

Suki:
- Eu só quis te impedir de esbarrar na tigela, pela violência que você usou pra
colocá-la na bancada. - resmunga. - E perguntei da carne por causa do fogo e das
beiradas das panelas.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sou um inútil. - ele repete, as mãos tremendo. "Eu não quis bater a tigela
com força..." - Eu consigo... Ao menos isso eu consigo...

Suki:
- Senta e respira um pouco. Eu vou fazer chá pra gente conversar e se entender. -
ela suspira.

Maianne Ribeiro:
O rapaz solta um resmungo de protesto, mas acaba fazendo como ela pedira, indo se
sentar, o rosto enterrado nas mãos...

qualquersuki:
Suki:
Não demora para que Circe se aproxime com duas xícaras de chá morno, o material
menos refinado do que a porcelana habitual de Ophelia.

- Tateie a mesa até alcançar a xícara, e depois pegue ela com as duas mãos. Eu não
fervi a água. - diz, neutra.

Maianne Ribeiro:
- ...obrigado. - ele sussurra, a voz falhando enquanto fazia como Circe instruíra,
pegando a xícara com cuidado pra beber.

Suki:
- ...meu pai ficou cego, antes de morrer. - diz, suspirando baixinho. - Perdeu um
olho pro açúcar, e o outro não demorou a ir também.

Maianne Ribeiro:
- ...então você sabe como é. - ele sussurra. - Já viu acontecer.

Suki:
- Por isso o apoio quando você bateu a tigela. - e suspira. - ...foi o atirador,
não foi?

Maianne Ribeiro:
- Foi. - ele estremece. - A Ophelia me salvou.

Suki:
- Eu vi ele desaparecendo. - sussurra, o rosto mais pálido, a neutralidade
ameaçando ceder. - Mas não vi o que aconteceu antes.

Maianne Ribeiro:
- Viu... A pessoa..? - ele sussurra, se virando pra encarar Circe.

Suki:
- Se é que aquilo era uma pessoa. - responde, estremecendo.
Maianne Ribeiro:
- Como.. Como assim..? O que você viu?

Suki:
- Uma.. Uma coisa. Esguia, escura, com garras imensas. - sussurra. - Parecia a... -
e hesita, comprimindo os lábios.

Maianne Ribeiro:
- ...fae..? - ele sussurra, estremecendo.

qualquersuki:
Suki:
- ...É. Ele era uma versão mais grotesca dela. Mais animalesca.

Maianne Ribeiro:
Ash engole em seco, o rosto empalidecendo.
- O... Obrigado. - sussurra. - Saber o que está atrás de mim vai... Vai ajudar. Eu
acho.

Suki:
- A Ophelia vai saber o que fazer. - murmura, tocando uma das mãos dele. - Ela
sempre sabe.

Maianne Ribeiro:
- Quando ela melhorar, eu... Eu converso com ela sobre isso. - diz, sem se afastar
do toque dessa vez.

Suki:
- Uma coisa de cada vez. - ela assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Mm. - murmura. - E nós precisamos voltar a fazer a comida.

Suki:
- Certo. Vamos terminar o chá, primeiro, e já voltamos.

Maianne Ribeiro:
- Certo. - sussurra, tomando mais um gole do chá, cuidadoso.

Suki:
- Uma coisa de cada vez. - repete, mais suave.

Maianne Ribeiro:
- Uma coisa de cada vez. - murmura. - Primeiro o chá, depois a comida.

Suki:
- Exatamente. - e sorri de leve, assentindo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
Ash apenas concorda, bebendo o chá devagar enquanto se acalmava. Enfim, ele pousa a
xícara vazia de lado, ficando de pé.
- ...obrigado. - sussurra.

qualquersuki:
Suki:
- De nada. - e assente com a cabeça novamente, recolhendo a louça. - Só vou lavar
isso aqui e voltamos a cozinhar.

Maianne Ribeiro:
- Eu posso ir temperando a carne enquanto isso. - murmura, indo pegar os temperos.

Suki:
- Tudo bem, então. - ela assente com a cabeça. - Pouco sal, muitas ervas. - pede.

Maianne Ribeiro:
- Pouco sal, muitas ervas. - repete, como se confirmasse, começando a temperar a
carne, ajustando o tempero aos poucos.

Suki:
E Circe o tempo todo o observava, sem opinar, adiantando o resto da comida em
silêncio.

Maianne Ribeiro:
"...sem ela, tudo fica tão... triste," pensa, um tanto encolhido, focando em cuidar
da comida.
- Já terminei. - sussurra, após algum tempo. - A carne tá pronta...

Suki:
- Aqui também. - murmura, claramente pensando a mesma coisa que Ash. - Eu vou levar
a comida dela, e ajudar ela a comer.

Maianne Ribeiro:
Ele abre a boca pra questionar, mas suspira.
- ...É. É melhor você, mesmo. - sussurra. - Mas eu vou junto.

Suki:
- Eu posso levar a sua, também, pra vocês comerem juntos.

Maianne Ribeiro:
- Eu posso levar meu prato, ao menos. - murmura.

Suki:
Ela assente com a cabeça.

- Não vou me opor.

Maianne Ribeiro:
- Vamos terminar de arrumar os pratos e subir, então. - murmura.

qualquersuki:
Suki:
Circe concorda, se adiantando em fazer como Ash falara

Maianne Ribeiro:
O rapaz não demora a montar o próprio prato, segurando-o com cuidado.
- Você leva o da Ophelia, por favor. - pede, começando a subir as escadas.

Suki:
- Pode deixar. Lembre-se de levantar o pé devagar, pra tatear o degrau antes de
pisar. - instrui, servindo uma bandeja.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Vou fazer. - ele murmura, fazendo como ela sugerira. "Fica mais fácil..."

Suki:
- Você vai se habituar em breve. O começo é sempre a pior parte.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou precisar de tempo pra me acostumar. - sussurra.

Suki:
- Nós sempre precisamos de tempo pras coisas novas. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
Ele apenas assente com a cabeça, murmurando mais um agradecimento antes de ir na
direção do quarto de Ophelia. "Será que ela acordou..?" pensa.

Suki:
A fae ainda dormia, cansada, na mesma posição que Ash a deixara...

- Quer acordá-la, ou prefere que eu faça isso?

Maianne Ribeiro:
- Deixa comigo. - diz, a mão indo devagar até o rosto da mulher, afagando a pele
dela gentilmente. - Ophelia... Acorda...

Suki:
Isso a faz estremecer, resmungando baixinho antes de entreabrir os olhos...

- A-Ash....? - sussurra, fraca.

Maianne Ribeiro:
- Oi. - ele sussurra, esboçando um sorriso. - Nós trouxemos comida.

qualquersuki:
Suki:
- Não... n-não precisava... - diz, tentando se sentar, visivelmente exausta.

- Precisava de mais, isso sim. Tem anos que eu não te vejo assim. - reclama.

Maianne Ribeiro:
- Precisava sim, concordo com a Circe. - diz, gentil. - Ela vai te ajudar a comer.
Eu não consigo ainda.

qualquersuki:
Suki:
- Não precisava... - insiste, sem se opor à ajuda de Circe quando ela deixa a
bandeja na mesa para erguer-lhe o corpo. - ...obrigada. - diz baixinho, a expressão
se retorcendo de dor.

Maianne Ribeiro:
- Precisava. Precisava sim. - murmura, estremecendo ao ver a dor no rosto de
Ophelia. "Me perdoa..."

Suki:
- Eu te ajudo a comer. - murmura, servindo Ophelia cuidadosamente

Maianne Ribeiro:
- Obrigado, Circe. - murmura, começando a comer também, devagar, tomando cuidado
pra não se ferir com o garfo.

Suki:
- Avise se precisar de ajuda. - Circe diz, suave.

- Eu... Eu posso comer sozinha... - sussurra.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa. Eu consigo. - murmura.

Era fácil pra Ophelia sentir o amor e a preocupação na comida que Ash ajudara a
preparar, o carinho intenso...

Suki:
E isso a faz estremecer visivelmente, esboçando um sorriso com o gosto da comida e
dos sentimentos que ela carregava, um suspiro satisfeito escapando entre seus
lábios.

- Eu amo vocês...

Maianne Ribeiro:
- Nós também te amamos. - ele sorri de leve. "Vai dar certo..."

Suki:
- Obrigada por isso. Eu não como nada bom assim há alguns anos. - admite, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Quando eu me acostumar mais, posso cozinhar pra gente de vez em quando. -
comenta.

Suki:
- Por favor. - murmura, dando um risinho bobo. - Eu posso ajudar, também.

Maianne Ribeiro:
- Vou aceitar, especialmente no início.

Suki:
- Combinados, então. Eu te ensino tudo de novo.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - sorri. "Vou precisar..."

qualquersuki:
Suki:
- De nada, Ash. - e sorri de volta, mais tranquila.

Maianne Ribeiro:
O rapaz ainda leva um tempo pra terminar de comer, suspirando ao deixar o prato de
lado sobre a bancada.
- Obrigado pela ajuda, Circe. - murmura.

Suki:
- De nada, Ash. Eu vou providenciar uma bengala pra você, também, pra te ajudar a
criar mais independência.

- Pode pegar um galho das árvores do quintal. - Ophelia quem diz. - Mas lembre de
deixar uma oferta e uma mecha de cabelo.

Maianne Ribeiro:
- Uma... bengala? - ele franze a testa. - Acha que vai ajudar? E como assim, uma
oferta?

Suki:
- Acho que vai te dar mais confiança pra andar e se locomover até acostumar com a
visão. - diz, assentindo com a cabeça.

- Sempre que se tira algo da natureza, o correto é dar algo em troca. Pra folhas e
galhos pequenos, ou frutas, um fio de cabelo basta. - Ophelia explica. - Para um
galho maior, mel feito em casa com frutas e pães costuma ser melhor.

Maianne Ribeiro:
- É... deve ajudar. - ele murmura, se virando pra Ophelia. - Eu não sabia disso,
das ofertas. É bom saber pra uma próxima vez, se eu precisar de algo.

Suki:
- Vai ajudar. - insiste.

- Seu cabelo não é muito grande, mas o que importa é a dor de arrancar o fio. -
Ophelia explica. - Faes amam dor. - e estremece.

Maianne Ribeiro:
Ele abre a boca pra falar algo, mas estremece, se calando. "O fae que atirou em mim
deve ter amado."
- Entendi. - sussurra. - Obrigado.

Suki:
- De nada. Faes comuns são fáceis de agradar. - sussurra, estremecendo.

Maianne Ribeiro:
- Você... É uma fae comum..? - ele pergunta. - Eu quero entender mais sobre você.

Suki:
Isso faz o sorriso de Ophelia diminuir, os seis olhos encarando-o com firmeza
apesar da escuridão.

- Não. Eu... Eu sou uma Grã-feérica, na verdade.

Maianne Ribeiro:
- Grã-feérica? Isso parece grande, e... É importante. - murmura.

qualquersuki:
Suki:
- ...É. E é, mesmo. É como uma senhora feudal, com um território que domina.

- _Isso_ eu não sabia. - Circe diz, o queixo caindo.

Maianne Ribeiro:
- Uau. - ele sussurra, impressionado. - Essa região é sua, então..?

Suki:
Ela assente com a cabeça.

- Eu libertei todos os seres para irem para onde quiserem. Muitos ainda ficaram,
mas não são hostis. Eu sempre separo alguns pães e doces pra eles, ao final da
semana, para agradecer.

Maianne Ribeiro:
- Isso é... Fofo. - ele diz, sem reprimir um risinho. - Bondoso da sua parte

Suki:
- Não é bondoso. É... É o mínimo. Eles protegem a floresta, trazem ingredientes e
cuidam da segurança da estrada. - e suspira.

- Por isso eu nunca vejo ninguém trazendo nada! - Circe reclama. - E você dizendo
que trazia da cidade depois das entregas!
Maianne Ribeiro:
- Isso é incrível. - ele murmura, impressionado. - ...você é incrível.

Suki:
- Não é mérito nenhum meu. - ela insiste, suspirando.

Maianne Ribeiro:
- Pra mim, parece que é. - ele ri baixinho.

Suki:
- Ser bom não é mérito. Ser ruim que é demérito. - insiste.

Maianne Ribeiro:
- Por que não as duas coisas? - comenta.

Suki:
- ...bom ponto. - ela ri de leve.

Maianne Ribeiro:
O rapaz ri junto, se aproximando pra segurar a mão dela de leve, gentil.
- Eu te amo. - sussurra, carinhoso. - ...me perdoe pelo que eu disse. Eu fui cruel.

Suki:
- ...foi, foi sim. E eu te perdoo, mas vou demorar a esquecer. - diz, com um
sorriso culpado, colocando a mão livre sobre a dele. - Eu te amo, e eu não quero me
alimentar de você. Eu juro.

Maianne Ribeiro:
- Eu acredito em você. - sussurra. - E você pode se alimentar de mim sempre que
quiser ou precisar, mas eu entendo se você não quiser. A culpa é minha, afinal.

qualquersuki:
Suki:
- Eu não... Não quero que você se sinta mal com a ideia. - sussurra, desviando o
olhar enquanto fechava os olhos, as lágrimas começando a escorrer de todos eles. -
Não faz diferença pra você, eu sei, mas...

Maianne Ribeiro:
- Eu não me sinto mal com a ideia. - diz, a mão livre se aproximando devagar do
rosto dela pra secar as lágrimas. - Eu te amo. Eu me importo com você...

Suki:
- Eu também te amo, mas eu não quero ferir você, ou ninguém... - choraminga.

Maianne Ribeiro:
- E não vai me ferir. - ele nega com a cabeça. - Você não estava me ferindo antes,
estava?

Suki:
Ophelia hesita, mas prontamente nega com a cabeça.

- Eu me alimento do que flui pro ambiente. Não tiro nada de ninguém. - e ri, fraca.

Maianne Ribeiro:
- Então pronto. - sorri. - Não precisa se preocupar comigo.

Suki:
- Tem certeza...? - pergunta, tocando o rosto dele com uma das mãos.
Maianne Ribeiro:
- Tenho sim. - diz, continuando o afago. - Eu te amo.

Suki:
E isso faz Ophelia suspirar baixinho, fechando os olhos enquanto sorri,
confortável.

"Senti falta desse gosto..."

Maianne Ribeiro:
O rapaz se inclina, dando um beijo delicado na ponta do nariz de Ophelia, os lábios
apenas roçando na pele dela.
- Eu vou cuidar de você, que nem você cuida de mim.

Suki:
- Você precisa de mais cuidados que eu, Ash... - sussurra, derretida, arrepiada, as
bochechas vermelhas com o gesto.

Maianne Ribeiro:
- Eu posso cuidar de você ainda assim. - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- ...tudo bem. Eu admito que preciso dos cuidados. - e ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Então vamos os dois se cuidando, até melhorar.

Suki:
- E eu cuidando dos dois. - Circe suspira, levando uma das mãos ao rosto,
incrédula. - Duas crianças.

Maianne Ribeiro:
- Nós não somos crianças. - ele cora.

Suki:
- Tudo bem. Adultos. - e dá de ombros.

- Adultos também precisam de cuidados.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei, eu sei... Mas eu já tenho vinte e um, não sou mais uma criança.

Suki:
- Ainda é uma criança. - Ophelia quem diz, rindo baixinho.

- Nós que somos velhas, Ophelia. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Vocês não parecem velhas. - murmura, as bochechas coradas.

Suki:
- Nessa forma esquelética e amaldiçoada? Sim, pareço. - ela suspira.

- Não pegar sol me impede de ter muitas rugas. - Circe completa.

Maianne Ribeiro:
- Não, não parece. - diz. - Quantos anos vocês tem?
Suki:
- Trinta e dois.

- Eu não sei. - Ophelia dá de ombros.

Maianne Ribeiro:
- Trinta e-- não parece. - ele murmura, surpreso. - E como assim, não sabe,
Ophelia..?

Suki:
- Eu sei que não. - ela dá de ombros.

- Não sabendo, oras. Eu não conto, idade não importa quando se é imortal.

Maianne Ribeiro:
- ...quando se é o quê? - ele murmura, surpreso.

qualquersuki:
Suki:
- Quando se é imortal. - responde, rindo de leve. - Surpresa~

Maianne Ribeiro:
- Imor... imortal... - Ash sussurra, boquiaberto, encarando Ophelia. - Uma fae
poderosíssima, e... e imortal...

Suki:
- ...e linda, e sua namorada. Sim. - ela ri, piscando os seis olhos, encantadora.

Maianne Ribeiro:
Ele cora violentamente, soltando um risinho tímido.
- É. Minha namorada linda...

Suki:
Ophelia hesita.

- ...mesmo assim? - pergunta, erguendo as sobrancelhas.

Maianne Ribeiro:
- Mesmo assim. - ele assente com a cabeça. - É diferente, eu admito, mas só te faz
ainda mais linda.

Suki:
- Mesmo...? - insiste, tocando o rosto dele com uma das mãos.

Maianne Ribeiro:
- Mesmo. - diz, inclinando o rosto na direção da mão de Ophelia, carinhoso.

Suki:
- Me beija, então, se é verdade. - pede, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Com prazer. - ele sussurra, aproximando o rosto do dela para beijá-la,
carinhoso...

Suki:
E isso faz Ophelia estremecer perceptivelmente, segurando o rosto de Ash com as
duas mãos para beijá-lo, os dedos finos e longos tocando sua pele delicadamente.

Maianne Ribeiro:
"O toque dela é tão suave..." pensa, arrepiado, aproveitando o carinho.

qualquersuki:
Suki:
- Eu te amo... - sussurra, a voz mais suave, firme.

Maianne Ribeiro:
- Eu também te amo, Ophelia. Eu te amo muito... - sussurra, o olho ainda fechado, o
nariz tocando no dela.

Suki:
- Muito, muito mesmo. Seu amor enche o meu coração, e é incrível de sentir... -
diz, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Que bom que você consegue sentir. - ele ri, corando.

Suki:
- É indescritível. Eu nunca senti nada assim. - admite, boba, com um risinho.

Maianne Ribeiro:
- Vai sentir mais e mais, porque eu vou estar sempre por perto. - sorri.

Suki:
- Jura...? - pede, fechando os olhos

Maianne Ribeiro:
- Eu juro. - sorri, bobo. - Juro e prometo.

Suki:
- Obrigada. - sussurra, beijando-o mais uma vez.

Maianne Ribeiro:
"De nada..." pensa, o sorriso bobo no rosto enquanto retribuía o beijo.

Suki:
- Eu devia ter trazido uma câmera pra imortalizar isso e fazer um quadro. - Circe
diz, enfim, sorrindo.

Maianne Ribeiro:
O rosto de Ash cora violentamente, o rapaz afastando o rosto, sem graça.
- C-Circe..!

qualquersuki:
Suki:
- É verdade. Foi lindo, _é_ lindo. - diz, assentindo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- É, m-mas..! - ele resmunga, tímido.

Suki:
- Você tem vergonha do quanto ama a Ophelia? - pergunta, erguendo uma das
sobrancelhas.

Maianne Ribeiro:
- N-não, claro que não!

Suki:
- Então não fique assim. - reclama.
Maianne Ribeiro:
- Eu s-sou tímido, só i-isso, ora..!

Suki:
- Se você não é tímido para se declarar para ela, não tem que ser tímido para
assumir isso para o mundo. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- N-não é isso, eu não t-tenho problema de assumir..! - resmunga, corado.

Suki:
- A Circe só está te provocando, não se preocupe. - Ophelia ri baixinho

Maianne Ribeiro:
Ele resmunga outra vez, o rubor tendo subido até as orelhas.
- Ela adora me provocar...

Suki:
- Você sempre cai. - a artista suspira, negando de leve com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Hmpf. Você é difícil de ler.

qualquersuki:
Suki:
- E você é fácil. - ela dá de ombros.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei. Não sou muito complexo. - murmura.

