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Preparatório Nodo Sinusal

&
Associação dos Enfermeiros Unidos
Para Cuidar

MATERIAL DE APOIO PARA O CONCURSO

PÚBLICO MINSA – 2022

TÉCNICO MÉDIO DE ENFERMAGEM DE 3ª

CLASSE
[2]

O/a Proprietá rio/a

___________________________________________

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SINAIS VITAIS
Os sinais vitais são um grupo de sinais indicadores do desempenho das
funções vitais, medidos para estabelecer seus padrões basais, orientar
o diagnóstico inicial de uma enfermidade, observar tendências dos processos
fisiológicos, fazer o acompanhamento da evolução do quadro clínico e
monitorar a resposta do paciente ao tratamento. Chama-se funções vitais às
funções orgânicas directamente responsáveis pela manutenção da vida.

Os sinais vitais são quatro: (1) Temperatura, (2) Pulso, (3) Frequência
respiratória e (4) Pressão arterial. Eles são quantificados mediante avaliações
numéricas e comparados a parâmetros tidos como normais, que variam de
acordo com a idade, peso, sexo e saúde geral do paciente e servem para
indicar seu estado geral actual e fornecer pistas para possíveis doenças e para
a evolução do tratamento.

TEMPERATURA
A temperatura corporal diz respeito a produção de calor e os mecanismos
de regulação e manutenção da temperatura interna do organismo
(termorregulação), que são essenciais para manter a homeostase (estabilidade
fisiológica) sistémica. A temperatura do corpo é registrada em graus Celsius
(centígrados).

A temperatura corporal de uma pessoa pode ser aferida por várias vias:
oralmente (boca), por via retal (ânus), inguinal (virilha), axilar (axilas), no ouvido
(obtida no tímpano e na pele (na testa).

A temperatura corporal pode ser anormal devido à febre (temperatura alta)


ou hipotermia (temperatura baixa). É considerada uma febre quando a
temperatura do corpo fica acima de 37,8 graus centígrados. A hipotermia é
definida como uma queda na temperatura corporal abaixo de 35,1 graus
centígrados.

A causa mais comum de elevação sustentada da temperatura é a presença de


processos infecciosos, mas ela pode também surgir em função de outros
factores.

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FATORES QUE AFETAM A TEMPERATURA CORPORAL

Idade: Os bebês e os idosos possuem maior dificuldade para manter a temperatura


normal do organismo. Gênero: As mulheres em idade reprodutiva demonstram uma
pequena elevação na temperatura corpórea durante a ovulação. Exercício e
actividade: Tanto o exercício quanto a actividade, envolvem contração muscular; o
qual produz calor no corpo. Ritmo circadiano: Os ritmos circadianos são mudanças
fisiológicas, como flutuações na temperatura do corpo outros sinais vitais, que
fecham um ciclo a cada 24 horas. Emoções: As emoções podem afectar a taxa
metabólica, influenciando as mudanças hormonais através das vias simpáticas e
parassimpática do sistema nervoso autônomo. Doença ou lesão: Doenças,
disfunções ou lesões que afectam o funcionamento do hipotálamo podem activar a
temperatura do corpo. Drogas: Algumas drogas afectam a temperatura corporal,
aumentando ou reduzindo a taxa metabólica e as necessidades energéticas do
organismo.

VALORES DE REFERÊNCIA TEMPERATURA

 Normal: Temperatura encontra-se 36ºC a 37ºC


 Axilar: temperatura normal encontra-se entre 35,5 a 37ºC, com média de
36 a 36,5ºC;
 Inguinal: 36ºC a 36,8ºC
 Bucal: temperatura normal encontra-se entre 36 a 37,4ºC;
 Retal: temperatura normal encontra-se entre 36 a 37,5ºC.

TERMINOLOGIAS

 Hipotermia temperatura abaixo de 35º C.


 Afebril são temperaturas entre 36,1º C a 37,2 º C.
 Paciente com febre a temperatura varia entre 37,8 º C a 38,9º C.
 Pirexia é a temperatura entre 39º C a 40º C.
 Hiperpirexia é a temperatura acima de 40º C.

Para o preenchimento do gráfico dos sinais vitais particularmente a temperatura


utiliza-se esferográfica de cor azul.

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PULSO
O pulso é uma sensação ondular que pode ser palpada em uma das
artérias periféricas. É produzido pelo movimento do sangue durante a
contracção do coração. A frequência da pulsação é o número de pulsações
periféricas palpadas a cada minuto. Os melhores locais para se palpar o pulso
são onde artérias de grosso calibre se encontram próximas à superfície
cutâneas e possam ser comprimidas contra uma superfície firme
(normalmente um osso). As artérias radiais, ao nível dos punhos, são mais
comummente usadas na checagem do pulso em vítimas conscientes. Os
locais para aferição de pulsação são colectivamente denominados pulsos
periféricos. Locais de pulsação periférica: artéria temporal, carotídeo, braquial,
radial, femoral, poplítea, tibial posterior, pediosa dorsal do pé.

Quando o coração força o sangue através das artérias, a pessoa sente os


batimentos pressionando firmemente as artérias que estão localizadas perto da
superfície da pele em certos pontos do corpo. A pulsação pode ser tomada
mais facilmente na lateral do pescoço, na parte interior do cotovelo ou no pulso.
Para a maioria das pessoas, é mais fácil aferir a pulsação no pulso.

FACTORES QUE AFECTAM A PULSAÇÃO

Idade, género, exercícios físicos e actividade, ritmo circadiano, complicação


física; estresse e emoções, temperatura do corpo, volume sanguíneo, drogas.

VALORES DE REFERÊNCIA

O pulso radial é habitualmente o mais verificado.


Média normal do pulso:

 Lactentes: - 110 a 130 bpm (batimentos por minuto);


 Abaixo de 7 anos: - 80 a 120 bpm
 Acima de 7 anos: - 70 a 90 bpm
 Puberdade: - 80 a 85 bpm
 Homem: - 60 a 70 bpm
 Mulher: - 65 a 80 bpm
 Acima dos 60 anos: - 60 a 70 bpm

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TERMINOLOGIAS

 Pulso normocádico: Batimento cardíaco normal


 Pulso rítmico: Os intervalos entre os batimentos são iguais
 Pulso arrítmico: Os intervalos entre os batimentos são desiguais
 Pulso dicrótico: Dá impressão de dois batimentos
 Taquisfigmia: Pulso acelerado
 Badisfigmia: Frequência abaixo da faixa normal
 Pulso filiforme: Indica redução da força ou do volume do pulso periférico.

Para o preenchimento do gráfico dos sinais vitais particularmente o pulso


utiliza-se esferográfica de cor vermelha. O pulso e a respiração devem ser
verificados no mesmo procedimento, pois o paciente pode interferir, parando ou
alterando o ritmo respiratório.

RESPIRAÇÃO
Respiração é um termo que se refere à troca de oxigénio e de dióxido de
carbono. Ventilação, por outro lado, é o movimento do ar que entra e sai do
peito. Inalação ou inspiração é o ato de inspirar o ar, exalação ou expiração é o
ato de expirar o ar, ou seja, colocar ar para fora. Frequência respiratória (FR): é
a quantidade de respiração que acontece em um minuto. A principal função da
respiração é suprir as células do organismo de oxigénio e retirar o excesso de
dióxido de carbono.

A taxa é medida quando uma pessoa está em repouso e simplesmente envolve


a contagem do número de respirações por minuto, contando quantas vezes
o peito se expande.

FACTORES QUE AFECTAM A RESPIRAÇÃO

As taxas de respiração normal para uma pessoa adulta em repouso variam de


12 a 16 respirações por minuto, mas podem aumentar com exercícios
físicos, febre, doenças e outras condições médicas.

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VALORES DE REFERÊNCIA DA RESPIRAÇÃO

 Homem: - 16 a 18 mpm ou crm (movimentos por minuto ou ciclos


respiratórios por minutos)
 Mulher: - 18 a 20 mpm
 Criança: - 20 a 25 mpm
 Lactentes: - 30 a 40 mpm

TERMINOLOGIAS

 Eupneia: Respiração normal


 Dispneia: É a respiração difícil, trabalhosa ou curta.
 Ortopneia: É a incapacidade de respirar facilmente, excepto na posição
erecta.
 Taquipneia: Respiração rápida, acima dos valores da normalidade,
frequentemente pouco profunda.
 Bradipneia: Respiração lenta , abaixo da normalidade.
 Apneia: Ausência da respiração
 Respiração de Cheyne-Stokes: Respiração em ciclos, que aumenta e
diminui a profundidade com períodos de apneia. Quase sempre ocorre
com a aproximação da morte.
 Respiração de Kussmaul: Inspiração profunda seguida de apneia e
expiração suspirante, característica de como diabético.
 Respiração de Biot: Respirações superficiais durante 2 ou 3 ciclos,
seguidos por período irregular de apneia.
 Respiração sibilante: Sons que se assemelham a assobios.

Para o preenchimento do gráfico dos sinais vitais particularmente a respiração


utiliza-se esferográfica de cor preta.

PRESSÃO ARTERIAL
A pressão arterial ou sanguínea é a força do sangue que atua sobre as
paredes das artérias, fazendo pressão sobre elas. Essa pressão é maior
durante a sístole (contração do coração) e menor durante
a diástole (relaxamento do coração). Cada vez que o coração se contrai (bate),
bombeia sangue para as artérias, resultando na pressão arterial mais alta.

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Quando ocoração relaxa, a pressão arterial cai. Assim, dois números são
registrados ao medir a pressão arterial: o maior deles acontece durante
a sístole cardíaca e é chamado de pressão sistólica; o menor deles se verifica
no momento de diástase, sendo chamado de pressão diastólica.

A hipertensão arterial (ou elevação da pressão arterial) aumenta diretamente o


risco de ataque cardíaco, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral.
Com a hipertensão arterial, as artérias podem ter uma resistência aumentada
contra o fluxo de sangue, fazendo com que o coração bombeie com mais força
para o sangue circular.

A pressão arterial sistólica normal deve ser de, no máximo, 120 mmHg
(milímetros de mercúrio) e a pressão diastólica deve ficar igual ou inferior a 80
mmHg. No entanto, esses números devem ser usados apenas como guia. Uma
única medida da pressão arterial elevada não é necessariamente uma
indicação de um problema. O médico precisa ver várias medições da pressão
arterial durante vários dias ou semanas antes de fazer um diagnóstico e iniciar
um tratamento.

FACTORES QUE AFECTAM A PRESSÃO ARTERIAL

Idade: a pressão sanguínea tende a aumentar com a idade devido à


arteriosclerose, processo em que as artérias perdem a elasticidade e ficam
mais rígidas e a aterosclerose, processo em que as artérias estreitam devido a
depósito de gordura; Ritmo circadiano: a pressão do sangue tende a ficar
mais baixa após a meia-noite começando a elevar-se em torno de quatro ou
cinco horas da manhã; seu auge é atingido durante o final da manhã ou início
da tarde; Gênero : as mulheres tendem a ter pressão sanguínea mais baixa do
que os homens da mesma faixa etária. Exercício ou actividade física: a
pressão do sangue aumenta durante períodos de exercício e de actividade.
Exercícios regulares, no entanto, ajudam a manter a pressão sanguínea em
níveis normais; Emoções e dor: experiências emocionais e dores fortes
tendem a fazer com que a pressão do sangue se eleve devido á estimulação
do sistema nervoso simpático.

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Pressão sanguínea alta é chamada de hipertensão e existe quando a pressão


sistólica ou a diastólica ou ambas permanecem acima dos limites normais se
for elevado em conta a idade do indivíduo.

Medidas de pressão alta costumam estar associadas a:

 Ansiedade
 Obesidade
 Doenças vasculares
 AVC
 Falência cardíaca
 Doenças renais

A pressão baixa é chamada de hipotensão. Ocorre quando as medidas da


pressão do sangue situam-se abaixo dos dados da pressão sistólica normal em
relação à idade da pessoa.

Medidas de pressão baixa podem ser indicação de:

 Choque
 Hemorragias
 Efeitos secundários de drogas

A hipotensão postural ou ortostática é uma queda repentina, embora


temporária da pressão sanguínea quando a pessoa se levanta, após estar
inclinada.
VALORES DE REFERÊNCIA DA PRESSÃO ARTERIAL

 Hipotensão: Pressão sistólica inferior a 100 mmHg e diastólica inferior


a 60 mmHg
 Normotensão: Pressão sistólica 120 mmHg e diastólica 80 mmHg
 Hipertensão limite: Pressão sistólica 140 mmHg e diastólica 90 mmHg
 Hipertensão moderada: Pressão sistólica 160 mmHg e diastólica
100 mmHg
 Hipertensão grave: Pressão sistólica superior a 180 mmHg e
diastólica 110 mmHg

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TERMINOLOGIAS

 Hipertensão: Pressão arterial acima da média


 Hipotensão: Pressão arterial inferior a média
 Convergente: A pressão sistólica e a diastólica se aproximam
 Divergente: A sistólica e a diastólica se afastam.

CÁLCULOS DE MEDICAMENTOS
CÁLCULO DE GOTEJAMENTO

FÓRMULA MACROGOTAS: Nº gotas/min= V/Tx3

FORMULA MICROGOTAS: Nº de microgotas/min= V/T

Onde, V significa volume em ml, o 3 é uma constante e T significa tempo em


horas.

1- Exemplo Macrogotas: Quantas gotas deverão correr em um minuto


para administrar 1000 ml de soro dextrose a 5% de 6/6h?

Dados Fórmula Resolução

V= 1000 ml Gotas= V/Tx3 Gotas/min= 1000/6x3

T: 6h Gotas/min= 1000/18= 55,5 = 56 gotas/min

*Regra para arrendondamento.

2- Exemplo microgotas: Quantas microgotas deverão correr em um minuto


para administrar 300 ml de soro fisiológico 0,9% em 4 horas?

Dados Fórmula Resolução

V= 300 ml Nº de mgtas/min= V/T Nº de mgtas/min= 300/4

T: 4h Nº de mgtas/min= 300/4= 75 gotas/min

O que fazer quando o tempo prescrito pelo médico vem em minutos?

3- Exemplo: Devemos administrar 100 ml de bicarbonato de sódio a 10%


em 30 minutos. Quantas gotas deverão correr por minuto?

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Dados Fórmula Resolução

V= 100 ml Nº de mgtas/min= Vx20/nº min Nº de mgtas/min= 100x20/30

T: 30 min Nº de mgtas/min= 2000/30

Nº mgtas/min= 66,6= 67 gotas/min

*Arredondou-se por excesso

EXERCÍCIOS

1. Calcule em macrogotas o nº de gotas/min das seguintes prescrições:


a) 1000 ml de SG 5% EV em 24 horas.
b) 500 ml de SG 5% EV de 6/6h.
c) 500 ml de SF 0,9% EV em 1 hora.
d) 500 ml de SF 0,9% EV de 8/8h.
e) 100 ml de SF 0,9% EV em 30 minutos.

2. Calcule em microgotas o nº de gotas/min das seguintes prescrições:


a) SF 0,9% 500 ml EV de 6/6h.
b) SG 5% 500 ml EV de 8/8h.
c) SGF 1000 ml EV de 12/12h

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CÁLCULO DE DOSAGEM DE MEDICAMENTOS

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SUPORTE BÁSICO DE VIDA


Suporte básico de vida (SBV) é o conjunto de medidas e procedimentos
técnicos que objetivam o suporte de vida à vítima. O SBV é vital até a chegada
do SIV (Suporte intermediário de vida - transporte até o hospital INEMA). O
objetivo principal é não agravar lesões já existentes ou gerar novas lesões
(iatrogenias). Um rápido SBV proporciona até 60% de chance de
sobrevivência.

