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SINAIS VITAIS

PROF ENF MARIANA HOTTZ DOS REIS.


Sinais vitais

A temperatura corporal, o pulso, a frequência da respiração, a


pressão sanguínea (PA) e a avaliação da dor são chamados de
sinais vitais. Tratam-se de dados objetivos que indicam quão eficiente
ou deficiente está o funcionamento do corpo.
A medida dos sinais vitais fornece dados que podem ser utilizados para
se determinar um estado normal de saúde (dados básicos), assim
como uma resposta, tanto para o estresse físico e psicológico, como
para o tratamento médico e de enfermagem. São um meio rápido e a
sua aferição é um procedimento simples, mas não pode ser
subestimadas, qualquer alteração nos sinais vitais pode ser um
indicador para intervenção dos profissionais de saúde.
Pelo fato de os mecanismos corporais que regulam os sinais vitais
serem bastante sensíveis a alterações na fisiologia, esses sinais
são medidos a intervalos periódicos, para que seja monitorado o
estado de saúde do paciente.
Quando medir os sinais vitais?

 Na admissão ao serviço de saúde


 Dentro da rotina de atendimento do hospital
 Uma vez ao dia, pelo menos, quando o paciente estiver estável
 Conforme prescrição médica
 Durante a consulta
 Antes e depois de qualquer procedimento cirúrgico ou intervenção de
enfermagem que possa alterá-los (ex: antes de fazer o paciente andar
ou exercitar-se)
 Antes e depois de qualquer procedimento invasivo de diagnóstico
 Antes e depois da administração de medicação que altere as funções
cardiovasculares, respiratória ou de controle da temperatura
 Sempre que as condições físicas do paciente piorarem
repentinamente
 Sempre que o paciente manifestar quaisquer sintomas inespecíficos
de desconforto físico (paciente se sente “estranho”)
Sinal e sintoma

Sinal – evidência objetiva ou manifestação da doença.


Ex: hipertermia, bradicardia, edema, vômito...

Sintoma – fenômeno físico ou mental que causa


queixas, sendo um estado subjetivo: dor, tontura, mal
estar, cefaléia...
TEMPERATURA
Temperatura

A Temperatura corporal representa o equilíbrio entre o calor


produzido pelo metabolismo, à atividade muscular e outros
fatores, e as perdas de calor ocorridas através dos pulmões,
pele e excreções corporais. Um equilíbrio entre a perda e a
produção de calor mantém a temperatura corpórea estável, ele é
o resultado de vários mecanismos internos de controle.
Nos pacientes com reservas mínimas e temperaturas corpóreas
elevadas, qualquer forma de esforço físico pode aumentar a
produção de calor e a temperatura corpórea. Podem ser
verificados na região axilar, inguinal, oral e retal.
TEMPERATURA AXILAR DO CORPO

Normal Entre 36º e 36.9º C

Estado febril Entre 37º e 37.5º C

Febre baixa Entre 37.6º e 38º C

Febre moderada Entre 38.1º e 39º C

Febre alta Acima de 39.1º C


Equipamentos utilizados

Termômetro de mercúrio – axilar oral e retal.


Termômetro digital ou eletrônico
Termômetro auricular
Técnica
1. - Lavar as mãos;
2. - Preparar o material;
3. - Explicar ao paciente o que vai fazer;
4.- Desinfetar o Termômetro com bola de algodão embebido em álcool a
70%
5.- Descer coluna de mercúrio abaixo de 35 graus;
06 - Enxugar a axila do paciente com gaze;
7. - Colocar o Termômetro com a extremidade do bulbo no ápice da axila,
posicionando-o perpendicular mente a parede medial da axila;
8.- Pedir ao paciente para comprimir o braço de encontro ao tórax, com a
mão na direção do ombro oposto
9.- Aguardar de 3 a 5 minutos;
10 - Proceder a leitura;
11 - Refazer a limpeza do Termômetro;
12- Retornar a coluna de mercúrio ao ponto inicial;
13 – Lavar as mãos
14 - Anotar na ficha de controle.
Técnica – TEMPERATURA RETAL

MATERIAL PARA TEMPERATURA RETAL:


01 termômetro
01 lubrificante
01 cuba rim
01 recipiente com bolas de algodão
01 pacotinho com gaze IV
01 par de luvas de procedimento

MÉTODO: GERAL
- Preparar o ambiente
- Explicar ao cliente o procedimento e objetivo do mesmo
- Lavar as mãos
- Colocar o cliente em posição adequada
-Colocar o termômetro ao nível dos olhos, verificar se a coluna de
mercúrio está abaixo de 35º C
Técnica – TEMPERATURA AXILAR

