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A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela lei nº. 9.610./98
e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
Era isso. Havia se decidido por fazer sua tatuagem. Talvez fosse uma
atitude de rebeldia tardia por conta de sua discussão com a Susan na noite
anterior, ou o que seja. Uma coisa era certa. Estava decidida. Assim, depois
de uma curta pesquisa, estava ali, diante da In the Skin. O fato de ser um
tanto longe de onde morava nem era um empecilho. Vira algumas imagens
assinadas por um tal Peter Reyes que simplesmente lhe tirara o fôlego.
Então decidiu que ele era o escolhido para fazer sua tão sonhada tatuagem.
Estava distraída diante de um enorme painel, admirando as inúmeras
fotos dispostas, enquanto aguardava ser atendida pela atendente que estava
ocupada, quando sentiu alguém parar próximo.
— Será que eu posso ajudá-la? — A voz máscula lhe chamou a
atenção.
— Você! — exclamou, olhos arregalados de surpresa.
Diante dela estava ninguém menos que o cara da transa no beco. Ela
ficou tão instantaneamente molhada que teve medo de que sua umidade
escorresse pelas pernas e fizesse uma poça no chão.
— Eu? — O cara apontou para si mesmo, confuso, logicamente.
Como que acordando de um transe, Vanessa tratou de se recompor
antes que fosse tarde demais:
— Me desculpe! Era para ser uma pergunta. — Acrescentou
rapidamente, tropeçando nas palavras. — Você trabalha aqui? Era isso. —
Gesticulava muito, junto com as palavras. — Era para ser isso.
Então ela se deteve um minuto e expirou fortemente, os olhos
fechados, as mãos num movimento de descida:
— Eu estou nervosa. É isso. — Naquele momento por mais de uma
razão.
— Ah, saquei. Primeira tatuagem, certo?
— Isso.
Caralho, ele era muito lindo! Olhos grandes, de um castanho-
esverdeado, incríveis. Sobrancelhas espessas. Brincos em círculos grandes
em suas orelhas, pretos com estrelas pintadas neles. Nariz grande e afilado.
Lábios finos quase ocultos por uma barba fechada. Uma careca reluzente.
Não se atreveu a descer os olhos para examinar o resto do corpo. Ela se
recordava muito bem daquele peito… Acabaria passando uma grande
vergonha. De todos os lugares do mundo, tinha de encontrá-lo justamente
ali?
Percebendo que devia ter ficado tempo demais a examiná-lo, onde
também teve a face perscrutada pelo homem, meneou a cabeça para sair do
transe:
— Estou procurando por Peter Reyes. Eu vi algumas tatuagens dele
pela net e fiquei encantada!
— Acaba de encontrar, morena. — O homem fez um gesto amplo
para si mesmo.
Ela arregalou os olhos e mordeu o lábio. O mundo realmente era
pequeno. Aquele homem colocaria suas mãos em seu corpo? Ainda mais
onde pretendia fazer a tatuagem… Quase tremeu por antecipação.
“Esse palhaço vai me levar para casa, porque, segundo ele, tem muito
álcool no meu sistema. Achei que teria uma noite de sexo, mas o idiota
está me tratando como se fosse meu irmão mais velho!”
Vanessa mordeu os lábios, segurando um riso:
— Acho que está tudo bem com eles… — logo a pick up cruzava
com eles e Bennett buzinava brevemente. — Ele só a está levando para casa
mesmo.
— Eu te disse que não precisava se preocupar.
Logo estavam em frente a In the Skin:
— Onde está seu carro, morena? — Ele procurou ao redor.
— Então… Eu não dirijo — ela comunicou.
— Não? — espantou-se Peter. — Isso é novidade nos dias de hoje.
— Pois é, eu tentei, mas, eu tenho muito medo e pronto! Admito!
— Tranquilo, morena. Eu até fico aliviado com isso, porque assim,
poderei te oferecer uma carona.
— Não precisa. Eu posso pegar um táxi… — Vanessa fez charme.
— De jeito nenhum! — emendou rapidamente. — E acha que eu
perderia a oportunidade de passar mais um tempinho ao lado de uma garota
como você?
Ela sorriu, disfarçadamente. Era tudo o que queria ouvir:
— Se você insiste…
— Sim, insisto. Por aqui, por favor. — Apontou para o
estacionamento da In the Skin. — E então, você pode conhecer minha
belezinha. — Apontou para seu carro.