O Suporte básico de vida é um dos elos da "Cadeia de Sobrevivência". Há que


salientar também que no SBV (Suporte Básico da Vida) tem diferença entre
bebés, crianças e adultos pois nos bebés usam-se dois dedos para se fazer a
compressão, nas crianças usa-se uma mão para se fazer a compressão. As
semelhanças são os processos de insuflação que tem o mesmo procedimento

A paragem cardiorrespiratória (PCR) é um acontecimento súbito, constituindo-


se como uma das principais causas de morte em todo o mundo. O SBV
aumenta substancialmente a probabilidade de sobrevivência da vítima quando

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iniciado nos primeiros minutos após a paragem cardíaca, e consiste


essencialmente em duas ações: compressões torácicas e ventilações.

Por isso, após garantir as condições de segurança do local onde se encontra a


vítima, verifique se esta está consciente abanando-lhe suavemente os ombros
e chamando por ela. No caso de a vítima não responder, considere que está
desmaiada (inconsciente) avaliando depois se respira, recorrendo à técnica
VOS: Ver se o tórax expande, Ouvir a passagem do ar e Sentir a respiração
na face.

Ou pode-se ainda realizar outras técnicas de reanimação que são:

 A- Vias aéreas pérveas


 B- Respiração
 C- Circulação
 D- Exposição

Caso a vítima não respire, ligue de imediato ao INEMA (ou garanta que alguém
o faz), recorrendo à alta voz do seu telemóvel, e se necessário abandonando a
vítima. Depois inicie o SBV até a vítima recuperar ou chegar ajuda
diferenciada.

ACTUAÇÃO DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM

 Deite a vítima de costas no chão ou sobre uma superfície rígida.


 Coloque as suas mãos sobrepostas com os dedos entrelaçados no meio
do peito da vítima.
 Com os braços esticados e perpendiculares ao corpo da vítima,
pressione o peito, fazendo com que este baixe visivelmente e alivie.
Repita 30 vezes este movimento de compressão e descompressão do
peito da vítima a um ritmo de 100 a 120 por minuto.
 Ao fim das 30 compressões efectue duas ventilações através da boca da
vítima. Para isso encha os pulmões de ar e expire para a boca da vítima,
tapando-lhe o nariz com os seus dedos e isolando com os seus lábios os
da vítima, para que não exista fuga do ar. Embora a ventilação boca-a-
boca seja relativamente segura, sem casos de infecção grave descritos,

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é recomendável a utilização de máscaras de reanimação. Nos casos em


que não seja possível fazer ventilações, faça apenas as compressões.
 Após ventilar, retome as compressões e siga sempre a sequência de 30
compressões torácicas com 2 ventilações. Mantenha as manobras até a
vítima recuperar.

PARTICULARIDADES DO SBV PEDIÁTRICO

Logo que verifique que o latente/criança não respira normalmente, faça 5


ventilações apenas com a quantidade de ar necessária para expandir
eficazmente o tórax.

Adapte as compressões ao tamanho da vítima: se bebé até um ano use


apenas 2 dedos e se criança até 8 anos apenas uma mão, deprimindo até 1/3
da altura do tórax.

BANHO NO LEITO
Uma das actividades que fazem parte da rotina dos hospitais é o banho do
paciente. Não há como negar a sensação de bem-estar e conforto que ele
gera, sem falar na remoção de sujidades causadoras de doenças e infecções,
oferecendo melhora biofuncional, além de fortalecer a autoimagem,
extremamente importante para aqueles que estão em situação vulnerável.

Mesmo quando a situação é grave e o paciente não pode se levantar, o banho


está entre os cuidados diários e pode ser dado no leito. Mas essa actividade
precisa ser muito bem avaliada e planejada pelos enfermeiros para não causar
mais danos à saúde do indivíduo. A primeira pergunta é: qual sua situação
clínica? Porque, em algumas situações de gravidade, a higienização completa
não é aconselhada. No caso de cirurgias cardíacas, por exemplo, não é
recomendado nas primeiras quatro horas após o procedimento.

OBJECTIVO

O objectivo principal deste procedimento é o de eliminar da pele do paciente as


células mortas, microorganismos e sujeiras que possam ter se aderido durante
o período entre um banho e outro. Outro factor importante é o movimento de

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fricção que estimula as terminações nervosas periféricas e a circulação


sanguínea. Por isto, as pessoas normalmente sentem conforto e relaxamento
após o banho, e isto é ótimo para o paciente naturalmente estressado pela
internação.

PRECAUÇÕES

O profissional de enfermagem lista os principais cuidados que os profissionais


precisam ter para executar essa actividade:

 Técnica: o banho deve obedecer ao sentido cefalocaudal, deixando


para a última etapa as partes íntimas e a região anal.
 Risco de hipotermia: evitar que o paciente permaneça exposto a
baixas temperaturas, por isso todo o processo deve ser feito no máximo
em 20 minutos, pois o frio pode ser prejudicial ao quadro clínico.
 Risco de infecções: deve-se usar materiais de uso individual,
preferencialmente produtos descartáveis. Nunca reutilizar a água da
bacia que esteja com sujidade de substâncias orgânicas para lavar outra
parte do corpo.
 Dispositivos: o profissional precisa atentar-se a cateteres, drenos,
sondas e cânulas de intubação inseridos no paciente, principalmente na
UTI, para não movê-los ou retirá-los na hora da higienização.
 Instabilidade da respiração: o enfermeiro deve avaliar as condições
respiratórias associadas ao exame de raios-X do tórax do paciente, para
saber se ele possui atelectasia ou infiltrado pulmonar difuso. Os que
tiverem essas alterações devem ser mobilizados durante o banho
sempre do lado contrário ao pulmão comprometido.
 Risco de quedas: é importante realizar a avaliação das condições
psicomotoras do paciente, como agitação, confusão mental, nível de
sedação e superfície corpórea. O paciente necessita estar calmo e a
equipe assistencial preparada para não realizar movimentos bruscos e
garantir a movimentação do paciente com segurança (atenção especial

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aos obesos). As camas devem ter travas nas rodas e grades para
diminuir o risco de queda.

MATERIAIS NECESSÁRIOS
1 par de luva de procedimento, 4 compressas não esterilizadas, 1 sabonete,
água morna, jarros, uma bacia, toalhas, lençóis, travessas, fronha, uma
camisola, 1 hamper, 1 carrinho de banho.

DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS

 Colocar o biombo s/n; fechar janelas e portas;


 Desocupar a mesa-de-cabeceira;
 Calçar as luvas de procedimento;
 Oferecer comadre ou papagaio antes de iniciar o banho;
 Desprender a roupa de cama, retirar a colcha, o cobertor, o travesseiro
e a camisola, deixando-o protegido com o lençol;
 Abaixar a cabeceira da cama caso seja possível;
 Colocar o travesseiro sobre o ombro;
 Ocluir os ouvidos;
 Colocar a bacia sob a cabeça;
 Lavar os cabelos;
 Lavar os olhos do paciente do ângulo interno;
 Lavar os olhos do paciente do ângulo interno para o externo;
 Fazer higiene oral;
 Utilizar água limpa para lavar cada olho;
 Ensaboar pouco e secar com a toalha de rosto;
 Colocar a toalha de banho sob um dos braços do paciente e lavá-lo no
sentido das axilas para o punho em movimentos longos;
 Enxaguar e secar com a toalha de banho;
 Repetir a operação com o outro braço;
 Colocar a toalha de banho sobre o tórax do paciente, cobrindo-o até a
região púbica;

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 Com uma as mãos suspender a toalha e com a outra lavar o tórax


e abdômen;
 Enxaguar, secar e cobri-lo com o lençol;
 Lavar as pernas fazendo movimentos passivos nas articulações,
massagear as proeminências ósseas e panturrilha;
 Flexionar o joelho do paciente e lavar os pés, secando bem entre
os dedos;
 Colocar o paciente em decúbito lateral, com as costas voltadas
para você, protegendo-a com toalha, lavar, enxugar e secar;
 Fazer massagem de conforto;
 Colocar o paciente em posição dorsal;
 Colocar a toalha de banho e comadre sob o paciente;
 Oferecer uma luva para que o paciente possa fazer sua higiene íntima
(se tiver limitações, calçarem a luva e fazer a higiene para o
paciente);
 Lavar as mãos;
 Vestir a camisola;
 Trocar a roupa de cama;
 Recolocar o travesseiro e deixá-lo em posição confortável.

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
A administração de medicamentos é uma das actividades de maior
responsabilidade da enfermagem. O tratamento de determinadas patologias na
grande maioria das vezes ocorre por terapia medicamentosa. A sua correta
execução depende da aplicação de diversos princípios científicos que não se
verificando puderam levar a erros com prejuízo ao paciente. Neste sentido, a
aplicação da regra "5 certos", deve ser seguida, evitando-se erros. Os 5 certos
são:

 Medicamento certo;
 Paciente certo;
 Dose certa;
 Hora certa;

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 Via certa

Outras literaturas mais actualizadas implementam ainda os 13 certos que são:

 Prescrição correta
 Paciente certo
 Medicamento certa
 Validade certa
 Forma / apresentação certa
 Dose certa
 Compatibilidade certa
 Orientação ao paciente
 Via de administração certa
 Horário certo
 Tempo de administração certo
 Acção certa
 Registro certo

As vias de administração podem ser divididas em efeito sistémico e local. A via


tópica é a única com efeito local. Para o efeito sistémico são utilizadas as vias
enteral e parenteral.

O método de administração dos medicamentos depende da rapidez com que


se deseja a acção da droga, da natureza e quantidade da droga a ser
administrada e das condições do paciente. Podem-se dividir as vias em
Parenteral e Enteral.

VIA PARENTERAL

Refere-se à administração da droga por injecção, liberando-a directamente no


líquido tecidual ou no sangue, sem atravessar a mucosa intestinal. A acção é
mais rápida e segura, não provocando irritação gástrica nem vómito. Pode ser
utilizada para pacientes inconscientes, não há probabilidade de interferência

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pelos alimentos ou sucos digestivos e o fármaco não passa pelo fígado. Suas
desvantagens são: a preparação precisa ser esterilizada e o seu custo é mais
alto, a técnica é invasiva e dolorosa, existe a probabilidade de lesão tecidual
local e em geral, é mais perigosa.

As principais subdivisões da via parenteral são: intramuscular, intravenosa,


subcutânea ou hipodérmica, intradérmica.

VIA INTRAMUSCULAR

FINALIDADES

 Absorção de drogas por via parenteral;


 Obter uma absorção mais rápida do que pela via digestiva e subcutânea;
 Aplicar drogas contra-indicadas por outras vias .

A administração via intramuscular permite que o medicamento seja injectado


directamente no músculo. É indicado para medicamentos de aplicação única ou
de efeito mais prolongado, como o caso de anticoncepcionais injetáveis; devem
ter pequeno volume. Não tem efeito tão imediato, se comparada com os
medicamentos administrados por via intravenosa, mas são bastante eficientes.
Alguns cuidados devem ser tomados: higiene das mãos antes da manipulação
desses medicamentos e observação da indicação de uso dos medicamentos,
pois medicamentos contra-indicados para via intramuscular, caso sejam
administrados por ela, podem causar danos musculares irreversíveis.
Dependendo do medicamento, a administração por via intramuscular pode
causar dor no local de aplicação.

Esta via permite a administração de medicamentos em soluções aquosa e


oleosa em volumes superiores a 1,5 ml até, no máximo, 5 ml. A escolha da
injecção intramuscular também é feita quando há necessidade de o produto ser
absorvido rapidamente, ou quando é preciso obter efeitos mais imediatos. É a
via mais apropriada quando se trata de vacinas com soluções mais irritantes,
pois a região dentro dos músculos tem menos sensibilidade que as camadas
da pele. Na injecção I.M o ângulo da seringa é de 90º.

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Os locais seleccionados devem estar distantes dos grandes nervos e vasos


sanguíneos, sendo os mais utilizados:

 Músculo vasto lateral da coxa, no terço médio;


 Dorso glúteo ou o músculo grande glúteo, no quadrante superior
externo;
 Ventroglutea ou de Hochstetter;
 Músculo deltoide.

Se a técnica de administração de substâncias na via intramuscular não for


seguida correctamente pode haver complicações tais como:

 Punção do nervo ciático;


 Paralisia de membro inferior;
 Injeções intravasculares, podendo ocasionar embolias, infecções e
abcessos.

A seringa para a injecção intramuscular varia conforme o volume a ser


injectado (entre 1,0 e 5 ml). O comprimento e o calibre da agulha variam de
acordo com a massa muscular e a solubilidade do líquido a ser injectado,
geralmente utilizamos as agulhas 25 x 08 ou 30 x 07 mm. O bisel da agulha
deve ser trifacetado e longo, facilitando assim a penetração da agulha sem
lesão a pele.

CONTRA-INDICAÇÕES

 Aplicação de medicamentos e vacinas em locais com massa muscular


reduzida;
 Aplicação de volumes superiores a 5 ml;
 Lesões nos locais de aplicação (manchas de nascença, queimaduras,
quelóides, feridas, entre outros;
 Pacientes com comprometimento severo de mecanismos de
coagulação;
 Situações emergenciais;
 Membros paréticos.

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VIA INTRAVENOSA

FINALIDADES:

 Infundir medicamentos directamente na veia;


 Administração de grandes volumes de líquidos e, também, a
administração de soluções que, são contra-indicadas pelas demais vias
parenterais e pela via oral, respectivamente, por serem irritantes ou por
sofrerem a acção dos sucos digestivos.

Intravenosa (IV) ou endovenosa (EV) é aquela na qual a administração do


medicamento é realizada directamente na corrente sanguínea por uma veia. A
aplicação de medicamentos por essa via pode variar desde uma única dose até
uma infusão contínua, como aqueles medicamentos que se dissolvem no soro
e ficam pendurados ao lado da cama do paciente.

Por apresentar efeito mais rápido, é a primeira opção durante emergências.


Outra justificativa para a administração por essa via é que muitos fármacos não
conseguem ser absorvidos pelo intestino, sendo necessário o uso dessa via.
Entretanto, é uma via em que o paciente precisa de ajuda de profissional
treinado para realizar esse procedimento (enfermeiros e médicos). A via deve
ser manipulada com muito cuidado, pois há chances de infecção no local,
podendo piorar o quadro do indivíduo. Alguns medicamentos, como antibióticos
ou os usados para o tratamento do câncer, são formulados apenas em
apresentações injectáveis.

É utilizada quando há necessidade de concentrações sanguíneas elevadas e


efeitos imediatos do medicamento, através de uma única dose ou infusão
contínua. Pela via venosa a absorção do medicamento ou solução é imediata e
completa e a resposta do paciente é rápida, garantindo completa
biodisponibilidade e controle estrito sobre a quantidade ministrada e o nível
mantido no sangue do paciente.

Esta via não apresenta o efeito da primeira passagem pelo fígado e grandes
doses de substâncias podem ser fornecidas em fluxo sanguíneo contínuo. Por
esta via são administrados medicamentos que são prejudicados pelo suco

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gástrico, mal absorvido pelo trato gastrintestinal (GI) ou que são dolorosos ou
irritativos quando administrados por injecção intramuscular (IM) ou subcutânea
(SC).

Os locais mais apropriados para a administração de injecções endovenosas


são as veias das extremidades ou periféricas. A escolha é feita observando os
seguintes aspectos:

 Acessibilidade;

 Mobilidade reduzida;

 Localização sobre base mais ou menos dura;

 Ausência de nervos importantes.

As veias da região cefálica costumam ser utilizada em recém-natos e lactentes.


As veias jugulares na região cervical são muitas vezes utilizadas em pacientes
com dificuldade de acesso venoso, principalmente nas grandes emergências.
Nas Unidades de Terapia Intensiva, para acesso venoso central à veia
subclávia, para injecção de medicamentos, para infusão de alimentação
parenteral, para acesso venoso central e para monitorização da pressão
venosa central.

Nos membros superiores utilizam-se as veias cefálica e basílica para


manutenção de via venosa contínua. A veia intermediária do cotovelo é muito
utilizada para coletas de sangue, para injecções únicas de medicamentos.
Também podem ser utilizadas veias do dorso da mão (metacarpianas dorsais),
tanto para injecções únicas. Embora possam ser utilizadas para manutenção
de via venosa contínua, deve-se evitar.