PARA VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA AXILAR:


Enxugar a axila do cliente
Colocar o termômetro na região axilar com o bulbo em contato direto com
a pele e flexionar o antebraço de encontro com o tórax de modo fechar a
prega axilar
Deixar o termômetro por 5 minutos
Após os 5 minutos retirar o termômetro segurando-o pela haste
Ler e anotar a temperatura
Informar ao paciente a leitura obtida
Limpar o termômetro com o quadrado de algodão embebido de
álcool a 70%, iniciando da haste para o bulbo
Abaixar a coluna de mercúrio
Deixar o cliente confortável
Fazer anotações
Alterações da temperatura
Hipotermia - diminuição da temperatura
Dados objetivos

Temperatura abaixo de: 36 °C ;


Tato: pele fria, evidências de palidez;
Frequência respiratória: aumentada (hipotermia branda - produção
de calor); diminuída (hipotermia severa);
PA: aumentada (hipotermia branda - vasoconstricção periférica),
diminuída (severa) vasoconstrição intensa;
Pulso: aumentado (branda - ação adrenalina), diminuído (severa -
batimentos cardíacos irregulares);
Hipotermia - diminuição da temperatura
Dados objetivos

Redução da sensibilidade de mãos e pés;


Tremores de frio: presentes (branda), ausentes (severa);
Produção de urina: aumentada (branda – vasoconstrição periférica
aumenta fluxo sanguíneo renal), diminuída (severa - vasoconstrição
geral);
Quantidade de roupas ou isolamento térmico pode estar insuficiente;
Movimentos diminuídos, fala arrastada, na hipotermia severa reflexos
abolidos.
Hipertermia - elevação da temperatura

Temperatura oral acima de 37,4°C, axilar acima de 37.5°C e


retal acima de 38°C;

Pele inicialmente fria (vasoconstricção), e depois quente;


Pele pálida ou hiperemiada;
Frequência respiratória aumentada;
PA aumentada, diminuída ou normal;
Pulso aumentado;
Hipertermia - elevação da temperatura

Sensibilidade de mãos e pés normal;


Inquietação, confusão, convulsões febris (40 a 41°C);
Podem ocorrer calafrios ou sudorese;
Diminuição do débito urinário;
Uso insuficiente ou excessivo de isolamento em função da
temperatura ambiente.
Hipertermia - elevação da temperatura

Dados subjetivos
Sente calor ou frio;
Sente sede;

Queixas de tontura, fraqueza, sensação de desmaio.


FEBRE

 Consiste na elevação da temperatura do


corpo.
 É considerada uma reação orgânica (reação
do corpo) decorrente de várias causas,
principalmente processos infecciosos, cujo
significado deve ser avaliado por médico.
FEBRE

 Apesar dela ser frequentemente causada por


infecções como, por exemplo, pneumonia e
infecção do trato urinário, nem sempre ela é
indicadora de infecção.
 Ela pode também resultar de alguma alergia,
calor excessivo (ficar muito tempo debaixo
de sol forte ou mesmo dentro de casa),
inflamações e até mesmo efeito colateral de
drogas.
FEBRE

 A febre pode ser benéfica e é parte da


reação do corpo a uma doença.
 No entanto, se a temperatura estiver acima
de 42ºC, então pode causar danos sérios
aos neurônios (células do cérebro), com
risco de afetar a meninge, caracterizando a
fase da chamada de hipertermia maligna.
FEBRE

 A temperatura do nosso corpo normalmente flutua


ao longo do dia, e o mesmo acontece com a febre
(costuma ser mais baixa de manhã e aumentar à
tarde).
 Se esse padrão característico estiver ausente, a
temperatura aumentada do corpo pode ter como
causa insolação, que é uma disfunção mais séria.
 A insolação é causada pelo excesso de exposição
ao sol e é acompanhada de desidratação.
PULSO
Frequência Cardíaca
Pulso

 O sangue corre pelo corpo em um circuito contínuo. O coração é


uma bomba pulsátil que ejeta sangue intermitentemente no sistema
arterial. Com cada ejeção as paredes da aorta se distendem criando
uma onda de pulsação que progride rapidamente em direção às
terminações distais das artérias. Quando a onda de pulsação atinge
uma artéria periférica, pode ser palpada pressionando-se a
artéria suavemente sobre o osso ou músculo. O ritmo de
pulsação é uma medida indireta do débito cardíaco (volume de
sangue bombeado pelo coração durante um minuto).
Verificação do pulso