O queixo de Vanessa quase caiu. Era uma máquina incrível:
— Uau! Eu não entendo de carros, mas esse com certeza me parece
uma antiguidade!
— Sim! Um 1969 Mustang Fastback GT, totalmente restaurado por
mim! — acrescentou com orgulho, alisando o capô do automóvel laranja
com três faixas pretas que o cruzavam, da frente até a traseira.
Ela contornou o carro, boba:
— Meu Deus, ele tem nome e sobrenome!
— Sim, mas você pode chamá-lo e GT 69 e está tudo certo.
— Quanto tempo levou para deixar essa beleza assim?
— Foram muitos anos! Eu comprei, praticamente uma carcaça e fui
refazendo todo o resto.
— Olha, essa é uma máquina que um dia eu gostaria de dirigir!
— Quem sabe um dia eu te dê algumas aulas?
Torcendo as mãos, nervosa somente com a hipótese de dirigir uma
raridade como aquela:
— É só um sonho, amigo! Acabei falando um pensamento em voz
alta. Eu não me imagino dirigindo carro algum nessa vida!
— Talvez você não tenha encontrado o instrutor certo. — Fez um
gesto amplo para si mesmo.
— Claro! — Ela não o estava levando a sério. — Você diz isso
porque nunca me viu atrás de um volante!
— Não é possível que você seja assim tão ruim! — Estava recostado
na lateral do capô, os braços trabalhados cruzados, assim como seus
calcanhares. Suas coxas fortes destacadas na calça preta. Ele exalava
masculinidade crua.
Ela teve de se deter um instante para examiná-lo. Então se lembrou
que ele dissera algo e saiu de seu transe:
— Você não faz ideia!
— Bom, por hora eu posso te levar para casa. — Abriu a porta do
passageiro para ela, fazendo uma reverência.
Vanessa passou por ele, muito perto, encarando-o por sobre um
ombro. Peter estreitou os olhos. Tentou se sentar o mais comportada
possível, mas o carro baixo e a saia curta não eram uma boa combinação.
Assim, uma boa porção das coxas roliças ficaram expostas. Ela notou um
sorriso satisfeito nos lábios dele, pouco antes de fechar a porta. Também
acabou sorrindo. Estava, descaradamente o seduzindo.
Quando ele acionou o motor, o som rouco e alto fez a pele dela
arrepiar. Encarou-o surpresa e esse deu com um sorriso orgulhoso. Vanessa
meneou a cabeça e revirou os olhos. Homens e seus brinquedinhos!
Enquanto percorriam o trajeto que lhe havia indicado, seus olhos se
prenderam na paisagem da janela. De repente, perguntou-se se não estava
indo rápido demais… Um frio se instalou em sua barriga. Acabara de
conhecer o cara… bom, ao menos sua personalidade. A verdade era que
estava procurando um pouco de diversão descompromissada. Acontece que
ela não era desse tipo. Em quase um ano de divórcio, não tivera tanta
necessidade assim de um homem. No fundo, como uma idiota, só esperava
por um. Porque Peter chamara tanto sua atenção, era quase um mistério,
fora ele ser lindo, bem humorado e um gostoso do caralho.
Ainda assim, não sabia se estava pronta para dar um passo fora de sua
bolha. Dessa forma, quando o carro parou diante de seu prédio, ela era um
poço de confusão:
— Wow, você mora muito bem!
— Não tenho do que reclamar.
Peter tinha um meio sorriso nos lábios, agora enquanto a examinava
com olhar lascivo.
Sentiu de novo um frio na barriga, mas esse diferente do outro. Era
antecipação. Sua boca estava seca e de repente, sentia-se uma adolescente
prestes a ter seu primeiro beijo.
Porém, quando ele se curvou em sua direção, ela colocou o dedo
indicador sobre os lábios dele e impediu o beijo. Sorriu ao notar que ele
fechou os olhos e seus ombros se retesaram com um suspiro frustrado.
— Nos vemos dentro de uma semana…
— Nos vemos? — foi a pergunta animada dele.
Vanessa quase pode ver o brilho nos olhos deles e seus dentes brancos
à vista, na penumbra do interior do carro:
— E não? Você não disse que queria ver a tatuagem, se precisaria de
retocar…
— Ah… Isso. Caralho, sim!
Ela teve de conter uma gargalhada. Então se virou para deixar o
automóvel, ouvindo outro suspiro frustrado dele.