As seringas mais apropriadas para a injecção endovenosa são as de 5,10 e 20


ml, já as agulhas devem ser longas, finas e com bisel longo. As agulhas
utilizadas são a 25 x 08 e a 30 x 07 mm. É utilizado também o garrote e a
braçadeira. Na injecção I.V o ângulo da seringa é de 25 graus.

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VIA INTRADÉRMICA

FINALIDADES

 Administrar medicamentos para processos que envolvem reacções


imunológicas (exemplo: testes de sensibilidade ou alergia e
tuberculose), aplicação de vacinas e anestésico local.

A via intradérmica é muito restrita, usada para pequenos volumes (de 0,1 a 0,5
mililitros), é uma via de absorção muito lenta. Usada para reações de
hipersensibilidade, como provas de ppd (tuberculose), Schick (difteria) e
sensibilidade de algumas alergias. A via intradérmica é utilizada também para
fazer dessensibilização e auto vacinas. É utilizada para aplicação de BCG
(vacina contra tuberculose), sendo de uso mundial a aplicação ao nível da
inserção inferior do músculo deltoide.

O local mais apropriado é a face anterior do antebraço, devido ser pobre em


pelos, com pouca pigmentação, pouca vascularização e de fácil acesso para
leitura. A seringa mais apropriada para a injeção intradérmica é a de 1 ml, que
possui escalas de frações em mililitros (0,1 ml). A agulha deve ser pequena,
fina e com bisel curto, que na prática denominamos de agulha 13 X 4,5, o
ângulo da seringa na injecção I.D é de 10 a 15 graus.

O medicamento é aplicado entre a derme e a epiderme e sofre pouca absorção


sistémica. Os locais mais comuns para injecção ID são:

 Parte ventral do antebraço e ventral superior do tórax;


 Parte superior das costas;
 Parte superior dorsal dos braços.

VIA SUBCUTÂNEA

FINALIDADES

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 Absorção gradual e sistémica;


 Administração de drogas que contra-indiquem a administração por
outras vias.

A medicação é introduzida na região subcutânea, ou seja, no tecido


subcutâneo ou hipoderme e possui uma absorção lenta, através dos capilares,
de forma contínua e segura. É utilizada para administração de vacinas, como
por exemplo, a antirrábica e antissarampo, anticoagulantes como heparina e
também para insulina. A via subcutânea é apropriada para a administração de
soluções não irritantes, em um volume máximo de 1,5 ml, que necessitam ser
absorvidas lentamente, assegurando uma acção contínua, como é o caso das
vacinas contra o sarampo, a tríplice viral, a febre amarela e a rubéola. Os locais
mais utilizados para injecções subcutâneas são:

 Região do deltoide no terço proximal;


 Face superior externa do braço;
 Face anterior da coxa;
 Face anterior do antebraço.

A angulação da agulha deve ser de 90 graus, em pacientes gordos e as


agulhas devem ser hipodérmicas. Em pacientes normais, a angulação deve ser
de 45 graus, utilizando-se agulhas normais.

Os materiais indicados para utilização são:

 Seringas de 1, 3 ou 5 ml;
 Agulhas de 13 x 4,5 mm.

VIA ENTERAL

Oral, é o método mais seguro, mais conveniente, mais económico, não


necessita de ajuda, não é invasiva, e é quase sempre indolor. Podem ser
administradas por via oral as formulações sólidas (pós, comprimidos, cápsulas,

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drágeas) e as formulações líquidas (elixires, xaropes, emulsões, misturas). As


desvantagens dessa via são: impossibilidade de absorção de alguns agentes
por causa de suas características físicas, os vómitos em resposta à irritação da
mucosa gastrointestinal, destruição de alguns agentes farmacológicos por
enzimas digestivas ou pelo pH gástrico, irregularidades de absorção e
necessidade de cooperação por parte do paciente. Estão subdivididas em: Via
oral, sublingual e rectal.

VIA ORAL

FINALIDADES:

 Administração de medicamentos cuja absorção ocorre na mucosa


gástrica.

É a via mais utilizada, por apresentar características como a segurança,


economia, além da facilidade de administração e não causar dor. Contudo, são
contra-indicadas para pacientes que apresentam náuseas, vómitos,
desacordados ou com dificuldade de deglutição, como crianças menores.
Possuem também a capacidade de identificação pelo paciente, por apresentar
diferentes formas e cores. Comprimidos, drágeas, cápsulas, xaropes,
suspensões e elixires são algumas das formas farmacêuticas empregadas
nesta via de administração. Sofrem absorção intestinal e estomacal,
principalmente.

A via oral pode ser utilizada para um efeito local (trato gastrointestinal) ou
sistémico (após ser absorvida pela mucosa do intestino e atingir o sangue).

Desvantagens

 Irritação gástrica
 Interacção com alimentos
 Interacção com pH gástrico e intestinal
 Período de latência médio longo
 Metabolismo de primeira passagem
 Acção dos sucos digestivos

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Vantagens

 É um meio barato;
 Auto-ingestão;
 Indolor;
 Possibilidade de reversão da administração;
 Efeitos locais e sistémicos.

Quando se toma um medicamento por via oral, alimentos e outros


medicamentos no trato digestivo podem afectar a quantidade e a rapidez com
que este é absorvido. Dessa forma, alguns medicamentos devem ser tomados
com o estômago vazio, outros devem ser tomados com alimentos, outros não
podem ser tomados com certos medicamentos e, em alguns casos, a via oral é
contra-indicada.

VIA SUBLINGUAL

FINALIDADES

 Administração de fármacos para serem absorvidos na mucosa lingual.

Esses medicamentos são geralmente administrados em situações de


emergência, que requer rápida acção, pois são rapidamente absorvidos através
da mucosa sublingual. Apresentam-se em comprimidos ou gotas, sendo
colocados sob a língua, devendo permanecer no local até a sua completa
absorção. Exemplos de sua aplicação são casos de hipertensão ou infarto
cardíaco. Acontece quando um medicamento é administrado debaixo da língua,
que é uma forma mais rápida de absorção pelo organismo, comparativamente
aos comprimidos ingeridos por via oral, em que o comprimido ainda necessita
de se desintegrar e ser metabolizado pelo fígado, para só depois ser absorvido
e exercer o seu efeito terapêutico.

Apenas algumas substâncias activas estão disponíveis para serem


administradas via sublingual, pois precisam de ter características específicas
para serem viáveis por esta via, que tem um efeito sistémico rápido, porque

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além de serem absorvidas directamente para a circulação sanguínea, não são


metabolizadas pelo fígado.

Vantagens

 Permite a absorção de medicamentos de forma mais rápida;


 Impede que o medicamento seja inactivado pelo suco gástrico;
 Facilita a adesão à terapêutica em pessoas com dificuldade para engolir
comprimidos, como crianças, idosos ou pessoas com problemas
psiquiátricos/neurológicos;
 Impede o efeito de primeira passagem no fígado e tem uma melhor
biodisponibilidade;
 Rápida dissolução do remédio, sem que seja necessário água.

Desvantagens

 Interfere com bebidas, alimentos ou fala;


 Tem uma duração de acção curta;
 Não pode ser usado quando a pessoa está inconsciente ou não
cooperante;
 Permite apenas a administração de pequenas doses;
 Difícil de usar com substâncias activas com sabor desagradável.

VIA RECTAL

FINALIDADES

 Administrar medicamentos com o objectivo de rápida absorção, aliviar


constipação e preparo para cirurgia.

São utilizados quando há contra-indicação da administração pela via oral.


Compreende as formas de supositórios, podendo exercer efeito local ou
sistémico, dependendo da formulação. Também são utilizados por esta via os
enemas. Nem todos os medicamentos podem ser administrados por essa via,
eles podem ter efeito local ou sistémico, entretanto essa via não é bem aceita

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pelos pacientes sob alegação de incómodo, preconceito, restrições culturais


etc.

Vantagens

 Rápida absorção.

Desvantagens

 Absorção irregular e incompleta;


 Irritação da mucosa rectal;
 Posição desconfortável para o paciente.

VIA TÓPICA

Via tópica ou por administração epidérmica, é a aplicação de substâncias


cativas directamente na pele, ou em áreas de superfície de feridas, com efeito
local, tais como, pomadas, cremes, sprays, loções, colutórios, pastilhas para a
garganta. Com base na formulação destas especialidades os princípios
activos penetram na epiderme e causam efeito.

A administração de um medicamento por via tópica visa a obtenção de uma


acção local sobre o tecido ou órgão afectado, de modo a que os princípios
activos passem em quantidade diminuta para a circulação sanguínea, evitando-
se os efeitos sistémicos.

A via tópica está subdividida em: via cutânea, ocular, ótica, nasal e vaginal.

VIA CUTÂNEA

FINALIDADES

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 Administrar medicação em região cutânea com objectivo de promover


absorção contínua e lenta de determinada medicação provocando o
mínimo de traumatismo tecidual.

A administração de medicamentos na via cutânea consiste na aplicação de um


medicamento sobre a pele do paciente. Geralmente este método de
administração irá provocar efeito local do medicamento, o qual irá atravessar a
epiderme e penetrará na derme, podendo alguns medicamentos serem
absorvidos pela corrente sanguínea e produzir efeitos sistémicos, como é o
caso dos medicamentos trans-dérmicos (em forma de pasta ou placas). A pele
íntegra dificulta a passagem de certas substâncias que possam causar efeitos
locais ou sistémicos, sendo que, alguns factores fisiológicos ou não poderão
interferir e auxiliar a penetração de substâncias medicamentosas através da
pele. As drogas prescritas por esta via devem ser de fácil absorção e não irritar
os tecidos.

Factores que podem influenciar a absorção através da pele

 Superfície corpórea: quanto maior a superfície corpórea em contacto


com a droga maior a quantidade de medicamento absorvido;
 Volume total de água: quanto maior o volume de líquido extra e
intracelular, garante maior hidratação da pele e mais fácil se torna a
passagem do medicamento através da pele;
 Nos neonatos e lactentes é facilitada a absorção, devido à
permeabilidade da pele aumentada e maior volume de líquido corpóreo;
 Perda da continuidade da pele que ocorre por lesão, queimaduras leves
ou moderadas, lacerações, etc;
 Aumento da vascularização local em determinadas regiões do corpo ou
em certas circunstâncias como na gravidez, aumento de temperatura
corpórea ou local e fluxo sanguíneo aumentado devido a processos
inflamatórios;
 Áreas com maior quantidade de pêlos, a absorção ocorre até 13 vezes
mais, do que nas regiões com menor pilosidade;

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 A pele humidificada por tempo prolongado pode aumentar a hidratação


em até cinco vezes mais, aumentando, consequentemente, a
permeabilidade cutânea e facilitando a absorção das substâncias;
 A pele seca dificulta a absorção das drogas;
 Os sabões e detergentes alteram a permeabilidade da pele, devido às
modificações que provocam no filamento da queratina, dificultando a
absorção de soluções hidrossolúveis.

VIA OCULAR

FINALIDADE

 Instalação de medicamentos exclusivamente oculares, ou lubrificantes.

A administração de medicamentos por via ocular consiste na aplicação de


colírios e pomadas oftálmicas nos olhos.

Os medicamentos de uso oftálmico podem ser usados para fins diagnósticos


ou terapêuticos e se apresentam sob a forma de pomada ou colírio. Alguns
tipos de medicamentos estão inseridos dentro de um disco, que deverá ser
introduzido no olho para absorção do medicamento. Além do uso de
medicamentos, podem-se utilizar as compressas quentes e frias para tratar
algumas afecções oculares.

Para fins diagnósticos os colírios são utilizados para dilatação da pupila e


coloração da córnea, a fim de detectar abrasão ou ulceração. Os colírios
também têm a propriedade anestésica, lubrificante, e podem ser usados para
tratamento de diversas doenças como o glaucoma ou infecções oculares.

Quando se proceder à sua aplicação, o paciente deve sentar-se e colocar a


cabeça para trás; em caso de um bebé pouco cooperante, o mesmo pode
permanecer deitado. Depois de se aplicar o colírio, o paciente deve inclinar a
cabeça para o lado do olho afectado, de modo a que, caso seja aplicado em
excesso, o produto que eventualmente transborde não chegue até ao olho
saudável. Caso o bebé se encontre deitado, consegue-se o mesmo efeito,
colocando-se o bebé sobre o lado do olho afectado. Antes de se administrar o

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medicamento, deve-se limpar a zona ao passar-se uma gaze esterilizada,


humedecida em soro fisiológico, pela fenda da pálpebra desde o ângulo interno
até ao externo, com vista a que as secreções ou crostas que existam nas
pálpebras e pestanas sejam eliminadas. Em seguida, deve-se preparar o
medicamento, destapando-se o frasco do colírio e aspirando-se com o conta-
gotas a quantidade prescrita ou retirando-se a tampa do tubo da pomada.

VIA ÓTICA

FINALIDADES

 Administração de medicação para absorção pelo canal auditivo

Consiste na administração de medicamentos no canal auditivo. São utilizados


para fins terapêuticos com uso de medicamento para tratar infecções e
inflamação, produzir anestesia local, facilitar a retirada de um corpo estranho,
amolecer cerume para remoção posterior e irrigação do ouvido para aliviar a
inflamação e a dor, retirar secreção e um corpo estranho, amolecer e remover
cerume impactado. Os medicamentos otológicos apresentam-se em forma de
gotas ou solução para irrigação. Antes de se proceder à sua administração,
deve-se amornar o medicamento através da manutenção do frasco na mão até
que o líquido alcance uma temperatura próxima à do corpo, já que a instilação
de gotas frias no ouvido torna-se desagradável e pode até desencadear
tonturas. Esta precaução é importante, sobretudo no Inverno e quando o
medicamento é guardado a uma temperatura ambiente.

Para se proceder à sua administração, o paciente deve sentar-se e inclinar a


cabeça para o lado saudável ou deitar-se sobre o lado saudável. Em primeiro
lugar, o ajudante deve destapar o frasco e aspirar uma quantidade suficiente de
medicamento com o conta-gotas. Depois de tudo preparado, o ajudante deve
puxar o pavilhão auricular para cima e para trás, de modo a endireitar o canal
auditivo e permitir que as gotas aplicadas cheguem à zona mais interna. No
caso de o paciente ser um bebé com menos de 3 anos de idade, no qual a
forma do canal auditivo é diferente da do adulto, pode-se obter o mesmo efeito
ao puxar-se o pavilhão auricular para trás e um pouco para baixo.

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VIA NASAL

FINALIDADE

 Administração de medicação para absorção pela mucosa nasal.

É a via que se estende desde a mucosa nasal até os pulmões. Pode ser
utilizada para efeito local (descongestionante nasal ou medicamento para
asma) ou sistêmico (anestesia inalatória). Tem a vantagem de realizar a
administração em pequenas doses com rápida absorção. A administração pode
ser na forma de gás ou pequenas partículas líquidas (nebulização) ou sólidas
(pó inalatório). Essa via é bastante utilizada para problemas respiratórios. Para
esse uso, a administração é feita pela boca, utilizando a comunicação existente
entre pulmões e boca. Mas, como o medicamento está em forma de gás ou pó,
ao invés de engolir, como a comida, ele percorrerá o trajecto do ar da
respiração, passando pela traqueia até chegar aos pulmões. Evita o efeito de
primeira passagem hepática. Pode ser usado na reposição hormonal.

Os fármacos para esta via apresentam-se sob a forma de gotas nasais para
tratar uma região nasal específica, spray e aerossóis para difundir o
medicamento pelas vias nasais. Os medicamentos nasais administrados com
maior frequência são vasoconstritores, que recobrem e contraem as mucosas
edemaciadas. Os anestésicos locais podem ser usados durante procedimentos
como a broncoscopia. Os corticoides podem reduzir a inflamação causada por
alergias ou pólipos nasais. A irrigação das vias nasais remove detritos, reduz o
risco de infecção e facilita a respiração.

