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Asma é uma doença inflamatória, crónica, episódica, caracterizada por hiperreactividades das
vias respiratórias que cursa com obstrução (parcial ou total) reversível das mesmas.
Quando o asmático apresenta-se com os sinais e sintomas de asma estamos perante uma crise
deasma. Quando os sinais e sintomas (decorrentes da obstrução grave) persistem por dias ou
semanasestamos perante estado de mal asmático.
Etiologia
Factores endogenos:
Factores exogenos/ambientais:
Ar frio
Exercício físico
Tabaco
Alérgenos (poeiras, pólen, fezes de animais)
Infecções das vias respiratórias superiores (inflamação)
Stress
Medicamentos (AINEs, agentes Beta bloqueadores)
Irritantes químicos (perfumes, insecticidas)
alergia: poeira, ácaro, mofo, pólen, fezes de barata, pêlos de animais;
– infecções: viroses, como gripes e resfriados, ou ainda as sinusites;
– mudanças de tempo;
– fumaças;
– poluição;
– cheiros fortes;
– esforço físico;
– aspectos emocionais;
– outras causas: alguns tipos de medicamentos, alguns alimentos, refluxo gastro-
esofágico, causas hormonais.
Fisiopatologia
A obstrução das vias aéreas causa um aumento da resistência do fluxo do ar e uma redução do
fluxorespiratório fazendo com que o ar fique preso nas vias aéreas, e determinando a condição
de híperexpansão. A distensão dos pulmões permite que o ar entre, mas ao mesmo tempo
existe uma alteração dos mecanismos de trocas intrapulmonares, aumenta o trabalho da
respiração e quando o pulmão não pode expandir mais o resultado é uma hipoventilação dos
alvéolos e portanto uma hipóxia e hipercapnia (aumento da concentração de CO2 no sangue).
Em resposta a esta situação, aumenta o esforço para respirar, aumenta o consumo de
oxigénio, aumenta a actividade cardíaca e isso determina acidose metabólica que por sua vez
determina a acidose respiratória.
Estas alterações regridem espontaneamente ou por acção terapêutica, mas com o decorrer do
tempo e após sucessivos episódios, desenvolvem-se alterações que levam ao estreitamento
progressivo das vias respiratórias.
Classificacao
Quadro clínico
Os sinais e sintomas típicos da asma são pieira, dispneia e tosse com intensidade
variável. Os sintomas podem piorar à noite.
Ao exame físico encontra-se taquipneia, taquicardia, tiragem, adejo nasal.
À palpação teremos vibrações vocais normais ou diminuídas.
À percussão teremos hiperssonoridade.
À auscultação teremos murmúrio vesicular normal ou diminuido, com roncos e
sibilos.
Nos casos graves teremos: paciente agitado, incapaz de adoptar uma posição, com
cianose, bradicárdia, hipotensão, abolição do murmúrio vesicular.
Complicações
nsuficiência respiratória
Pneumotórax
Atelectasia
Pneumonia
Deformidades torácicas (tórax em tonel)
Complicações causadas pelo uso dos corticoesteróides (osteoporose, imunodepressão,
aumento do peso, miopatia, catarata, diabetes mellitus)
Diagnóstico diferencial
Nem tudo que sibila é asma”. É preciso efectuar o diagnóstico diferencial com outras
condições sibiliantes:
Obstrução das vias respiratórias superiores por corpos estranhos, tumor, edema da
laringe – geralmente associado a estridor e não a sibilos;
Edema pulmonar: em geral ocorre em pacientes com patologia cardíaca prévia, que
desenvolvem um quadro respiratório agudo com ortopneia, palpitações, dor torácica.
O exame físico revela alterações na dinâmica cardiovascular e a auscultação pulmonar
com roncos e fervores dispersos. A radiografia torácica ilustra processos de
consolidação difusos e em geral extensos, na altura em que já há sintomatologia;
Pneumonia: nestes pacientes a ocorrência de tosse e taquipneia em geral está
associada a presença de dor torácica e sintomas gerais, como febre, mal-estar geral,
anorexia, fadiga. O hemograma pode apresentar leucocitose, geralmente a custa de
neutrófilos. A radiografia torácica pode mostrar as áreas de condensação (não
hiperinsuflação), mas é necessário fazer diagnóstico diferencial com atelectasia que
ocorre quando há obstrução repleta de um brônquio;
Conduta
Controlar os sintomas;
Prevenir limitação crónica ao fluxo aéreo;
Permitir actividades normais – trabalho, escola, lazer;
Manter a funçào pulmonar normal ou a melhor possível;
Evitar crises – idas às emergências ou hospitalizações;
Reduzir a necessidade de uso de broncodilatador para alívio;
Minimizar os efeitos adversos da medicação;
Prevenir a morte;
Tratamento da crise:
ß2 – agonistas – Salbutamol solução nebulizável (5mg/ml): diliuir 0.5 a 1 ml em soro
fisiológico até perfazer 2-4 ml de solução e inalar até terminar o aerossol (máximo 3
doses)
Efeitos secundários: tremor fino, nervosismo, cefaleia, palpitações, hipokalémia
Contra-indicações: evitar ou usar com muito cuidado em pacientes com insuficiência
cardíaca, arritmias cardíacas, hipertensão arterial, hipertiroidismo e diabetes