Suki:
- Ser simples não é um defeito. - Ophelia quem diz.

Maianne Ribeiro:
- Depende de quem está do outro lado da conversa. - murmura, suspirando. - Tem quem
se aproveite.

Suki:
- Isso é um problema dessas pessoas. - Circe resmunga. - Mas no seu trabalho é
melhor quando não se é transparente, mesmo

Maianne Ribeiro:
- Eu sei. É por isso que eu nunca nem cheguei perto de ser o melhor da turma. - ele
diz, soltando um risinho triste. - Não que faça diferença, agora que eles querem me
matar, mesmo.

Suki:
- Você tem uma intuição incrível, e isso não se aprende. - Ophelia diz. - E eles
não vão conseguir te matar.

Maianne Ribeiro:
- Não, não vão. Eu vou destruir eles antes. - sussurra.

Suki:
- Nós vamos. - ela assente com a cabeça.

- Do amor ao ódio tão rápido. Que incrível. - Circe comenta.


Maianne Ribeiro:
- É um amor que virou ódio. - sussurra. - A família era tudo que eu tinha, e agora
nós sabemos quem eles são de verdade.

qualquersuki:
Suki:
- E agora você nos tem. - Ophelia diz, segurando a mão dele.

Maianne Ribeiro:
- ...É. Eu perdi o que tinha, mas ganhei algo novo. - murmura, afagando a mão dela
de leve. - Algo especial.

Suki:
- Melhor? - pergunta, esboçando um sorriso.

Maianne Ribeiro:
- Melhor. - ele sorri de volta.

Suki:
- Então valeu a pena. - e assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Valeu sim. - ele assente com a cabeça, aproximando o rosto do de Ophelia para
beijá-la.

Suki:
Isso a faz rir baixinho, colando os lábios aos dele carinhosamente

Maianne Ribeiro:
"Beijo bom..." pensa, bobo, aproveitando o carinho da fae.

qualquersuki:
Suki:
-=-

- Bom dia, dorminhoco. - Ophelia chama, já no meio da manhã, entrando no quarto de


Ash com uma bandeja de café.

Maianne Ribeiro:
- Ophelia..? - ele murmura, despertando devagar, a mão indo esfregar o rosto. -
Você devia estar descansando...

Suki:
- Eu estou quase boa, juro. - diz, depositando um beijo nos lábios dele.

Maianne Ribeiro:
- Tem certeza? Rápido assim..? - ele murmura, derretendo com o beijo.

Suki:
- Devorando o seu amor~? Claro que sim! - e ri, boba.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sabia que era tão rápido. - ele ri junto, sentando na cama. - O cheiro da
comida tá ótimo...

Suki:
- Não costuma ser, mas é muito amor envolvido. - provoca, beijando-o de novo.

Maianne Ribeiro:
Ele ri baixinho, retribuindo o beijo, bobo.
- É muito amor, mesmo... - sussurra, tateando com cuidado pra pegar a comida na
bandeja, começando a comer.

Suki:
- Precisa de ajuda? - pergunta, delicada, passando as pontas dos dedos pelo rosto
dele.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa... eu tenho que ir me acostumando. - Ash murmura, suspirando.

qualquersuki:
Suki:
- Tudo bem. Você tem um ponto. - ela assente com a cabeça, beijando-o de leve antes
de se servir.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado pela comida. E pelos beijos. - ele ri baixinho.

Suki:
- Eu sou sua namorada, não sou~?

Maianne Ribeiro:
- É, claro que é. - ri.

Suki:
- Então não precisa agradecer pelos beijos. - diz, piscando um dos olhos.

Maianne Ribeiro:
- Certo, certo. - ele ri baixinho. - Vou só aproveitar, então.

Suki:
- Boa ideia. - ela ri, se servindo de um pouco da comida, cuidadosa.

Maianne Ribeiro:
O rapaz apenas ri, saboreando a comida, satisfeito.
- Você é incrível. - murmura.

Suki:
- Eu sei. Mas obrigada ainda assim. - diz, sorridente.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele sorri, gentil. - A comida tava ótima, como sempre.

Suki:
- Eu sei. Mas obrigada mesmo assim. - repete, gargalhando em seguida.

Maianne Ribeiro:
Ash ri, bobo.
- Amo a sua auto estima.

qualquersuki:
Suki:
- E o que não tem pra amar em mim~? - provoca, balançando os cabelos de um lado
para o outro, ainda risonha.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. É pra amar por completo. - ri.
Suki:
- Concordo plenamente. - diz, boba, as bochechas corando de leve.

Maianne Ribeiro:
- E eu amo por completo. - ri.

Suki:
- E eu também te amo por completo. - murmura, beijando-o mais uma vez antes de
ficar de pé. - Comeu o suficiente?

Maianne Ribeiro:
- Comi sim, obrigado. - sorri.

Suki:
- De nada. Eu vou levar tudo pra cozinha, e lavar, antes de me deitar um pouco
mais. - e assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Mm. Eu vou... Estudar. - murmura. - Tem muito que eu preciso pensar sobre.

Suki:
- Se precisar dos meus livros, eles ficam no final do corredor, passando a escada e
o meu quarto. - explica, concordando com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Vou precisar, obrigado. - murmura. - Eu preciso aprender mais sobre faes.

Suki:
- Eu não tenho muito sobre eles nos meus livros, que eu saiba, mas... - murmura,
suspirando. - Eu posso te ajudar.

Maianne Ribeiro:
- Você precisa descansar. Depois. - murmura.

qualquersuki:
Suki:
Ela abre a boca para discutir, mas hesita.

- ...você tem razão. - ela ri de leve.

Maianne Ribeiro:
- Depois então. - ele ri baixinho. - Eu estudo o material que tem, por enquanto.

Suki:
- Quando eu acordar te encontro na biblioteca pra te ajudar. - responde.

Maianne Ribeiro:
- Certo. Obrigado, Ophelia. - sorri, bobo.

Suki:
- De nada, Ash. Posso passar na biblioteca pra te dar um beijo, quando terminar de
organizar a cozinha?

Maianne Ribeiro:
- Por favor. - ele ri, corando.

Suki:
- Tudo bem. Até daqui a pouco, então, querido. - e se afasta, levando a bandeja
consigo.
Maianne Ribeiro:
- ...querido... - ele ri, bobo, as bochechas coradas. O rapaz não demora a ir para
a biblioteca, mergulhando nos livros, sem sequer ver o tempo passar...

Suki:
E Ophelia não aparece, estranhamente, durante todo o tempo...

Maianne Ribeiro:
- ...a Ophelia não veio..? - ele franze a testa, já várias horas depois, enfim
percebendo a ausência da mulher. O rapaz se levanta, indo procuirar pela fae,
preocupado...

Suki:
E ele não a encontra em local algum, a confeitaria estranhamente vazia...

Maianne Ribeiro:
"...merda. Merda, merda, merda..!" pensa, correndo até a casa de Circe, preocupado.

qualquersuki:
Suki:
- O que-- Ah. - ela hesita, franzindo a testa ao ver Ash e sua expressão. - O que
aconteceu?

Maianne Ribeiro:
- Eu não consegui encontrar a Ophelia. - ele sussurra, preocupado. - Eu procurei a
casa toda.

qualquersuki:
Suki:
- Ela não saiu? Foi na floresta, ou na cidade? - pergunta, já se abaixando para
calçar as próprias botas.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sei, ela disse que ia me ver na biblioteca, mas não veio. - murmura,
preocupado.

Suki:
- ...ela não costuma sair sem avisar as visitas. - responde, mais alarmada.

Maianne Ribeiro:
- É, eu imaginei. - ele estremece. - Sabe onde procurar?

Suki:
- Pela floresta primeiro. Mas é melhor irmos juntos, e pedir ajuda ao Odin. - diz,
assentindo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- ...Odin? Quem é Odin? - pergunta, confuso.

Suki:
- Meu corvo. Ele é um dos antigos servos da Ophelia. - explica.

Maianne Ribeiro:
- Suponho que ele seja mágico, então. - murmura, assentindo com a cabeça.

Suki:
- Exato. - e assobia algumas vezes, o grito do corvo logo se fazendo ouvir entre as
árvores antes do pássaro surgir.
Maianne Ribeiro:
O rapaz olha para o alto, seguindo o voo do pássaro até que se aproximasse.
- Oi, Odin. - ele murmura, sério. - Nós precisamos da sua ajuda, a Ophelia sumiu.

qualquersuki:
Suki:
- Precisamos que você guie a gente pela floresta para tentar encontrar ela. -
explica, quando o corvo pousa em um de seus ombros.

- Ophelia! Ophelia! - ele grita, batendo as asas algumas vezes antes de levantar
vôo novamente e começar a guiá-los entre as árvores.

Maianne Ribeiro:
"Espero que ele ajude..." pensa preocupado, correndo atrás da ave.

Suki:
E o pássaro os guia entre as árvores, e logo Ash consegue perceber que aquela não
era uma floresta comum. Entre voltas e caminhos tortuosos, o ambiente ao redor
deles parecia se transformar: as folhas eram mais escuras, e o sol brilhava de uma
forma mais amena, entrando entre a copa das árvores e iluminando o lugar apesar da
hora.

E então, em uma dessas clareiras, Ophelia. Caída na grama, na forma fae, com um dos
braços visivelmente fraturado...

...e uma ametista em seu peito.

Maianne Ribeiro:
- OPHELIA! - ele exclama, o rosto perdendo a cor enquanto corria na direção da
mulher, amedrontado. - Não, não, não, Ophelia, não..!

"Eu não sei o que fazer..! Eu não sei lidar com magia!"

qualquersuki:
Suki:
Circe se aproxima pouco depois, amedrontada, o rosto pálido enquanto os passos
cambaleantes a levavam até a amiga.

- A-Ash...? - a fae sussurra, entreabrindo os olhos com dificuldade enquanto os


lábios se sujavam de sangue.

Maianne Ribeiro:
- E-eu. Sou eu, me diz como eu te ajudo, o que eu posso fazer..?! - o rapaz
pergunta, desesperado. Naquele momento, Ophelia pode sentir uma onda passando por
seu corpo, o sangue começando a fluir mais devagar...

Suki:
- Eu... P-pedir ajuda, eu... - ela balbucia, confusa, franzindo a testa de leve.

"O que está acontecendo...?"

Maianne Ribeiro:
- Pedir ajuda pra quem? Eu vou, eu chamo! A Circe também veio, e o Odin, precisa
mais alguém?

Suki:
- Odin. Odin. - sussurra. - Chamar por Gaia...
O corvo prontamente levanta vôo novamente, circulando o céu sobre Ophelia e Ash
enquanto gritava um ritmo específico que se repetia...

Maianne Ribeiro:
"Gaia..?" pensa, sem entender. Apesar disso, o rapaz segura a mão boa de Ophelia, o
movimento parecendo um tanto lento pra Circe, mas normal pra Ophelia.
- Vai... Vai ficar tudo bem... - sussurra.

Suki:
E logo a clareira se enche de animais um tanto curiosos, as criaturas humanóides de
vários tamanhos surgindo pouco depois.

- É a Ophelia...? - uma delas pergunta, baixinho, a voz um tanto doce e melodiosa


enquanto sua dona se escondia atrás de uma figura mais alta.

Maianne Ribeiro:
- É, é sim. Ela precisa de ajuda, por favor..! - pede, de imediato, se virando na
direção da voz.

Suki:
- De ajuda?

- A Ophelia precisa de ajuda?!

- O que aconteceu?! Eu não consigo ver!

- Ela foi atacada?! Ela foi atacada!

- Atacaram a Ophelia? Aqui?!

- ELA PRECISA DE AJUDA OU VAI MORRER! - Circe grita, a beira das lágrimas. - QUEM
SOUBER CURA, POR FAVOR, AJUDA!

Maianne Ribeiro:
- Nós não sabemos o que houve, mas o mais importante é cuidar da Ophelia, as
perguntas vêm depois! - exclama. - Por favor, eu imploro!

qualquersuki:
Suki:
- Um favor? Um favor pra Ophelia?! Não!

- Não, jamais, jamais!

- Um favor _pra mim_, então, andem logo....! - ela grita.

Maianne Ribeiro:
"Quê..?" pensa, confuso.
- Um favor pra nós, por nós! NÓS estamos pedindo!

Suki:
- E-eu faço. Eu faço. - a menina de antes diz, se aproximando a passos hesitantes.
Tal qual Ophelia, tinha três pares de olhos, com um diminuto par de asas aparecendo
em suas costas com escamas coloridas e reluzentes. - ...ela... Ela ainda está
viva...? - pergunta, hesitante.

- P-por pouco... - a própria fae diz, fraca.

Maianne Ribeiro:
- Por muito pouco, nós não temos tempo! Por favor! - ele pede outra vez, o choro
enfim transbordando.

Suki:
- T-tudo bem. D-desculpe, Ophelia... - choraminga, se aproximando para curar o
ferimento dela enquanto removia a ametista bastante devagar, o sangue voltando e
fluindo cada vez mais enquanto a mais velha se engasgava no líquido rubro...

Maianne Ribeiro:
"Merda, não, não..!" o rapaz pensava, desesperado. Como se respondendo aos desejos
dele, o sangue começa a fluir mais devagar, como se em câmera lenta...

qualquersuki:
Suki:
E isso faz os olhos de Ophelia encontrarem os dele, surpresa, antes que ela
voltasse a fechá-los pela dor. Assim longos minutos se passam, até que a ametista
esteja caída na grama ao lado da fae e não haja mais ferimento ou cicatriz em seu
peito, apenas o sangue que escorrera e manchara o chão ao seu redor.

- ...eu... e-eu achei que não fosse aguentar... - admite, a voz um mero sussurro,
enquanto ela tentava se sentar com uma expressão de dor. - Obrigada...

Maianne Ribeiro:
E assim que a pedra deixa o peito de Ophelia, a sensação de lentidão desaparece,
tudo parecendo voltar ao normal. Ash solta um suspiro de alívio, levando a mão ao
peito, trêmulo. "Ela vai ficar bem..." pensa, ajudando a fae a sentar.

Suki:
"Realmente foi ele...", pensa, esboçando um sorriso antes de levar uma das mãos aos
lábios, secando o sangue que os manchava.

- Frehani. - chama, ao que a pequena fae estremece dos pés à cabeça, empalidecendo
antes de fazer uma mesura profunda.

- S-sim, senhora!

Maianne Ribeiro:
"Os outros faes a temem..?" pensa, antes de encarar a pequena fae.
- Obrigado. Muito obrigado... - murmura.

Suki:
- ...um pedido. Qual o seu pedido? - pergunta, encarando a menor. - Qualquer um:
você conhece as regras.

- Q-qualquer um? N-não, de forma alguma, e-eu—!

- Eu sei que tem algo que você quer. Todos tem algo que querem.

Maianne Ribeiro:
- As... regras..? Que regras são essas..? - ele murmura, olhando de Ophelia pra
Frehani, sem entender.

Suki:
Ophelia ergue uma das mãos, pedindo que Ash esperasse enquanto continuava a encarar
a outra fae. Frehani, por sua vez, hesitava visivelmente, olhando ao redor enquanto
mordia o lábio inferior.

- ...uma... uma forma humana, senhora. - diz, bem baixinho. - ...tem uma moça que
sempre vai ao rio e eu a escuto cantar. Eu gostaria de poder me aproximar.
- Uma forma humana, então, dócil e bela como você. - Ophelia assente com a cabeça,
apoiando uma mão em um dos joelhos para ficar de pé, resmungando de dor.

qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
- O-Ophelia, cuidado..! - ele pede, apoiando a mulher com cuidado pra que ela não
fizesse força.

Suki:
- Obrigada. - murmura, se deixando apoiar, as pernas tremendo. Ela ainda respira
fundo uma, duas, várias vezes, recuperando parte do próprio fôlego e firmeza, antes
de começar a entoar algo em uma língua desconhecida, o corpo de Frehani sendo
completamente coberto pelas escamas multicoloridas...

Maianne Ribeiro:
"O que diabos... o que ela... como ela..?!" pensava, encantado com a magia que se
desdobrava diante de seus olhos.

qualquersuki:
Suki:
E então, uma por uma, as escamas começam a cair, revelando uma mulher jovem de
longos cabelos loiros e olhos azuis arredondados, as feições delicadas. No corpo,
um vestido branco sem cintura ou decote, a imagem bastante similar ao estereótipo
de um anjo.

- Está feito. - diz, a voz bastante rouca, o peito de Ophelia subindo e descendo
pesadamente, a respiração quente.

- O— - Frehani hesita, olhando ao redor antes de erguer as próprias mãos, uma bolha
de água surgindo entre elas para que a fae pudesse observar o próprio reflexo. -
Obrigada, senhora, obrigada...!

Maianne Ribeiro:
- ...uau... - ele sussurra, boquiaberto, impressionado com o poder da fae. A voz de
Ophelia o desperta, o rapaz notando o cansaço que aquilo gerara na mulher, puxando-
a mais pra perto de si. - Você não devia ter feito isso, você ainda não se
recuperou..!

Suki:
- Um... U-uma dívida é uma dívida... - sussurra, se agarrando em Ash para não ir ao
chão, as mãos trêmulas e frias.

Maianne Ribeiro:
- Você não precisava pagar agora..!

Suki:
- P-precisava. P-precisava sim... - sussurra, fraca.

Maianne Ribeiro:
- Não, não precisava..! E se você piorasse e precisasse de ajuda de novo?!

qualquersuki:
Suki:
- Uma dívida é... É uma dívida, Ash... - insiste.

- Vamos levar ela pra casa. - Circe murmura, pegando a ametista com o tecido do
vestido, cuidadosa.

Maianne Ribeiro:
Ele apenas nega com a cabeça, pegando a mulher no colo com cuidado.
- Vamos. Vamos pra casa. - sussurra, ainda preocupado...

Suki:
- O-obrigada, eu... E-eu não ia aguentar andar de volta... - geme, incomodada.

- Nós sabemos. Está bem óbvio. - Circe suspira.

Maianne Ribeiro:
- Descanso, por favor. Descanso por uns bons dias. - pede, preocupado.

Suki:
- Eu preciso abrir a confeitaria logo... - resmunga, baixinho. - As pessoas
precisam..

Maianne Ribeiro:
- Seus doces não vão ter a mesma qualidade se você não estiver bem. Seu descanso
também é pela confeitaria. - comenta.

qualquersuki:
Suki:
- ...golpe baixo. Gostei. - Circe diz, erguendo as sobrancelhas e arrancando um
risinho engasgado de Ophelia.

Maianne Ribeiro:
- Golpe válido. - ele diz, sem reprimir um risinho também.

Suki:
- Justo. Tudo vale no amor e na guerra. - concorda, pomposa, ainda carregando a
ametista no tecido do vestido.

qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
- Eu vou procurar na biblioteca sobre ametistas. Tem que ter algum motivo... - o
rapaz sussurra.

Suki:
- É... É um bom condutor mágico... - Ophelia explica, tossindo de leve com o
esforço.

- Sh Sh Sh shh. Deixe o seu namorado pesquisar, depois você ajuda.

qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
- Um bom condutor mágico, é..? Vou pesquisar sobre isso. - murmura. - Mas a Circe
está certa, eu vou investigar, e quando você melhorar, pode me ajudar.

Suki:
- Vou precisar dormir com vocês por alguns dias pra manter essa teimosa
descansando, visivelmente. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Sem probemas. Eu posso ficar no sofá, e você fica com a cama extra. - murmura.

Suki:
- Eu durmo na cama com a Ophelia, não se preocupe. - diz, desmerecendo a oferta
dele com um gesto de mão.

Maianne Ribeiro:
- T-tudo bem, tudo bem. - murmura. "Elas são só amigas, mesmo..."

Suki:
- É bom que posso garantir que ela não vai aprontar nada.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado, Circe. - suspira.