VIA VAGINAL

FINALIDADE

 Administrar medicações via vaginal.

Via vaginal é uma via de administração, consistindo na aplicação de fármacos,


introduzidos na mucosa vaginal. A vagina é uma região altamente
vascularizada, além de forte irrigação linfática. Não muito utilizada para fins

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terapêuticos sistémicos é mais utilizada com fins tópicos. As preparações


existentes para uso vaginal compreendem os óvulos, comprimidos, cápsulas de
gelatina mole, aerossoles, irrigações e injecções. Dá-se especial importância
aos óvulos pois estes são exclusivos desta via.

Evita a passagem pelo sistema porta hepático O pH da vagina esta situado


entre 4 e 4,5, mantido pelo bacilo de Döderlein. Medicamentos administrados
por esta via não devem interferir no pH ácido normal desta. O efeito
proporcionado geralmente é apenas local.

Os medicamentos de uso vaginal são apresentados sob a forma de cremes,


supositórios, gel, pomadas e soluções, sendo administrados através de um
aplicador que vem acompanhando o produto. Estes medicamentos são usados
para tratar infecções causadas por trichomonas vaginalis e candidíase,
processo inflamatório, ou para evitar a concepção. Em contacto com a mucosa
vaginal, difundem-se rapidamente, aumentado sua eficácia quando a paciente
puder permanecer deitada a fim de reter o medicamento.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ACAMADO


Pacientes acamados, por motivo cirúrgico, Alzheimer, avanço da idade ou
outras doenças, merecem um cuidado especializado e humanizado, para
minimizar e evitar problemas causados pela permanência na cama e melhorar
o conforto do paciente em tratamento.

Muitas vezes os cuidados básicos como, higiene, alimentação, medicação e a


posição na cama são passados com menor importância do que merecem,

São cuidados de enfermagem ao paciente acamado:

 Manter os lençóis sempre limpos e esticados;


 Trocar fraldas regularmente;
 Mudar decúbito para evitar o surgimento de úlceras por pressão,
 Limpar constantemente a traqueostomia, em geral, a limpeza é feita
por profissionais da área da saúde;
 Trocar a sonda para alimentação e para urina;

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 Realizar a manutenção da bolsa de colostomia;


 Contar com especialistas para ajudar a família;
 Investigar possíveis riscos de queda.

CUIDADOS COM ÚLCERA DE PRESSÃO


A úlcera por pressão é uma lesão localizada na pele ou tecidos subjacentes,
normalmente sobre uma proeminência óssea, secundárias a um aumento de
pressão externa, ou pressão em combinação com cisalhamento. As úlceras por
pressão são uma importante causa de morbidade e mortalidade, especialmente
para pessoas com sensibilidade reduzida, imobilidade prolongada ou idade
avançada.

A úlcera por pressão ocorre em virtude de mudanças degenerativas da pele


e/ou tecido subcutâneo expostos às forças de pressão e cisalhamento. A
pressão sobre a proeminência óssea prejudica a circulação sanguínea
favorecendo a morte celular e o consequente aparecimento da úlcera. O
cisalhamento é fenómeno de deformação da pele que ocorre quando as forças
que agem sobre ela provocam um deslocamento em planos diferentes.

Pessoas com sensibilidade diminuída, imobilidade prolongada, ou acamadas


com idade avançada são mais susceptíveis para aquisição de úlceras por
pressão. Os locais de maior risco das úlceras são as regiões mentoniana,
occipital, escapular, cotovelo, sacral, ísqueo, trocanter, crista ilíaca, joelho,
maléolo e calcâneo.

ESTÁGIOS

Estágio I: Pele intacta com hiperemia de uma área localizada que não
embranquece, geralmente sobre proeminência óssea. A pele de cor escura
pode não apresentar embranquecimento visível: sua cor pode diferir da pele ao
redor.

Estágio II: Perda parcial da espessura dérmica. Apresenta-se como úlcera


superficial com o leito de coloração vermelho pálida, sem esfacelo. Pode

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apresentar-se ainda como uma bolha (preenchida com exsudato seroso),


intacta ou aberta/ rompida.

Estágio III: Perda de tecido em sua espessura total. A gordura subcutânea


pode estar visível, sem exposição de osso, tendão ou músculo. Esfacelo pode
estar presente sem prejudicar a identificação da profundidade da perda tissular.
Pode incluir descolamento e túneis.

Estágio IV: Perda total de tecido com exposição óssea, de músculo ou tendão.
Pode haver presença de esfacelo ou escara em algumas partes do leito da
ferida. Frequentemente, inclui descolamento e túneis.

CUIDADOS

Pessoas com factores de risco para úlceras por pressão devem ser avaliadas
sistematicamente quanto à integridade da pele e os cuidados devem
estabelecidos através de um plano assistencial pautado nas necessidades
individuais. Os seguintes itens devem ser sistematicamente observados:1

 Avaliar diariamente o aparecimento de áreas avermelhadas sobre


proeminências ósseas que, quando pressionadas, não se tornam
esbranquiçadas
 Observar o aparecimento de bolhas, depressões ou feridas na pele;
 Documentar todas as alterações observadas;
 Fazer massagem de conforto;
 Instituir terapêutica apropriada imediatamente ao sinal de qualquer lesão
tecidual;
 Reposicionar o paciente acamado com mobilidade reduzida, no mínimo
a cada 2 horas para aliviar a pressão;
 Utilizar uma programação sistematizada de mudança de
posicionamento;
 Orientar e garantir a mobilização do cadeirante em posição sentada a
cada 1 hora;

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 Utilizar itens que possam ajudar a reduzir a pressão, como travesseiros


e colchões para redução de pressão, acolchoamento de espuma, e
outros;
 Garantir um plano nutricional com a quantidade necessária de calorias,
proteínas, vitaminas e minerais;
 Fornecer e incentivar a ingestão diária adequada de líquidos para
hidratação;
 Incentivar e auxiliar na estruturação de actividades físicas;
 Manter a pele limpa, seca e hidratada;
 Prevenir dermatites associadas à incontinência evitando o contacto com
urina e fezes, higienizando após eliminações e utilizando cremes de
barreira, se necessário;
 NÃO massagear áreas com sinais de ulceração;
 Não utilizar almofadas em forma de anel, pois não garantem o princípio
de distribuição da pressão.

CUIDADOS COM QUEDAS

O risco de queda de pacientes está presente em hospitais, ambulatórios e


serviços de apoio diagnóstico e terapêutico. De modo geral, a hospitalização
aumenta o risco de queda, pois os pacientes se encontram em ambientes que
não lhes são familiares, muitas vezes são portadores de doenças que
predispõem à queda (demência e osteoporose) e muitos dos procedimentos
terapêuticos, como as múltiplas prescrições de medicamentos, podem
aumentar esse risco. Quedas em pacientes contribuem para aumentar o tempo
de permanência hospitalar e os custos assistenciais, gera ansiedade na equipe
de saúde, além de produzir repercussões na credibilidade da instituição e de
ordem legal.

CUIDADOS PREVENTIVOS RELACIONADOS AO AMBIENTE

 Dispor a campainha ao alcance do paciente e orientá-lo como utilizá-la;


 Assegurar que os itens pessoais do paciente, assim como urinóis e
comadres, estejam ao alcance dele;

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[38]

 Dispor de escada de dois degraus próximo ao leito;


 Acomodar os pacientes com risco elevado para queda mais próximos do
posto de enfermagem;
 Manter a unidade do paciente limpa e organizada, sem acúmulo de
materiais e equipamentos desnecessários;
 Manter o trajecto no quarto/enfermaria livre

CUIDADOS RELACIONADOS A MOBILIDADE

 Orientar o paciente a levantar devagar, sentar no leito e apoiar os pés


sobre a escada ou no chão, para depois sair da cama;
 Auxiliar o paciente com risco moderado para queda durante a
deambulação, quando indicado;
 Manter a cama na posição baixa e com rodas travadas;
 Manter as grades de protecção elevadas e, se necessário, utilizar
protectores entre o vão das grades;
 Oferecer suporte de soro com rodas;
 Checar o bom funcionamento/integridade da maca, cadeira de rodas ou
do outro meio de locomoção, antes de transportar o cliente;
 Transportar o cliente na cadeira de rodas com cinto de segurança e na
maca com as grades elevadas.

 Evitar a locomoção do cliente em trajectos tumultuados, quando


possível;

 Orientar quanto ao uso apropriado de muleta, andador e bengala, se for


necessário;

 Orientar os cuidadores que as crianças não podem correr pelas


dependências do quarto e do hospital;

 Orientar o cliente e/ou responsável sobre mudanças na prescrição


medicamentosa que possam causar vertigens, tonturas, hipoglicemias e
etc;

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[39]

 Transportar bebês ≤ 6 meses em incubadora, berço aquecido ou no colo


do responsável e este em cadeira de rodas;

 Transportar crianças com idade > 6 meses ≤ 36 meses em maca


deitada, acompanhada pelo responsável quando for submetida a
procedimentos com anestesia e em cadeira de rodas no colo do
responsável.

FERIDAS
Uma ferida é uma interrupção na continuidade de um tecido corpóreo. Tal
interrupção pode ser provocada por algum trauma, ou ainda ser desencadeada
por uma afecção que accione as defesas do organismo.

TIPOS DE FERIDAS

Quanto à profundidade:

 Feridas superficiais: quando atingem apenas as camadas mais


superficiais da pele (epiderme e derme superficial ou intermediária);
 Feridas profundas: quando atingem níveis mais profundos da pele
(derme profunda, tecido adiposo, fáscias, tendões, músculos, ossos,
cartilagens, ligamentos).

Quanto à complexidade:

 Feridas simples: são feridas que, em geral, se mostram superficiais e


livres de sinais de infecção / contaminação / colonização por
microorganismos, demandando cuidados com curativos e supervisão
menos frequentes por parte de profissionais da saúde (médicos,
enfermeiros etc) e tendendo a evolução benigna (isto é, à cicatrização
espontânea);
 Feridas complexas: são feridas que, em geral, acometem planos mais
profundos ou maior número de tipos diferentes de tecidos (não apenas
derme e epiderme, mas também ossos, cartilagens, tecido adiposo,
fáscias musculares, tendões, ligamentos, vasos sanguíneos, tecido

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[40]

nervoso etc.), muitas vezes infectadas ou com grande risco de se


tornarem infectas, com tendência a evolução desfavorável (isto é, perda
progressiva de tecidos por necrose ou infecção, com possibilidade de
amputação de segmentos, ou mesmo, em casos mais severos, de
efeitos sistêmicos com risco de dano permanente ou óbito do indivíduo
acometido pela ferida) e a grande prejuízo orgânico por parte do
indivíduo acometido.

Quanto ao formato e agente causador de ferida traumática:

 Ferida puntiforme: formato punctual e de bordas ligeiramente irregulares,


geralmente causada por instrumento perfurante de pequena área de
secção transversal (como espinhos, pregos, agulhas etc.);
 Ferida incisa: formato linear e de bordas geralmente regulares,
geralmente causado por lâminas (faca, lâmina de barbear etc.);
 Ferida cortocontusa: formato irregular, geralmente com diversos
segmentos ulcerados, perdas de tecidos e de bordas de segmentos de
ferida irregulares e possibilidade de se observar áreas de equimoses e
hematomas adjacentes às áreas de ulcerações, normalmente causado
por objetos que produzem lesões simultaneamente por corte e impacto
(machado, foice, aresta de um tijolo etc.);
 Ferida perfurocontusa: formato quase regular, geralmente com bordas
de ferida ligeiramente irregulares (a depender do tipo de elemento
causador da lesão) e possibilidade de se observar áreas de equimoses e
hematomas adjacentes às áreas de ulcerações, normalmente causado
por objetos que penetram a pele mediante impacto (como um projetil de
arma-de-fogo);
 Ferida perfuroincisa: formato habitualmente regular, geralmente com
bordas de ferida regulares (também a depender do tipo de elemento
causador da lesão), normalmente causado por objetos que penetram a
pele com pouco impacto mas com bom potencial de divulsão de tecidos
(como uma lâmina comprida, por exemplo).

Quanto ao formato e agente causador de ferida não traumática:

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[41]

 Ferida causada por queimadura: formato irregular dependente da área


de pele exposta à radiação ionizante, fonte de calor, abrasão ou produto
químico causador da queimadura. Não é esperado que haja ferida se
queimadura é classificada como de primeiro grau (apenas
"avermelhamento" local na área de pele afetada). Já em queimaduras de
segundo (formação de bolhas que se ulceram e formam feridas
geralmente superficiais), terceiro (necrose de porções intermediárias e
profundas de derme e / ou de tecido adiposo) ou quarto graus (necrose
de tecidos profundos como ossos, cartilagens e músculos) há formação
imediata de alguma lesão ulcerada;
 Ferida causada por geladura: formato irregular dependente da área de
pele exposta ao frio. Mais frequente em extremidades corpóreas. Pode
assumir as mesmas características iniciais de queimaduras (apenas
"avermelhamento" local na área de pele afetada, como ocorreria em
queimaduras de primeiro grau; formação de bolhas que se ulceram e
formam feridas geralmente superficiais, como ocorreria em queimaduras
de segundo grau; necrose de porções intermediárias e profundas de
derme e / ou de tecido adiposo e outros tecidos mais profundos, como
ocorreria em queimaduras de terceiro ou de quarto graus).
 Ferida causada por fatores endógenos: formatos diversos, a depender
da patologia causadora das lesões. Variam de "rachaduras" em
determinadas áreas de pele até lesões evolutivas que surgem como
pequenos pontos avermelhados ou escurecidos e se desenvolvem em
feridas de dificílima cicatrização. Algumas patologias que podem evoliur
para feridas, com origem endógena: pênfigo, vasculites de etiologias
diversas, psoríase, xeroderma pigmentosa etc.

CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS

 De acordo com a maneira como foram produzidas (cirúrgicas,


contusas, laceradas, perfurantes);
 De acordo com o grau de contaminação (limpas, limpas
contaminadas, contaminadas, infectadas);

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 De acordo com o comprometimento tecidual (estágio I, II, III e IV);


 De acordo com o tempo de evolução: agudas e crônicas;

TRATAMENTO

Materiais necessários

 Uma bandeja média coma medicação prescrita s/n;


 2 Pares de luvas de procedimento;
 1 Pacote de curativo,
 Uma unidade de soro fisiológico 0,9% de 125ml conforme tamanho da
ferida;
 Fita micropore;
 1 saco de lixo pequeno;
 Pacote de gaze (a quantidade depende do tamanho da ferida);
 Pinças.

CURATIVOS

O tratamento de feridas deve ser individualizado para cada paciente, levando-


se em conta a etiologia da ferida, a evolução do quadro até então, a existência
de comorbidades no paciente, a ocorrência de fatores que impliquem
alterações no prognóstico, as características físicas da ferida, a disponibilidade
de recursos para tratamento da ferida, a contra-indicação (por alergia ou
intolerância) de algum elemento empregável no tratamento da ferida e a própria
possibilidade de o paciente viabilizar os tratamentos sugeridos ou propostos
pelos profissionais de saúde que o tenham avaliado.

 Curativos simples: empregáveis na maioria das feridas, têm seu efeito


prático baseado na própria capacidade regenerativa do corpo humano
(ou seja, a cicatrização espontânea) e sua eficácia aumentada por
conceitos introduzidos por estudos médicos e biológicos (como o da
higiene local, que aumenta a chance de não contaminação com
subsequente evolução desfavorável;

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[43]

 Curativos especiais: diversos grupos de substâncias e aparatos são


empregáveis no tratamento de diversos tipos diferentes de feridas. Em
geral, para feridas complexas ou de difícil cicatrização, modalidades de
cuidados especialmente desenhadas por profissionais especializados
(enfermeiros) tendem a ser empregadas com grande índice de sucesso
no tratamento de tais feridas;

 Oxigenoterapia hiperbárica: técnica que consiste em fornecer oxigênio


puro em ambiente pressurizado e que aumenta muito expressivamente a
velocidade de regeneração de tecidos em feridas e a actividade de
defesa do organismo contra infecções agudas e graves.

