Você está na página 1de 1

GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e

egião

Aprenda a fazer o
Weihnachtsstollen, uma
deliciosa tradição do Natal
Alemão
Lucimara Silva 12 meses atrás

Suvinil Fosco Completo


A cor de sempre, ou as que você imaginar? Vai dar certo.

Suvinil Abrir

Repetir vídeo

PUBLICIDADE

Honda Automóveis do Brasil


Sponsored

Chegou a hora de conhecer tudo o que o New


City oferece: design, conforto e tecnologia.
Confira todos os detalhes e aproveite essa…
chance.

WWW.HONDA.COM.BR
Tudo do New City vai atrair SAIBA MAIS
você.
Sinta uma atração única.

Além dos biscoitos natalinos decorados, o


Stollen, um pão doce com várias especiarias, é
parte essencial das festividades de fim de ano
dos alemães. Com um formato alongado e
coberto de açúcar de confeiteiro, essa espécie de
cuca simboliza o corpo de Cristo envolto em um
manto branco, por isso, também leva o nome de
Weihnachtsstollen (Manto de Natal) ou
Christollen (Manto de Cristo).

Em Santa Cruz do Sul e na região, algumas


famílias seguem o ritual de preparar o Stollen no
período do Advento. Esse é o caso da professora
Lissi Bender, que estuda a presença da língua
alemã no município. Nesta semana, ela recebeu
a Gazeta do Sul para revelar dicas sobre o
preparo e falar dessa tradição. O encontro
aconteceu na casa de férias do casal Dieter
Becker e Deisi Steil, que mora na Alemanha.

PUBLICIDADE

Samsung
Sponsored

Estilo para você levar até nos menores bolsos.


Abra o novo com o design compacto do Galaxy Z
Flip3 5G.

SAMSUNG.COM.BR
Galaxy Z Flip3 5G SAIBA MAIS
Abra o novo

Advertising

Advertising

LEIA MAIS: VÍDEO: tradição da música e


dos poemas se mantém entre as novas
gerações

Conforme Lissi, a cuca natalina já era preparada


na Idade Média, inicialmente com poucos
ingredientes – apenas farinha, água e fermento.
Mais tarde houve o acréscimo de manteiga e,
com o tempo, a receita foi sendo refinada. “O
Stollen sem manteiga e leite era muito seco. Era
destinado ao consumo em tempo de Advento,
quando se fazia jejum, principalmente nos
mosteiros e conventos. Com a permissão de
acréscimo de manteiga, por meio do Butterbrief,
e de outros ingredientes com o passar do tempo,
ganhou lugar perene e de destaque nas
celebrações natalinas germânicas”, relata a
professora.

“É uma tradição de 700 anos. A primeira


referência sobre o Stollen data de 1329, em
Naumburg, junto ao Rio Saale. Em 1474 surgiu
em Sachsen, Saxônia, o Christbrot, o ‘Pão de
Cristo’, para pessoas pobres no Natal. Somente
depois ficou conhecido como Christstollen”,
conta Lissi.

Atualmente, a massa com fermento biológico


que entra na composição básica recebe farinha,
leite, manteiga, ovo, açúcar e especiarias como
cardamomo, canela, cravo, noz-moscada e
gengibre. Leva ainda frutas cristalizadas, uva
secas e amêndoas raladas ou laminadas. No
entanto, cada família vai incorporando os
ingredientes ao seu gosto.

“Primeiro coloco na batedeira a farinha, faço


uma leve depressão no meio e ponho o fermento
misturado ao leite morno e açúcar. Cubro com
um pouco da farinha e deixo crescer por 15
minutos. Depois acrescento a manteiga, raspas
de limão siciliano, os ovos, as especiarias e deixo
bater bastante na batedeira”, ensina a
professora.

LEIA MAIS: Santa Cruz organiza semana


dedicada à imigração alemã

Lissi Bender apresenta a guloseima típica do Natal alemão |

Foto: Lula Helfer

Após descansar por quase três horas, a massa é


sovada até ficar bem lisa e não grudar mais nas
mãos. É nesse momento que as passas, frutas
cristalizadas e amêndoas laminadas são
incorporadas.

O segredo, segundo a professora Lissi, está nos


detalhes que antecedem a preparação e na
escolha dos produtos, que devem ser de
qualidade. “As frutas cristalizadas não devem
ser secas, mas úmidas, suculentas. Na véspera,
eu passo água quente nas uvas e as seco
levemente com um pano. Na sequência, eu as
ponho de molho em rum jamaicano, onde ficam
até o dia seguinte. Isso confere um sabor
especial às uvas. Canela utilizo somente a
Ceilão, que é a legítima.”

A massa, após receber o formato alongado, é


acomodada em papel-manteiga e disposta em
uma forma, que é levada ao forno a uma
temperatura de 180 graus, por 50 a 60 minutos.
Assada, a cuca é pincelada com manteiga e
polvilha da com açúcar de confeiteiro e açúcar
de baunilha.