Suki:
- De nada, Ash. E de nada, Ophelia. - adiciona, antes que a fae pudesse dizer algo.

Maianne Ribeiro:
Ele ri baixinho, se divertindo com a relação das duas.
- Há quanto tempo se conhecem..?

Suki:
- Desde que eu era uma criancinha. - Circe explica, as memórias visivelmente
confortáveis pela expressão serena em sua face.

Maianne Ribeiro:
- Ah, é? Dá pra entender porque são amigas tão próximas. - sorri. - Amigas de
infância.

Suki:
- Da _minha_ infância. - Circe corrige.

Maianne Ribeiro:
- Da... Sua infância? A Ophelia já era adulta?

qualquersuki:
Suki:
Ela assente com a cabeça.

- Ela nasceu adulta. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Isso eu duvido. - ri.

Suki:
- Não duvide. Nasceu velha e coroada. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- De jeito nenhum..! - ri, negando com a cabeça.

Suki:
- Tudo bem, você venceu. Um raiozinho de sol desses tem que ter sido uma criança
encantadora em algum momento.

Maianne Ribeiro:
- Com cerreza... Uma criança bem fofa. - sorri. - Tenho certeza.

Suki:
- Adorável, sem dúvidas. - concorda.

Maianne Ribeiro:
Os três logo chegam até a confeitaria, Ash hesitando ao entrar.
- ...Circe, me ajuda a botar a Ophelia nas minhas costas? Pra eu poder enxergar
melhor a escada. - pede.
Suki:
- ...boa ideia. Vamos colocá-la em uma das poltronas, e aí eu ajudo ela a se
ajeitar nas suas costas.

qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
Ele assente com a cabeça, se aproximando da poltrona e colocando Ophelia sentada,
cuidadoso.
- Acha que consegue se segurar em mim? - pergunta, agachando na frente da poltrona.

Suki:
- Eu.. E-eu não sei... - admite, dando um risinho fraco, resmungando de dor ao
envolver Ash com os braços.

Maianne Ribeiro:
- Aguenta um pouco. Só um pouco. - diz, segurando os braços dela com firmeza antes
de levantar, mantendo o corpo curvado pra que Ophelia não precisasse fazer muita
força enquanto ele subia as escadas, devagar.

Suki:
E ele a escuta choramingar baixinho de dor, os braços tremendo com o esforço,e o
corpo bastante leve.

- Eu vou preparar comida. - Circe avisa, quando entram no quarto.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - murmura, deitando Ophelia na cama o mais rápido que podia, ofegante.
- Pronto. Agora... Agora descansa, tá..?

Suki:
- Você... V-você também... - pede, o olhar buscando o dele.

Maianne Ribeiro:
- Eu vou. Prometo. - murmura, sentando na beirada da cama.

qualquersuki:
Suki:
- D-deita... - pede, a mão buscando a dele.

Maianne Ribeiro:
O rapaz faz como ela pedira, se deixando levar e deitando ao lado dela, suspirando.

Suki:
- Descansa... - sussurra, encostando o rosto no braço de Ash, confortável e
sonolenta.

Maianne Ribeiro:
- Você também, por favor. - murmura, beijando a testa dela.

O rapaz não reprime um risinho, os olhos se fechando pra descansar. Ficaria horas
ali, ao lado de Ophelia, cochilando ocasionalmente, a mão afagando os cabelos dela
aqui e ali.

qualquersuki:
Suki:
E, no meio dessas horas, Circe aparece no quarto com uma bandeja, chamando o rapaz
baixinho.

- Ash. Ash...
Maianne Ribeiro:
- Circe..? - ele responde, virando o rosto na direção dela. - O que..?

Suki:
- Comida. - diz, sucinta, colocando a bandeja sobre a mesa de cabeceira, cuidadosa.
- Pra vocês dois. - adiciona.

Maianne Ribeiro:
- Ah. Obrigado. - ele esboça um sorriso, assentindo com a cabeça. O rapaz se vira
de volta pra Ophelia, dando um beijo em sua testa antes de se sentar, cuidadoso. -
Ophelia... Ophelia, acorda. A Circe trouxe comida...

Suki:
A fae resmunga baixinho, os pares de olhos se abrindo um após o outro enquanto ela
esboçava um sorriso.

- Comida da Circe...? - pergunta, a voz mais firme.

- Sim, a minha comida que você me ensinou a fazer. Para você e para o seu namorado.

Maianne Ribeiro:
-É. Obrigado, de novo. - o rapaz cora de leve, tímido, afagando os cabelos de
Ophelia.

Suki:
- Não precisa agradecer. - diz, suspirando de leve.

- Precisamos sim. Você tem cuidado muito bem de mim. - insiste, se sentando
devagar.

Maianne Ribeiro:
- Concordo com a Ophelia. - ele assente com a cabeça, sorrindo.

Suki:
- É o mínimo. - insiste.

- Eu não vou discutir. - a fae ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Vamos comer que é melhor, sim. - ele ri baixinho.

qualquersuki:
Suki:
- Eu já comi. - Circe diz, levando a bandeja para a cama. - Fiquem a vontade.

- Devia ter nos esperado.

Maianne Ribeiro:
- Concordo. É sempre melhor compartilhar uma refeição do que observar enquanto os
outros comem. - ele murmura, começando a comer.

Suki:
- Eu não me importo. - diz, tirando um caderno e um lápis do bolso do vestido. -
Posso?

- À vontade. - e assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- ...você vai desenhar a gente? - ele cora.

Suki:
- Posso? - insiste. - São só esboços para praticar.

Maianne Ribeiro:
- P... Pode. Pode sim. - responde, ainda um tanto sem jeito.

Suki:
- Obrigada. - ela sorri, voltando à seriedade conforme se perdia entre os próprios
rabiscos.

Maianne Ribeiro:
"Ela gosta muito de arte, não é..?" pensa, voltando a comer.

Suki:
E Ophelia faz o mesmo, suspirando baixinho de alívio com cada mordida e gole, os
seis olhos se fechando com as sensações...

Maianne Ribeiro:
- A comida está ótima. Obrigado. - sorri, satisfeito em ver que Ophelia parecia
gostar.

Suki:
- De nada. É um prazer. - diz, claramente distante, entretida com os próprios
desenhos.

Maianne Ribeiro:
- ...melhor não atrapalhar ela. - ele ri baixinho, mais pra si que pras outras.

qualquersuki:
Suki:
- Ela é assim mesmo. Quando se entretem com os desenhos vai pra um mundo só dela. -
Ophelia explica, encostando a cabeça no ombro de Ash.

Maianne Ribeiro:
- Faz sentido. Deve precisar de bastante concentração. - comenta, sorrindo.

Suki:
- Concentração eu não sei. Mas paixão com certeza, e isso ela tem de sobra. - diz,
suave.

Maianne Ribeiro:
- Dá pra ver o quanto ela ama arte, sim. - sorri.

Suki:
- É a razão de viver, pra ela.

Maianne Ribeiro:
- É tão importante assim..? - murmura, surpreso.

Suki:
Ophelia suspira, a expressão mais séria.

- Depois que os pais dela morreram, virou a única coisa que importa.

- E você. - Circe diz, erguendo o olhar para o casal antes de voltar ao que fazia.

Maianne Ribeiro:
- ...ah. Eu não sabia. - murmura. - Meus pêsames.

Suki:
- Já faz muitos anos. - ela suspira. - Eu não lembro direito deles.

Maianne Ribeiro:
- Mm... - ele murmura, assentindo com a cabeça. "Eu nem sei quem são meus pais. Nem
sei se importa, na verdade..." - E você desenha desde sempre?

Suki:
- Desde que me lembro por gente. - Circe concorda com a cabeça. - É a única coisa
que eu sempre tive.

Maianne Ribeiro:
- Mm... é como investigação pra mim, de certa forma. Eu te entendo.

Suki:
- Agora você tem muito mais. - Ophelia quem diz, beijando-o suavemente.

Maianne Ribeiro:
O rapaz estremece com o beijo, bobo, o sorriso se abrindo no rosto.
- Mm. Eu tenho você...

qualquersuki:
Suki:
- Melhor que qualquer investigação, certo~?

Maianne Ribeiro:
- Muito melhor. Não tem comparação. - ri.

Suki:
- Ótimo, assim alimenta meu ego. - e ri também, boba.

Maianne Ribeiro:
- Alimento o quanto quiser. - ele ri baixinho, beijando-a de novo.

Suki:
"Me alimenta por inteiro, então...", pensa, segurando o queixo de Ash delicadamente
enquanto retribuía.

Maianne Ribeiro:
"Essa mulher é incrível..." pensa, arrepiado. "...a Circe. Não na frente da
Circe..!" e cora, tímido, lembrando da presença da outra.

Suki:
- O que foi...? - pergunta, rindo baixinho, provocante. - Você tremeu.

Maianne Ribeiro:
- N-nada. Nada. - ele sussurra, o rosto mais vermelho ainda, desviando o olhar.

Suki:
- Eu sei que foi algo. - Ophelia provoca, tocando o rosto dele para fazer com que
Ash a encarasse.

Maianne Ribeiro:
- ...foi, mas... - e olha na direção de Circe, tentando disfarçar. "A gente tem
companhia, Ophelia..!"

Suki:
- Não fuja de mim~ - pede, envolvente, aproximando os lábios dos dele.

Maianne Ribeiro:
- O... Ophelia, a... a Circe... - ele sussurra baixinho, estremecendo, incapaz de
afastar o rosto.

Suki:
- Ela não vai atrapalhar, eu juro... - e ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Atra-- O-Ophelia, na f-frente dela..?! - pergunta, o rosto vividamente vermelho,
até as orelhas.

Após o almoço, Ash voltaria a se enfiar na biblioteca, se entretendo com os livros


em busca de mais informação. "Eu preciso saber mais sobre essa ametista, qualquer
coisa que possa ter a ver com o caso..!"

qualquersuki:
Suki:
E ele encontraria informações variadas sobre os usos mágicos da pedra, suas
propriedades...

...e suas origens.

Maianne Ribeiro:
O rapaz devorava as informações, mergulhado nos livros, anotando tudo que podia num
caderno. Enfim, ao ler sobre as possíveis origens da pedra, ele pausa, esboçando um
sorriso.
- É... é isso. Essa é a chave..! - ele sorri. - Se eu conseguir descobrir de onde
essas pedras vieram...

Ash fecha o caderno apressadamente, correndo pra procurar Ophelia...

Suki:
E a fae estava sentada na cama, apoiada em vários travesseiros e almofadas,
conversando em voz baixa com Circe enquanto a mulher a pintava...

Em um dos cantos, a pintura de Ophelia nua, abandonada, descartada...

Maianne Ribeiro:
O rapaz hesita, desviando o olhar da pintura, o rosto levemente corado.
- Ahem. Com licença, posso entrar..?

Suki:
- A vontade, Ash. - Ophelia diz, erguendo os olhos para encará-lo. - Encontrou
algo? - pergunta

Maianne Ribeiro:
- Ainda não, mas acho que sei onde encontrar. - diz. - Se eu conseguir descobrir de
onde vieram as ametistas, talvez eu consiga descobrir quem as conseguiu.

qualquersuki:
Suki:
- ...bom plano. - comenta, erguendo as sobrancelhas. - Não existem muitos lugares
próximos pra isso, e pedras perdem parte das propriedades quando se afastam do
berço, então...

Maianne Ribeiro:
- Então é hora de pesquisa de campo, eu acho. - ele ri, sem jeito. - Eu vou arrumar
minhas coisas pra ir amanhã. Já está tarde pra sair hoje.

Suki:
- Amanhã...? - pergunta, hesitante, se ajeitando na cama. - Eu... Eu vou junto. -
murmura, comprimindo os lábios.

Maianne Ribeiro:
- ...quê? Não, Ophelia, você ainda não se recuperou..!

Suki:
- Não importa. Eu não posso deixar você ir sozinho. - insiste.

Maianne Ribeiro:
Ele hesita, engolindo em seco.
- ...depois de amanhã. Mais um dia pra você melhorar, ao menos.

Suki:
- Tem certeza disso? Eu agradeço, é claro, mas não vai te atrasar demais? -
pergunta, passando uma das mãos pelos cabelos.

Maianne Ribeiro:
- ...eu me importo mais com o seu bem estar. - murmura.

Suki:
- Eu agradeço. - ela sorri, as bochechas corando de leve.

Maianne Ribeiro:
Ele sorri de leve, se aproximando pra afagar os cabelos de Ophelia.
- Eu te amo. - sussurra, gentil.

qualquersuki:
Suki:
- Eu também te amo, Ash. E como amo... - ela suspira, boba, esticando o pescoço
como se pedisse um beijo.

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, se inclinando pra beijá-la gentilmente, carinhoso...

Suki:
- Eu amo esse sabor... - ela murmura, abobalhada.

Maianne Ribeiro:
- Eu também amo o seu. - sussurra, o sorriso largo no rosto. - É o melhor sabor do
mundo.

Suki:
- Melhor que os meus pães...? - pergunta, rindo baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Não faz pergunta difícil, Ophelia. - ele brinca, risonho.

Suki:
- Ash...! - ela ri de novo, mais solta e mais alto.

Maianne Ribeiro:
- Foi uma brincadeira, juro..! - ri, balançando a cabeça.

qualquersuki:
Suki:
- Eu sei, e espero que continue sendo!

Maianne Ribeiro:
- Vai ser, vai ser. - ele sorri. - Eu amo seus beijos mais que tudo.

Suki:
- Eu não duvido disso nem por um instante. - diz, suave.

Maianne Ribeiro:
O rapaz cora de leve, o sorriso mais bobo no rosto. Enfim, ele parece lembrar da
presença de Circe, limpando a garganta, um tanto sem graça.
- A-ah, sim. Circe, você vai ficar bem sem a Ophelia..?

qualquersuki:
Suki:
- É claro que não. Eu vou com vocês. - diz, impassível.

- Isso pode envolver trilhas e rapel, Circe.

- Eu vou com vocês. - insiste.

Maianne Ribeiro:
- ...você tem certeza? Pode ser perigoso. - ele franze a testa, preocupado.

Suki:
A mulher o encara sem mudar a própria expressão, piscando lentamente como se o
desafiasse a continuar.

Maianne Ribeiro:
Ash estremece, engolindo em seco.
- T... tudo bem. Tudo bem. Depois de amanhã nós partimos.

Suki:
- Ótimo. Ideal sairmos antes do sol nascer completamente. - diz, enfim voltando a
encarar Ophelia.

Maianne Ribeiro:
- C-certo, certo. Podemos passar o dia amanhã arrumando tudo e garantindo que temos
o que precisamos.

Suki:
- Eu vou perguntar na floresta se sabem de algum portal próximo aberto. - Ophelia
assente com a cabeça. - É incomum nessa época, mas pode acontecer.

Maianne Ribeiro:
- Algum... Portal? - ele pergunta, curioso.

Suki:
- Algumas vezes aparecem distorções na magia em lugares aleatórios. - Ophelia
explica. - Todas elas levam pro mesmo lugar, e de lá podemos ir para outras.

Maianne Ribeiro:
- Que interessante. - o rapaz murmura. - E nós podemos usar isso pra nos
movimentarmos mais rápido?

Suki:
Ela assente com a cabeça.

- Mas às vezes podemos ir parar mais longe do que gostaríamos. - explica.


Maianne Ribeiro:
- ...entendi. Tem como saber pra onde o portal vai levar?

qualquersuki:
Suki:
- Um pouco. Mas se eles começarem a se fechar, o ideal é sair no mais próximo. E
aí... Bom, aí não dá. - ela ri de leve, como se o perigo a empolgasse.

Maianne Ribeiro:
- Isso parece bem arriscado. - ele murmura, estremecendo.

Suki:
- Bastante. Mas também podem nos salvar em uma emergência.

Maianne Ribeiro:
- ...é, isso é verdade. É um jeito de fugir pra longe, e bem rápido. - murmura.

Suki:
- Impossível de rastrear, também. - ela assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Melhor ainda. - sorri. - Vai ser bem útil, então.

Suki:
- Isso é empolgação ~? - pergunta, rindo baixinho.

Maianne Ribeiro:
- ...um pouco. - ri. - Eu estou curioso, e animado com a possibilidade de conseguir
progresso na investigação.

Suki:
- Você é muito aventureiro mesmo, como um bom detetive. - ela ri, piscando os pares
de olhos um por um. - Eu não esperava menos.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - ele cora, sem graça. - Eu faço o meu melhor, só isso.

qualquersuki:
Suki:
- O seu melhor é muito. - Ophelia insiste, beijando-o de leve.

- Você é um detetive e tanto, preciso concordar.

Maianne Ribeiro:
- É-é claro que não, ora... - ele murmura, ainda mais tímido.

Suki:
- Você descobriu uma conspiração de anos numa família renomada de detetives, Ash.
Isso não é pouca coisa.

Maianne Ribeiro:
- Eu caí nisso por acidente. - ele murmura. - Eu só dei sorte de continuar vivo.

Suki:
- Você poderia nunca ter insistido em continuar a investigação. Ter aceitado que
não havia nada de errado.

Maianne Ribeiro:
- Impossível. Era claro que havia algo a mais ali, eu precisava descobrir!

Suki:
- Isso é ser um bom investigador, Ash. - Ophelia ri de leve.

Maianne Ribeiro:
O rapaz cora, sem graça, desviando o olhar.
- B-bem... e-eu acho...

Suki:
- E eu tenho certeza. - a fae insiste.

Maianne Ribeiro:
- ...obrigado. - ele sussurra, ainda bastante tímido.

Suki:
- Você precisa de mais auto confiança. - Circe quem diz. - Um vinho daqueles cairia
bem pra ele, Ophelia.

- Talvez. - ela ri. - Talvez.

Maianne Ribeiro:
- Um vinho..? O que tem o vinho a ver com isso? - pergunta.

qualquersuki:
Suki:
- É um vinho mágico, como todo o resto que eu faço. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Ah. - ele ri sem graça. - Entendi. Ajuda com autoconfiança..?

Suki:
- Exatamente. Mas como todos os outros, o efeito é temporário.

Maianne Ribeiro:
- Eu posso andar bêbado por aí. - diz. - ...É brincadeira, claro.

Suki:
- Pode não ser. - Ophelia pisca.

Maianne Ribeiro:
- Q-que? Não, Ophelia, é perigoso..! - ele cora.

Suki:
- Não muito, depende de que tipo de bêbado estamos falando~

Maianne Ribeiro:
- Como assim, "que tipo de bêbado"? - o rapaz pergunta, confuso.

qualquersuki:
Suki:
- Nem todo vinho te embebeda. Ao menos nem todos os meus. - explica, rindo
baixinho.

Maianne Ribeiro:
- ...mesmo? Você faz vinhos sem álcool? - murmura, um pouco mais curioso. - Nesse
caso...

Suki:
- Magia me permite fazer o que eu quiser, como quiser. - e sorri. - Vou fazer um
pra nós, mais tarde.

Maianne Ribeiro:
- Eu ia falar "espero que funcione", mas bem, é você quem vai fazer. Com certeza
vai funcionar. - ri.

Suki:
- Vai ser interessante ver a sua versão confiante. - Circe comenta.

Maianne Ribeiro:
- Nem eu conheço minha versão confiante. - ri, sem graça.

Suki:
- Vai ser interessante ver. - insiste.

Maianne Ribeiro:
- Vai, eu acho. - ele esboça um sorriso. - Obrigado.

Suki:
- De nada. - Ophelia quem diz, sorridente, visivelmente empolgada

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, bobo, aproximando o rosto para beijá-la.
- Eu te amo...

Suki:
- Eu também te amo... - sussurra, estremecendo e abrindo um sorriso com o beijo.