Curativo é o tratamento utilizado para promover a cicatrização da ferida,


proporcionando um meio adequado para esse processo. A escolha do curativo
depende do tipo de ferida.

CURATIVO IDEAL

 Manter alta umidade entre a ferida e o curativo;


 Remover o excesso de exsudação, evitando a maceração dos tecidos
próximos;
 Permitir a troca gasosa;

 Fornecer isolamento térmico;

 Ser impermeável as bactérias;


 Estar insento de substâncias tóxicas;
 Permitir sua retirada sem ocasionar lesão por aderência.

TIPOS DE CURATIVOS

Existem, actualmente, muitos tipos de curativos, com formas e propriedades


diferentes. É importante antes da realização do curativo, a avaliação da ferida e
aplicação do tipo de curativo que melhor convier ao estágio que se encontra, a
fim de facilitar a cura.

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Exemplos: Alginatos, carvão activado, hidrocolóide, hidrogel, papaína,


antissépticos, ácidos graxos essenciais.

Alginatos: são indicados para feridas exsudativas, com sangramento, limpas


ou infectadas, agudas ou crônicas, superficiais ou profundas.

Carvão Ativado: É indicado para feridas exsudativas, limpas ou infectadas,


crônicas ou agudas, superficiais ou profundas e com odor desagradável

Hidrocolóide: indicado para o tratamento de feridas com leve a moderada


exsudação, como abrasões e lacerações superficiais, rachaduras da pele,
úlceras de perna (venosas, arteriais e mistas), úlceras diabéticas e por pressão
(parcial e total), prevenção de úlceras por pressão, excisões dermatológicas,
áreas doadoras, incisões cirúrgicas e feridas externas causadas por traumas.

Hidrogel: indicado para promover o desbridamento autolítico e estimular a


cicatrização em feridas secas; superficiais ou profundas; com ou sem infecção,
necrose ou esfacelo.
Papaína: É indicada como desbridante químico e facilitador do processo
cicatricial, como coadjuvante de anbioticoterapia sistêmica de feridas
infectadas.

Antissépticos: É um produto utilizado na superfície do corpo que interrompe e


impede o desenvolvimento de bactérias e vírus.

Ácidos Graxos Essenciais: Produto a base de óleo vegetal, possui grande


capacidade de promover a regeneração dos tecidos, acelerando o processo de
cicatrização. Indicado para prevenção de lesões de pressão e todos os tipos de
feridas, apresentando melhores resultados quando há desbridamento prévio
das lesões

CLASSIFICAÇÕES DE CURATIVOS

Curativo Aberto: É aquele no qual utiliza-se apenas o antisséptico, mantendo


a ferida exposta.

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Curativo Oclusivo: Curativo que após a limpeza da ferida e aplicação do


medicamento, é fechado ou ocluído com gaze ou atadura.
Curativo Seco: Curativo fechado com gaze ou compressa seca. Não se usa
nada na gaze.
Curativo Úmido: Curativo fechado com gaze ou compressa umedecida com
pomada ou soluções prescritas.
Curativo Compressivo: É aquele no qual é mantida compressão sobre a
ferida, para estancar hemorragias, eviscerações, etc.

INFECÇÕES INTRA-HOSPITALARES
A infecção hospitalar, é definida como qualquer infecção adquirida enquanto a
pessoa está internada no hospital, podendo se manifestar ainda durante a
internação, ou após a alta, desde que seja relacionada com a internação ou a
procedimentos realizados no hospital. Adquirir uma infecção no hospital não é
incomum, pois este é um ambiente em que estão muitas pessoas doentes e em
tratamento com antibióticos. Durante o período em um hospital, alguns dos
principais fatores que causam a infecção são:

 Desequilíbrio da flora bacteriana da pele e do organismo, geralmente


devido ao uso de antibióticos;
 Queda da defesa do sistema imune da pessoa internada, tanto pela
doença, como por uso de medicamentos;
 Realização de procedimentos invasivos como passagem de cateter,
passagem de sondas, biópsias, endoscopias ou cirurgias, por
exemplo, que quebram a barreira de proteção da pele.

Geralmente, os microrganismos que causam a infecção hospitalar não causam


infecções em outras situações, pois eles aproveitam o ambiente com poucas
bactérias inofensivas e a queda da resistência do paciente para se instalar.
Apesar disto, as bactérias hospitalares costumam desenvolver infecções
graves e de difícil tratamento, já que são mais resistentes aos antibióticos, por
isso, em geral, é necessário usar antibióticos mais potentes para curar este tipo
de infecção.

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PREVENÇÃO

 Elaboração de normas e rotinas para a limpeza e desinfecção dos


ambientes, estabelecendo a frequência, tipo de desinfetante,
especialmente em áreas críticas, como berçários, centros cirúrgicos
ou UTI, por exemplo;
 Determinação de regras para pacientes, visitantes e profissionais, para
diminuir o risco de infecções, como limitar o número de visitantes,
estabelecimento de normas e treinamentos para higiene, coleta de
exames, aplicação de medicações, realização de curativos ou preparo
dos alimentos, por exemplo;
 Estimulação de medidas de higiene, principalmente das mãos, que são
um dos principais veículos de transmissão de microrganismos, com a
lavagem frequentes, ou com uso do álcool gel. As medidas de lavagem
das mãos devem ser implantadas tanto para os acompanhantes dos
pacientes, quanto para a equipe médica, sendo importante a
monitorização dessa prática;
 Orientações para uso correto de antibióticos, evitando que os pacientes
sejam tratados com antibióticos sem necessidade ou por
antimicrobianos de amplo espectro, impedindo, assim, o
desenvolvimento de bactérias multirresistentes. Veja como o uso de
antibióticos inadequados são origem às superbactérias e como tratar;
 Orientação sobre o uso de produtos químicos para eliminar
microrganismos, como germicidas, desinfetantes, antissépticos, agentes
de limpeza;
 Realização da vigilância de casos de infecção, para entender as
causas e elaborar formas de prevenção.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PATOLOGIAS


CIRÚRGICAS

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PRÉ-OPERATÓRIO

 O profissional de enfermagem deve imprimir o mapa cirúrgico que


diariamente é elaborado no centro-cirúrgico no qual constam as cirurgias
electivas que serão executadas no dia seguinte;
 Informar horário previsto da cirurgia;
 Explicar de forma simples e lúdica qual procedimento cirúrgico será
realizado;
 Explicar ao paciente quanto ao manejo para reabilitação no pós-
operatório como exercícios respiratórios, manejo da dor, deambulação
precoce, cuidados com drenos e bolsas coletoras (quando necessário),
cuidados com incisão cirúrgica, dentre outras;
 O enfermeiro deve organizar os prontuários dos pacientes que realizarão
cirurgia com exames de imagem e laboratoriais realizados, pareceres e
realização do check list pré-operatório;
 Orientar jejum pré-operatório;
 Auxiliar nos cuidados de higiene-banho, realizar tricotomia (se
necessário) e atentar a importância da higiene oral;
 Orientar esvaziamento vesical antes da cirurgia;
 Orientar colocação de camisola cirúrgica e retirada de jóias, óculos,
próteses (dentárias e outras), aparelhos auditivos e esmaltes;
 Administrar medicação pré-anestésica se prescrito e atentar para
suspensão de anticoagulantes e hipoglicemiantes orais conforme
prescrição médica.
 Realizar controle de sinais vitais e glicemia (nos diabéticos);
 Realizar preparo gastrointestinal (se necessário);
 Auxiliar o maqueiro do centro-cirúrgico quando o mesmo vier buscar o
paciente na unidade. Atentar para manter a protecção lateral elevada,
uso de lençóis e cobertores e cabeceira elevada.

INTRA-OPERATÓRIO

 Monitorizar o paciente e mantê-lo aquecido;

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 Auxiliar a equipe cirúrgica a posicionar o paciente para cirurgia;


 Auxiliar o anestesiologista durante a indução anestésica;
 Realizar o cateterismo vesical do paciente quando necessário;
 Proteger a pele do paciente durante a anti-sepsia com produtos
químicos, aquecendo-lo, realizar enfaixamento dos membros, evitando a
formação de trombos vasculares;
 Registrar todos os cuidados prestados.

PÓS-OPERATÓRIO

 Avaliar sinais vitais;


 Avaliar coloração da pele, pulsos, frequência e regularidade;
 Avaliar nível de consciência capacidade de responder aos comandos;
 Verificar drenos e cateteres;
 Avaliar saturação de oxigénio;
 Avaliar sons respiratórios;
 Avaliar ritmos cardíacos;
 Avaliar débito urinário;
 Monitorar PVC.

HEMODIÁLISE
Hemodiálise é um procedimento através do qual uma máquina limpa e filtra o
sangue, ou seja, faz parte do trabalho que o rim doente não pode fazer. O
procedimento libera o corpo dos resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso
de sal e de líquidos. Também controla a pressão arterial e ajuda o corpo a
manter o equilíbrio de substâncias como sódio, potássio, uréia e creatinina.

TIPOS

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HEMODIÁLISE: A hemodiálise é um procedimento que realiza exatamente a


função do rim em nosso corpo, retirando as substâncias tóxicas, água e sais
minerais pelo auxílio de uma máquina. Naturalmente, os rins é que fazem este
papel importante no corpo humano, limpando e eliminando por meio da urina,
as substâncias ruins do organismo. As pessoas que precisam realizar a
hemodiálise são aquelas diagnosticadas com a insuficiência renal. Considera
uma doença silenciosa, a insuficiência não apresenta sintomas no início das
complicações, mas apenas quando os rins já estão apresentando um grau
elevado de perda de função. Com a perda de função, que equivale a menos de
10% da actividade dos rins, a pessoa necessita iniciar o tratamento de
hemodiálise, para manter o equilíbrio das substâncias essenciais para o
organismo.

DIÁLISE PERITONIAL: A diálise peritoneal é uma modalidade de terapia de


substituição da função renal utilizada para pacientes portadores de insuficiência
renal aguda ou doença renal crônica que consiste em um processo de filtração
do sangue onde é removido o excesso de água e substâncias que não são
aproveitadas e que deveriam ser eliminadas pelo organismo através da urina.
Para ocorrer, a diálise peritoneal utiliza o revestimento do interior do abdômen
(membrana peritoneal) como membrana semipermeável para filtrar o sangue.

A membrana peritoneal é ricamente vascularizada e todo o sangue que nela


circula carrega o excesso de substâncias que devem ser eliminadas como
potássio, ureia, entre outras. Para que ocorra a filtração as escórias, um líquido
especial (solução de diálise) é infundido no abdômen através de um cateter
implantado. Por possuir uma composição especial que promove gradiente de
concentração, em geral a glicose, este líquido tem por finalidade transferir as
escórias presentes no sangue do paciente para a solução de diálise.

Passadas algumas horas, esta solução é drenada do abdômen e substituída


por uma nova solução que permanecerá no abdômen também por mais alguma
período de tempo para que o processo de purificação seja repetido. O cateter
utilizado para infundir a solução dialisadora e drená-la é inserido, através de

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uma pequena cirurgia, próximo da cicatriz umbilical, alguns dias antes da


primeira diálise. O cateter permanece implantado permanentemente.

CUIDADOS COM CATETER E A FÍSTULA

 Sempre que chegar à clínica de diálise, antes da punção venosa,


higienize as mãos e lave o braço da fístula com água e sabão, secando
em seguida com papel-toalha;
 O braço onde foi feita a fístula e cateterizado precisa estar sempre
limpo. Deve ser lavado com água e sabão. Uma boa limpeza evita
infecções que podem danificar a fístula e o cateter;
 Evite apertar o braço da fístula e o cateter;
 Não permita que seja medida a pressão arterial no braço da fístula e do
cateter;
 Não permita curativo que envolva a circunferência do braço;
 Evite dormir em cima do braço da fístula e do cateter;
 Não carregue peso sobre o braço da fístula e do cateter;
 Não mexa na crosta formada no local da punção;
 Não use pomadas ou cremes no local da fístula sem ordem médica;
 Não remova pêlos próximos à fístula (se necessário, será feito pela
enfermagem).
 Faça exercícios diários para ajudar a desenvolver a fístula. Abra e feche
a mão, comprimindo uma bola de borracha.
 Verifique diariamente o funcionamento da fístula e do cateter pela
presença de frêmito (tremor); se você notar a ausência de frêmito,
procure imediatamente a sua clínica de diálise ou uma unidade de
pronto atendimento de 24h.
 Retire o curativo somente na manhã seguinte à sua sessão de
diálise, para prevenir complicações (como sangramento, por exemplo).
 Em caso de sangramento, comprima o local usando um pano limpo
e eleve o braço da fístula. Se o sangramento for intenso, dirija-se a um
pronto atendimento 24h.

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CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM DOENTES COM


INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
A insuficiência renal crônica, também chamada de doença renal crônica, é a
perda lenta do funcionamento dos rins, cuja principal função é remover os
resíduos e o excesso de água do organismo.

CUIDADOS

 Manter o equilíbrio hidroelectrolítico.


 Manter o estado nutricional adequado.
 Manter a integridade cutânea.
 Manter a pele limpa enquanto alivia o prurido e ressecamento.
 Bicarbonato de sódio adicionado à água do banho.
 Aplicar pomadas ou cremes para o conforto e para aliviar o prurido.
 Manter as unhas curtas e aparadas a fim de evitar escoriações.
 Administrar medicamentos para o alívio do prurido, quando indicado.
 Evitar a constipação.
 Ficar atento a que os fixadores de fosfato produzem constipação e que
esta pode ser tratada com intervenções habituais.
 Estimular dieta rica em fibras lembrando-se do teor de potássio de
algumas frutas e vegetais.
 Evitar laxativos e catárticos que produzem intoxicações electrolíticas
(compostos contendo magnésio ou fósforo).
 Aumentar a actividade conforme a tolerância.
 Garantir um nível seguro de actividade.
 Monitorizar os níveis de cálcio e fosfato séricos; vigiar quanto a sinais de
hipocalcemia e hipercalcemia.
 Inspeccionar a marcha do paciente, a faixa de movimento e a força
muscular.
 Administrar analgésicos conforme prescrito e proporcionar massagem
para as caimbras musculares intensas.

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 Medicamentos fixadores de fosfato, tais como o hidróxido de alumínio


(Amphojel) ou carbonato de cálcio (Oscal), nas refeições e lanches, para
diminuírem o fósforo sérico.
 Suplemento de cálcio – entre as refeições para aumentar o cálcio sérico.

ENFERMAGEM E CUIDADOS OBSTÉTRICOS


PUERPÉRIO IMEDIATO

Se estende de 2-4 horas pós-parto. Tem início logo após a expulsão da


placenta. Na primeira hora, o útero continua contraindo e os sinais vitais
estabilizam. Ainda, nas primeiras horas, é crucial que a nova mamãe levante e
caminhe após o parto. Isto evita o surgimento de trombose, beneficia o fluxo
intestinal e colabora para seu bem-estar. A mulher fica em contínua
observação em sua reabilitação inicial. É neste momento em que ela tende a
ter sensações mais intensas e uma grande alteração hormonal.

PUERPÉRIO MEDIATO

Puerpério mediato, do imediato até o 10º dia após o parto

INFECÇÃO PUERPERAL

A infecção puerperal é considerada um tipo de infecção hospitalar, que tem


origem no útero e acomete o aparelho genital após parto ou aborto recente.
Trata-se então de qualquer infecção do trato genital, ocorrida durante o
puerpério. É uma infecção grave, é uma das principais causas de
morbimortalidade materna.

A infecção puerperal pode ser polimicrobiana e os agentes patogénicos são


microrganismos anaeróbios e aeróbios da flora do trato geniturinário e
intestinal. O mais comum é o Streptococcus pyogenes. As infecções pós-parto,
quando não causam a morte, podem levar a outras complicações, como a
doença pélvica inflamatória e a infertilidade. A endometrite é complicação
frequente. Cerca de 10% das mortes maternas no mundo são atribuídas à
sepse puerperal, que é considerada a terceira causa direta de mortalidade
nesta população.