Vanessa parou com a porta aberta, mordendo os lábios e os dedos
tamborilando na maçaneta. O que estava fazendo? Queria beijar aquele
homem e ponto! Inferno, seria só um beijo!
— Foda-se, eu não consigo esperar uma semana! — assim dizendo,
bateu a porta, fechando-a de novo, voltou-se para ele…
— Graças a Deus por isso! — Ouvi-o balbuciar entredentes, pouco
antes de tomar seu rosto entre as mãos, exigindo o beijo que passara a tarde
toda desejando.
Peter devorou seus lábios de forma urgente, sugando, já invadindo
com sua língua, testando o território. Uma vez e outra e outra. Ele sabia que
ia se perder, uma vez que provasse daquela boca cremosa, aveludada. Era
receptiva, imitando seus movimentos, dando pequenas mordidas ardidas no
processo. Os pelos da nuca dele se eriçaram e seus dedos bagunçaram a
massa luxuriante castanha dos cabelos dela.
Logo foi puxada para os braços dele, sem qualquer hesitação. O
abraço não parecia suficiente para Vanessa, então, sem se importar que sua
saia estivesse subindo, foi parar sobre o colo dele, de pernas abertas.
Quando seu sexo úmido sentiu o contato com a crista firme, ela gemeu e
mordeu os lábios dele mais uma vez.
Peter não perdeu tempo e espalmou as mãos grandes sobre as nádegas
macias, incitando o movimento contra si:
— Porra, morena! Você é gostosa demais! Eu desejei te ter assim logo
que coloquei meus olhos sobre você!
Vanessa sorriu, sensualmente, fazendo o mundo dele parar por um
segundo, voltando a beijá-lo.
Seria a hora de ela confessar que desejava aquilo, desde que o vira
quase foder uma garota num beco? Achou melhor não. Deixou a língua dele
puxar a sua, sugando. Obedeceu aos comandos das mãos grandes e rebolou
sobre seu colo, arrancando uma maldição baixinha dele.
Ela sabia que gozaria daquele jeito e precisava daquilo.
Quando ele subiu sua blusa, com movimentos bruscos, sem pedir
qualquer permissão, ela gemeu, surpresa. Logo ele tirava um seio de dentro
da taça do sutiã, sentia seu peso na mão, brincando com botãozinho escuro
com o polegar e, como se não pudesse suportar mais não o provar,
umedeceu os lábios e então tomou o mamilo em sua boca, de forma gulosa.
Ela quase se perdeu, um longo hmmm ecoando no interior do carro.
Não era tão tarde e qualquer um que passasse na rua, poderia vê-los.
No entanto, nenhum dos dois se importava.
Ele logo alcançou o outro seio, sugando, mordiscando, a barba
fazendo uma cócega gostosa em sua pele:
— Vanessa, eu posso gozar nas minhas calças, só fazendo isso. — Ele
juntou os seios, em suas mãos e brincava com eles.
— Oh, Peter! — gemeu, as costas curvadas para trás, para lhe dar
mais acesso, mãos espalmadas nas coxas fortes, concentrada em esfregar o
ponto certo sobre o eixo dele.
Peter abraçou forte sua cintura, cadenciando ainda mais seus
movimentos, bruto, como se precisasse de mais e mais.
Vanessa rendeu-se, abraçando-o, seus cabelos numa bagunça,
cobrindo o rosto dele que tinha os dentes cravados na lateral de seu seio.
Ela sentia dor na medida certa para ficar ainda mais ligada.
O cheiro dele, as coisas sujas que ele dizia, como ordenando que ela o
cavalgasse a levaram para a borda.
Quando o êxtase a tomou, seu corpo estremeceu e então ela ficou
imóvel, um grito preso em sua garganta, enquanto apreciava cada nuance de
seu quase transe. Então, sorriu, satisfeita e boba, enquanto Peter a acalmava
com beijos ao longo de seu pescoço e as mãos grandes deslizando de cima
para baixo em suas costas.
Minutos depois, tentando dar uma ordem nos cabelos e em sua blusa,
Vanessa evitava o olhar dele, com um sorriso envergonhado:
— Eu não acredito no que eu fiz…
— No que nós fizemos, morena. — A voz dele era baixa, rouca. —
Eu estive bem presente o tempo todo.