Maianne Ribeiro:
Ele sorri, afagando o rosto dela.
- Eu vou começar a pesquisar lugares que podemos visitar, e organizar uma rota pra
gente. Temos mais de um dia inteiro pra nos prepararmos, a melhor coisa que fazemos
é usar esse tempo sabiamente.

qualquersuki:
Suki:
- Você é a melhor pessoa pra isso, entre nós três. - Ophelia diz. - Eu posso ajudar
com mapas e rotas, mas só.

Maianne Ribeiro:
- Pode deixar comigo. - ele sorri. - Eu vou montar uma lista de coisas que
precisamos levar, também, e amanhã nós podemos ir atrás de tudo que estiver em
falta.

qualquersuki:
Suki:
- Isso é uma ótima ideia. Sair preparados para qualquer possibilidade. - murmura,
assentindo com a cabeça.

- Eu posso ir na cidade amanhã resolver isso. - Circe diz.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. Se precisar de ajuda, eu posso acompanhar. - ele assente com a cabeça.

Suki:
- Prefiro não deixar você e nem a Ophelia sozinhos. Eu posso ir. - ela responde,
negando de leve com a cabeça.
Maianne Ribeiro:
- Tudo bem, sem problemas. - ele murmura. - Eu fico arrumando as coisas por aqui.

Suki:
- Melhor assim. - concorda. - Eu providencio tudo que faltar.

Maianne Ribeiro:
- Resolvido. Obrigado, Circe. - sorri.

Suki:
- De nada, Ash. Eu cuido de tudo.

Maianne Ribeiro:
- Cada um cuida de uma parte. - sorri.

Suki:
- E a Ophelia cuida de descansar.

- Circe...! - reclama.

Maianne Ribeiro:
- A Circe está certa, você ainda precisa se recuperar. - ele suspira.

Suki:
- Eu não estou inválida. - reclama.

Maianne Ribeiro:
- Não está, mas pode focar em tarefas mais simples, que precisem de menos esforço.
- murmura.

qualquersuki:
Suki:
- Como fazer comidas e poções. - Circe diz.

- ...não tenho como discutir com isso, por mais que eu queira.

Maianne Ribeiro:
- Então não discuta. - ele ri baixinho, afagando os cabelos dela. - Por favor.

Suki:
- Eu não vou perder o meu tempo e o de vocês, não se preocupem. - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - ri, beijando-a de leve, carinhoso. - Eu preciso voltar à biblioteca
pra pegar mais informações, mas quando terminar eu venho fazer companhia pra vocês.

Suki:
- Vou aguardar ansiosamente. Mas na cozinha. - Ophelia ri. - Preciso fazer uma
lista de ingredientes.

Maianne Ribeiro:
- Na cozinha, então. Eu vou pra lá assim que terminar. - sorri.

Suki:
- Até depois, então, amor~ - provoca.

Maianne Ribeiro:
- ...amor... - ele sorri, bobo, se afastando. "É tão gostoso ouvir ela falando
assim..."
Suki:
"O sabor dele assim é tão bom...", pensa, fechando os olhos para apreciar os gostos
que o coração de Ash deixavam para trás...

Maianne Ribeiro:
Ash levaria algumas horas pra enfim aparecer na cozinha, trazendo consigo não
apenas o próprio diário, mas também um mapa que encontrara na biblioteca.
- Desculpa a demora. - ela murmura, sem jeito. - Eu acabei me envolvendo demais nos
livros.

qualquersuki:
Suki:
- Eu imaginei. - Ophelia ri, preparando algumas flores e folhas em uma vasilha,
cuidadosa. No ar, um cheiro adocicado tentador e entorpecente, vindo da panela que
Circe mexia... - Esse mapa ainda existe? Uau!

Maianne Ribeiro:
- Eu achei em meio a alguns livros. - ele murmura, estremecendo com o cheiro doce.
- O que vocês estão fazendo?

Suki:
- O vinho. - Circe quem diz, sem tirar os olhos do que fazia.

- Abra o mapa aqui e me deixe olhar bem para ele. Talvez esteja desatualizado.

Maianne Ribeiro:
- Provavelmente está. - diz, se aproximando com o mapa. - ...o cheiro do vinho está
delicioso, por sinal.

Suki:
- Imaginei que estaria. Ainda mais porque você nunca o sentiu antes. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- É, eu ainda vou precisar me acostumar. - ele ri, sem graça.

Suki:
- E experimentar todas as possibilidades, até lá. - Ophelia diz, empolgada.

Maianne Ribeiro:
- Possibilidades? Possibilidades do quê? - pergunta, curioso.

Suki:
- De comidas e bebidas e efeitos, é claro!

Maianne Ribeiro:
- A-ah, sim, claro. - ele ri, sem graça. - Bem, eu estou disposto a experimentar,
sim. Vai ser interessante, no mínimo.

Suki:
- E vai render ótimas histórias, eu tenho certeza~

Maianne Ribeiro:
- Só espero que não sejam histórias embaraçosas. - e cora, tímido.

Suki:
- Ainda vão ser divertidas, se for o caso~! - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- P-pra você, não pra mim! - exclama, corando ainda mais.

qualquersuki:
Suki:
- Para nós. - Circe corrige.

Maianne Ribeiro:
- E-exatamente, pras duas!

Suki:
- Somos maioria, e portanto nós decidimos. - Ophelia ri.

Maianne Ribeiro:
- Ai, ai... não façam eu me arrepender disso. - suspira.

qualquersuki:
Suki:
- Você não vai, eu juro. Até porque nós nunca ficaríamos rindo _de_ você.

Maianne Ribeiro:
- ...É. Vocês não fariam isso. - ele esboça um sorriso.

Suki:
- Rir _com_ você, por outro lado... - a fae adiciona, empolgada.

Maianne Ribeiro:
- Eu aceito mais riso na minha vida. - e ri baixinho.

Suki:
- Então vamos experimentar muitas coisas juntos. - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Vamos, vamos sim. Como o vinho. - ri.

Suki:
- Faremos um brinde ao melhor detetive de Kharsin!

Maianne Ribeiro:
- Eu não sou o melhor detetive de Kharsin..! - ele cora.

Suki:
- É, é sim! E o melhor detetive daquela academia também!

Maianne Ribeiro:
- D-de modo algum, eu nunca fui o melhor de lá..! - exclama, sem graça.

qualquersuki:
Suki:
- Visivelmente é, porque foi o único que não seguiu as ordens deles. - e dá de
ombros.

Maianne Ribeiro:
- N-não segui, mas... Nós tínhamos as provas, as avaliações, eu sempre fui
mediano...

Suki:
- Você ainda confia naquela instituição? - pergunta, negando de leve com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- N-não é bem isso, é... B-bem, as provas eram objetivas... - sussurra, sem jeito.

Suki:
Ophelia o encara, cruzando os braços enquanto dava um sorriso vitorioso, esperando
que Ash tentasse argumentar.

Maianne Ribeiro:
- Ophelia..! - ele cora.

Suki:
- Imaginei que você não teria nada a dizer. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- ...n-não tem muito a argumentar, mesmo. - sussurra, sem graça.

Suki:
- Porque você está errado. Certo~?

Maianne Ribeiro:
- C... c-certo. - murmura.

qualquersuki:
Suki:
- Ótimo. - Ophelia ri.

- Está pronto.

- Oh. - Venha, venha, traga pra mesa! - pede, empolgada.

Maianne Ribeiro:
- Não sei se me empolgo ou se fico com medo. - ele ri, sem jeito, acompanhando as
duas.

Suki:
- Dá pra sentir os dois. - Ophelia ri, abrindo espaço na mesa para que Circe
trouxesse a panela. Assim que a alcança, a fae começa a misturar as ervas e flores
no líquido, o aroma doce inebriante por si só.

Maianne Ribeiro:
- Isso é verdade. - o rapaz ri, o cheiro do vinho fazendo-o estremecer. "É bom
demais..!"

Suki:
- Aqui. - Ophelia diz, passando o líquido ainda quente por uma peneira para servi-
lo em uma caneca para Ash. - Cuidado, ainda está quente.

Maianne Ribeiro:
O rapaz respira fundo, numa tentativa de se acalmar, mas acaba por ficar mais
entorpecido, apenas.
- A vontade é de beber de vez... - sussurra, tomando um gole pequeno.

Suki:
- Você pode, mas eu não recomendaria. - ela ri baixinho. - Até porque ia queimar a
sua boca toda.

Maianne Ribeiro:
- Com certeza. - ele ri, sem graça. - Tá bem quente, mas tá uma delícia... Vocês
não vão beber?
Suki:
- Não faz efeito em mim, mas eu aprecio o sabor. - Ophelia assente com a cabeça,
servindo uma caneca para si. - A Circe... bom, ela fica um pouco megalomaníaca
quando bebe, então melhor não.

Maianne Ribeiro:
- Megalomaníaca? Mais? - o rapaz provoca, tomando outro gole.

Suki:
- Eu sou narcisista, não megalomaníaca. - Circe quem responde, falsamente ofendida.

Maianne Ribeiro:
- Desculpe, confundi os conceitos. - brinca, risonho.

qualquersuki:
Suki:
- Perdoado. Eu sou uma nobre piedosa. - retruca, pomposa.

Maianne Ribeiro:
- Muito obrigado, ó lady Circe~

Suki:
- Bom garoto. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Sim, senhora. - brinca, tomando outro gole.

Suki:
- Talvez eu não goste da ideia de você chamar a Circe de senhora. - Ophelia brinca,
risonha.

Maianne Ribeiro:
- Desculpa, foi uma brincadeira..! - ele ri, mais solto.

Suki:
- Eu sei que foi, a minha também, mas ainda assim~!

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem, não chamo mais, juro. - ri.

Suki:
- Prefiro assim. - e assente com a cabeça, risonha.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa ter ciúmes, eu juro. - ri.

Suki:
- Eu não costumo ser ciumenta, mas não consigo evitar nesse caso. - admite, as
bochechas corando.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa, mesmo. Eu só tenho olhos pra você. - sorri

Suki:
- E eu só tenho olhos pra você. Todos os seis. - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Todos os seis. - ele repete, bobo. - Sabe, você é ainda mais linda nessa forma
natural. É incrível.
qualquersuki:
Suki:
Isso faz Ophelia rir baixinho, o rosto bastante vermelho.

- Obrigada. Minha forma humana é uma obra de arte, mas a verdadeira é


indescritível. - admite, afofando os cabelos crespos. - Eu sou uma rainha que
merece ser admirada.

Maianne Ribeiro:
- De fato, não é mentira alguma. - ele ri, corando.

qualquersuki:
Suki:
- E eu preciso de alguém que me acompanhe neste trono de ouro em que eu resido,
certo~?

Maianne Ribeiro:
- Só espero ser digno de estar ao seu lado. - ele diz, se curvando, teatral.

Suki:
- Você é. - murmura, suspirando apaixonadamente em seguida, antes de tocar o queixo
dele e guiar os lábios de Ash de encontro aos próprios.

Maianne Ribeiro:
O rapaz a beija, carinhoso, o gosto do vinho se misturando aos dos lábios.
- Delicioso... - sussurra.

Suki:
- Como você~? - pergunta, rindo baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Como eu. - ele ri baixinho, corado. - E você.

Suki:
- Como nós~ - sussurra, beijando-o novamente.

Maianne Ribeiro:
Ele apenas ri, retribuindo o beijo antes de tomar outro gole do vinho, bobo. "Dá
vontade de beber o dia todo, mas..."
- Ok, eu já enrolei demais. Preciso voltar a estudar esse mapa e traçar nossa rota.
- Ash ri de leve.

Suki:
- Ótima ideia. - Ophelia assente com a cabeça. - Precisamos nos planejar!

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. - ele assente com a cabeça, esvaziando o copo de vinho antes de abrir
o mapa sobre a mesa. - Eu anotei as localizações de algumas áreas de minério e
lojas do ramo, falta transpor para o mapa.

qualquersuki:
Suki:
- Acho que é uma ótima hora pra isso, então. - diz, erguendo as sobrancelhas com o
gesto dele. - Até porque precisamos planejar a nossa rota.

Maianne Ribeiro:
- Isso mesmo. Marcando tudo no mapa, a gente consegue traçar a rota. - Ash sorri. -
Espero que não se importe que eu risque o mapa~
Suki:
- Não, não me importo. Ele já é bem antigo, é uma boa desculpa para eu providenciar
um novo. - Ophelia ri.

- Eu posso fazer um novo com imagens digitais de referência. - oferece.

Maianne Ribeiro:
- Pra uma próxima aventura, seria ótimo. - ele ri de leve, começando a marcar os
lugares no mapa, atencioso, tomando referência nas notas que fizera.

Suki:
- Isso significa que teremos outras? - pergunta, empolgada, os seis olhos
prontamente acompanhando as mãos de Ash.

- Não vejo por que não. Podemos abrir uma agência independente de investigação
aqui.

Maianne Ribeiro:
- Ótima ideia. Eu posso ensinar pra vocês o que eu aprendi, também, e podem virar
minhas assistentes~ - diz, risonho.

Suki:
- Eu adoraria um pouco mais de adrenalina, tenho que admitir. - a fae diz,
empolgada.

- Acho que não faria mal, mesmo.

Maianne Ribeiro:
- Resolvido. Vou abrir minha própria academia, e vai ser melhor que a do Tirano!

Suki:
- À nova academia de Kharsin! - Ophelia gargalha, servindo mais canecas de vinho.

Maianne Ribeiro:
- À nova academia de Kharsin! - ele ri, brindando com as duas antes de tomar um
longo gole.

Suki:
- Vou participar da festa. - Circe diz com um suspiro, bebendo alguns goles da
própria bebida.

Maianne Ribeiro:
- Só um pouco, porque a Ophelia já avisou dos riscos. - Ash brinca.

qualquersuki:
Suki:
- Eu bebo quanto eu quiser, pivete. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Ih, já fez efeito. - provoca.

Suki:
Circe o encara, bastante séria, quase ameaçadora, como costumara fazer outras
vezes.

Maianne Ribeiro:
- ...parei, parei. - ele murmura, desviando o olhar. "Ela vai arrancar minha cabeça
se eu continuar."
Suki:
- Você precisa beber mais. - Ophelia provoca, acotovelando a amiga de leve para
repreendê-la.

Maianne Ribeiro:
- Tô bebendo, ora. Só tenho bom senso!

Suki:
- Beba mais. - provoca, empurrando a caneca de Ash na direção dele.

Maianne Ribeiro:
- Sim, senhora. - ele provoca de volta, tomando outro longo gole da caneca,

Suki:
- A Circe não morde. - e ri, boba, afagando a mão do namorado carinhosamente.

Maianne Ribeiro:
- Não morde você, eu tenho medo por mim. - brinca.

Suki:
- Definitivamente você precisa beber mais. - e ri.

- Ele não _ousaria_ me enfrentar. - Circe suspira, neutra, como se fosse óbvio.

Maianne Ribeiro:
- Claro que não ousaria, tenho bom senso!

qualquersuki:
Suki:
- Continuemos assim, então. - ela assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - ele ri baixinho, tomando mais um gole do vinho. - Eu podia beber isso
todo dia, o dia inteiro...

Suki:
- Eu não consigo produzir tanto tão rápido assim, mas posso preparar um pouco pra
cada dia. - Ophelia oferece.

Maianne Ribeiro:
- Eu aceito, se não for te dar trabalho demais.

Suki:
- Trabalho, sim, demais, não. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Então aceito, e ajudo no que der!

Suki:
- Assim fica mais fácil!

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. - ele ri, beijando Ophelia, bobo. - Mais mapa~?

Suki:
- Mais mapa, sim! Precisamos traçar tudo e avaliar tudo o que pode e deve ter
mudado nos caminhos.
qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
- E amanhã, compras. E depois, aventura!

Suki:
- Aventura, investigação, mistério! - Ophelia ri, empolgada.

Maianne Ribeiro:
- Tudo pra achar a verdade e derrubar aquele Tirano de merda!

Suki:
Isso faz Ophelia dar um gritinho empolgado, gargalhando e batendo palmas.

- Exatamente!

Maianne Ribeiro:
Ash ri, bobo, assentindo com a cabeça antes de voltar ao mapa, empolgado, marcando
os vários lugares que descobrira e começando a traçar a rota entre eles, discutindo
com Ophelia e Circe o melhor jeito de viajar...

Suki:
- Trouxe tudo o que você pediu, Ophelia.

Já era o dia seguinte, e Circe entrava na cozinha com várias bolsas nos braços,
recheadas de coisas diferentes entre ingredientes e chegando até mesmo a materiais
de construção, a fae erguendo o rosto para encará-la ao ouvir sua voz.

- Achei que fosse demorar mais. - diz, enfim de volta à forma humana, apesar de
ainda claramente cansada. - Vem, eu preciso terminar essas poções ainda hoje.

Maianne Ribeiro:
- Precisa de ajuda com alguma coisa? - Ash pergunta, já ajudando Ophelia. Tinha
passado o dia ao lado da mulher, deixando que Circe cuidasse das compras.

qualquersuki:
Suki:
- Vou precisar, pra separar e arrumar tudo nas mochilas de viagem. - ela assente
com a cabeça.

- Ash é expert em organização. Deixe os ingredientes aqui, para que eu possa


adiantar as poções, e ajude ele com isso.

Maianne Ribeiro:
- Deixa comigo. - ele sorri, dando um beijinho em Ophelia antes de se aproximar de
Circe. - Como foram as compras?

Suki:
- Tranquilas. Como sou eu, ninguém questionou as razões, só julgou em silêncio. -
diz, neutra.

Maianne Ribeiro:
- ...é uma vantagem. - ele ri baixinho, começando a separar as compras.

Suki:
- Não vamos matar ninguém, nem cometer nenhum crime. Não faz diferença. - ela
suspira.

Maianne Ribeiro:
- Muito pelo contrário, vamos impedir que mais crimes venham a acontecer. - ele
sorri.

Suki:
- Muito mais. - e assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, assentindo com a cabeça.
- Eu não conseguiria sem vocês. Obrigado.

Suki:
- Nós somos um time, agora. - a fae ri.

- Feliz ou infelizmente. - Circe adiciona.

Maianne Ribeiro:
- Felizmente, é claro. Vocês são incrívels. - sorri.

Suki:
- Você também, Ash. É um achado e tanto. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Não é pra tanto. - ele ri, corando de leve.

Suki:
- Pra mim é ainda mais. - Ophelia insiste.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - o rapaz murmura, esboçando um sorriso, bobo. - Qando você diz, eu
consigo acreditar.

qualquersuki:
Suki:
- Porque faes não mentem. - diz, indo até ele para beijá-lo suavemente.

Maianne Ribeiro:
- Mm... - ele sorri, beijando a mulher de volta, carinhoso. - Eu te amo, Ophelia...

Suki:
- Eu também te amo, Ash. - sussurra, depositando mais um beijo nos lábios dele
antes de voltar para o próprio lugar, começando a organizar as compras que Circe
trouxera.

Maianne Ribeiro:
O rapaz solta um riso baixinho, bobo, voltando a organizar as mochilas.
- Estou colocando as coisas mais pesadas pra mim, mas no geral vai ficar bem
equilibrado. - comenta. - Todo mundo vai ter o básico de tudo.

Suki:
- Eu aguento algum peso também. - Circe diz, erguendo o olhar para ele. - Passei
anos carregando cavaletes e telas e tintas para cima e para baixo.

Maianne Ribeiro:
- O peso está bem distribuído, eu prometo. - sorri. - Não vou me sobrecarregar.

Suki:
- Obrigada, Ash. Melhor assim. - Ophelia concorda.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sou tão forte assim de querer carregar tudo. - ele ri baixinho. - Não se
preocupe.

qualquersuki:
Suki:
- Eu sei que não, mas ter pensado em garantir que todos nós tenhamos um pouco de
tudo não é pra qualquer pessoa. - insiste.

Maianne Ribeiro:
- É questão de preparo, apenas. - ele sorri. - Todos nós precisamos estar
preparados, certo?