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A sepse puerperal evolui de uma infecção do útero para uma infecção da


cavidade abdominal.

O principais fatores de risco para a infecção estão:

 Tempo de ruptura de membranas amnióticas ≥ 18h.


 Presença de qualquer infecção, em especial do trato geniturinário.
 Realização de procedimentos invasivos prévios, tais como
procedimentos de medicina fetal e circlagem.
 Toques vaginais, sobretudo após ruptura de membranas amnióticas.
 Comorbidades maternas: obesidade, diabetes, anemia,
imunossupressão.
 Episiotomia.
 Tricotomia com lâmina.
 Hemorragia pos parto.
 Pré-natal não realizado ou realizado de forma precária.

TRATAMENTO

O tratamento é realizado com antibióticos, e as práticas de higiene modernas


tornam a sepse por Streptococcus pyogenes uma complicação rara.

Entre os antibióticos, a Clindamicina e gentamicina, com ou sem ampicilina


considerados o padrão-ouro para o tratamento, sendo os mais empregados.
Os antibióticos são aplicados até que o estado febril passe e a mulher não
apresente mais os sintomas por um período de 48 horas. Nos casos onde a
febre persiste por mais tempo, outras condições podem estar associadas,
como abscessos e tromboflebite pélvicos (especialmente se nenhum abcesso
estiver visível nos exames),necessitando de exames complementares e um
tratamento especifico. O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível
para evitar complicações como a sepse, que pode levar a morte.

PREVENÇÃO

Trata-se de uma infecção, então medidas preventivas são baseadas em


minimizar os factores de riscos associados. Lavar as mãos correctamente é

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uma delas. O parto deve ser realizado com as medidas de segurança com as
normas previstas que incluem rotinas técnicas de limpeza, desinfecção e
esterilização, quando aplicável, das superfícies, instalações, equipamentos e
produtos para a saúde. O parto vaginal deve ser realizado com medidas de
assepsia adequadas.

Nas cesarianas, são indicados antibióticos profiláticos, antes da cirurgia, que


podem reduzir até 75% dos casos de infecção.

CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO

Os principais cuidados com o recém-nascido são:

Pele: A pele do bebê deve ser higienizada com produtos não tóxicos, e
neutros. A limpeza das nádegas e da região perianal deverá ser feita com água
e algodão. Um sabonete suave, com posterior enxágue, deve ser utilizado
quando for necessária troca de fraldas.

Umbigo: O coto umbilical é uma parte muito sensível em bebês recém-


nascidos, que pode acumular secreções se você não mantiver a área limpa.
Faça a higiene frequente de até três vezes por dia. Quando for trocar as fraldas
do bebê, faça primeiro a limpeza do coto umbilical com álcool 70% e cotonetes
flexíveis de algodão. A região é delicada, mas pode ficar tranquila ao realizar a
higienização, pois o bebê não tem sensibilidade na área. Feito isso, volte à
troca do bebê. Entre uma ou duas semanas, o coto pode cair, mas a
desinfecção da área deve ser mantida até a autorização do seu pediatra.

Mãos e Unhas: As mãos e unhas do recém-nascido são áreas que


também precisam de atenção e limpeza, pois os bebês costumam levar as
mãos até a boca com muita frequência. Mantenha as unhas sempre limpas e
curtas. Nos primeiros dias, elas ainda estão moles. Nesse caso, uma lima pode
ser utilizada para mantê-las curtas. Quando endurecerem, recomenda-se o uso
de tesoura sem ponta.

Orelhas: Muita atenção com a higienização das orelhas do bebê. Assim como
nós, eles também produzem cera de ouvido como mecanismo de defesa.

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Mesmo assim, nunca utilize cotonetes de algodão para a limpeza interna dessa
região, apenas para secar a parte externa. A melhor maneira de limpar as
orelhas do bebê é higienizá-las na hora do banho e secar bem a parte externa
com uma toalha macia.

Trocando as fraldas: Trocar as fraldas do seu bebê não é importante apenas


para o conforto, mas também para evitar assaduras e claro, garantir a higiene
do bebê. Então, sempre troque imediatamente as fraldas ao perceber
que estão molhadas ou sujas.

A hora do banho: Quando a hora do banho chegar é importante prezar pela


segurança e o prazer do bebê e da mãe. Tente escolher sempre o mesmo
horário e o melhor momento para dar o banho, para que você possa se dedicar
em tempo integral ao bebê;

Sempre utilize sabonetes neutros: Comece o banho lavando apenas com


água o rosto do bebê. Após o rosto, siga pela cabeça e o resto do corpo. Dê
uma atenção especial ao coto umbilical, limpando também seu entorno;

Após o banho, seque o bebê com uma toalha macia e absorvente, com
bastante calma e cuidado. Faça o curativo do coto umbilical.

ESTERILIZAÇÃO
Esterilização de materiais é a total eliminação da vida microbiológica destes
materiais. É diferente de limpeza e diferente de assepsia. Como exemplo, uma
tesoura cirúrgica pode ser lavada, e ela estará apenas limpa. Para ser
esterilizada é necessário que seja submetida a uma determinada temperatura e
pressão durante um determinado tempo, destruindo todas as
suas bactérias, esporos, vírus e fungos. Existem várias técnicas de
esterilização, que apresentam vantagens e desvantagens; contudo, a técnica
usada mais regularmente é a flambagem. A flambagem é a colocação do
material sobre o fogo até que o metal fique vermelho.

MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO

 Vapor saturado sob pressão

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 Calor seco
 Radiação ionizante
 Formaldeído
 Glutaraldeído
 Óxido de etileno
 Peróxido de hidrogênio
 Ácido peracético
 Plasma de peróxido de hidrogênio

ASSEPSIA: É o conjunto de medidas que utiliza-mos para impedir a penetração


de microorganismos num ambiente que logicamente não os tem, logo um
ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção.

ANTISÉPSIA: É a destruição de micro-organismos existentes nas camadas


superficiais ou profundas da pele, mediante a aplicação de um agente
germicida de baixa causticidade, hipoalergenico e passível de ser aplicado em
tecido vivo. Os detergentes sintéticos não-iônicos praticamente são destituídos
de acção germicida. Sabões e detergentes sintéticos aniônicos exercem acção
bactericida contra microorganismos muito frágeis como o Pneumococo, porém,
são inactivos para Stafilococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e outras
bactérias Gram negativas. Consequentemente, sabões e detergentes
sintéticos (não iônicos e aniônicos) devem ser classificados como
degermantes, e não como antissépticos.

ANTISSÉPTICOS: Halogênicos, aldeídos, fenóis, álcoois, clorexidina, aniônicos,


catiônicos, agentes oxidantes, metais pesados.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM PERANTE DOENTES COM


PATOLOGIAS
DIABETES MELLITUS
A diabetes é uma patologia que modifica os hábitos de vida de um indivíduo,
contribuindo para o crescimento de riscos de diversas complicações, tanto

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agudas quanto crônicas. O diabetes mellitus está relacionado diretamente à


produção insuficiente de insulina, falta desta ou incapacidade da mesma de
exercer a sua função plenamente.

Sua classificação determina vários tipos de diabetes, como


diabetes mellitus tipo 1, tipo 2, diabetes gestacional e outras formas. Em
relação ao tipo 2, atinge indivíduos de qualquer idade, principalmente maiores
de 40 anos.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

 Orientar o paciente portador do diabetes a mudar ou manter os hábitos


de vida saudáveis a fim de diminuir a ocorrência de complicações
vindas de um tratamento diabético ineficaz;
 Orientar o paciente diabético tipo 2 quanto à realização de vacinação
contra a influenza, uma vez que o índice de mortalidade cresce com a
presença desse vírus nos portadores de diabetes;
 Monitorar o paciente e educar quanto ao tratamento
farmacológico prescrito pelo médico;
 Educar e monitorar o paciente em uso de insulinoterapia, demonstrar a
aplicação da insulina, fornecer esquema de rodízio ao paciente, instruir
sobre como é realizada a aspiração das unidades de insulina e mesmo
as complicações que podem ocorrer nos locais onde se aplica insulina,
assim como o armazenamento, conservação e transporte. Fornecer
informações sobre o uso dos instrumentos existentes para uso da
insulina;
 Orientar o paciente a realizar a automonitorização e ensiná-lo a
manusear o material e equipamento utilizado para tal. Nos casos em
que o paciente não tem condições de realizar o procedimento em sua
residência, o mesmo deve ser orientado a comparecer ao posto de
saúde;
 Monitorar a participação dos pacientes nas consultas médicas
conforme a preconização do médico de retorno ao consultório,
realização de exames e participação nos grupos de diabéticos;

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 Participar de campanhas de rastreamento de casos de pacientes


diabéticos e realizar os encaminhamentos necessários;
 Prestar cuidados de enfermagem ao paciente diabético hospitalizado,
como monitorar frequentemente a glicemia capilar, coletar dados do
paciente sobre o esquema terapêutico que utiliza em domicílio e
sempre registrar informações no prontuário. Assistir o paciente e
monitorizar níveis de hipoglicemia nos pacientes hospitalizados e
administrar medicações conforme a prescrição médica. Seguir ações de
enfermagem específicas em cada complicação conforme citado no
módulo;
 Interagir com a família do diabético para que a mesma compreenda
certas manifestações do paciente e a correlação com a
enfermidade;
 Questionar sempre ao paciente sobre questões que podem envolver
sinais de complicações da doença;
 Promover ao máximo o autocuidado eficiente;
 Incentivar o paciente a manter uma boa higiene bucal e relatar
quaisquer casos de hemorragias, edemas ou dores na gengiva;
 Manter uma boa higiene e cuidados com a pele, orientar o paciente para
que realize em casa, e nos casos de pacientes hospitalizados realizar
os cuidados;
 Auxiliar o paciente a manter níveis adequados de glicemia como
forma de proporcionar uma melhor qualidade de vida;
 Participar da prestação do cuidado aos pacientes que tiveram
complicações e interagir em sua reabilitação familiar e social.

ACIDENTE VASCULAR HEMORRAGICO E ISQUÉMICO


O Acidente Vascular Cerebral (AVC) acontece quando vasos que levam
sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área
cerebral que ficou sem circulação sanguínea. É uma doença que acomete mais
os homens e é uma das principais causas de morte, incapacitação e
internações em todo o mundo. Quanto mais rápido for o diagnóstico e o

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tratamento do AVC, maiores serão as chances de recuperação completa.


Desta forma, torna-se primordial ficar atento aos sinais e sintomas e procurar
atendimento médico imediato.

Existem dois tipos de AVC, que ocorrem por motivos diferentes:

AVC hemorrágico: é o derrame com rompimento de um vaso cerebral,


ocorrendo um sangramento (hemorragia) em algum ponto do sistema nervoso.
A hemorragia pode acontecer no interior do tecido cerebral (AVC hemorrágico
intraparenquimatoso), que é o mais comum e responsável por 15% de todos os
casos de AVC. Contudo, o sangramento também pode ocorrer perto da
superfície cerebral, entre o cérebro e a meninge, conhecido como AVC
hemorrágico subaracnóideo.

Apesar do AVC hemorrágico não ser tão comum quanto o isquêmico, pode
causar a morte mais frequentemente do que acidentes vasculares cerebrais
isquêmicos.

AVC isquêmico: O AVC isquêmico é o derrame com obstrução da artéria,


impedindo a passagem de oxigênio para as células cerebrais, que morrem -
essa condição é chamada de isquemia cardíaca. A obstrução da artéria pode
acontecer por um trombo, que é um coágulo de sangue que se forma na
parede do vaso sanguíneo; ou por um êmbolo, que nada mais é do que um
trombo que se desloca pela corrente sanguínea até ficar preso em um vaso
sanguíneo menor que sua extensão.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

 Incentivar sua comunicação através de gestos e escrita caso a paciente


não consiga falar, assim evitando frustrações e desesperança quanto à
disfasia;
 Conversar com o paciente durante as actividades de cuidado,
estimulando sua fala;

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 Encaminhar o paciente a um fonoaudiólogo, para que atenda ou atue na


melhoria das necessidades de comunicação da mesma;
 Pedir aos familiares para que conversem com o paciente, procurando
evitar problemas de origem emocional, como medo e sensação de
invalidez.
 Explicar a paciente e seus familiares a importância do controle periódico
da pressão sanguínea arterial, bem como do uso correto dos
medicamentos anti-hipertensivos, na prevenção de um novo acidente
vascular cerebral;
 Realizar o controle adequado da ingesta de sódio, observando a dieta
prescrita para a paciente, procurando evitar variações nos níveis
pressóricos;
 Respeitar os horários das medicações e estar atento a possíveis efeitos
adversos.
 Uso de muletas ou cadeira de rodas para melhor movimentação do
paciente;
 Deambulação com apoio maior sobre o membro não prejudicado;
 Apoiar o paciente durante a face inicial da deambulação;
 Esclarecer o paciente e familiares sobre a importância da deambulação
para alívio da dor, activação da circulação, aceleração da cicatrização e
manutenção do tônus muscular;
 Estimular e auxiliar o autocuidado, ensinando o paciente como proteger
o curativo durante o banho, como vestir-se sem tocar no curativo,
incluindo o uso de roupas largas para não comprimir a circulação local,
entre outros cuidados;
 Orientar a família sobre a necessidade de auxiliar o paciente e
chamarem a equipe de enfermagem, esclarecendo a importância da
preservação do autocuidado na sua recuperação, o que pode fortalecer
sua auto-estima e minimizar possíveis angústias e ansiedades;
 Ensinar o paciente e aos seus familiares a técnica correta do curativo e
enfatizar a importância de manter a assepsia da área (através da
lavagem correta das mãos).

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 Observar características e evolução da lesão, pedir para a paciente e os


familiares também realizarem esse cuidado tanto no hospital quanto no
domicílio;
 Em caso de dor, investigar suas características, instituir medidas de
alívio e administrar analgésicos antes de fazer o curativo;
 Orientar o paciente a manter MID elevado, quando estiver no leito;
 Colocar os objectos próximos o paciente;
 Instruir o paciente a exercitar-se e a aumentar a força no lado sadio;
 Encorajar o paciente a realizar os exercícios de amplitude de movimento
do lado afectado;
 Fornecer um ambiente seguro em que o paciente sinta-se encorajado a
participar das actividades;
 Esclarecer o paciente e seus familiares o objectivo do tratamento, sua
evolução, a farmacodinâmica de cada medicação e a importância de
seguir regularmente a prescrição;
 No uso de medicamentos anticoagulantes, orientá-la a evitar situações
que possam gerar sangramentos, tais como cortes por queda. Observar
sinais de sangramento ou hemorragia, como equimose incomum e
diminuição da pressão arterial;
 Em razão do uso de anti-hipertensivos e hipotensores, observar sinais
possíveis de hipotensão, verificar pressão arterial periodicamente.
Durante terapias prolongadas, a enfermeira deve monitorizar
hematócrito, hemoglobina, função renal, sinais de pátequias ou de
sangramentos gengivais ou gastrointestinais;

 Orientar o paciente e familiares da importante detecção de sinais de


hipotensão, a fim de evitar desmaios e consequentes quedas. Se
necessário usar protectores no leito.

CARDIOPATIA

O termo cardiopatia abrange todas as doenças que acometem o coração.


Alguns dos tipos comuns de cardiopatia são os seguintes:

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Cardiopatia congénita: são os defeitos cardíacos presentes desde o


nascimento. Nos casos mais graves costuma ser percebida logo que o bebê
nasce; nos casos menos graves pode ser diagnosticada quando a pessoa já
está na idade adulta.

Doenças no miocárdio: são defeitos no músculo do coração. Em muitos


casos, o órgão não consegue bombear o sangue adequadamente.

Infecção no coração: são causadas quando bactérias, vírus, fungos ou


parasitas alcançam o músculo cardíaco.