Ela abriu a porta do motorista e desceu do colo dele,
desajeitadamente, agora ocupada em voltar sua saia para o lugar. Então
fechou a porta e se curvou diante dela, para ficar na altura dos olhos dele:
— Achei que tinha dito que gozaria nas calças, do jeito que…
estávamos brincando.
Peter fechou os olhos e fez um gesto com os dedos:
— Faltou muito, muito pouco! Mas, sou um garoto grande e consegui
me controlar… — observou o decote que ela não tentava cobrir. — Eu tive
de ser muito forte!
— Sinto muito por não… resolver o seu problema…
— Essa noite era sobre você. Espero que haja oportunidades para
você me retribuir…
Vanessa sorriu, do jeito que fazia o coração dele disparar e veio lhe
roubar um último beijo, antes de partir rebolando provocativamente.
Peter ficou observando até que ela sumiu no interior do prédio. Então
suspirou e correu as duas mãos pela barba. Aquela morena tinha bagunçado
seu mundo, em muito pouco tempo. Não conseguiria sobreviver àquela
noite, duro como estava. Precisava, rapidamente correr para casa e bater
uma, pensando nos seios generosos e deliciosos de Vanessa, assim como em
seu cheiro e nos sons que ela fazia, enquanto esfregava sua vagina molhada
contra seu eixo. Salivou. Como esperar mais uma semana para ter algo
parecido? Pensou que talvez pudesse ligar para Lilly e resolver seu
problema… mas, subitamente, seu interesse na garota parecia ter sumido.
Sorte ter trocado telefones com a morena. Quem sabe ela não ligasse
num momento de carência? Ou ele poderia persuadi-la…
Mandou várias fotos, uma mais insinuante que a outra, mas sem
nunca se mostrar totalmente nua.
“Puta que pariu, morena! Estou tão duro, que nem parece que
fodemos há pouco!”
“Eu ainda estou dolorida…”
"Pobrezinha! Prometo cuidar de você mais tarde.”
Assim que saiu do prédio, na manhã seguinte, ela viu Peter saindo de
seu GT 69. Apertou o passo até chegar à porta de seu táxi:
— Vanessa, por favor! Precisamos conversar… — Ele tentou segurar
seu braço, mas ela fugiu de seu toque.
Peter notou que seria difícil, mas, não desistiria tão fácil.
— Um inferno que precisamos! Eu estou atrasada para o trabalho, e
mesmo que não estivesse, eu não iria querer conversar com você!
— Morena, por favor, você tem de me ouvir…
— Eu não tenho de ouvir porra nenhuma! — Vanessa entrou no carro
e bateu a porta com força. — E sem essa de morena! É Srtª. Thomas para
você!
— Vanessa, eu te imploro! Me deixa explicar! — Ele se curvou até a
janela dela, que ela tentava freneticamente fechar, quase se colocando de
joelhos.
— Moço, por favor! Feche a merda dessa janela! — Só então o vidro
começou a subir.
Peter passou a bater na janela, ainda implorando:
— Vá, moço! Por favor! — O carro arrancou rapidamente.
Não demorou muito e ela notou o GT 69 tentando alcançá-la. Para
isso, fazia manobras arriscadas, costurando no trânsito:
— O que que ele está tentando fazer? Se matar? — murmurou,
preocupada.
— O cara quer mesmo falar com a senhorita, hein? — Até mesmo o
taxista tinha notado a perseguição. — Quer que eu chame a polícia?
Com olhos arregalados, ela olhou para o homem:
— Não! — falou de sobressalto. — Não será preciso. Eu acho…
Assim que chegou à B&T Produtora, pediu ao taxista que a deixasse
no estacionamento interno do prédio, onde Peter não teria acesso. Logo as
ligações começaram a pipocar. Ela ignorou cada uma delas.
Ele havia sumido do mapa logo depois de foder com ela uma noite
inteira e agora reaparecia assim, querendo dar explicações? Que fosse para
o inferno! A cada segundo que se recordava de suas mensagens
preocupadas, quando ele apenas tinha ido viajar… Sentia-se ridícula por ter
enviado cada uma delas!
Quando percebeu que ela não atenderia às suas chamadas, passou a
lhe enviar mensagens. Vendo que não teria paz e sabendo que não poderia
desligar o celular devido aos compromissos, bloqueou o número dele. O
aparelho silenciou no mesmo instante.
Muito nervosa, entrou em sua sala e jogou suas coisas no sofá, não se
importando que poderia quebrar o notebook dentro da valise.