Suki:
- Todos preparados pra tudo. - e assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. - sorri. - Essa aventura não é um passeio, definitivamente.

Suki:
- Não, não mesmo.

- Mas isso não vai me impedir de fotografar e apreciar, quando possível. - Circe
quem diz.

Maianne Ribeiro:
- ...bem, não é má ideia. - ele ri baixinho. - Podemos aproveitar no que der.

Suki:
- Não que esses lugares sejam bonitos, mas os caminhos indo ou voltando podem ser.
- murmura.

Maianne Ribeiro:
- Mm, com certeza. - sorri. - Prontas, então?

Suki:
- Plenamente.

- Podemos partir pouco antes do amanhecer, sendo assim. - Ophelia quem diz. -
Quando começar a iluminar.

Maianne Ribeiro:
- Resolvido. - sorri. - Vamos tomar o resto do dia pra descansar, e dormir cedo
também.

qualquersuki:
Suki:
- Eu vou terminar de preparar as poções e as comidas e deito em seguida. - a fae
concorda.

Maianne Ribeiro:
- Precisa de ajuda? - Ash pergunta, atencioso.

Suki:
- Não, mas obrigada por se oferecer. - e sorri. - É só um trabalho repetitivo,
mesmo.

Maianne Ribeiro:
- Faço so companhia, então. - ri.

Suki:
- Ah, isso eu sempre quero. Ao menos a sua. - ri, boba, as bochechas corando de
leve.

Maianne Ribeiro:
- Então teremos. - ele ri baixinho, bobo, se aproximando pra dar um beijo na fae.

Suki:
- Obrigada, Ash. - murmura baixinho, dando uma risada no mesmo tom quando Circe
pigarreia.

Maianne Ribeiro:
O rapaz cora, sem jeito.
- D-desculpe.

Suki:
- Não precisa se importar com ela. - Ophelia insiste.

Maianne Ribeiro:
- É difícil. - ele ri, sem graça. - Mas estou tentando, juro.

Suki:
- Eu sei. É difícil ignorar os olhares assassinos, mas você uma hora vai se
acostumar, tenho certeza. - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Não sei como você consegue. - ele ri baixinho.

qualquersuki:
Suki:
- Eu a conheci quando ela ainda era indefesa. Pra mim é difícil vê-la como uma
ameaça. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- ...eu ainda não me acostumei a pensar que você é muito mais velha que eu. - ele
ri baixinho, sem graça.

Suki:
- Mais que uma idosa. - e assente com a cabeça

Maianne Ribeiro:
- Mas você ainda é jovem como fae, imagino. - comenta.

Suki:
- Faes são sempre jovens. - Ophelia pisca um dos olhos.

Maianne Ribeiro:
- Eternamente? - ri.

Suki:
- Sempre significa sempre, Ash. - ela também ri.

Maianne Ribeiro:
- Já entendi. - ele ri, bobo. - Afazeres, então?

Suki:
- Vamos. Vou te colocar pra encher algumas garrafas, já que você quer tanto ficar
perto e ajudar. Que tal~?

Maianne Ribeiro:
- Tuuuudo bem, deixa comigo. - ele ri, bobo.

Suki:
- Venha, então. - chama, a voz suave.

Maianne Ribeiro:
- Sim, senhora. - ele ri baixinho, dando um beijo na mulher e acompanhando-a.

qualquersuki:
Suki:
- Aqui. Esses frascos são para essas poções. - explica, mostrando tudo devidamente
separado e organizado. - Eu fiz as misturas mais potentes pra otimizar espaço.

Maianne Ribeiro:
- Ah, isso vai facilitar bastante. Boa ideia. - sorri.

Suki:
Ophelia assente com a cabeça.

- Eu viajava com muito pouco. - explica. - Aprendi a fazer e carregar só o


necessário.

Maianne Ribeiro:
- Faz sentido. - ele murmura. - Eu não costumo viajar muito... ao menos não assim,
como uma expedição.

Suki:
- ...É bem diferente de viajar com um destino único, mesmo.

Maianne Ribeiro:
- Acho que é por isso que estou tentando me preparar tanto... é algo novo,
desconhecido. - murmura.

Suki:
- Pra todos nós. - murmura.

- Falem por vocês. - Circe dá de ombros.

Maianne Ribeiro:
- Você já viajou assim antes? - Ash pergunta.

Suki:
- Algumas vezes buscando inspiração. - ela assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Você vai ser nossa guia, então. - brinca.

Suki:
- Não é difícil quando você sabe se encontrar na natureza.

- Então vai ser fácil, fácil. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sei, vou precisar do guia de vocês. - ri, sem jeito. - Eu me dou melhor em
cidades.

qualquersuki:
Suki:
- E eu odeio cidades. Ao menos as grandes.
- Eu me dou bem com ambos. - Circe dá de ombros.

Maianne Ribeiro:
- Nós nos equilibramos como um trio, então. - ri.

Suki:
- Uma boa balança com dois bons pesos. - Ophelia concorda.

Maianne Ribeiro:
O trio acordaria cedo no dia seguinte, revisando as mochilas antes de enfim
partirem, seguindo a rota traçada por Ash. O rapaz ia na frente, com Circe logo
atrás e Ophelia fechando o grupo, atenta a qualquer mudança súbita nos arredores.

- Uma pausa pra lanche? - Ash sugere, algumas horas de caminhada depois. O rapaz
estava um pouco suado, desacostumado ao esforço depois do tempo que passara de
cama.

Suki:
Circe olhava para tudo o tempo todo, encantada, a pequena câmera em suas mãos
fotografando vários cenários, os passos largos e rápidos fazendo com que isso não
atrapalhass o ritmo do grupo.

Enquanto isso, Ophelia permanecia em silêncio, concentrada demais em manter a


própria respiração e o corpo firmes apesar da fraqueza que sentia.

- Por favor. - a fae quem diz, com um risinho baixo. - Acho que todos nós
precisamos de um pouco de comida e bastante água.

Maianne Ribeiro:
Ash assente com a cabeça, sentando à sombra de uma das árvores, ofegante, pegando a
própria garrafa d'água pra se hidratar.

Suki:
- Precisa de ajuda? - pergunta, preocupada, se sentando ao lado dele e tomando uma
de suas mãos entre as próprias.

Maianne Ribeiro:
- Não, não, obrigado. - ele ri, sem jeito. - Só preciso de descanso, mesmo. E você,
como está?

Suki:
- Posso dizer o mesmo. - e assente com a cabeça. - Nós dois precisamos.

Maianne Ribeiro:
- Bastante. - ele ri, sem graça. - Viajar é bem cansativo.

qualquersuki:
Suki:
- Ainda mais no estado em que estamos. - ela suspira.

Maianne Ribeiro:
- Nem me fale. - suspira. - Se não fosse a pressa que temos, eu teria adiado mais a
viagem...

Suki:
- Eu não teria reclamado, se fosse possível. - concorda. - Mas infelizmente não é.

Maianne Ribeiro:
O rapaz suspira, assentindo com a cabeça.
- Mas nós vamos conseguir.

Suki:
- Um passo de cada vez. - e assente com a cabeça. - Se conseguirmos manter o ritmo
vamos avançar bem até o fim do dia.

Maianne Ribeiro:
- Vamos, vamos sim. - ele ri de leve. - A Circe que tá super empolgada...

Suki:
- Eu sempre me empolgo com as belezas naturais. - diz, sem mudar a própria
expressão.

Maianne Ribeiro:
- Dá pra notar bastante. - e ri. - Que bom que está se divertindo.

Suki:
- Não é bem uma diversão, mas agradeço. Eu levo mais como uma pesquisa. - responde,
pomposa.

Maianne Ribeiro:
- Mas não te diverte, também? - pergunta, curioso.

Suki:
- De certa forma, sim. Como um estudo.

Maianne Ribeiro:
- Que bom. - ele ri baixinho. - É melhor quando também diverte.

qualquersuki:
Suki:
- Se tudo pudesse ser _também_ divertido, seria muito mais fácil viver.

Maianne Ribeiro:
- Nem me fale. - ele suspira. - Muito, muito mais fácil...

Suki:
- Viver seria até prazeroso. - e suspira.

Maianne Ribeiro:
- Tem certos prazeres na vida, ao menos. - suspira.

Suki:
- ...é. Alguns, ao menos. - concorda, visivelmente distante.

Maianne Ribeiro:
- ...algum problema? - ele franze a testa.

Suki:
- Não tenho muitos prazeres na vida. - e dá de ombros.

Maianne Ribeiro:
- ...nem eu, na verdade. - sussurra. - Mas nós sempre podemos encontrar mais.

Suki:
- Nós somos parte dos prazeres uns dos outros. - Ophelia quem sorri, sem se abalar
com o clima melancólico.
Maianne Ribeiro:
- Isso é verdade. Eu encontrei vocês. - Ash sorri.

qualquersuki:
Suki:
- E nós te encontramos. A sensatez que faltava no grupo. - a fae ri.

Maianne Ribeiro:
- ...verdade. - o rapaz provoca, risonho.

Suki:
- Eu sou bem sensata, quando quero. - Circe reclama.

Maianne Ribeiro:
- O problema é querer, né? - provoca.

Suki:
- Eu sempre quero, quando necessário. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Ou seja, nunca. - ri.

Suki:
Circe hesita, encarando Ash com seriedade, fixamente, praticamente sem piscar, como
se o ameaçasse.

Maianne Ribeiro:
- Ah, vai, foi uma brincadeira, Circe! - o rapaz ri.

Suki:
- Não. Apenas. Não.

- Sem o seu familiar você não é ameaçadora, Circe. - Ophelia provoca

Maianne Ribeiro:
- Eu já me acostumei, não funciona mais. - ri.

Suki:
- Vou precisar de uma faca. - a artista diz, estreitando os olhos.

Maianne Ribeiro:
- Contanto que não seja pra usar em mim... - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Não me provoque. - e se afasta, a câmera em uma das mãos.

- Ela não vai demorar a voltar. - explica, suspirando baixinho. - Só quer se


recompor.

Maianne Ribeiro:
- ...exagerei? - Ash pergunta, sem jeito.

Suki:
- Não, não se preocupe. Ela é assim mesmo.

Maianne Ribeiro:
- Ufa. - ele suspira, passando a mão nos cabelos. - Eu geralmente não respondo às
ameaças dela assim, então...
Suki:
- Mas foi bom se impor assim para a Circe entender que não pode te coagir a nada. -
diz, sorrindo.

Maianne Ribeiro:
- É. Isso é bem verdade. - o rapaz sorri. - Eu estou aprendendo.

Suki:
- E ela também~

Maianne Ribeiro:
- Viagem de bastante aprendizado, então. - ri.

Suki:
- Isso não tenho dúvidas de que será, mesmo. - e assente com a cabeça

Maianne Ribeiro:
- Mm. - ele assente com a cabeça. - Me dá um beijo~?

Suki:
- Quantos você quiser. - Ophelia ri, encantadora, tocando os lábios dele com os
próprios

Maianne Ribeiro:
- Muitos..? - ri, bobo.

Suki:
- Muitos, então. - ela ri de novo, dessa vez mais baixinho, voltando a beijá-lo.

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, retribuindo os beijos como podia, carinhoso, envolvendo Ophelia com
os braços.

qualquersuki:
Suki:
- Como é bom estar assim com você, por mais que seja em uma situação como essa... -
sussurra, confortável

Maianne Ribeiro:
- Acaba ficando um pouquinho melhor, não é? - sorri.

Suki:
- Qualquer coisa fica melhor com você comigo assim. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Qualquer coisa mesmo? - ri.

Suki:
- Até quase morrer nos seus braços foi melhor do que sozinha. - e assente com a
cabeça.

Maianne Ribeiro:
- E que bom que não morreu. - ele sussurra, estremecendo.

Suki:
- E não vou. - concorda. - Você e a sua magia não vão permitir, eu tenho certeza
disso.
Maianne Ribeiro:
- Minha... Magia? - ele franze a testa.

Suki:
- ...não foi proposital...? - pergunta, erguendo as sobrancelhas.

Maianne Ribeiro:
- N... Não? Eu acho que... Do que você está falando? - ele murmura, confuso.

Suki:
- De como você desacelerou o tempo e o meu sangramento. - responde.

Maianne Ribeiro:
- Eu... Quê? Eu não fiz nada disso..!

Suki:
- Pelos céus, não foi de propósito. - murmura, mais para si do que para ele. - Você
não sabia disso...?

Maianne Ribeiro:
- N-não, eu... Eu nem sei do que você tá falando direito! - Ash exclama. - Eu
desacelerei o tempo?!

qualquersuki:
Suki:
Ophelia hesita, mas acaba por assentir com a cabeça.

- Quando você me tocou, eu pude sentir a minha vida e o meu sangue se esvaindo mais
devagar. A Circe também nos viu como se estivéssemos em câmera lenta.

Maianne Ribeiro:
O rapaz a encara, incrédulo.

- Não... Não é possível, eu... Eu não sei usar magia, isso não faz sentido, mas...

"...mas eu também não devia ter sobrevivido ao que sobrevivi."

Suki:
- Mas você levou um tiro no olho que não atravessou a sua cabeça. - murmura,
assentindo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- ...e eu não morri no meio da rua depois de ser esfaqueado. - sussurra. - Eu... Eu
nem sei como cheguei na sua casa, naquele dia...

Suki:
- Mas chegou vivo, e sobreviveu, e nós dois estamos aqui até hoje graças à sua
magia. - e repete o movimento de antes.

Maianne Ribeiro:
- Mas... Mas... - ele hesita. - Como..? Isso não faz sentido...

Suki:
Ela suspira, se aconchegando melhor com Ash.

- ...você é órfão, certo?

Maianne Ribeiro:
- S-sim, eu... Eu sou. - ele murmura, envolvendo Ophelia com um dos braços. - Por
quê?

Suki:
- Porque não conhecer seus pais significa não conhecer sua origem. Quem, ou o que,
você é.

Maianne Ribeiro:
- Eu... Eu nunca pensei que isso importasse de verdade. Nós somos quem nos
tornamos, não de onde viemos.

Suki:
- ...bom, eu concordo plenamente. - ela ri baixinho. - Mas nesse caso explicaria
sua magia.

Maianne Ribeiro:
- Explicaria mesmo. - ele suspira. - Desacelerar o tempo... Isso é... Eu nunca
pensei que teria algo assim, um talento desses.

qualquersuki:
Suki:
- Uma habilidade e tanto para se ter, dadas as circunstâncias, não é mesmo? - ela
ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Nem me fale. - ele ri, sem jeito. - Eu só não sei usar.

Suki:
- Nós podemos praticar um pouco a cada dia, se você quiser. Quando armarmos o
acampamento, que assim você pode dormir se ficar muito cansado. - ela sorri,
gentil, segurando-lhe as mãos.

Maianne Ribeiro:
- Mas praticar como? Eu não faço ideia de como consegui usar magia...

Suki:
- Bom, você vai ter que descobrir, ou vai ficar todo furado~ - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Todo-- c-como assim?! O que você vai fazer?

Suki:
- Se eu te contar você vai estar preparado, bobinho, e essa não é a intenção~

Maianne Ribeiro:
- ...acho que estou começando a mudar de ideia. - murmura, estremecendo.

Suki:
- Tarde demais, Ash. - ela ri. - Mas eu não vou te ferir, prometo.

Maianne Ribeiro:
- P-por favor. - pede. - Isso só atrasaria a viagem.

Suki:
- Eu sei disso! Não se preocupe~!

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - suspira.

Suki:
- Sem esse suspiro preocupado, por favor~?

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem, tudo bem. - ri. - Sem suspiro.

Suki:
- Obrigada. - e assente com a cabeça, ficando de pé devagar. - Eu vou procurar a
Circe para seguirmos viagem.

Maianne Ribeiro:
- Certo. - o rapaz sorri, ficando de pé e se esticando.

qualquersuki:
Suki:
- Vai me acompanhar? - pergunta, estendendo uma das mãos para ele.

Maianne Ribeiro:
- Vou, vou sim. Melhor que a gente não se separa. - sorri, segurando na mão dela.

Suki:
- É mais seguro assim, de fato. - concorda, guiando Ash na mesma direção que Circe
fora.

Maianne Ribeiro:
O rapaz apenas a acompanha, olhando em volta. "É tudo tão diferente da cidade..."

Suki:
E a dupla anda por longos minutos até enfim encontrarem Circe sentada em um tronco
de árvore caído, rabiscando um pássaro majestoso que cuidava do próprio ninho em um
dos galhos mais altos no meio da copa das árvores.

Maianne Ribeiro:
- Ah, achamos. - ele ri de leve. - Mas não sei se devemos interromper ou não.

Suki:
- Depende se queremos seguir viagem ainda hoje ou não. - murmura, rindo baixinho
também.

Maianne Ribeiro:
- ...hoje. Por favor. - ri.

Suki:
- Então é melhor sim. - e assobia algumas vezes, em um som melodioso e doce que
chama atenção do pássaro, fazendo-o voar até um de seus ombros.

- ...imaginei que era você assim que ouvi. - murmura, sem desviar o olhar do
próprio desenho, fechando a caderneta silenciosamente.

Maianne Ribeiro:
O rapaz ergue uma sobrancelha, surpreso.
- O pássaro veio..!

Suki:
- É claro que veio. Eu o chamei. - Ophelia ri, afagando as penas do animal com
cuidado, delicada, antes que ele levantasse vôo e voltasse para o próprio ninho.

Maianne Ribeiro:
- ...eu sempre me admiro. - ele ri, sem jeito.
Suki:
- A natureza é incrível. - diz, tocando o rosto dele com a mesma mão que usara para
acariciar o pássaro, alguns fiapos das penas do animal roçando em sua pele.

Maianne Ribeiro:
- Você é incrível. - ele ri.

Suki:
- Eu sou parte da natureza, Ash, é claro que sou. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- ...É verdade. - e ri outra vez, sem jeito.

qualquersuki:
Suki:
A fae ri mais uma vez também, beijando-o suavemente antes de se afastar.

- Vamos seguir viagem.

Maianne Ribeiro:
O rapaz suspira com o beijo, bobo.
- Vamos...

Suki:
- Contenham-se, pombinhos. - Circe resmunga, guardando a caderneta em um dos bolsos
antes de segui-los.

Maianne Ribeiro:
- Desculpe, desculpe. - ri, balançando a cabeça.

qualquersuki:
Suki:
- Nós não fizemos nada, Circe!

- Ainda, Ophelia, e eu te conheço bem.

Maianne Ribeiro:
- O que importa é que não fizemos. - ele murmura, o rosto corando de leve.

Suki:
- E nem faremos, eu acredito. Ash é muito tímido. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Bastante. - ele ri, sem jeito. - Eu ainda estou me acostumando.

Suki:
- Eu sou uma criatura livre e bela, sem pudores quanto a isso.

- Você é uma obra de arte.

Maianne Ribeiro:
- Disso eu não posso discordar. - sorri.

Suki:
- Ninguém ousaria discordar. - ela ri, orgulhosa de si.

Maianne Ribeiro:
- De fato. Seria loucura. - sorri.
Suki:
- Ninguém deveria ser louco a esse ponto.

- Sempre tem alguém que é. - Circe suspira.

Maianne Ribeiro:
- Não duvide. - ele dá de ombros. - Vamos seguir, então?

Suki:
- Melhor. Vamos voltar à formação anterior, por precaução. - Ophelia quem diz,.

Maianne Ribeiro:
O rapaz assente com a cabeça, tomando a dianteira pra guiar o caminho, o olhar
atento.

qualquersuki:
Suki:
Mais uma vez a fae volta ao final do grupo, olhando ao redor constantemente,
incomodada. Já era noite quando o grupo enfim alcança a vila perto de uma das
minas...