Cardiopatia de válvulas: o coração tem quatro válvulas que abrem e fecham


para permitir o fluxo de sangue no órgão. Uma variedade de factores pode
danificar as válvulas, causando a doença.

Cardiopatia hipertensiva: é uma consequência da pressão arterial alta, que


pode sobrecarregar o coração e os vasos sanguíneos e causar a doença.

Cardiopatia isquêmica: causada pelo estreitamento das artérias do coração


pela acumulação de gordura, o que leva à diminuição da oferta de sangue para
o órgão. A doença pode gerar anginas (dor no peito) ou, nos casos agudos,
infarto.

Os sintomas de cardiopatia podem variar com o tipo de problema e o quanto a


função cardíaca está comprometida. Alguns sinais incluem: Cor de pele
cinzenta ou azul (cianose), inchaço nas mãos, tornozelos e pés; falta de ar;
falta de fôlego durante actividade física, fadiga; batimentos cardíacos
irregulares, tonturas, vertigens e desmaios, dor no peito.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

 Avaliação periódica dos sinas vitais;


 Manutenção do suporte ventilatório mecânico com aspiração de TOT e
VAS;
 Acompanhamento de drenagem através dos drenos pleural e
mediastinal;
 Acompanhamento de Débito urinário;

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 Manutenção do cateter venoso central;


 Monitorização da Pressão arterial sistólica, diastólica e média (PAM);
 Monitorização da Pressão venosa central (PVC) ou pressão de átrio
direito (AD);
 Manutenção da sonda nasogástrica em sifonagem;
 Proteção da incisão cirúrgica com curativo plástico;
 Monitorização da Oximetria de pulso;
 Monitorização do Ritmo cardíaco;
 Proteção do fio de marcapasso;
 Controle laboratorial.

INTOXICAÇÃO
A intoxicação é o conjunto de sinais e sintomas que surgem pela exposição
a substâncias químicas tóxicas para o organismo, como remédios em doses
excessivas, picadas de animais venenosos, metais pesados, como chumbo e
mercúrio, ou exposição a insecticidas e agrotóxicos. Uma intoxicação é uma
forma de envenenamento, e, por isso, pode provocar reacções locais, como
vermelhidão e dor na pele, ou mais generalizadas, como vómitos, febre, suor
intenso, convulsões, coma e, até, risco de morte.

TIPOS DE INTOXICAÇÃO

Existem dois tipos principais de intoxicação, como:

Intoxicação exógena: acontece quando a substância intoxicante está no


ambiente, capaz de contaminar através da ingestão, contacto com a pele ou
inalação pelo ar. As mais comuns são o uso de medicamentos em doses
elevadas, como antidepressivos, analgésicos, anticonvulsivantes ou
ansiolíticos, uso de drogas ilícitas, picada de animais venenosos, como cobra
ou escorpião, consumo de álcool em excesso ou inalação de produtos
químicos, por exemplo;

Intoxicação endógena: é causada pelo acúmulo de substâncias maléficas que


o próprio organismo produz, como a ureia, mas que costumam ser

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eliminadas através da acção do fígado e filtragem pelos rins, e podem ser


acumuladas quando estes órgãos apresentam uma insuficiência.

Além disso, a intoxicação pode ser aguda, quando causa sinais e sintomas
após um único contacto com a substância, ou crónica, quando seus sinais são
sentidos após acúmulo da substância no organismo, consumidos por muito
tempo, como acontece nas intoxicações por medicamentos como Digoxina e
Amplictil, por exemplo, ou por metais, como chumbo e mercúrio.

Já a gastroenterite, também conhecida como intoxicação alimentar, acontece


devido à presença de micro-organismos, como vírus e bactérias, ou suas
toxinas, em alimentos, principalmente quando mal conservados, causando
náuseas, vômitos e diarreia.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

 Ativar a equipa destacada para a sala de emergência;


 Confirmar a operacionalidade da sala de emergência para receber o
doente.
 Garantir a segurança do doente e todos os profissionais de saúde que
intervêm na prestação de cuidados ao doente, prevenindo o risco de
intoxicação;
 Proceder à colheita da história da situação ocorrida, tentando obter
informação revelante sobre a intoxicação: O quê? Quanto? Quando?
Como?
 Realizar a triagem do doente segundo Triagem de Manchester.
 Obter informações específicas relativas à toxicidade do produto, e de
eventuais particularidades que influenciem a respectiva abordagem
terapêutica;
 Avaliar o estado hemodinâmico do doente, identificar precocemente
alterações e tratá-las de modo a assegurar a estabilidade
cardiorrespiratória;
 Assegurar a permeabilidade da via área com controlo da coluna
cervical.;

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 Reduzir o risco de aspiração e manter a vias aérea permeável;


 Prevenir complicações;
 Manter um padrão respiratório eficaz, otimizar a oxigenação e diminuir o
risco de arritmias ventriculares em doentes hipoxémicos na
administração da atropina.
 Manter circulação/perfusão adequada. Detetar e tratar alterações
cardíacas provocadas pelos OF;
 Identificar alterações neurológicas.

UROLOGIA
Urologia é uma especialidade cirúrgica da medicina que trata do trato
urinário de homens e de mulheres e do sistema reprodutor das pessoas do
sexo masculino. Os médicos que possuem especialização nesta área são
os urologistas, sendo treinados para diagnosticar, tratar e acompanhar
pacientes com distúrbios urológicos. Os órgãos estudados pelos urologistas
incluem os rins, ureteres, bexiga urinária, uretra e os órgãos do sistema
reprodutor masculino (testículos, epidídimos, ducto deferente, vesículas
seminais, próstata e pênis). As adrenais acabaram entrando na especialidade
devido ao aspecto cirúrgico das doenças tumorais das supra-renais. Quando
tem indicação cirúrgica de tumor de supra-renal o endocrinologista encaminha
para o urologista.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

 Aferir os sinais vitais;


 Avaliar nível de consciência;
 Realização de curativos;
 Encaminhar o paciente ao profissional especialista;
 Tratamento da dor;
 Administrar medicamentos conforme prescrição médica;
 Localizar a dor do paciente;
 Evitar esforço físico;

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 Orientar o repouso;
 Verificar a presença de coágulo na SVD;
 Instilar soro na SVD
 Informar ao médico a presença da dor
 Solicitar o aviso do paciente, se houver dor
 Aplicar compressa no local da dor

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
A insuficiência respiratória é uma síndrome na qual os pulmões apresentam
dificuldade para fazer as trocas gasosas normais, não conseguindo oxigenar
adequadamente o sangue ou não sendo capaz de eliminar o excesso de
dióxido de carbono, ou ambos. Quando isso acontece, a pessoa pode
desenvolver sintomas como intensa falta de ar, cor azulada nos dedos e
cansaço excessivo.

Existe dois tipos principais de insuficiência respiratória:

Insuficiência respiratória aguda: surge repentinamente devido a obstrução


das vias respiratórias, acidentes de trânsito, abuso de drogas ou AVC, por
exemplo;

Insuficiência respiratória crônica: surge ao longo do tempo devido a outras


doenças crónicas, como DPOC, impedindo a realização de actividades diárias,
como subir escadas, sem sentir falta de ar.

Qualquer doença ou condição que afecte directa ou indirectamente o pulmão


pode causar insuficiência respiratória. Assim, algumas das causas mais
comuns incluem: Distrofia muscular ou outras alterações que afectem os
nervos dos músculos respiratórios, uso de drogas, especialmente no caso de
overdose, doenças pulmonares, como DPOC, pneumonia ou embolia, inalação
de fumaça ou outros agentes irritantes.

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Além disso, alguns problemas cardíacos, como a insuficiência cardíaca


também podem ter como sequela a insuficiência respiratória, principalmente
quando o tratamento não é feito de forma adequada.

Os sintomas da insuficiência respiratória podem variar de acordo com a sua


causa, assim como os níveis de oxigênio e dióxido de carbono no corpo. No
entanto, os mais comuns incluem: Sensação de falta de ar, pele, lábios e unhas
de coloração azulada, respiração rápida, confusão mental, cansaço excessivo
e sonolência, batimentos cardíacos irregulares.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

 Proporcionar oxigenoterapia;
 Manter decúbito elevado 45º para maior expansão torácica;
 Manter oxímetro de pulso e monitorização cardíaca se necessário;
 Avaliar os sinais vitais de 4/4h;
 Avaliar nível de consciência;
 Suporte psicossocial;
 Suporte nutricional, caso paciente seja entubado, o enfermeiro deverá
instalar uma SNE para dar suplemento nutricional ao paciente
impossibilitado de auto-alimentação.

ÉTICA E DEONTOLOGIA PROFISSIONAL


Ética é o domínio da filosofia que tem por objectivo o juízo de apreciação que
distingue o bem e o mal, o comportamento correcto e o incorrecto. Os
princípios éticos constituem-se enquanto directrizes, pelas quais o homem rege
o seu comportamento, tendo em vista uma filosofia moral dignificante. Os
códigos de ética são dificilmente separáveis da deontologia profissional, pelo
que não é pouco frequente os termos ética e deontologia serem utilizados
indiferentemente.

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O termo Deontologia surge das palavras gregas “déon, déontos” que significa
dever e “lógos” que se traduz por discurso ou tratado. Sendo assim, a
deontologia seria o tratado do dever ou o conjunto de deveres, princípios e
normas adoptadas por um determinado grupo profissional. A deontologia é uma
disciplina da ética especial adaptada ao exercício da uma profissão.

DILEMA ÉTICO PERANTE DECISÃO DO DOENTE TERMINAL

Minimizar o sofrimento numa fase de dor intensa e permanente é o principal


desafio de quem presta cuidados a doentes em fase terminal. Os cuidados
paliativos têm como objectivo aliviar sintomas, proporcionar algum conforto
físico e psicológico e apoiar os familiares ou outros cuidadores de doentes com
dor crónica na reta final das suas vidas. Em casos como este sofre o doente,
sofre o cuidador e sofrem tantas vezes grande parte das pessoas que
compõem o seu círculo de familiares e amigos. Na fase terminal de uma
doença, que se caracteriza por sofrimento constante, “Para além do controlo da
dor, é fundamental encarar o doente no seu todo biopsicossocial e ensinar ao
doente como utilizar a medicação de forma eficaz e segura e a que estratégias
deverá recorrer para prevenir ativamente os múltiplos sinais e sintomas da
doença, corrigir os efeitos secundários de medicação.

Autonomia significa autogoverno, autodeterminação da pessoa em tomar


decisões relacionadas a sua vida, sua saúde, sua integridade físico-psiquíca e
suas relações sociais. Pressupõe existência de opções, liberdade de escolha e
requer que o indivíduo (paciente) seja capaz de agir de acordo com as
deliberações feitas. O respeito à autodeterminação fundamenta-se no princípio
da dignidade da natureza humana, acatando-se o imperativo categórico
kantiano que afirma que o ser humano é um fim em si mesmo. Algumas
variáveis contribuem para que um indivíduo torne-se autônomo, tais como
condições biológicas, psíquicas e sociais. Podem existir situações transitórias
ou permanentes que uma pessoa pode ter uma autonomia diminuída, cabendo
a terceiros o papel de decidir. A autonomia não deve ser confundida com
individualismo, seus limites são estabelecidos com o respeito ao outro e ao
coletivo.

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Manifestação da essência do princípio da autonomia é o consentimento


esclarecido. Todo indivíduo tem direito de consentir ou recusar propostas de
carácter preventivo, diagnóstico ou terapêutico que tenham potencial de afectar
sua integridade físico-psíquica ou social. O consentimento deve ser dado
livremente, após completo esclarecimento sobre o procedimento, dentro de um
nível intelectual do paciente; renovável e revogável. Para Hewlett, o
consentimento apenas é aceito quando possui informação, competência,
entendimento e voluntariedade.

A boa prática médica actual continua baseada na observação dos conceitos


hipocráticos beneficência, não-maleficência, respeito à vida, a
confidencialidade e à privacidade, acrescidos do respeito à autonomia do
paciente, o seu direito em receber todas as informações e participar mais
ativamente do seu tratamento.

BIOÉTICA

A Bioética é uma área de estudo interdisciplinar que envolve a Ética e


a Biologia, fundamentando os princípios éticos que regem a vida quando essa
é colocada em risco pela Medicina ou pelas ciências. Trata-se de um ramo
de estudo interdisciplinar que utiliza o conceito de vida da Biologia, o Direito e
os campos da investigação ética para problematizar questões relacionadas
à conduta dos seres humanos em relação a outros seres humanos e a outras
formas de vida.

PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA

Princípio da não maleficência: consiste na proibição, por princípio, de causar


qualquer dano intencional ao paciente (ou à cobaia de testes científicos). A sua
mais antiga formulação pode ser encontrada no Juramento de Hipócrates, e, no
século XX, ele foi estabelecido como princípio bioético pelos estudiosos Dan
Clouser e Bernanrd Gert.

Princípio da beneficência: pode ter seu gérmen encontrado no juramento


hipocrático, em que se é afirmado que o médico deve visar ao benefício do
paciente. Beauchamp e Childress vão além, estabelecendo que tanto médicos

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quantos cientistas que utilizem cobaias devem basear-se no princípio da


utilidade (o utilitarismo de Mill e Bentham), visando a provocar o maior
benefício para o maior número possível de pessoas.

Princípio da autonomia: tem suas raízes na filosofia de Immanuel Kant e


busca romper a relação paternal entre médico e paciente e impedir qualquer
tipo de obrigação de cobaias para com a ciência. Trata-se do respeito à
autonomia do indivíduo, pois esse é o responsável por si, e é ele que decide se
quer ser tratado ou se quer participar de um estudo científico.

Princípio da justiça: baseado na teoria da justiça, de John Rawls, esse


princípio visa a criar um mecanismo regulador da relação entre paciente e
médico, a qual não deve ficar submetida mais apenas à autoridade médica. Tal
autoridade, que é conferida ao profissional devido ao seu conhecimento e pelo
juramento de conduta ética e profissional, deve submeter-se à justiça, que
agirá em caso de conflito de interesses ou de dano ao paciente.

EUTANÁSIA E SUICÍDIO ASSISTIDO

A tradução literal de eutanásia é “boa morte”. Eutanásia é o ato de encerrar a


vida de alguém que, incapacitado, está em situação de penúria e não pode
decidir por si mesmo.

O suicídio assistido é um tipo de eutanásia, mas aplicado por humanos que


decidem tirar a própria vida de maneira digna e assistida por pessoas que
garantirão o não sofrimento do paciente. Peter Singer baseia-se no respeito
à dignidade humana e no direito à escolha, que, para Beauchamp e Childress,
podem ser representados pelo princípio da autonomia, para afirmar a
necessidade de serem respeitadas as escolhas individuais de cada sujeito e a
necessidade de olhar-se para a dignidade de uma vida que não vale a pena ser
vivida.

DISTANÁSIA

Distanásia é a prática pela qual se prolonga, através de meios artificiais e


desproporcionais, a vida de um enfermo incurável. Também pode ser

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conhecida como “obstinação terapêutica”. A distanásia representa,


actualmente, uma questão de bioética e biodireito. Este conceito insere-se no
campo vasto da discussão do valor da vida humana e da morte. Opõe-se
à eutanásia e pode associar-se a conceitos como a ortotanásia, a
própria morte e a dignidade humana. A distanásia pode opor-se ao conceito de
eutanásia passiva.

HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Em seus primórdios tinha estreita relação com a maternidade, e era


exclusivamente feita por mulheres. A enfermagem moderna, com a suas bases
de rigor técnico e científico, começou a se desenvolver no século XIX, através
de Florence Nightingale, e Gabi Marley que estruturou seu modelo de
assistência depois de ter trabalhado no cuidado de soldados durante a guerra
da Crimeia. Foi essencialmente necessária durante os períodos de guerra. A
sua assistência baseada em fatos observáveis prestou valiosa contribuição na
recuperação dos moribundos, e iniciou uma nova vaga do conhecimento em
enfermagem, através do carácter científico que lhe impunha. Caracteriza-se por
efetuação de registos clínicos, dando origem à implementação do, ainda actual,
e mundialmente adaptado, processo clínico do doente.