Chutou os sapatos longe, correu as mãos entre os cabelos, bufando
ainda furiosa. Estava furiosa por mais de uma razão. Por ele ter
desaparecido daquela maneira, e porque, no momento em que o vira, por
uma fração de segundos, toda sua raiva desapareceu, dando lugar a
saudades, vontade de puxá-lo pela gola e repetir tudo o que haviam feito na
última noite juntos. Ela se odiou por isso! Mas, não voltaria a ser essa
garota. Não se humilharia de novo por homem nenhum! Mesmo sendo
aquele, enorme, sexy e delicioso espécime.
Jogando-se em sua cadeira, pegava o telefone para pedir um café…
ou uma dose de uísque, quando Diana apontou na porta:
— Você soube que o Peter voltou?
— Sim, e… — Já estava com o dedo em riste para dizer que o tinha
dispensado e como estava furiosa com a audácia dele em procurá-la, mas a
prima prosseguiu:
— Notou se ele estava machucado? Bennett disse que parece que se
envolveu em alguma encrenca. Algo a ver com o irmão dele… — Assim
como tinha surgido, a outra desapareceu, deixando-a muito confusa, ainda
com o dedo em riste.
O irmão dele… Peter o havia citado vagamente. Era um viciado de
merda, como ele dissera.
Agora ela mordia uma unha, preocupada. Teria sido precipitada?
Devia tê-lo ouvido?
Oh, merda, Diana havia dito que ele estava machucado… Seria
grave?
Decidiu que precisava vê-lo!
Dessa forma, pegou o celular, desbloqueou o número dele e enviou:
Vanessa fez questão de estar lá quando Sophie acordasse, para lhe dar
as notícias. Estava tão ansiosa pela reação dela!
— Bom dia, mocinha! — Abraçou-a por trás, quando encontrou essa
sentada num banquinho na cozinha, tomando café da manhã. — Bom dia,
Terence.
— Bom dia, Vanessa. Aceita um café?
— Com certeza!
— Nessa! — A pequena estendeu seus braços para ela. — Você veio
me levar para a escola?
— Sim! E — segurou a mão de Peter que se aproximava e beijava a
garotinha —, nós temos uma notícia para dar.
Terence a olhou e então seu olhar pousou sobre a barriga dela.
Vanessa quase riu e soltou de uma vez:
— Nós vamos nos casar! — Mal conseguia esconder sua animação.
Recebeu um beijo carinhoso de Peter em sua testa.
A expressão de Sophie desarmou e então seus olhinhos se encheram
d'água e um biquinho se formou em sua boca. Todos se assustaram,
principalmente Peter que a acolheu no peito, quando essa lhe estendeu os
bracinhos:
— Meu bem, o que houve? — Ele a embalava, confuso.
— Anjinho! — Vanessa se preocupou, esfregando as costas dela. —
Você não gostou da notícia?
Ela então estendia os braços para Vanessa que logo a envolveu:
— Você vai ser minha titia? — disse, aos solavancos, pois ainda
soluçava.
— Sim, amorzinho!
— Eu posso te chamar de mãe? — sussurrou no ouvido dela.
Vanessa estendeu a mão gelada para Peter, seu olhos se enchendo de
lágrimas imediatamente:
— Sim, meu anjinho! — Sua voz já estava embargada de emoção. —
Você pode!
Vanessa olhou ao redor. Era uma sala enorme, com várias mesas e
cadeiras. Um lugar bem iluminado, mesmo assim, com uma aura tenebrosa.
Talvez por conta das grades rodeando o lugar, os guardas espalhados pelo
lugar.
Poucas mesas estavam ocupadas e as conversas sussurradas eram de
dar agonia.
Quando Susan surgiu, vestindo um macacão laranja, o coração de
Vanessa se apertou ainda mais. Ela se colocou de pé, esperando a
aproximação da outra.
Notou que, mesmo naquele traje, Susan mantinha sua cabeça erguida,
olhando ao redor com desdém;
— O que você veio fazer aqui? — A mulher logo atacou. — Conferir
o lugar maldito onde me enfiou?
— Se você está aqui, é totalmente por mérito seu.
Elas se encararam por um longo momento. Susan poderia tentar
manter sua pose altiva, mas as olheiras escuras sob seus olhos, os sulcos
profundos ao lado de sua boca denunciavam seu estado interior. O coração
de Vanessa se apertou.