Maianne Ribeiro:
- Finalmente... - Ash suspira, visivelmente cansado. - Espero que tenham um lugar
pra dormir com uma cama confortável...

Suki:
- Minimamente confortável, ao menos. - Circe suspira.

- Eu posso fazer cogumelos gigantes, e são bem macios, mas isso chamaria muita
atenção e deixaria nossas roupas impregnadas com o cheiro. - Ophelia diz, bem
baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Não sei se é uma boa ideia. - ele ri, balançando a cabeça. - Mas obrigado.

Suki:
- Boa definitivamente não é. Mas é uma ideia. - a fae ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Melhor tentar a sorte nos hotéis e estalagens. - ri.

Suki:
- Ao menos de início. Sim. - ela concorda.

- Deixem que eu resolvo. Consigo definir pela arquitetura interna a qualidade dos
quartos. - Circe diz, pomposa.

Maianne Ribeiro:
- Nossa salvadora. - Ash brinca. - Obrigado, Circe.

Suki:
- De nada. - e suspira, tomando a frente do grupo.

- ...que bom que aqui é similar à [nome da cidade]. Eu odiaria me ver em uma
metrópole. - sussurra, caminhando bem perto de Ash.

Maianne Ribeiro:
- Difícil ter uma metrópole assim, afastada. - comenta. - Mas se fosse uma, eu
teria como ajudar mais.
Suki:
- Eu _odiaria_ me ver em uma metrópole. - repete, mais enfática.

- Não vai, não se preocupe. Ao menos não tão cedo, pela nossa rota.

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem, tudo bem. Sem metrópoles, como a Circe disse. - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Obrigada. Se for necessário, eu espero do lado de fora da cidade. - sussurra,
estremecendo.

Maianne Ribeiro:
- Não vai. Não se preocupe. - diz, um pouco mais sério.

Suki:
Ophelia suspira, mas acaba por assentir com a cabeça, esboçando um sorriso com a
reação dele.

- Obrigada, Ash. - e beija-lhe uma das bochechas carinhosamente.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele sorri de leve, bobo.

Suki:
Ophelia ri baixinho, beijando-o novamente antes de entrelaçar o braço ao dele,
delicada.

- Aqui. Deixem que eu faço a reserva. - Circe diz, enfim, após passarem por
inúmeros hotéis e pousadas.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado, Circe. - o rapaz agradece novamente, sorrindo. - Depois de
descansarmos, podemos começar a investigar.

Suki:
- Sem dizer isso em voz alta de novo. - pede, indo até o balcão. - Olá. Eu e os
dois pombinhos precisamos de quartos. - diz. - Um com três camas, se possível, ou
dois quartos.

Maianne Ribeiro:
Ele solta um resmungo baixinho, as bochechas corando de leve. "Pombinhos..."

- Dois quartos, é melhor. - o atendente diz com um sorrisinho de canto. - São


trinta moedas por noite, no total.

Suki:
- Aqui. - murmura, colocando as moedas sobre o balcão. - Tem alguma recomendação de
onde podemos comer?

Maianne Ribeiro:
- Nós temos um restaurante aqui, no salão ao lado. - o rapaz diz, indicando uma
porta que levava ao prédio anexo. - A comida é bem boa.

Suki:
- Vou fazer questão de experimentar, se é assim. - e assente com a cabeça. - As
chaves, por favor?
Maianne Ribeiro:
- Aqui. - ele diz, recolhendo as moedas antes de entregar as chaves pra Circe. - O
número dos quartos está no chaveiro.

Suki:
- Obrigada. - e se afasta sem dizer mais nada.

Ophelia ainda suspira, dando um sorrisinho culpado e pedindo desculpas com um aceno
de mão discreto antes de acompanhá-la.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - o rapaz dá de ombros.

- Bom, temos dois quartos. - Ash sorri. - Nos encontramos em algumas horas?

qualquersuki:
Suki:
Circe concorda com a cabeça, entregando uma das chaves para o casal.

- Eu preciso de paz. - e se afasta para o outro, sem dizer mais nada, arrancando
outro suspiro de Ophelia; agora mais preocupado.

Maianne Ribeiro:
- ...acha que ela está incomodada de verdade com a gente..? - Ash murmura,
preocupado, acompanhando Ophelia para o outro quarto.

Suki:
- Não, acho que não. Ela só está cansada da viagem, mesmo. - e suspira. - A Circe
fica um pouco instável quando sai de casa.

Maianne Ribeiro:
- Espero que seja só isso mesmo. - ele suspira, caminhando com Ophelia até o quarto
dos dois.

Suki:
- Vai ser, não se preocupe. - diz, afagando os cabelos dele com as pontas dos
dedos.

Maianne Ribeiro:
- Eu acredito. Eu você eu acredito. - sorri, bobo.

Suki:
- Eu não minto, você sabe. - diz, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Sim, eu sei. - ri. - Não se preocupe.

Suki:
- Obrigada ainda assim pela confiança. - e o beija, carinhosa, antes de fechar a
porta do quarto atrás dos dois.

Maianne Ribeiro:
O rapaz a puxa pra perto, abraçando-a gentilmente durante o beijo.
- Seu gosto é tão bom...

Suki:
- Como o frescor de uma nascente em um dia quente de verão, certo~? - pergunta,
rindo baixinho.
Maianne Ribeiro:
- ...ótima descrição. Eu não seria capaz de usar palavras tão bonitas. - ri.

Suki:
- Não fui eu quem a fiz, mas sim, é linda~

Maianne Ribeiro:
- Ah, é? Quem foi, então? - pergunta curioso.

qualquersuki:
Suki:
- Um ex. - e dá de ombros.

Maianne Ribeiro:
- Ah. Faz sentido. - ele ri, sem graça.

Suki:
- Faz bastante, não é? - pergunta, suave.

Maianne Ribeiro:
- Bastante, sim. - ele murmura.

Suki:
- Seu sorriso mudou. - diz, gentil, tocando-lhe o rosto em um afago suave. - O que
foi?

Maianne Ribeiro:
- Não se preocupe. - o rapaz ri. - Não é nada.

Suki:
- Não é porque você _pode_ mentir que deva mentir, sabia?

Maianne Ribeiro:
Ele suspira, sem jeito.
- Mas não é nada importante. De verdade. - sussurra.

Suki:
- Não é importante mas te causou essa mudança de comportamento.

Maianne Ribeiro:
- É só coisa minha. É bobeira. - insiste.

Suki:
Ophelia suspira.

- Eu não vou insistir, por mais que eu queira. - diz, enfim. - Se importa se eu for
me banhar?

Maianne Ribeiro:
- Não, claro que não. À vontade. - murmura. "Você é um idiota, Ash."

Suki:
- Eu não demoro. - e assente com a cabeça antes de se afastar.

Maianne Ribeiro:
O rapaz se larga na cama, frustrado consigo mesmo. "É claro que ela já teve outros
namorados, seu idiota. Você que é o recluso sem vida social, não ela."
qualquersuki:
Suki:
A fae demora longos minutos até retornar ao quarto, nua, ainda secando os próprios
cabelos.

- Imagino que você queira se limpar, também, então já deixei a outra toalha
pendurada para você.

Maianne Ribeiro:
- Obri-- - o rapaz se cala, o olhar pousando no corpo de Ophelia. - ...você é linda
demais. - sussurra.

Suki:
- Eu sei, mas obrigada ainda assim. - ela pisca um dos olhos, charmosa.

Maianne Ribeiro:
Ele ri, bobo, se levantando.
- De nada. - diz, se afastando na direção do banheiro.

Suki:
"Ele é tão bobinho...", pensa, observando-o antes de suspirar, sorrindo.

Maianne Ribeiro:
O rapaz retorna longos minutos depois, visivelmente mais relaxado, os cabelos ainda
molhados do banho.
- Tava precisando disso... - murmura.

Suki:
- Um bom banho é essencial para um bom descanso, na minha opinião. - e ri baixinho,
já vestida, sentada na cama.

Maianne Ribeiro:
- Concordo. - ele ri baixinho, indo sentar ao lado da garota.

Suki:
- Posso sentir os seus lábios fresquinhos~?

Maianne Ribeiro:
- ...claro que pode. Nem precisa pedir. - ele ri, corando de leve.

Suki:
- Consentimento é importante. - brinca, tocando os lábios dele com os próprios,
carinhosa e apaixonada.

Maianne Ribeiro:
- É, mas você tem o meu. - ele ri baixinho, retribuindo o beijo carinhosamente.

Suki:
- Sempre~? - pergunta, boba, no mesmo tom de voz.

Maianne Ribeiro:
- Sempre. - sorri, afagando o rosto dela, gentil. - Sempre e sempre.

qualquersuki:
Suki:
- Obrigada. - e o beija mais uma vez.

Maianne Ribeiro:
- De nada. - ele sorri, bobo, derretendo com os beijos.
Suki:
- Eu te amo, mas amo ainda mais você e essa sua carinha de bobo~

Maianne Ribeiro:
- É a única cara que tenho. - ri.

Suki:
- Ao menos quando está comigo, de fato é~

Maianne Ribeiro:
- Ei..! - ri.

Suki:
- Em minha defesa, é uma bela cara. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Não é, mas obrigado. - ele sorri, bobo.

Suki:
- Pra mim é, e é só a minha opinião que conta nesse assunto em específico.

Maianne Ribeiro:
- Sim, senhora. - ele brinca, risonho. - Como disser, então.

Suki:
- Bom ver que você me obedece tão prontamente assim. - ela ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Eu tenho juízo, obrigado. - brinca.

Suki:
- Isso eu sei. Mais do que deveria, às vezes. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Juízo nunca é demais. - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Ah, não, não exagere! Juízo demais é um erro! Um impedimento da diversão
desvairada!

Maianne Ribeiro:
- Mas é claro que não. - ri. - É possível se divertir com juízo!

Suki:
- Não é a mesma coisa! - retruca

Maianne Ribeiro:
- É claro que é!

Suki:
- Não, Ash, não é! Se divertir sem pensar nas consequências é libertador!

Maianne Ribeiro:
- E as consequências depois?! - ri.

Suki:
- Elas que se explodam! - e gargalha.
Maianne Ribeiro:
- Claro que não, Ophelia..! - ri, negando com a cabeça.

Suki:
- Claro que sim, Ash! A adrenalina de acordar no dia seguinte atrasado, ter que
levantar correndo sem saber o tamanho do estrago, e correr pra remendar tudo antes
de cair de exaustão rindo porque deu tudo certo! Isso é impagável!

Maianne Ribeiro:
- É impagável mesmo, é um problema e tanto. Não é pra mim, obrigado!

Suki:
- Ah, não diga isso, ainda teremos muitos momentos desses ~!

Maianne Ribeiro:
- Mas é claro que não, tenho meu juízo. - ri.

Suki:
- Veremos, Ash, veremos~ - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Veremos sim, o meu juízo prevalecerá. - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Jamais~ - responde, sorrindo de canto

Maianne Ribeiro:
- Mas é claro que vai!

Suki:
- Vamos ver se o seu juízo sobrepujará o efeito dos meus vinhos~

Maianne Ribeiro:
- Ah, aí é covardia! - ri, corando.

Suki:
- Vale tudo no amor e na guerra. - diz, piscando um dos olhos.

Maianne Ribeiro:
- Ophelia..! - ele ri, sem graça. - Por favor!

Suki:
- Nem se você me implorar, Ash~!

Maianne Ribeiro:
- Vai mesmo fazer isso comigo? - ri.

Suki:
- Com prazer, inclusive~

Maianne Ribeiro:
- Isso é maldade!

Suki:
- Você vai gostar, prometo.

Maianne Ribeiro:
- Eu confio em você, mas... Bem. Vamos ver. - murmura.

Suki:
- Você vai, mesmo. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Já estou ficando com medo. - ri.

Suki:
- Até parece. Você não teria medo de algo vindo de mim!

Maianne Ribeiro:
- Eu não tenho medo de você, tenho medo das consequências. - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Ainda é algo vindo de mim~

Maianne Ribeiro:
- É diferente, ora!

Suki:
- Ainda é algo bom vindo de mim!

Maianne Ribeiro:
- Consequências geralmente não são boas!

Suki:
- Depende das consequências. - e dá de ombros.

Maianne Ribeiro:
- Não costumam ser boas, ao menos!

Suki:
- Isso não vai nos levar a lugar nenhum. - ela ri

Maianne Ribeiro:
- Só às consequências. - brinca, risonho.

Suki:
- Ash...! - Ophelia gargalha.

Maianne Ribeiro:
O rapaz ri junto, dando um beijo no rosto de Ophelia, bobo.

Suki:
- Venha, vamos nos deitar e descansar um pouco.

Maianne Ribeiro:
- Vamos, vamos sim. Caminhamos bastante, nos precisamos desse sono. - ele sorri de
leve, se ajeitando na cama com Ophelia.

Suki:
- Sono eu não sei, mas o descanso físico com certeza.

Maianne Ribeiro:
- Com toda a certeza. Foram muitas horas. - suspira.

qualquersuki:
Suki:
- Em um ritmo intenso. - e suspira

Maianne Ribeiro:
O rapaz assente com a cabeça, puxando Ophelia pra si.
- Vem. Vamos dormir.

Suki:
- Só um pouco. - provoca, se deixando levar.

Maianne Ribeiro:
- Bastante. - ele ri, bobo.

Suki:
- Nós ainda precisamos comer, Ash. - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei, mas também precisamos descansar. - ri.

Suki:
- Você venceu. - ela ri de novo, dessa vez mais baixinho, antes de se aconchegar.

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, puxando-a pra perto gentilmente, carinhoso.

Suki:
- Bom descanso, Ash. - sussurra, depositando um beijo nos lábios dele antes de
fechar os olhos e adormecer pouco depois.

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri com o beijo, murmurando um "boa noite" antes de cair no sono,
exausto...

Suki:
- Pombinhos, acordem. - Circe chama, mexendo nos ombros dos dois, sem delicadeza
alguma.

qualquersuki:
Maianne Ribeiro:
- E-ei..! - Ash resmunga, entreabrindo os olhos. - Circe..!

Suki:
- Boa noite. Está na hora do jantar.

- Mas já...? - Ophelia resmunga, se apoiando em um dos braços.

Maianne Ribeiro:
- Não precisava invadir o quarto... - ele resmunga.

Suki:
- Vocês não responderam quando eu bati na porta, e não trancaram o quarto também.
Foi praticamente um convite. - ela dá de ombros.

Maianne Ribeiro:
- Claro que não foi um convite. - ele reclama. - A gente já vai descer pra jantar.

Suki:
- Foi _praticamente_ um. - insiste.
Maianne Ribeiro:
- Não, não foi. - resmunga.

Suki:
Circe dá de ombros novamente, revirando os olhos.

- Não demorem, eu vou esperar lá embaixo. - e se afasta.

Maianne Ribeiro:
- Não vamos demorar. - ele resmunga, esfregando os olhos enquanto sentava na cama.

Suki:
- Releve o comportamento dela. - Ophelia pede, bocejando baixinho antes de se
levantar. - É o jeito dela.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei que é... Desculpe. - o rapaz suspira. - Só não gosto de ser acordado
assim.

Suki:
- Quase ninguém gosta. - ela ri, afofando os próprios cabelos crespos
preguiçosamente.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente. - resmunga. - Mas se deixasse, acho que teria dormido até amanhã...

Suki:
- Eu acho que teria feito o mesmo. - concorda, esticando o corpo devagar, cansada.
- Vamos?

Maianne Ribeiro:
- Vamos sim. - ele murmura, ficando de pé lentamente, resmungando do corpo
dolorido. "Eu desacostumei a me exercitar..."

qualquersuki:
Suki:
- Precisa de ajuda? - Ophelia pergunta, imediatamente se aproximando para apoiá-lo.

Maianne Ribeiro:
- Não, não se preocupe. Só estou dolorido, mesmo. - e esboça um sorriso.

Suki:
- Eu posso fazer um banho de ervas, depois, se você quiser. - diz, preocupada.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa, mesmo. - sorri. - Mas obrigado.

Suki:
- De nada, Ash. - diz, enfim sorrindo também, depositando um beijo nos lábios dele.

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri mais abertamente, bobo, retribuindo o beijo.
- Eu te amo, sabia..?

Suki:
- Eu adoraria poder dizer que não, só pra ver a sua reação, mas - ela ri, boba,
passando os lábios pelos de Ash em uma carícia inocente. - sim, eu sei. E eu também
te amo.
Maianne Ribeiro:
Ash apenas sorri, afagando a mão dela enquanto a guiava pra fora do quarto,
carinhoso. "Ela é incrível..."

Suki:
"Eu amo esse toque...", pensa, boba, acompanhando-o.

- Achei que não viessem mais. - a artista suspira, se virando ao ouvir os passos do
casal descendo as escadas.

Maianne Ribeiro:
- Nós nem demoramos, ora..! - ele resmunga.

Suki:
- Achei que não viessem mais. - repete, se afastando para o salão de refeições,
arrancando um risinho de Ophelia.

Maianne Ribeiro:
- ...hmpf. - ele resmunga baixinho, acompanhando Circe.

Suki:
- Você precisa relevar mais as atitudes dela. - a fae diz.

Maianne Ribeiro:
- Ela precisa melhorar as atitudes dela, isso sim.

Suki:
- Ela não vai, Ash. Acostume-se. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Ela deveria. - resmunga. - Mas eu vou me acostumar.

qualquersuki:
Suki:
- Eventualmente todos se acostumam. Ou vão embora. - ela ri

Maianne Ribeiro:
- Embora eu não vou, então... - ri.

Suki:
- Ouvir isso me deixa muito feliz. - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, afagando a mão dela.
- Eu seria louco se fosse.

Suki:
- E isso você não é, de jeito nenhum.

Maianne Ribeiro:
- Nem um pouco. - ri.

Suki:
- Um pouquinho é sim, pra estar comigo. - brinca, piscando um dos olhos

Maianne Ribeiro:
- ...ok, talvez um pouco. - ri.

Suki:
- Menos melosidade, por favor. - Circe murmura, se sentando à mesa.

Maianne Ribeiro:
- OK, desculpe. - ele ri baixinho, sentando também.

Suki:
- Não estar trabalhando faz a minha cabeça ter tempo de sobra para carinhos e
afagos, duas coisas que eu admito que amo fazer. - Ophelia diz, fazendo o mesmo
antes de depositar um beijo na bochecha de Ash, e outro na bochecha de Circe.

Maianne Ribeiro:
- Tenho certeza que a Circe gosta tanto dos carinhos e afagos quanto eu. - ele
sorri, bobo.

Suki:
- Impossível não gostar. - a artista diz de imediato. - O toque da Ophelia é de
outro mundo.

Maianne Ribeiro:
- Concordo. Eu nunca senti um carinho assim. - ele sorri. "Eu nunca senti muito
carinho, na verdade..."

qualquersuki:
Suki:
- Obrigada, vocês dois. - a fae ri baixinho, boba, fazendo um afago no rosto de
cada um.

Maianne Ribeiro:
- De nada, você merece. - ri. - Já sabe o que vai comer?

Suki:
- O cozido me parece bom. - diz, assentindo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Parece bom mesmo... Mas eu vou pegar a sopa de carne com legumes, deve ser bem
nutritiva. - sorri. - Circe?

Suki:
- Prefiro as panquecas de frango. - murmura. - Carne vermelha a noite ataca meu
estômago.

- E a massa da panqueca não? - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Estou quase ficando indeciso. Quase. - ele ri, chamando um dos atendentes pra
fazer o pedido.

Suki:
- Melhor pedirmos de imediato, se é assim.

- Espero que tenham sucos naturais. Admito que apreciaria algo docinho. - Ophelia
murmura.

Maianne Ribeiro:
- Mm, um suco de laranja seria ótimo. - ri.

- Nós temos sucos naturais sim. - o atendente sorri. - O que vai ser pra vocês
hoje?
- Eu vou querer a sopa de carne e legumes, e um suco de laranja. - diz Ash.

