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Eduarda Hadassa Paiva Matozinho

UPA Brasicom- 2023


É uma doença heterogênea, geralmente
caracterizada por inflamação crônica das vias
aéreas. Definida pela história de sintomas
respiratórios, como sibilos, falta de ar, opressão
torácica e tosse, que variam ao longo do tempo e
em intensidade, juntamente com limitação
variável do fluxo aéreo expiratório
--Mundial:
Prevalência 10-30% em
escolares
--Brasil:
Prevalência 2,6-24% em
escolares

Escolares: 6-10 anos de


idade
A asma está associada a
uma inflamação crônica
específica na mucosa das
vias aéreas inferiores, na
qual a mucosa fica
infiltrada por eosinófilos
e linfócitos T ativados e
também por mastócitos
da mucosa
Doença Hiperreatividade Padrão
das Vias Aéreas Inflamatório
Heterogênea
O padrão específico de Infiltração de eosinófilos
Possui diferentes
inflamação é associado à --Em pacientes com asma
mecanismos
hiperreatividade dessas grave, alguns mostram um
fisiopatológicos, que
vias aéreas, relacionada a padrão neutrofílico, o qual é
culminam na
uma obstrução de fluxo menos sensível a
hiperreatividade das vias
aéreo variável. corticóides.
aèreas.
Broncoespasmo
É a principal forma de Asma na infância
Sensibilização alérgica
Predomínio de resposta Th2
Eosinofilia com sangue e escarro
Consequências da inflamação exacerbada:
lesões e alterações na integridade epitelial
anormalidades no controle neural autonômico (substância
P, neurocinina A)
alterações na permeabilidade vascular
hipersecreção de muco
mudanças na função mucociliar
aumento da reaitividade do músculo liso da via aérea
destruição do epitélio ciliado (pode causar--> Asthma with
persistent airflow limitation)
Learning

Os sintomas podem piorar a


Sibilos noite, e os pacientes muitas vezes
acordam nas primeiras horas da
Dispneia manhã.
Tosse com Pode haver desconforto
respiratório (batimento de asa
intensidade nasal, tiragem subcostal, retração

variável de fúrcula)
Learning

Sinais de
Gravidade
O diagnóstico no PS é essencialmente Clínico
Diagnósticos diferenciais:
Infecções virais evoluindo com sibilância e/ou
tosse;
Bronquiolite
Bronquites de etiologia viral ou bacteriana
Síndromes gripais;
Alergia alimentar;
Exposição a alérgenos (poeira, pólen, poluição do ar);
Mudanças ambientais (clima, umidade, estações do ano);
Retorno às atividades escolares;
Baixa adesão ao tratamento de manutenção;
Exames complementares:
1) RX tórax em PA e Perfil: sinais de hiperinsuflação com rebaixamento das
cúpulas diafragmáticas, retificação dos arcos costais, alargamento dos espaços
intercostais e aumento do diâmetro AP do tórax;
2) Hemograma: indicado quando há suspeita de infecção associada, representado
por febre persistente, ausculta localizada e/ou toxemia;
3) Eletrólitos: uso de beta-2-agonistas pode causar a depleção de potássio,
principalmente na musculatura esquelética, então dosagem de eletrólitos está
indicada quando há uso de altas doses de beta-2-agonistas, ou em pacientes com
doenças cardiovasculares ou em uso de diuréticos
MANEJO- ATÉ 6 ANOS DE IDADE
Leve/ Moderada:
Salbutamol 100 mcg- 2 puffs a cada 20 minutos (1 h)
Oxigenoterapia (manter SatO2 94-98%)
Considerar uso de ipatrópio (se sinais de gravidade)
Grave:
Solicitar tratamento de emergência/UTI
Salbutamol 100 mcg- 6 puffs a cada 20 minutos (1 h)
Oxigenoterapia (manter a SatO2 94-98%)
Prednisolona VO 2 mg/kg
Brometo de Ipatrópio (Atrovent) 250 mcg- 1 a 2 doses nebulizadas
MgSO4 (150 mg- 3 doses NBZ): administrar na 1 hora
MANEJO- 6 a 11 ANOS DE IDADE
Leve/ Moderada:
Salbutamol/ Fenoterol 100 mcg- 4 a 10 puffs a cada 20 minutos (1 h)
Prednisolona VO 1-2 mg/kg (máx. 40 mg)
Oxigenoterapia (manter SatO2 94-98%)
Considerar uso de ipatrópio (se sinais de gravidade)
Grave:
Solicitar tratamento de emergência/UTI
Salbutamol/Fenoterol 100 mcg- 4 a 10 puffs a cada 20 minutos (1 h)
Oxigenoterapia em CN ou VNI (manter a SatO2 94-98%)
Prednisolona VO 2 mg/kg (máx. 40 mg)
Brometo de Ipatrópio (Atrovent) 250 mcg- 1 a 2 doses nebulizadas
MgSO4 (2 g EV): considerar uso 1 h após tto inicial se persistência de hipóxia
Epinefrina SE anafilaxia/ angioedema associados
Global Initiative for Asthma. Global Strategy for
Asthma Management and Prevention, 2022.
Condutas Pediátricas no Pronto Atendimento e na
Terapia Intensiva, editora Manole, 2 edição, 2020.

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