O Pulso é verificado nas artérias:


 Radial Braquial Femoral Pediosa
Temporal Carótida Apical Poplítea
 Para palpar o pulso utiliza-se os três
dedos intermediários da mão. As
pontas dos dedos são as áreas mais
sensíveis para detectar o pulso da
parede arterial. Se o pulso não for
facilmente localizado de um lado pode-
se tentar do outro. Deve-se manter a
extremidade superior em uma posição
relaxada para permitir a exposição
total da artéria.
Variações do pulso

Frequência

 Ao nascer: 100 – 160 bpm;


 Aos 4 anos: 80 – 120 bpm;
 Adulto: 60 – 100 bpm.
 Taquicardia: FC elevada acima de 100 bpm.
 Bradicardia: FC abaixo de 60 bpm.
Fatores que interferem na valor da
pulsação
FATORES QUE INFLUENCIAM NA FREQÜÊNCIA DE PULSAÇÃO
Exercícios Exercícios de curta duração aumentam a freqüência de pulsação.

Febre, calor Ambos aumentam a freqüência devido ao aumento do ritmo metabólico.

Dor aguda, ansiedade Aumentam a freqüência de pulsação devido à estimulação simpática.

Dor intensa não aliviada Diminui a freqüência devido à estimulação parassimpática.

Drogas Várias drogas alteram a freqüência aumentando ou diminuindo-a.

Hemorragia A perda de sangue aumenta a freqüência devido a estimulação do sistema


simpático.

Alterações posturais Na posição sentada deitada a frequência de pulsação diminui, enquanto nas
posições sentada ou em pé, ela aumenta.
O que avaliar além da frequência?

 Ritmo
Pulso rítmico: quando os batimentos cardíacos
são sucessivos e regulares.

Pulso arrítmico: quando se percebe uma


interrupção nas sucessivas ondas de pulsação,
apresentando um ritmo cardíaco anormal ou
arritmia.
O que avaliar além da frequência?

 Intensidade
Normal: é cheio, facilmente palpável não sendo
facilmente interrompido.
Intenso: facilmente palpável e difícil de ser
interrompido.
Fraco: difícil palpação e facilmente perdido
pelo examinador, além de ser filamentoso e
frequentemente rápido.
Técnicas para aferição

 MATERIAL
 01 Relógio com ponteiros de segundos;
 01 Estetoscópio;
 Caneta, lápis e formulário de registro.
FREQUÊNCIA
RESPIRATÓRIA
Respiração

 A respiração constitui a troca de oxigênio e o dióxido de carbono


entre a atmosfera e as células do corpo. A respiração envolve dois
processos: a respiração interna ou movimento do oxigênio ao nível
celular, entre a hemoglobina e células isoladas. Respiração externa
ou movimento de ar entre o ambiente e os pulmões. É realizada pelo
diafragma e músculos do tórax, possui quatro processos inter-
relacionados: ventilação, o movimento de ar para dentro e fora
dos pulmões; condução movimento de ar através das vias
respiratórias pulmonares; difusão movimento de O2 e CO2 entre
os alvéolos e as hemácias; e perfusão, a distribuição do sangue
através dos capilares pulmonares.
Avaliação dos movimentos
Respiratórios

 A avaliação dos movimentos respiratórios deve ser realizada


imediatamente depois do pulso, com a mão do examinador ainda
no antebraço do cliente, para que este não perceba que seus
movimentos respiratórios estão sendo avaliados, evitando assim,
que modifique sua respiração.
 Considera-se um ciclo respiratório o movimento de inspiração e
expiração. Para se contar a respiração é observar as subidas e
descidas do tórax ou abdome do paciente, verificando a frequência,
a amplitude (grau de expansão da parede torácica), e o ritmo (o
normal da respiração é ser ininterrupta) respiratório.
 Os movimentos respiratórios têm uma frequência de 15 a 20
incursões
respiratórias por minuto no indivíduo adulto saudável e em repouso.
Frequências

 Recém nascidos: 30 - 60 i.r.p.m.