Suki:
- Um cozido no pão, por favor, com um suco de laranja também. - Ophelia sorri,
gentil.

- A panqueca de frango e uma garrafa de água. - diz, fria.

Maianne Ribeiro:
- Entendido. Eu já volto com os pratos. - o atendente sorri, se afastando.

- Agora é só esperar. - Ash sorri. - Tá batendo a fome, até...

Suki:
- Com esse cheiro é quase impossível não sentir fome. - Ophelia ri.

Maianne Ribeiro:
- Nem me fale. E depois dessa caminhada toda que a gente fez... - ri.

Suki:
- Nem me fale. Eu estou bem menos recuperada do que achei que estava. - Ophelia
admite com um suspiro.

- Eu já caminhei mais para coisas muito menos importantes.

Maianne Ribeiro:
- Bem, eu também, mas não deixa de ser bem cansativo. - suspira. - Ao menos podemos
dormir bem à noite, e amanhã buscamos informação.

Suki:
- Você também está se recuperando. - Circe diz, dando de ombros.

Maianne Ribeiro:
- ...é. Eu e a Ophelia. - ele suspira.

qualquersuki:
Suki:
- Exato. Só estamos aqui agora porque é necessário e urgente.

Maianne Ribeiro:
- Bem necessário e bem urgente. - ele murmura, engolindo em seco.

Suki:
- Mas nós vamos fazer o possível para resolver tudo em breve. - Ophelia diz, séria,
cortando o assunto.

Maianne Ribeiro:
- Vamos, vamos sim. - ele assente com a cabeça.

- Com licença, a comida de vocês. - o atendente retorna, servindo o grupo


cuidadosamente.

Suki:
- Obrigada. - a fae diz, encantadora, prontamente ajudando-o a servir tudo.

- Parece ainda mais divino do que no cardápio. - e ergue as sobrancelhas.

Maianne Ribeiro:
- Não precisava da ajuda, mas obrigado. - o rapaz sorri, desajeitado, fazendo uma
mesura antes de se afastar.

- Parece mesmo. - Ash sussurra, impressionado. - Se importam se eu experimentar o


de vocês também?

Suki:
- Por mim, um pouco de cada prato pra cada um de nós! - Ophelia sorri.

- Sem oposições, também.

Maianne Ribeiro:
- Ótimo. Assim todo mundo experimenta tudo. - ele ri, chamando o atendente pra
pedir talheres extras.

Suki:
- E podemos decidir melhor nossas próximas refeições. - a fae assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Com certeza. - ele sorri, distribuindo os talheres antes de pegar um pedaço da
comida das duas.

Suki:
Ophelia prontamente o serve um pedaço generoso do pão, assim como o cozido,
enquanto Circe divide as panquecas entre os outros dois.

- Eu mal posso esperar pra provar tudo. - a fae comenta, sorridente.

Maianne Ribeiro:
- Parece tudo delicioso, mesmo. - ele sorri, dividindo a sopa pros três.

Suki:
- Preciso dizer que está, não só parece. - Circe murmura, ao terminar de mastigar
sua primeira porção.

Maianne Ribeiro:
- Melhor eu começar a comer logo, então. - Ash ri de leve, experimentando os
pratos. - Uau..!

Suki:
- Delicioso, de fato... - Ophelia sorri, confortável, as garfadas cheias.

Maianne Ribeiro:
- Se não fosse a longa caminhada, viriamos aqui mais vezes. - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Comida alguma vale a caminhada. Mas quem sabe com um portal?

- Eu _preciso_ viajar assim algum dia. Deve ser uma experiência e tanto. - Circe
murmura.

Maianne Ribeiro:
- Um portal, então. - ele sorri, bobo. - Vai ser ótimo.

Suki:
- Quando tivermos férias da nossa futura agência. - a fae pisca um dos olhos.

Maianne Ribeiro:
- Resolvido e marcado, então. - ri.
Suki:
- Perfeito. Mal posso esperar~!

- Eu vou adorar poder vir com mais calma e apreciando melhor o caminho.

Maianne Ribeiro:
- Com certeza. Vamos poder passear e curtir um pouco. - sorri.

Suki:
- Espero que a viagem valha a pena pra mais do que só a comida. - Ophelia murmura.
- Não quero ficar trancafiada em um hotel.

Maianne Ribeiro:
- Não vai, não se preocupe. - ele sorri, afagando a mão dela.

Suki:
- Eu não gosto de cidades. - resmunga baixinho, incomodada.

Maianne Ribeiro:
- Não vamos demorar, eu prometo. - diz, gentil.

Suki:
- ...obrigada. - murmura baixinho, desconfortável.

Maianne Ribeiro:
- De nada. Não vamos demorar, mesmo. - ele insiste, tentando acalmar Ophelia antes
de voltar a comer.

Suki:
A fae suspira, assentindo com a cabeça antes de fazer o mesmo, voltando ao sorriso
de sempre

Maianne Ribeiro:
"É melhor a gente partir amanhã assim que der..." pensa. "Pegar informação cedo, e
seguir viagem."

Suki:
- Não se preocupe. - Ophelia diz, notando a preocupação dele.

Maianne Ribeiro:
- Eu me preocupo ainda assim. - ele ri baixinho.

qualquersuki:
Suki:
- Eu sei que sim, mas eu sou velha o suficiente para ter aprendido a lidar com o
que me desagrada.

Maianne Ribeiro:
O rapaz hesita, sem jeito.
- D-desculpe.

Suki:
- Não precisa se desculpar por isso. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Eu não quis te ofender ou subestimar, só isso. - murmura.

Suki:
- Não fez nenhum dos dois, não se preocupe. - insiste.

Maianne Ribeiro:
- Tudo bem. - ele suspira. - Vai querer voltar a dormir depois de comer?

Suki:
Ophelia nega com a cabeça.

- Podemos caminhar pela cidade, um pouco, para nos situarmos melhor de por onde
começar amanhã.

Maianne Ribeiro:
- Melhor, mesmo. - ele sorri de leve. - Um passeio ajuda na digestão, também.

Suki:
- Bem leve. - Circe concorda. - Com sorte eu encontro uma boa paisagem para pintar.

Maianne Ribeiro:
- Imagino que vá te ajudar a relaxar. - ele ri baixinho.

Suki:
- Sempre ajuda. - concorda.

Maianne Ribeiro:
Ele solta um risinho, assentindo com a cabeça.
- Bem, eu já terminei minha refeição. - sorri. - Estou pronto pra ir.

Suki:
- Eu também. - Circe murmura. - Mas preciso pegar meu caderno e meu material.

- É o tempo que eu vou demorar pra terminar de comer, imagino. - Ophelia sorri.

Maianne Ribeiro:
- Nós te encontramos na saída, então. - Ash sorri para Circe.

Suki:
- Eu não demoro. - ela assente com a cabeça, se afastando de imediato.

Maianne Ribeiro:
O rapaz faz um afago nos cabelos de Ophelia, esperando que ela terminasse de comer.
- Se você pudesse viajar pra qualquer lugar, pra onde você iria..? - ele pergunta
baixinho.

Suki:
- ...isso é uma ótima pergunta. - responde, erguendo as sobrancelhas de leve,
surpresa. - Eu gostaria de visitar o mar.

Maianne Ribeiro:
- O mar, é? Boa escolha. - ele ri baixinho. - Eu nasci perto do mar, eu acho.

qualquersuki:
Suki:
- Mais uma boa razão para viajarmos até ele, se é assim. - Ophelia sorri.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sei *onde* eu nasci. - ele ri. - Só suponho que tenha sido perto do mar.

Suki:
- Por que a suposição? - pergunta, curiosa.
Maianne Ribeiro:
- O orfanato que eu fui encontrado se chamava Filhos da Maré. Deve ser perto de
praia.

Suki:
- Pelo nome, realmente faz sentido. - murmura, assentindo com a cabeça. Mas se você
não se lembra, não faz diferença.

Maianne Ribeiro:
- Não, não lembro mesmo. - suspira. - Eu só sei o nome porque vi um documento por
acaso.

Suki:
- E vindo daquelas pessoas, não duvido nada que seja falso. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Não duvidaria. - ele suspira outra vez.

Suki:
- Nós podemos visitar o orfanato, também.

Maianne Ribeiro:
- Eu nem sei onde fica. - ele ri, sem jeito.

Suki:
- Deve ser perto do mar, e isso já ajuda a afunilar as opções. - diz, otimista e
sorridente.

Maianne Ribeiro:
- ...É. Com um pouco de investigação, dá pra descobrir onde fica. - murmura.

Suki:
- ...e é algo que você _quer_ fazer? - indaga, suave, segurando a mão dele com as
duas próprias.

Maianne Ribeiro:
O rapaz hesita, segurando a mão dela de volta.
- Eu... Eu não sei. Talvez. Eu sempre pensei nisso, mas nunca fui atrás...

Suki:
- Não é um bom momento para se prender a isso, mas é importante que seja decidido
nos próximos meses. - ela sorri.

Maianne Ribeiro:
- É... Talvez quando isso tudo tiver resolvido. - murmura.

qualquersuki:
Suki:
- Em breve, espero.

Maianne Ribeiro:
- Tomara. - ele ri baixinho. - Mas não vai ser fácil, isso eu tenho certeza.

Suki:
- Viver não é fácil. - e dá de ombros, ainda sorridente. - Mas eu acredito que nós
conseguiremos.

Maianne Ribeiro:
- Com o seu apoio? Com certeza. - sorri.

Suki:
- Eu diria que não sou um fator decisivo, se eu fosse outra pessoa, mas... Eu sei
que faço a diferença~

Maianne Ribeiro:
- Com certeza faz. - ele ri, bobo.

Suki:
- Eu sei que sim. - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, dando um beijo em Ophelia.
- Eu te amo. - sussurra.

Suki:
Isso arranca um riso baixinho da fae, as bochechas corando de leve.

- Eu também te amo.

- Por favor, pombinhos, contenham-se. - Circe resmunga, se aproximando dos dois com
uma bolsa transpassada em seu peito.

Maianne Ribeiro:
- Estamos contidos, ora. - ele ri, bobo.

Suki:
- Foi apenas um beijo.

- Tudo começa com apenas um beijo, Ophelia. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Não no meio do jantar, Circe! - ri, as bochechas corando.

Suki:
- É a Ophelia. - é tudo que a artista diz, antes de se afastar.

- ...ela tem um bom ponto. - e ri, puxando Ash pela mão enquanto a seguia.

Maianne Ribeiro:
- O-Ophelia..! - ele murmura, envergonhado, acompanhando-a.

Suki:
- Não é mentira, oras!

Maianne Ribeiro:
- No meio do jantar..?! - ele sussurra baixinho.

Suki:
- Dependeria do lugar do jantar, sendo sincera. - comenta, após pensar por um
instante.

Maianne Ribeiro:
- Ali, no meio do restaurante? - ele ri, sem graça.

Suki:
- Talvez. - e dá de ombros.
Maianne Ribeiro:
- ...Ophelia..! - e cora, tímido.

Suki:
- É verdade, oras. Não significa que aconteceria, porque você provavelmente não
aceitaria, mas ainda é uma possibilidade.

Maianne Ribeiro:
- Pelos céus, eu ficaria muito sem jeito. - ele ri, um tanto nervoso.

qualquersuki:
Suki:
- Todos os humanos nascem disso. - diz, suave. - Não tem necessidade de vergonha.

Maianne Ribeiro:
- Sim, mas não é algo *publico*!

Suki:
- Bom, em muitos lugares e culturas é. Vergonha é um constructo social humano.

Maianne Ribeiro:
- ...em que lugares e culturas?! - ele exclama, em choque.

Suki:
- Alguns. - e ri, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- C-como assim? Isso é sério?!

Suki:
- É claro que sim.

- Eu imaginei que você era inculto, mas não tanto. - Circe provoca.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sou inculto! - ele cora. - Eu estudei bastante, só não tive experiência
fora da cultura humana!

Suki:
- Não existem muitos textos ou registros sobre esse tipo de coisa. - Ophelia
defende. - Ainda mais porque humanos tem muito pudor quanto a essas coisas.

Maianne Ribeiro:
- Exatamente, não é por falta de estudo!

Suki:
- Até porque você é um estudioso e tanto.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - ele murmura, meio sem jeito. - Eu só me esforço bastante.

Suki:
- Isso ainda te faz um estudioso e tanto. - insiste, dando um risinho.

Maianne Ribeiro:
- Não é nada de mais, mesmo. - ri.

Suki:
- Esforço é sempre algo que deve ser elogiado. - Circe quem diz.
Maianne Ribeiro:
- Bem... Obrigado. Mesmo. - ele sorri, sem graça.

Suki:
- De nada. - Ophelia responde, boba.

Maianne Ribeiro:
- Vamos passear..? - ele murmura, indicando a porta.

Suki:
- Melhor. Eu vou na frente. - Circe diz, se adiantando.

Maianne Ribeiro:
- Certo, certo. - ele sorri, segurando na mão de Ophelia e acompanhando-a.

qualquersuki:
Suki:
- Aqui é bem mais barulhento que (cidade que esqueci o nome).

- Nós moramos afastadas da vila, Ophelia, é diferente.

Maianne Ribeiro:
- Isso é verdade. Onde vocês moram é bem mais isolado. - comenta.

Suki:
- E que continue assim. - a artista resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Vai continuar, ora. Vocês não precisam se mudar. - ri.

Suki:
- Ela não seria louca de tentar. - insiste.

Maianne Ribeiro:
- Não seria mesmo, não se preocupe. A Ophelia odeia cidades, lembra?

Suki:
- Odiar é uma palavra muito forte, apesar de parcialmente adequada. - a fae
resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Desculpe. - ele murmura, sem jeito. - Não gosta de cidades. Melhor?

Suki:
- Melhor. - e assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
O rapaz afaga a mão dela de leve, sorrindo.
- Resolvido.

Suki:
- Nós sempre nos resolvemos muito bem.

Maianne Ribeiro:
- Com certeza. - sorri, bobo. - Circe, já encontrou algo pra desenhar?

Suki:
- Ainda não. Tudo aqui é muito simples e sem graça. - resmunga.
Maianne Ribeiro:
- Desenha a gente. - brinca.

Suki:
- ...isso é uma ótima ideia. - comenta, se virando para encará-los.

Maianne Ribeiro:
- F-foi brincadeira..! - ele cora, tímido.

Suki:
- Que pena.

- Eu também acho uma ótima ideia. - Ophelia diz, se virando para o namorado.

Maianne Ribeiro:
- A-acha..? Então... Então tudo bem, eu acho. - sussurra.

Suki:
- Você não se sente a vontade com a ideia? - pergunta, suave.

Maianne Ribeiro:
- Não é isso, eu só... Eu fico um pouco tímido. - responde, sem jeito.

Suki:
- Não tem razão pra timidez. Você é lindo. - diz, beijando-lhe o rosto
delicadamente, carinhosa.

Maianne Ribeiro:
- Eu não sou nada perto de você. - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Você é o meu namorado. É claro que é, e muito!

Maianne Ribeiro:
- Claro que não..! - ele ri. - Eu não sou feio, mas também não sou nada de mais. E
sem o olho, então...

Suki:
- Você é lindo. - diz, beijando-o novamente, desta vez os lábios

Maianne Ribeiro:
- ...o... Obrigado. - ele sussurra, derretido.

Suki:
- De nada, meu amor. Apenas a verdade, nada menos que a verdade~

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, ainda um tanto tímido, mas assente com a cabeça.
- Tudo... Tudo bem, então. A Circe pode desenhar a gente.

Suki:
- Só precisamos encontrar um bom fundo. - a artista diz. - Uma construção bonita,
ou um parque.

- Um parque é mais romântico, e vai me deixar mais a vontade~

Maianne Ribeiro:
- Um parque, então. Vamos encontrar um. - sorri.

Suki:
- Espero que não seja mal iluminado. - Circe murmura.

- Eu posso iluminar, se estivermos sozinhos. - e ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Pior caso, nós esperamos até a madrugada. - ele ri baixinho.

Suki:
- Não que vá demorar muito, inclusive. - a fae concorda.

Maianne Ribeiro:
- É, já tá bem tarde. - ele ri baixinho.

Suki:
- As ruas ficam mais vazias assim. É ótimo. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Bastante. Fica bem tranquilo, sereno. - comenta.

Suki:
- Silencioso. - diz, esboçando um sorriso, mais tranquila.

Maianne Ribeiro:
- Com certeza. Você gosta, não é? - sorri.

Suki:
- Sim. Eu amo os sons da natureza, mas o silêncio me encanta. - concorda,
assentindo com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Tem gente que acha o silêncio desconfortável... Mas eu concordo com você. É
encantador, é relaxante.

Suki:
- Os mistérios do que ele esconde, mas a certeza do vazio me preenche e me
tranquiliza. É como uma garantia de que o que o nada esconde não vai me atingir. -
murmura, o semblante tranquilo, o olhar distante.

Maianne Ribeiro:
- É um modo bonito de se pensar. - sorri.

qualquersuki:
Suki:
- Meus pensamentos são como uma nascente em um campo florido. Rebuscados, lindos, e
nem sempre em seu esplendor pleno~

Maianne Ribeiro:
- Pois pra mim parecem estar sempre em esplendor. - ri.

Suki:
- Eu tento verbalizar apenas os melhores.

Maianne Ribeiro:
- Faz sentido. - ele ri baixinho.

Suki:
- É difícil, mas eu tento.

Maianne Ribeiro:
- Você consegue. - ele ri baixinho. - Não se preocupe.

Suki:
- Obrigada, Ash. - murmura, beijando-o de leve.

- Um parque, e as luzes ainda estão acesas. - Circe diz, segurando a mão de Ophelia
e puxando-a sem rodeios. Isso faz a fae rir baixinho, prontamente segurando Ash e
levando-o consigo.

Maianne Ribeiro:
- Ei, não me deixem pra trás..! - ele resmunga, adiantando o passo.

Suki:
- Você é uma das partes centrais da pintura. Eu jamais te deixaria para trás. -
Circe resmunga.

Maianne Ribeiro:
- ...isso é... Reconfortante, eu acho..? - ele ri, sem jeito.

qualquersuki:
Suki:
- Você é uma parte importante do nosso trio. Essencial, inclusive. - Ophelia diz,
encarando-o

Maianne Ribeiro:
- ...obrigado. - ele sussurra, corando.

Suki:
- De nada, amor.

- Guardem as declarações pra hora da pintura. - resmunga

Maianne Ribeiro:
- Desculpe, desculpe. - ele ri. - Quando escolher o lugar da pintura, é só avisar.

Suki:
- Já escolhi. - ela responde de imediato, parando diante de um banco sob uma
árvore. - Não tem a melhor luz, mas é a melhor composição. - explica.

- Eu posso criar um pouco de luz no meio das folhas. Assim não fica plenamente
visível, e ninguém vai suspeitar da minha magia.

Maianne Ribeiro:
- Boa ideia. E no pior caso, nós esperamos mais um pouco até as pessoas irem
embora. - ri.

Suki:
- Eu não estou vendo mais ninguém. - a fae comenta, olhando ao redor. - Mas é
sempre possível que alguém passe e veja.

Maianne Ribeiro:
- Imagino que não vão desconfiar, se você esconder bem. - comenta.

Suki:
- Eu sou boa em esconder coisas. - Ophelia ri, observando a árvore por alguns
segundos antes de subir, habilidosa.
Maianne Ribeiro:
O rapaz apenas a observa, sorrindo de leve.
- Cuidado pra não cair!

Suki:
- Você realmente está _me_ dizendo para não cair? - pergunta, ficando de cabeça
para baixo em um dos galhos para encará-lo enquanto ria baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Bem... Sim, estou, mas pelo jeito não preciso. - ri.