“Ela incorpora melhor o sabor das especiarias


com o passar dos dias e pode ser congelada sem
perder sua qualidade. A cuca natalina alemã, o
Christstollen, na Alemanha é produzida pelas
famílias e encontrada também em muitas
confeitarias”, destaca.

“O mais famoso Christstollen é o de Dresden, a


capital de Saxônia. Ele é protegido por um selo
oficial da União Europeia. Assim, em Dresden e
arredores, somente a 130 padeiros é concedido o
direito de chamarem sua cuca natalina de
Dresdner Christstollen”, acrescenta.

LEIA MAIS: VÍDEO: preparo do pão no


Backoffen vai marcar os 171 anos da
imigração alemã

Faça você mesmo


Aprenda a receita tradicional, traduzida por
Lissi Bender e registrada em seu livro, Forno e
fogão para dias festivos (2001).

Weihnachtsstollen (Cuca natalina alemã)

500 gramas de farinha


1 cubinho de fermento fresco (40 gramas)
1/4 de litro de leite (morno)
100 gramas de açúcar
200 gramas de manteiga (de boa qualidade)
2 ovos
2 gemas
Meia casca ralada de limão siciliano (orgânico)
1/2 colher de chá de noz-moscada ralada, ou em

1/2 colher de chá de canela Ceilão
1/2 colher de cardamomo
1/2 colher de chá de cravos (em pó)
1 pitada de gengibre
1 pitada de sal
60 gramas de amêndoas raladas ou laminadas
60 gramas de uvas secas (pode ser de uva
branca ou rosa)
60 gramas de uvas secas de corinto (uvas pretas
pequenas)
4 colheres de sopa de rum (de boa qualidade)
60 gramas de frutas cristalizadas (de boa
qualidade)
50 gramas de manteiga para pincelar a cuca
pronta
50 gramas de açúcar de confeiteiro misturado ao
conteúdo de um envelope de baunilha, para
cobrir a cuca.
E um pouco de farinha para trabalhar a massa.

Modo de preparo

Lave as uvas secas com água quente, seque com


papel absorvente e as deixe mergulhadas em
rum de véspera. Numa vasilha, peneire a farinha
e o sal. Faça uma pequena cavidade no meio da
farinha. Esmigalhe o fermento e o dilua em 75
ml de leite morno e um pouco de açúcar.
Derrame essa mistura na cavidade feita no meio
da farinha. Depois, cubra bem de leve com um
pouco de farinha e deixe o fermento crescer por
em torno de 15 minutos.

Amoleça 175 gramas de manteiga, acrescente


açúcar, as especiarias, a casca ralada de limão,
ovos e gemas de ovo. Misturar tudo bem.
Acrescente essa mistura, junto com o restante
do leite, à farinha com o fermento crescido na
vasilha. Misture tudo e bata bem a massa em
batedeira, com batedores de massa pesada.

Deixe a massa no vasilhame, cubra-a com um


pano e deixe crescer em um lugar morno por, no
mínimo, duas a três horas, até que seu tamanho
aumente consideravelmente. Então é hora de
colocá-la sobre uma mesa enfarinhada e sová-la
até que fique lisa, elástica, soltando das mãos.
Escorra o rum das passas e acrescente à massa,
também as frutas cristalizadas e as amêndoas.
Incorpore tudo bem à massa. Cubra e deixe
repousar durante mais 20 minutos.

Alongue a massa sobre a mesa enfarinhada,


abra-a e sobreponha um lado sobre o outro, até
o meio, de modo que adquira a forma clássica de
um manto que envolve uma criança. Coloque em
forma retangular, forrada com papel-manteiga,
deixe repousar mais 20 minutos. Ligue o forno,
deixando-o aquecer a 180 graus, e asse o
Weihnachtsstollen por cerca de 15 minutos.
Baixe a temperatura para 160 graus e deixe
assar por mais uns 45 minutos. Eventualmente,
cubra a cuca com papel-manteiga em seus
últimos 20 minutos no forno. Retire do forno;
ainda quente, pincele o Stollen com manteiga.
Misture açúcar de confeiteiro com açúcar de
baunilha e polvilhe.