 Infância inicial: 20 - 40
 Infância final: 15 - 25
 Homens: 14 - 18
 Mulheres:16 - 20
Padrões respiratórios

Tipo Características Causas Possíveis


Apnéia Ausência periódica de Obstrução mecânica das vias aéreas. Condições
respiração afetando o centro respiratório na região lateral do
bulbo.
Bradipnéia Respiração lenta e Condições afetando o centro respiratório, tumores,
regular de igual desordens metabólicas, descompensação
profundidade respiratória, uso de álcool.
Eupnéia Ritmo e freqüências
normais
Taquipnéia Respiração rápida Pneumonia, alcalose respiratória, insuficiência
respiratória e outros.
Ortopenêica Respiração facilitada na
posição vertical
Dispnéia Dificuldade respiratória Asma brônquica
Fatores que modificam a
respiração

Exercícios físicos, doenças respiratórias (enfisema ou bronquite),


banhos, estresse, idade, sexo, certas drogas, sono, posição
corpórea entre outros.
Técnica para aferição da
respiração

 MATERIAL
 Relógio com ponteiros de segundos
 Relógio digital
 Caneta, lápis e formulário de registro.

 MÉTODO
 Lavar as mãos;
 Colocar o cliente em posição confortável;
 Simular que está verificando o pulso e observar os movimentos do
tórax ou abdome;
 Contar os movimentos durante 1 minuto;
 Observar o ritmo, amplitude, frequência e ruídos respiratórios;
 Registrar.
PRESSÃO ARTERIAL
(PA)
SISTEMA CIRCULATÓRIO

 O coração do ser humano começa a bater, a partir da quarta semana


de gestação. É o sangue que transporta os nutrientes e oxigênio
para todo o corpo, através das hemácias que contém a
hemoglobina, substancia que possui grande afinidade por
oxigênio.
 O coração de um adulto mede aproximadamente, 10cm e pesa cerca
de 250g. Possui capacidade para meio litro de sangue e divide-se em
quatro câmeras: duas superiores, os átrios direito e esquerdo e duas
inferiores os ventrículos direito e esquerdo, ambos isolados pelo septo
interventricular.
 O sistema circulatório é dividido em pequena e grande circulação: a
pequena faz transito sanguíneo entre o coração e o pulmão, a grande
faz entre o coração e os demais órgãos.
PRESSÃO SANGUÍNEA

 O fluxo sanguíneo pelo sistema circulatório é produzido pelo bombeamento


cardíaco do sangue sob elevada pressão para as artérias. A pressão
sanguínea é a força exercida pelo sangue contra a parede de um vaso. A
unidade padrão para a medição da pressão sanguínea é a de milímetro de
mercúrio (mmHg). O pico de pressão máxima ocorre durante a sístole,
quando o ventrículo esquerdo bombeia sangue para a aorta. A queda de
pressão ocorre durante a diástole, quando os ventrículos relaxam. A pressão
diastólica é sempre a pressão mínima exercida sobre as paredes arteriais.
 A pressão sanguínea é o produto débito cardíaco e a resistência vascular
periférica. Quando o débito cardíaco aumenta, mais sangue é bombeado em
direção as paredes arteriais, provocando uma elevação da pressão sanguínea.
 Para se fazer a aferição coloca-se o cliente em posição sentada ou deitada,
com o antebraço ao nível do coração,com a palma voltada par cima.
Padrão da Pressão sanguínea

Recém nascido 50-52/25-30 mmHg

4 anos 85/60 mmHg


Normotenso: pressão
arterial normal
6 anos 95/62 mmHg
Hipertenso: acima dos
10 anos 100/65 mmHg
valores normais
12 anos 108/67 mmHg Hipotenso: abaixo dos
16 anos 118/75 mmHg valores normais

Adulto 120/80 mmHg

Idoso 140-160/90-100 mmHg


Atenção!!!

Sistólica/máxima Diastólica/mínima
Medidas de tratamento não
farmacológico

 Reduzir o sal;
 Reduzir do peso;
 Fazer orientação dietética;
 Incentivar a abstinência do álcool e/ou tabagismo;
 Aliviar o estresse;
 Realizar atividade física moderada;
Fatores que podem alterar a PA

Idade, atividade/repouso, algumas drogas, sexo, exercícios, postura,


digestão, banho, alimentação, emoções, temperatura elevada, algumas
patologias, obesidade entre outras.