A NANDA International, define o fenômeno da Enfermagem como sendo as


respostas humanas a problemas reais e ou potenciais de saúde. (NANDA
International, 1990)

A enfermagem na técnica de enfermagem de curso superior e/ou "medicina -


comunitária", tem actualmente buscado uma linguagem própria. Há uma
iniciativa constantemente actualizada e editada pelo Conselho Internacional de
Enfermeiros (ICN), designada por Classificação Internacional para a Prática de
Enfermagem (CIPE). Esta classificação guia os enfermeiros na formulação de
diagnósticos de enfermagem, planeamento das intervenções e avaliação dos
resultados sensíveis aos cuidados de enfermagem. O material editado nesta
CIPE é fruto do trabalho de várias associações que formulam as linguagens da
enfermagem.

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Existe também a Classificação de Diagnósticos da NANDA, um manual


padronizado de diagnósticos de enfermagem, da NANDA International, no qual
os diagnósticos reais e de risco são listados com suas características
definidoras e seus factores relacionados, uma estrutura diagnóstica que não se
encontra em nenhuma outra linguagem de enfermagem.

Portanto, a enfermagem é um trabalho de perfeita ordem com responsáveis a


serviço da saúde, implementando, desenvolvendo, coordenando serviços,
havendo até certas e determinadas classes profissionais que lhe atribuem ,
com desdém, a manipulação dos serviços de saúde dado o elevado número de
profissionais que se verificam, e pelo brilhantismo superior com que projectam
novas configurações de políticas de saúde, com principal ênfase nas políticas
de promoção da saúde.

HISTÓRIA DE ENFERMAGEM ANGOLA

A Enfermagem em Angola registou, no decurso dos últimos anos, uma


evolução, quer ao nível da respectiva formação de base, quer no que diz
respeito à complexidade e a dignidade do seu exercício profissional.
O desejo de tornar a Enfermagem uma profissão autónoma é histórico.
Contudo, até os anos 1960, a prática dos cuidados assenta nos valores de
ordem moral, que foram interiorizados pela religião e inspirado nas regras de
conventos e nos conteúdos Profissionais, de carácter técnico, colhidos nas
fontes do saber médico (COLLIERE, 1989).

 1883, Construção da primeira Escola de Formação de Auxiliares,


Atendentes e Práticos de Enfermagem junto ao Hospital Josina Machel
em Luanda, (Portaria 22.118);
 1967, Inaugurada a Escola de Enfermagem dos Serviços de Saúde e
Assistência em Luanda para formação de Auxiliares e Técnicos de
Enfermagem;
 1970, Criação no Cota-Malange, a Escola de formação dos ASARs.
(Portaria 15.782);
 1975, Criação do Serviço Nacional de Saúde e institucionalização do
Curso de Técnico Básico de Enfermagem. (Decreto Lei Nº 9/75);

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 1976, Criadas vinte e duas Escolas Técnicas de Saúde Pública em


dezoito províncias, com objetivo de massificar a formação de Auxiliares
de Enfermagem (D R. I Série n.º 25 de 3 de Janeiro de 1976);
 1981, formação dos primeiros técnicos básicos após dois anos lectivos e
iniciam-se as especialidades de nível pós-formação básica;
 1982, Criação do Curso Médio de Enfermagem - IMS-Bié;
 1985, o Ministério da Educação e Cultura (MEC), cria o Centro de
Ensino Superior de Enfermagem- CESE;
 1989/1990, Formação dos primeiros Enfermeiros Licenciados no exterior
do País sob orientação e apoio do MINSA e OMS;
 1990, Criação do ISE, sob tutela do MINSA (Decreto n.º 5/90);
 1997, Criação e aprovação da carreira de enfermagem (Decreto Lei Nº
30/97);
 2001, o ISE passa a integrar a UAN como unidade orgânica;
 Em 2003, é aprovado o diploma das especialidades de enfermagem a
nível médio (DEC no 66/03/ MED/MINSA, de 25 de novembro);
 2005, lançados no mercados os primeiros 68 Enfermeiros Licenciados
formados em Angola (62 pelo ISE/UAN e 6 pela UNIPIAGET);
 2009, foi criado o Instituto Superior de Ciências de Saúde (ISCISA), em
substituição do ISE.(Decreto 7/09).

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL

O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE) é um documento


que reúne os princípios fundamentais para a conduta profissional de
Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem, Auxiliares de Enfermagem, Obstetrizes
e Parteiras e Atendentes de Enfermagem.

DIREITOS

 Direito de exercer a profissão com liberdade, segurança, autonomia,


livre de discriminação e em consonância com os princípios legais, de
direitos humanos e da ética. Aos profissionais da Enfermagem também

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deve ser dado o direito de trabalhar em um local que respeite sua


dignidade humana, proteja seus direitos e permita que o exercício de
sua função seja desenvolvido sem riscos à sua integridade física e
psicológica.
 Receber todas as informações necessárias para o desempenho de suas
funções também lhe é garantido, assim como o poder de recusar-se a
revelar informações confidenciais que tenham chegado a ele nesta
mesma circunstância. Conforme disposto no documento, o profissional
de Enfermagem pode recusar-se a ser filmado, fotografado ou exposto
em mídias sociais enquanto desempenha seu trabalho.
 Negar-se a desempenhar actividades que estejam em desacordo com
sua competência, que ofereçam risco à sua própria segurança, ou à
segurança de terceiros.

DEVERES

 O exercício da profissão de Enfermagem deve ser feito com “justiça,


compromisso, equidade, resolutividade, dignidade, competência,
responsabilidade, honestidade e lealdade”. As relações devem ser
baseadas no direito, na solidariedade e no respeito às diversidades.
 Caso seja observada alguma ação que fira os dispositivos ético-legais
da profissão, ele deve informar imediatamente ao Conselho Regional de
Enfermagem e aos órgãos competentes.
 Outro dever a ser destacado é o de disponibilizar ao paciente todas as
informações necessárias à boa continuidade de sua assistência,
esclarecendo seus direitos, riscos e benefícios em todas as etapas de
sua assistência.
 O exercício da função deve ser livre de discriminações de qualquer
natureza. O pudor, a intimidade e a privacidade da pessoa devem ser
respeitados tanto em vida, quanto em morte e pós morte. Também cabe
ao profissional respeitar as diretivas antecipadas tomadas pelo paciente
de forma livre e esclarecida sobre sua saúde. As responsabilidades

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aceitas pelo profissional devem estar sempre em acordo com sua


capacidade técnica, científica e legal.
 Sua inscrição profissional precisa ser mantida no Conselho Regional de
Enfermagem, bem como os dados cadastrais e as obrigações
financeiras devem estar regularizados.

PROIBIÇÕES

 O primeiro artigo do Capítulo III do CEPE informa que o profissional não


deve executar ações que sejam contrárias ao estabelecido pelo próprio
Código de Ética e à legislação vigente referente à Enfermagem.
 Assim como disposto nos deveres, reafirma-se que o profissional está
proibido de assumir a execução de atividades que estejam fora de sua
competência ou que não ofereçam segurança a si mesmo ou a terceiros.
 Também é proibido pleitear ou aceitar empregos dos quais profissionais
da área tenham se desligado pela necessidade do cumprimento do
código de ética ou da legislação que rege a profissão.
 É vedada a utilização de seu cargo para obter qualquer tipo de
vantagem em troca de assistência profissional, bem como é proibido
utilizar-se de seus conhecimentos profissionais para praticar atos
criminosos ou contravenções.
 Desde que não haja risco à sua própria integridade física, o profissional
não deve negar assistência em situações de “urgência, emergência,
epidemia, desastre e catástrofe”.
 É proibida a participação ou prática que tem fim a antecipação da morte
de outro indivíduo.

PENALIDADES

 Ao desobedecer ou deixar de observar as disposições do Código de


Ética dos Profissionais de Enfermagem e demais códigos regionais, o
profissional poderá receber as seguintes penalidades: Advertência
Verbal, Multa, Censura, Suspensão do Exercício Profissional e
Cassação do direito ao Exercício Profissional.

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 Para definir a penalidade a ser aplicada, será considerada a gravidade


da infração, os agravantes e atenuantes, os danos e resultados, e os
antecedentes do infrator.

PERGUNTAS

Pessoas com o sangue A+ podem receber transfusão sanguínea de pessoas


com o sangue:
a) A+ e AB+.
b) A+ e B+.
c) A- e AB-.
d) A+, O+, B+ e O-.
e) A+, O+, A- e O-.

Histerectomia e mastectomia são respectivamente :


a) Retirada do útero e do ovário.
b) Retirada do baço.
c) Retirada do útero e da mama.
d) Retirada da mama e das tubas uterinas

O paciente A.C.P vítima de atropelamento, chega ao serviço de saúde com


suspeita de politraumatismo. Esse quadro pode provocar hemorragia no
paciente, o que poderá levá-lo ao choque :
a) Séptico.
b) Cardiogênico.
c) Hipovolêmico.
d) Anafilático.
e) Nenhumas das alternativas estão corretas.

São fatores que podem desencadear as Lesões por pressão :


a) Má circulação e diabetes.
b) Caquexia e incontinência urinária.
c) Edema generalizado e paralisias.
d) Todas as alternativas estão corretas
A epinefrina também pode ser chamada de:
a) Insulina.
b) Tiroxina.
c) Prolactina.
d) Hormônio do crescimento.
e) Adrenalina.

Quando dois medicamentos são administrados ao mesmo tempo a um


paciente, eles podem agir de forma independente ou interagir entre si, com
aumento ou diminuição de efeito terapêutico ou tóxico de um ou de outro. Esse
evento é denominado:
a) Reações adversas
b) Biotransformação

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c) Reações farmacocinéticas
d) Reações farmacodinâmicas
e) Interações medicamentosas.

A eliminação do material descamado do endométrio com sangue, muco e


restos celulares do sítio placentário é conhecida como:
a) Discinesia
b) Menstruação
c) Loquiação
d) Dequitação
e) Episiotomia

A droga rotineiramente administrada imediatamente no pós-parto para controlar


a atonia e a hemorragia uterina é a:
a) Prolactina
b) Imunoglobulina
c) Varfarina
d) Vitamina k
e) Ocitocina

A quantidade de sangue bombeada por cada ventrículo em litros por minuto é


denominada:
a) Sístole
b) Diástole
c) Fração de ejeção
d) Débito cardíaco
e) Pós-carga

No que se refere ao processo de transplante/doação de órgãos qual dos


orgãos citados a seguir não pode ser retirado de doador vivo?
a) Medula óssea
b) Córnea
c) Rim
d) parte do fígado
e) Parte do pulmão
Considerando a fisiologia da respiração, o centro respiratório localiza-se:
a) Na hipófise
b) No bulbo raquidiano
c) A pineal
d) Os alvéolos
e) Nos pulmões

Durante uma consulta solicita-se ao profissional de enfermagem que posicione


o paciente em decúbito dorsal com as pernas afastadas e suspensas sobre
perneiras. Esta posição é denominada de posição:
a) Genupeitoral
b) De Sims
c) Ginecológica

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d) Litotômica
e) De Fowler

O controle de pulso durante aferição dos sinais vitais pode trazer informações
significativas sobre o estado do paciente. Desta forma, o pulso fino apresenta a
alteração denominada:
a) Taquisfigmia
b) Bradisfigmia
c) Normocardia
d) Filiforme

O esfigmomanômetro é o equipamento utilizado na verificação da pressão


arterial e pode-se utilizar a artéria braquial na aferição. O nome clínico para o
som das batidas que você ouve é „‟ Sons de korotkoff‟‟.
Marque a alternativa correta de acordo com o primeiro som auscultado:
a) Pressão arterial periastólica
b) pressão arterial mediastólica
c) Pressão arterial medial
d) Pressão arterial diastólica
e) Pressão arterial sistólica

Perda súbita e transitória da consciência, consequentemente da postura,


devido a isquemia cerebral transitória generalizada (redução na irrigação de
sangue para o cérebro). O termo utilizado para esse sintoma é:
a) Lipotímia
b) Síncope
c) Tenesmo
d) Disúria
e) Letargia
f) Coma

A sonda nasogástrica, também conhecida como sonda de Levine, é uma das


mais usadas na área medicinal. Nesse procedimento, o tubo é introduzido pela
narina e posicionado no:
a) Intestino
b) Estômago.
c) Intestino e estômago
d) São todas falsas

A sonda nasoenteral é colocada da narina até o sentido:


a) pré-pilórico (no estômago)
b) pós-pilórico (no intestino, duodeno ou jejuno)
c) pós-pilórico (No estômago, intestino e reto)
d) São todas verdadeiras
e) Apenas as alíneas A e B são verdadeiras

Dentre os principais indicadores de saúde utilizados na saúde coletiva aquele


que permite conhecer a gravidade de uma doença, considerando-se seu maior
ou menor poder para causar a morte é denominado:

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a) Incidência
b) Letalidade
c) Morbidade
d) Mortalidade

Ao atender uma paciente que aguarda consulta em um banco externo, o


técnico de enfermagem posiciona-a sentada, com os braços estendidos entre
as pernas, com a cabeça mais baixa em relação ao corpo. O profissional
tomou essa medida para evitar:
a) Hemotórax
b) Convulsão
c) Vômitos
d) Infarto
e) Desmaio

A ação que deve ser realizada para obter uma reanimação cardiopulmonar de
alta qualidade para adultos, segundo a American Heart Association (AHA) de
2015, é:
a) Apoiar-se sobre o tórax entre compressões
b) Comprimir a uma frequência inferior a 100/min ou superior a 120/min
c) Interromper as compressões por mais de 10 segundos
d) Minimizar as interrupções nas compressões.

O tempo cirúrgico abrange de modo geral uma sequência de quatro


procedimentos realizados pela equipe durante o ato cirúrgico, que é a seguinte:
a) Hemostasia, síntese, sutura e diérese
b) Exérese, sutura, síntese e diérese
c) Síntese, diérese, hemostasia e exérese
d) Diérese, hemostasia, exérese e síntese

Febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento e inapetência,


acompanhados de tosse com duração de três semanas ou mais caracterizam
clinicamente um caso suspeito de:
a) Pneumonia
b) Tuberculose pulmonar
c) Paracoccidioidomicose
d) Histoplasmose

Um dos sinais de probabilidade de gravidez é:


a) Positividade da fração Beta do HCG
b) percepção dos movimentos fetais
c) Náuseas e vômitos
d) Atraso menstrual
Quando o técnico de enfermagem registra que o paciente está com polidipsia,
significa que ele apresenta:
a) Sede excessiva
b) Apetite exagerado
c) Aumento da produção de urina

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d)Salivação excessiva
e) Taxa de lípidos elevada

Os instrumentais cirúrgicos são classificados de acordo com sua função. As


pinças de Kelly e Rochester são classificadas como:
a) De diérese
b) Auxiliares
c) Especiais
d) Hemostáticas
e) De síntese cirúrgica

A escala que é utilizada nas Unidades de Terapia Intensiva para medir o risco
dos pacientes críticos de desenvolverem lesões por pressão é denominada:
a) Allen
b) Aldret
c) Braden
d) Glasgow

A escala que tem como objetivo avaliar parâmetros de resposta verbal, motora
e abertura ocular para classificar o nível de consciência de um paciente em
coma é denominada:
a) Allen
b) Aldret
c) Braden
d) Glasgow

Uma das manifestações clínicas mais visíveis relacionada à deficiência de iodo


no organismo é o aparecimento de:
a) Bócio
b)Empiema
c) Iodolise
d) Hifema
e) Disidrose
f) Serosite

Qual das vias abaixo citadas é mais restrita, usada para pequenos volumes,
absorção muito lenta:
a) Oral
b) Intradérmica
c) Nasal
d) Retal
e) Intratecal
f) Conjuntival
g) Apenas as alíneas B e C são verdadeiras

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