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RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA

Monitoração
SNC
- Recuperação dos reflexos
- Movimentos musculares
- Consciência
- Comportamento

Sistema Respiratório
- Frequencia
- Profundidade
- Caracteristica da respiração
- Coloração de mucosas e da pele

Sistema cardiovascular
- Frequencia e ritmo
- Coloração de mucosas
- TPC

Temperatura
- Hipotermia (prolonga tempo de recuperação)

Produção de urina
- Diminuição (anestesia geral diminui por diminuir o fluxo sanguíneo renal, filtração
glomerular)

Analgesia
Visa minimizar a dor e a ansiedade.
As consequências da dor não controlada são estimulação no SNC e liberação de
catecolaminas, taquicardia, vasoconstricção periférica, hipoventilacao (acidose respiratória e
hipóxia), diminuição da motilidade GI, estimulação do hormônio antidiurético, decúbito
prolongado (colapso pulmonar e pneumonia), excitação, agressividade, automutilação.
Os sinais de dor mais intensa são em cirurgias torácicas, abdominal, oftálmicos, cavidade
nasal ou períneo.
A avaliação da dor é realizada através de alterações no comportamento (tremores,
relutância em se movimentar, excitação, agressão, vocalização, salivação, mutilação da área
dolorida, midríase, taquicardia, hipertensão, aumento da FC), determinação de betaendorfina
plasmática, catecolamina e cortisol, eletroencefalograma.
O controle da dor é realizado com opióides, AINEs, compressas quentes ou frias, estimulo
elétrico cutâneo.

Alterações respiratórias
A depressão respiratória pode ocorrer devido a depressão central pelo agente anestésico,
diminuição do tônus da musculatura torácica e diafragma, atelectasia devido ao decúbito,
depressão dos quimiorreceptores, obesidade.
O tubo endotraqueal é retirado após a recuperação do reflexo de deglutição ou tosse, evitar
vomito ou regurgitação.
Após a ventilação controlada para retornar a ventilação espontânea tem que diminuir a
profundidade da anestesia e administrar somente O2, diminuir a FR para 4 a 6 movimentos por
minuto, o que vai aumentar a concentração de O2 estimulando a respiração.
As causas de apnéia ou hipoventilação são concentração arterial de CO2 muito baixa,
depressão do centro respiratório, lesão do SNC, hipotermia, pacientes idosos, animais obesos,
pacientes com lesão pulmonar ou trauma torácico, cardiopatas.
As causas de oxigenação deficiente (cianose, saturação de O2 , 90%) são pacientes idosos,
animais obesos, raças braquicefálicas, pacientes com depressão do SNC anterior a anestesia,
pacientes com lesão pulmonar ou traumatismo torácico, animais com pneumonia, toracotomia,
correção de ruptura diafragmática. Para corrigir utilizar máscara, câmara de oxigenação,
catéter nasal, catéter endotraqueal, traqueostomia, intubação endotraqueal.

Hipotensão
Em pequenos animais é quando a PA < 60 mmHg.
As causas são fármacos, diminuição do volume sanguíneo ou tônus vascular, estados
fisiológicos, fatores que diminuem a pré-carga (volume sistólico), fatores que podem aumentar
a pós-carga, diminuição da contratilidade, hipotermia.
As consequências são IR, diminuição da biotransformação dos fármacos, agravamento da
dissociação ventilação/perfusão e hipoxemia, recuperação anestésica mais demorada,
complicações neuromusculares, anormalidades no SNC, PCR.

Hipotermia
Colabora para diversos tipos de complicações, aumenta o tempo de hipnose dos fármacos
anestésicos, recuperação tardia, arritmia.
As causas são a diminuição da produção de calor, aumento da perda e termorregulação
prejudicada.
A prevenção é a monitoração continua durante o procedimento, uso de cobertores térmicos,
manutenção da To na sala cirúrgica, uso de fluidos aquecidos, sala de recuperação aquecida.

Hipertermia
Ocorre por diminuição da perda de calor, fonte de calor exógena excessiva, aumento da
produção metabólica (estresse, aumento do tônus muscular).

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