OBSERVAÇÕES:

 Para verificar a pressão em pessoas obesas usar o manguito mais largo


ou verificar no antebraço e usar a artéria radial.
 Não deixar o manguito muito tempo insuflado, pois altera o resultado e leva ao
desconforto.
 Existem diferenças de valores de um membro para o outro e de uma posição
para a outra, por isso deve ser anotada o membro e a posição na qual foi
verificada a P.A.
 O diafragma do estetoscópio deve ser colocado diretamente sobre a pele
 Qualquer anormalidade detectada deve ser registrada e comunicada ao
médico.
Técnica para aferir a PA

1)- Orientar o cliente;


 Testar o aparelho de PA;
 Fechar a válvula da pêra;
 Limpar as olivas com álcool a 70%;
 Lavar as mãos;
 Certificar: bexiga cheia, exercícios físicos, bebidas alcoólicas, café,
alimentos, cigarro até 30 minutos antes da medida;
 Colocar o cliente em local calmo e confortável com braço apoiado ao nível
do coração, permitindo 5 minutos de repouso;
 Palpar o pulso radial e inflar o manguito até 30 mmHg acima do ponto
onde a pulsação desaparece. Esvaziar vagarosamente o manguito e
observar o ponto onde a pulsação reaparece, aguardar 30 segundos;
 Colocar os receptores auditivos do estetoscópio nos ouvidos, com a curvatura
para frente;
Fatores de risco maiores:

 Tabagismo;
 Dislipidemias;
 Diabetes Melitus;
 Nefropatia;
 Idade acima de 60 anos;
 Histórico familiar de doença cardiovascular em:
Mulheres com menos de 65 anos e Homens com
menos de 55 anos.
DOR:
Experiência sensorial e emocional desagradável,
associada com lesões teciduais reais ou potenciais
ou descrita em termos de tais lesões.
Epidemiologia da Dor

É um sintoma presente na maioria das doenças.

Ocorre em 29 a 57% dos doentes com câncer e outras


doenças crônicas. Em pacientes com câncer avançado,
chega a 90%.

É muito intensa em 25 a 30% dos pacientes.

Frequentemente manifesta-se em mais de um local.

Grande número de doentes falecem apresentando


dor considerável.
Dor Aguda ☞ Momento definido de início, sinais físicos
objetivos: PA ↑, taquicardia, taquipnéia, agitação
psicomotora e ansiedade.
Observa-se vocalização, expressões
faciais e posturas de proteção.

Dor Crônica ☞ Não é apenas o prolongamento da dor


aguda.
Mal delimitada no tempo e espaço, é a
que persiste por processos patológicos crônicos, de forma
contínua; não existem sinais objetivos; respostas
emocionais de ansiedade e depressão são freqüentes.
Dor Somática

 Ativação de nocicepores cutâneos e profundos.


 Geralmente bem localizada
 Tende a piorar com movimento e carga e aliviar
com repouso.

 Exemplos: Invasão óssea e músculo-


esquelética.
Dor Visceral

Compressão , distensão, estiramento de vísceras torácicas e


abdominais.
 Geralmente é mal localizada, profunda, em aperto;
 Pode ser referida em estruturas distantes daquelas
comprometidas;
 Freqüentemente associada a sensações autonômicas,
tais como náuseas, vômitos e sudorese.
Exemplos: Ca pâncreas; Tu alça intestinal; Mt
intraperitoneal.
Dor Neuropática

Ocorre quando há lesão parcial ou completa no


Sistema nervoso central ou periférico.
 Em oncologia pode ocorrer devido à processos
tumorais infiltrativos; ação de quimioterápicos; pós Rxt.
São expressas como dores ardentes, lancinantes,
em queimação, choque, formigamento,
Exemplos: Neuralgia do trigêmeo, neuralgia pós-
herpética, dor fantasma; plexopatia braquial devido a Tu
de Pancoast.
Dor Mista
FÍSICA

DOR
PSÍQUICA TOTAL SOCIAL

ESPIRITUAL
Antes de TRATAR MENSURAR

Não existe um instrumento que permita mensurar uma


experiência interna, complexa e pessoal.

ESCALA ANALGÉSICA VISUAL


MENSURAÇÃO DA DOR
Técnica:

Questionar e acreditar no que o nosso paciente relata. Providenciar


medidas de alivio de dor, como: Analgesia, mudança de posição, visita de
um familiar, realização de um curativo ou de um procedimento, dentre
outros.
É inadmissível julgarmos a dor do outro ou desconsiderá-lo!!! Ela é
única e intransferível!
Intensidade

 Sem Dor - 0
 Dor fraca - 1,2,3
 Dor moderada - 4,5,6
 Dor forte - 7,8,9,10
Obrigada!!
REFERÊNCIAS
PORTO, CELMO CELENO. Semiologia médica. 5ª edição. Editora Guanabara Koogan, Rio
de Janeiro – RJ.
POTTER, Patricia A. e PERRY, Anne G. Grande tratado de enfermagem prática. Santos:
São Paulo, 2005.
TIMBY, Bárbara, K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de
enfermagem. Porto Alegre: ARTMED, 2001.

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