Suki:
- Não, não mesmo. - ela ri também, voltando à posição normal antes de fingir
arrumar algo nas folhas, um globo luminoso surgindo entre elas. - Pronto! - diz,
antes de descer direto para o chão como se não fosse nada, jogando os cachos para
trás ao ajeitar a cabeça.

Maianne Ribeiro:
O rapaz solta uma exclamação de surpresa, encarando-a.
- N-não me mata do coração assim..!

Suki:
- Eu só desci! - responde, as bochechas corando. - Calma!

Maianne Ribeiro:
- Eu achei que você tinha caído! - ele resmunga, ame graça.

qualquersuki:
Suki:
- Eu jamais vou cair de uma árvore estando bem, Ash! Eu teria que ser atingida para
isso acontecer! - e ri.

Maianne Ribeiro:
- D-desculpe. Eu... - ele hesita. - ...eu não sei subir em árvore, então...

Suki:
Isso faz Ophelia erguer as sobrancelhas e rir baixinho em seguida.

- Eu te ensino quando voltarmos para casa. - diz, segurando uma das mãos dele antes
de puxar Ash para si e beijá-lo.

- Façam isso sentados, por favor, que eu quero desenhar. - Circe resmunga.

Maianne Ribeiro:
- C-certo, desculpe..! - ele cora, sentando com Ophelia. - ...vai mesmo me ensinar?

qualquersuki:
Suki:
- Isso e tudo mais que você quiser. - diz, encarando-o com um sorriso gentil,
afagando-lhe a mão.

Maianne Ribeiro:
- Não precisa, mas obrigado. - ele sorri, bobo.

Suki:
- Mas eu quero. - insiste, sorrindo.

Maianne Ribeiro:
- Obrigado. - ele sussurra, beijando-a. - Eu te amo, sabia..?

Suki:
- Sabia, e também te amo. - ela ri baixinho, encostando a testa na dele.

Maianne Ribeiro:
- Que bom... - ele sussurra, bobo, afagando o rosto dela.

Suki:
- Nós somos um ótimo casal, apesar de tudo que nos aconteceu. - murmura.

Maianne Ribeiro:
- Somos sim. - ele ri de leve. - A gente se achou.

Suki:
- Em um infinito de possibilidades e almas, nós nos encontramos. - ela assente com
a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- ...poético, de novo. - ele ri baixinho.

Suki:
- ...eu me sinto mais inspirada com você do meu lado. - murmura, rindo baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Eu? Eu sou fonte de inspiração? - ele ri, sem graça. - Eu sou tão... Banal.

Suki:
- Você é fisicamente banal. - Circe quem diz, arrancando uma reclamação de Ophelia
que a artista prontamente ignora. - Mas existe algo maior dentro de você.

Maianne Ribeiro:
- Dentro de mim..? Da... Minha personalidade, algo assim..?

qualquersuki:
Suki:
- Também. O jeito que você fala, se porta, raciocina, age diante do perigo. -
murmura.

Maianne Ribeiro:
O rapz sorri de leve, passando a mão nos cabelos, sem jeito.
- Eu... eu nem sei o que dizer. Obrigado.

Suki:
- É só a verdade.

- A Circe é uma artista; ela vê as almas das pessoas, não a beleza física. -
Ophelia ri baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Faz sentido. - ele ri baixinho. - Ver além do externo.

Suki:
- Um livro além da capa. - a artista assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Um livro além da capa. De fato. - ele sorri. - É algo muito importante.

Suki:
- _Você_ é muito importante. - Ophelia completa.

Maianne Ribeiro:
- Eu só sou eu, mais nada. - ri. - Não sou ninguém importante.

Suki:
- Pra nós você ser você é a parte importante, Ash. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Mesmo..? Mesmo eu sendo só isso..?

Suki:
- Você é você, e você é incrível. - e o beija

Maianne Ribeiro:
O rapaz retribui o beijo gentilmente estremecendo.
- Eu te amo... - sussurra, bobo.

Suki:
- Eu também te amo... - e ri baixinho, confortável, voltando a beijá-lo.

"Eu nunca vi ninguém completar a Ophelia tão bem assim...", Circe pensa, esboçando
um sorriso enquanto se concentrava no desenho.

Maianne Ribeiro:
O rapaz afagava o rosto de Ophelia gentilmente, mantendo a fae perto de si.
- Eu nunca me senti tão bem quanto como eu me sinto ao seu lado. - sussurra.

Suki:
- Você não é o primeiro que me diz isso. - admite, rindo bem baixinho. - Mas é o
primeiro com quem eu posso dizer que me sinto igual.

Maianne Ribeiro:
- Que bom. Quer dizer que eu te faço tão feliz quanto você me faz. - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Em algum momento eu deixei dúvidas sobre isso? - brinca.

Maianne Ribeiro:
- Não, eu só sou inseguro. - ri, sem jeito.

Suki:
Isso arranca uma gargalhada da mulher.

- Ash...!

Maianne Ribeiro:
- É a verdade, ora..! - ri.

- Bastante, eu sei. Mais do que eu achava que era. - ri.

Suki:
- Admito que também não achava que você seria assim, quando nos conhecemos.

Maianne Ribeiro:
- Como achou que eu seria? - pergunta, curioso.

Suki:
- Arrogante, passivo-agressivo. - diz, como se fosse óbvio.

Maianne Ribeiro:
- Eu passo essa impressão..? - ele murmura, sem jeito.

Suki:
- Não mais. - ela nega com a cabeça. - Mas quando nos conhecemos, com você furioso
daquela forma, sim.

Maianne Ribeiro:
- Desculpe. - ele suspira, sem jeito. - Eu só... Eu estava obcecado.

Suki:
- E agora _nós_ estamos. - e ri baixinho. - Não se preocupe.

Maianne Ribeiro:
- ...É. - ele ri baixinho. - E nós vamos chegar a fundo disso.

Suki:
- Até a verdade total e completa. - ela assente com a cabeça.

Maianne Ribeiro:
- Até a verdade total e completa. Eu juro. - ele assente com a cabeça.

Suki:
- Faes não fazem promessas ou juramentos que não dependem deles. - e ri de leve,
sem graça. - Mas juro te acompanhar enquanto for possível para todos nós.

Maianne Ribeiro:
- É o suficiente. - ele ri baixinho, beijando-a de leve.

qualquersuki:
Suki:
"Eu te seguiria até os confis mais gelados do inferno, Ash, e você mal imagina...",
pensa, boba com o beijo.

- Prontinho. Fiz o que conseguia. - Circe diz, se levantando e se aproximando dos


dois. - Em casa eu transformo isso em uma tela.

Maianne Ribeiro:
- Vamos voltar, então? - ele sorri, afagando a mão de Ophelia.

Suki:
- Vamos. E dormir o sono dos justos, enfim~ - diz, boba, puxando Ash consigo para
se aproximar de Circe e espiar o desenho.

Maianne Ribeiro:
- Posso ver também? - ele pergunta, curioso, se aproximando.

Suki:
- Nenhum dos dois deveria ver. - resmunga, fechando a caderneta quando eles se
aproximam.

Maianne Ribeiro:
- Ei..! Assim eu vou ficar na curiosidade! - ri.

Suki:
- Essa é a ideia, acho. - Ophelia brinca.
- Eu só divido minhas obras quando elas estão prontas para o mundo.

Maianne Ribeiro:
- Deve estar pronta pros nossos olhos, ao menos. - ri.

Suki:
- Somente quando estão prontas para o mundo. - insiste, fuzilando Ash com o olhar.

Maianne Ribeiro:
- Tudo beeeem, tudo bem. - ri.

Suki:
- Ótimo. - resmunga, guardando a caderneta na bolsa.

Maianne Ribeiro:
- Só quando estiver em tela, então? - ri.

Suki:
- E pronto na tela. Sim. - murmura, já se virando para voltar até a pousada.

- Já entendemos o ultimato, Circe. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Não vou insistir, prometo. - ri.

Suki:
- Eu te esfaquearia com uma espátula antes que tentasse. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- Por favor não, gosto de estar inteiro!

qualquersuki:
Suki:
- Então não ouse insistir e me provocar. - resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Não vou, não vou!

Suki:
- Circe, não precisa provocá-lo tanto assim! - Ophelia ri.

Maianne Ribeiro:
- Ela vai me provocar pra sempre, aposto - ele ri.

Suki:
- É um sinal de uma boa amizade. - provoca.

Maianne Ribeiro:
- É? Eu não tive amigos, não sei bem como funciona. - ele ri, sem jeito.

Suki:
- Agora tem. Uma amiga e uma namorada. - ela dá de ombros.

Maianne Ribeiro:
- É. Agora é diferente. - ele sorri, bobo.

Suki:
- Agora você é parte de uma família decente. - Ophelia ri.
- Eu sou a tia chata. - a outra resmunga.

Maianne Ribeiro:
- Tia chata, é? Combina. - provoca, risonho.

Suki:
- Eu sei. E você é a criança que passa vergonha roubando vinho da mesa. - retruca.

Maianne Ribeiro:
- Eu não roubo vinho da mesa! - ri.

Suki:
- Porque você não é uma criança literal que precisa beber escondido.

- Bom, você teve uma reação intensa ao vinho, mesmo. - Ophelia ri.

Maianne Ribeiro:
Ele cora, sem graça.
- Eu sou m-meio fraco, mesmo...

Suki:
- É questão de hábito. Eu adoro o sabor dos vinhos, então podemos sempre apreciá-
los juntos. - Ophelia sorri.

Maianne Ribeiro:
- Podemos sim... E quem sabe eu me acostume mais. - ri.

qualquersuki:
Suki:
- Aos poucos você vai, eu espero~

Maianne Ribeiro:
- Pouco a pouco, imagino que sim. - ele ri, afagando a mão dela.

Suki:
- Eu não tenho pressa, e nem você deveria.

Maianne Ribeiro:
- Eu não tenho pressa. Juro! - ri.

Suki:
- Então vamos fazer uma nova noite de vinhos quando voltarmos pra casa. - e sorri.

Maianne Ribeiro:
- Certo, certo. Vai ser divertido. - ri.

Suki:
- Vamos fazer ser. - e pisca um dos olhos.

Maianne Ribeiro:
- Com vocês, não tenho dúvida. - ri.

Suki:
- Posso dizer o mesmo. - Ophelia ri.

Maianne Ribeiro:
O rapaz sorri, bobo, afagando a mão dela.
- Vem. Vamos dormir, estamos precisando.
Suki:
- Por favor. Não queria admitir, mas minhas pernas estão exaustas. - diz, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Não só as suas. - ele ri. - Nós três, aposto.

Suki:
- Eu estou bem. - Circe dá de ombros.

Maianne Ribeiro:
- ...bem, só você, eu ainda estou exausto.

Suki:
- Eu também. - Ophelia admite, sem graça.

Maianne Ribeiro:
- Então vamos descansar. - ele ri, bobo, guiando Ophelia de volta.

Suki:
- Podemos dormir abraçados...? - pede, baixinho.

Maianne Ribeiro:
- Claro que podemos. - ele sorri, gentil.

qualquersuki:
Suki:
- Podemos sempre dormir abraçados, então...? - pergunta.

Maianne Ribeiro:
- Claro que podemos. - ele repete, risonho. - Toda noite.

Suki:
- Como o bom casal que somos. - diz, boba.

Maianne Ribeiro:
- O melhor de todos, claro. - ri.

Suki:
- Sem dúvidas~

- Menos, pombinhos. - Circe reclama, parando diante do próprio quarto. - Acordo


vocês amanhã pro café. Boa noite. - anuncia, entrando e fechando a porta atrás de
si.

Maianne Ribeiro:
- Boa noite, Circe. - ele ri baixinho, indo para o próprio quarto com Ophelia.

Suki:
- Ela nunca muda. - diz, acompanhando Ash no riso.

Maianne Ribeiro:
- Não muda mesmo. - ele ri baixinho, entrando no quarto. - Nós não fizemos nada!

Suki:
- Nem um beijinho dessa vez!

Maianne Ribeiro:
- Pois é! - ele ri, puxando Ophelia pra si. - Mas agora eu posso te beijar longe
dos olhos dela. Certo?
Suki:
- Pode fazer o que quiser ~ O que quisermos ~ - provoca, mordiscando o lábio
inferior dele.

Maianne Ribeiro:
- Ophelia, não me tenta assim... - ele sussurra, arrepiado com a mordida.

Suki:
- Eu sou uma tentação de todas as formas, Ash~

Maianne Ribeiro:
- Isso é a mais pura verdade... - ri, apertando o abraço.

Suki:
- E eu sou sua em todas as formas, também... - sussurra, provocante.

Maianne Ribeiro:
- Toda minha..? - ele pergunta, descendo os lábios para o pescoço dela.

Suki:
- Toda sua. - e ri.

Maianne Ribeiro:
O casal aproveitaria a noite juntos antes de enfim caírem no sono abraçados um ao
outro como haviam dito antes...

Ao amanhecer, Ash resmunga baixinho, despertando devagar, o sorriso se abrindo no


rosto ao ver Ophelia em seus braços.

qualquersuki:
Suki:
E a fae dormia silenciosamente, coisa que o rapaz presenciara raríssimas vezes,
visivelmente confortável enquanto o peito subia e descia devagar.

Maianne Ribeiro:
"...que linda..." ele sorri, bobo, afagando os cabelos da fae.
- Ophelia... Acorda, Ophelia... - sussurra baixinho.

Suki:
Ela resmunga baixinho, se mexendo enquanto se aconchegava mais perto de Ash, até
enfim entreabrir os olhos, cansada.

- ...bom dia, amor... - murmura, bocejando em seguida.

Maianne Ribeiro:
- Bom dia, meu sol. - ele sussurra baixinho, beijando a testa dela. - Descansou
bem..?

Suki:
- Muito bem, como há muito tempo não faço. - admite, sorrindo e fechando os olhos
com o beijo dele.

Maianne Ribeiro:
- Que bom. - ele ri baixinho, bobo. - Pronta pra mais um dia intenso?

Suki:
- Com você? Sempre disposta, apesar de nem sempre pronta. - murmura, sorridente,
beijando-o de leve.
Maianne Ribeiro:
Ele ri baixinho com o beijo, afagando os cabelos dela.
- Bem, nós temos que ir. Daqui a pouco a Circe vem arrancar a gente da cama.

Suki:
- É melhor estarmos pelo menos banhados quando ela chegar, para evitar mais
comentários. - e ri.

Maianne Ribeiro:
- Melhor mesmo. - ele sorri sem jeito, fazendo mais um afago antes de começar a se
levantar, resmungando baixinho. "A gente se cansou um tanto antes de dormir..."

Suki:
- Precisa de ajuda? Um pouco de cura, talvez? - pergunta, prontamente se levantando
para apoiá-lo.

Maianne Ribeiro:
- Não, não se preocupe. Só estou um pouco dolorido. - ri, corando de leve. - Foi o
esforço.

Suki:
- Eu exijo muito de você. - e pisca um dos olhos antes de beijá-lo novamente.

Maianne Ribeiro:
- Não se preocupe. Eu gosto. - ele adiciona baixinho, sem jeito.

qualquersuki:
Suki:
- Fico mais tranquila sabendo disso. - ela ri baixinho, puxando-o consigo para o
banheiro.

Maianne Ribeiro:
- Banho juntos..? - ele sorri, bobo, afagando a mão dela enquanto se deixava levar.

Suki:
- Por favor. Eu adoro o toque da sua pele, poder aproveitá-lo por mais tempo é
irresistível.

Maianne Ribeiro:
- Coincidência, eu também adoro o seu toque. - ele ri baixinho. - Melhor pra nós
dois.

Suki:
- Perfeito pra nós dois. - corrige, rindo também.

Maianne Ribeiro:
- Perfeito. - e ri, beijando-a. - Mas vamos, banho, banho.

Suki:
- Banho, banho, banho~! - ela gargalha, puxando-o.

Maianne Ribeiro:
O rapaz ri, bobo, se deixando levar pra debaixo do chuveiro.
- Deixa que eu lavo o seu corpo. - diz, gentil, pegando o sabonete.

Suki:
- Não precisava, mas eu agradeço imensamente. - diz baixinho, boba.
Maianne Ribeiro:
- Não precisa agradecer. - ele sorri, beijando os cabelos de Ophelia antes de
começar a ensaboar seu corpo, delicado.

Suki:
"Tem anos que eu não sei o que é isso...", pensa, derretida, fechando os olhos.

Maianne Ribeiro:
O rapaz não demora a enxaguar Ophelia, dando beijinhos em sua pele aqui e ali,
cuidadoso.
- Prontinho. - sorri, gentil.

Suki:
- Posso fazer o mesmo com você agora~?

Maianne Ribeiro:
- P... P-pode. - ele murmura, corando de leve.

qualquersuki:
Suki:
- Qual a razão pra vergonha? - pergunta, começando a lavar o corpo dele.

Maianne Ribeiro:
- Eu... É... É idiota. - ele sussurra baixinho. - Não é como se você já não tivesse
me tocado inteiro, mas...

Suki:
- Mas é mais íntimo. Vulnerável. Assustador. - diz, passando o nariz pelos cabelos
dele.

Maianne Ribeiro:
- ...é. E eu sou inseguro com o meu corpo. - sussurra.

Suki:
- Seu corpo é lindo. O mais lindo de todos aos meus olhos. - e ri baixinho, boba.

Maianne Ribeiro:
- O meu..? Esse corpo frágil, fraco e danificado..? - ele murmura, soltando um
risinho triste.

Suki:
- Corpo frágil nenhum sobreviveria a tudo que você sobreviveu, Ash, e você só está
fraco por causa das tentativas de assassinato. - diz, afagando-lhe o rosto.

Maianne Ribeiro:
Ele suspira, colocando a mão sobre a dela.
- Eu sei que você não mente, mas... É tão difícil aceitar...

Suki:
- Eu sei. - sussurra. - Mas eu vou ficar do seu lado repetindo enquanto você
precisar.

Maianne Ribeiro:
- ...obrigado. - ele sussurra baixinho. - De verdade.

Suki:
- É o que se faz quando se ama, Ash. Não precisa me agradecer. - diz, suave.

Maianne Ribeiro:
- Você é um anjo. - ele ri, bobo.

Suki:
- Fae. Anjos são outro tipo de criaturas. - ela ri.

Maianne Ribeiro:
- Você entendeu o que eu quis dizer..! - ri.

Suki:
- Entendi, mas não pude evitar~ - e ri de novo, mais solta.

Maianne Ribeiro:
- Boba... - ele ri, dando um beijo em Ophelia, carinhoso.

qualquersuki:
Suki:
- Completamente boba por você. - provoca, as bochechas corando de leve.

Maianne Ribeiro:
- ...boba mesmo. - ele sorri, o rosto igualmente corado enquanto a beijava
novamente, carinhoso.

Suki:
- Vamos nos arrumar, que eu já es—

- Acordem, vamos comer. - Circe chama, em um tom de voz neutro, as batidas na porta
um tanto pesadas em compensação.

Maianne Ribeiro:
- Já estamos indo! - ele responde, antes de sussurrar pra Ophelia. - Melhor a gente
se secar rápido...

Suki:
- _Bem_ rápido. - e ri baixinho, corada, se adiantando.

Maianne Ribeiro:
"Nem me fale..." pensa, correndo pra se secar e se vestir.

Suki:
- Não me façam ouvir nada, mas por favor, _se adiantem. _ - ela reclama.

- Não fizemos nada para você ouvir, Circe. - Ophelia ri, ao abrir a porta. - Bom
dia, por sinal.

Maianne Ribeiro:
- Só estávamos terminando o banho, só isso! - Ash resmunga.

Suki:
- Casais fazem muitas coisas em um banho. - e revira os olhos, indo para as
escadas. - Bom dia.

Maianne Ribeiro:
- Eu sei, mas era só um banho. - resmunga. - Bom dia.

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