LEIA TAMBÉM: Entenda as principais


tradições e conheça o essencial no Natal

Veja também a receita em alemão:

Weihnachtsstollen/ Christstollen
500 gr. Mehl
1 Würfel frische Hefe ( 40g)
¼ Liter Milch (lauwarm)
100 gr. Zucker
200 gr. Butter
2 Eier
2 Eigelb
Halbe geriebene Schale (einer Bio-Zitrone)
½ Teelöffel geriebene Muskatnuss
½ Teelöffel Nelken (gemahlen)
1 Prise Ingwer
1 Prise Salz
60 g geriebene Mandeln
60 g Rosinen
60 g Korinthen (schwarze Rosinen)
4 Esslöffel Rum
60 g de frutas cristalizadas (de boa qualidade)
50 g Butter zum Bestreichen
50 g Puderzucker und ein Päckchen
Vanillezucker zum Bestreuen
Und etwas Mehl zum bearbeiten

Zubereitung
Sultaninen und Korinthen mit heißem Wasser
kurz abspülen, trocken tupfen und über Nacht
im Rum einweichen. Mehl und Salz in eine
Schüssel sieben und in die Mitte eine Mulde
drücken. Die Hefe zerbröckeln und in 75 ml
lauwarmer Milch auflösen. Diese Mischung in
die Vertiefung gießen, mit Mehl bestäuben und
diesen Vorteig an einem warmen Ort etwa 15
Minuten lang gehen lassen.

175 g Butter schmelzen und mit Zucker,


Zitronenschale, Eiern und Eigelb verrühren. Mit
der restlichen Milch zum Vorteig geben und
zuerst mit den Knethaken des Handrührers,
anschließend mit den Händen zu einem glatten,
elastischen Teig verkneten. So lange kneten, bis
er kleine Blasen zeigt. Zugedeckt an einem
warmen Ort mindestens 2 bis 3 Stunden gehen
lassen, bis der Teig sichtbar aufgegangen ist. .

Den Backofen auf 180 vorheizen. Sultaninen,


Korinthen, Orangeat, Zitronat und Mandelstifte
unter den Teig kneten. Den Teig zugedeckt noch
mal mindestens 2 Stunden an einem warmen
Ort gehen lassen.

Den Teig auf einer bemehlten Arbeitsfläche


durchkneten, auf ein mit Backpapier ausgelegtes
Backblech geben. Zu einem Oval
auseinanderdrücken.

Eine Längsseite zur Mitte überklappen und mit


den Händen etwas nachformen, so dass die
klassische Stollenform entsteht. Zugedeckt etwa
weitere 20 Minuten gehen lassen. Den Stollen
im Ofen etwa 15 Minuten backen. Den Backofen
auf 160 Grad herunterschalten und den Stollen
etwa 45 Minuten weiterbacken. Eventuell in den
letzten 20 Minuten mit Backpapier abdecken.

Restliche Butter schmelzen und den Stollen


sofort damit bestreichen. Puderzucker mit
Vanillezucker mischen und darüber sieben und
abkühlen lassen. Vor dem Anschneiden dick mit
Puderzucker bestäuben. FROHE
WEINACHTEN!!

LEIA MAIS: Livros de viajantes alemães


contêm registros históricos de Santa
Cruz

Uma família que se divide entre a


Alemanha e o Brasil

O alemão Dieter Becker, que trabalha no ramo


de imóveis, e a candelariense Deisi Steil residem
há 20 anos na cidade de Giessen, próximo de
Frankfurt, mas mantêm forte ligação com Santa
Cruz e região. Todos os anos, o casal e o filho
Frank Becker, de 18 anos, que nasceu no Brasil e
possui nacionalidade alemã, passam o Natal em
sua casa de férias, em Santa Cruz.

“Nós viemos no fim de novembro e ficamos até o


início de janeiro. Nesta época é inverno na
Alemanha, e lá é muito frio. Escurece cedo, por
volta das 16 horas. Então, viemos pra cá. Além
disso, é uma forma de estarmos perto da minha
família e de possibilitar que nosso filho continue
falando português. Por isso, montamos esta
estrutura para nós aqui”, conta Deisi.

Dieter Becker, Frank Becker e Deisi Steil passam o Natal

em Santa Cruz todos os anos | Foto: Lula Helfer

O marido, que fala somente o idioma alemão,


ressalta que o que mais gosta em Santa Cruz é
da gastronomia e do povo hospitaleiro. “Gosto
muito daqui. Nos restaurantes servem bufê a
quilo e isso não tem lá (risos), as frutas de verão
são muito saborosas, a carne é muito macia e as
pessoas nos tratam muito bem. Também
pegamos mais sol, diferente de lá. É mais
qualidade de vida”, salienta.

Becker é bastante conhecido em Candelária, por


conta de grandes feitos. Foi ele quem
intermediou a doação dos caminhões de
bombeiros alemães ao município, o que
possibilitou a fundação do Corpo de Bombeiros
Voluntários, em 1998. Além disso, fez a doação
de três sinos para a Igreja da Comunidade de
Linha Brasil, no interior de Candelária. O
transporte foi realizado de navio.

LEIA MAIS: FOTOS E VÍDEO: famílias


mantêm tradição das bolachas decoradas
de Natal

Categorias: Regional

Deixar um comentário

Sair da versão para dispositivo móvel De volta ao topo

© 2021 Gazeta

Você também pode gostar