Limpando a garganta, começou:
— Como você conseguiu arranjar aquele cara?
Susan bufou um riso irônico:
— Isso nem foi difícil. Foi só espreitar e reparar na clientela seleta do
lugar onde seu companheiro trabalha. Opção era o que não faltava! Foi só
acenar com um pouco de dinheiro e o primeiro bastardo aceitou.
— Eu nunca pensei que você fosse descer tão baixo!
— Era isso ou oferecer uma boa quantia para o seu gigolô se afastar.
Mas, eu queria mais! Eu queria mesmo vê-lo atrás das grades, que é o lugar
de um sujeito como ele!
— Por que você o odeia tanto, se nem o conhece?
— Porque aquele sujeito representa tudo o que eu mais abomino num
homem! Ele é um herege! Um bandido! Que ousa achar que pode transitar
no meu meio, com um de nós!
— Como você pode ser tão preconceituosa? Tão pobre de espírito?
Julgar alguém por sua aparência…
— Eu não só me baseio na aparência medonha dele! Ele tem um
passado, você sabe!
— Peter sofreu com os erros. Aprendeu e mudou. E eu esperava que
você também pudesse mudar…
— Eu não quero mudar! Sou feliz com quem eu sou!
— Eu duvido! Você é uma mulher sozinha. Não tem amigos. Você se
esconde atrás da sua religião, da sua igreja. Mas, quantos deles lhe
estenderam a mão nesse momento?
— Eu não preciso deles! Eu não preciso de ninguém! Sei me virar
sozinha!
— Sozinha. É o que você é. E isso é triste. Eu tenho pena de você,
Susan…
— Eu não preciso da sua pena! — Ela bateu na mesa, colocando-se
de pé. Tinha seus olhos arregalados, as narinas dilatadas e a respiração
acelerada.
Recebeu uma bronca de um dos guardas e voltou a se sentar, muito
contragosto:
— Você já terminou de tripudiar sobre a minha desgraça?
— Bem se vê que você não me conhece!
— Você teve a opção de escolher quem ficava na prisão. E escolheu a
mim! Sua mãe!
— Eu nunca deixaria um inocente pagar por um crime que não
cometeu! Ainda mais o homem que eu amo!
— Eu só quis lhe dar uma visão do futuro. Uma premissa de algo que
vai acontecer, pode ter certeza!
Vanessa deu um longo suspiro, sentindo suas energias serem drenadas
pelo lugar, pela mulher à sua frente:
— Peter e Diana tentaram me avisar de que era um erro vir.
Entretanto, eu acho que precisava dessa última conversa. Eu só vim colocar
um ponto final na nossa relação. Não pense que é fácil. Mas, creio que seja
o melhor para nós duas.
— Está aí algo no que eu concordo com você.
Ela teve de engolir em seco. A mulher que lhe dera a vida estava
concordando que se afastar de sua única filha era a opção de vida…
— Só não diga que eu não te avisei, quando aquele homem te
decepcionar feio!
Vanessa se colocou de pé:
— Peter nunca vai me decepcionar. Agora, você vive fazendo isso. Te
desejo toda sorte do mundo, Susan. — Vanessa partiu sem olhar para trás.
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Dom sentia que não se encaixava em sua família. Até mesmo sua
aparência destoava. Ele tem suspeitas que não tem coragem de expor...
Nunca sonhou em ser um executivo na empresa da família. É bom no que
faz, mas sua natureza o instiga a fazer algo completamente diferente. Não
admite, mas, está nos negócios, numa tentativa de criar um vínculo com seu
pai exigente... Mas é isso. O que não adianta muito. Sem contar sua relação
de muito ódio com o irmão. Então, quando é traído de forma cruel e por
quem menos espera, sabe que é o sinal mais que claro e parte. Depois de
meses distante, voltou para ser padrinho no casamento do amigo... E
conheceu Tate Sullivan, a loirinha que mudaria sua vida.
Tate terminou o noivado a pouco. Ainda está tentando colocar sua
cabeça no lugar, quando Dominic Elliott cruza seu caminho. Literalmente.
Ele é lindo, sexy, intenso. E um sem vergonha. O homem bagunça sua vida
certinha, sua cabeça, sua cama... E ela gosta muito disso. Até que os
problemas surgem. Sexo, traições, ameaças, chantagem. Tudo conspira para
separar o casal. O que os une, será forte o bastante para superar essas
provações?
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