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Luana Meller Manosso

O papel do zinco
no transtorno depressivo maior

The role of zinc in major depressive disorder

Resumo
O transtorno depressivo maior é umas das doenças mais incapacitantes, sendo que a prevalência desse transtorno está cada vez maior na
população. Embora o tratamento da depressão seja seguro, ele está muito longe do ideal, com um grande número de não respostas e/ou
efeitos colaterais. Dessa forma, estratégias que possam melhorar o tratamento desse transtorno de humor são necessárias. Dentre essas
estratégias, vários estudos estão investigando o papel do zinco. Assim, o objetivo deste artigo é revisar os principais dados clínicos e
pré-clínicos que correlacionam zinco e depressão, bem como os possíveis mecanismos de ação desse mineral.

Palavras-chave: Zinco, depressão, antidepressivo.


Rev Bras Nutr Func; 43(78), 2019. doi: 10.32809/2176-4522.43.78.01

Abstract
Major depressive disorder is one of the most disabling diseases, and the prevalence of this disorder is increasing in the population.
Although the treatment of depression is safe, it is far from ideal, with a large number of non-responses and/or side effects. In this way,
strategies that can improve the treatment of mood disorders are necessary. Among these strategies, several studies are investigating the
role of zinc. Thus, the aim of this paper is to review the main clinical and preclinical data that correlate zinc with depression, and the
possible mechanisms of action of this mineral.

Keywords: Zinc, depression, antidepressant.

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O papel do zinco no transtorno depressivo maior

Introdução hipocampal, contribuindo para o desenvolvimento

O
da depressão10-12;
O transtorno depressivo maior, comumente  Aumento de glutamato: o glutamato é o
chamado de depressão, é uma doença crônica, principal neurotransmissor excitatório do sistema
debilitante e com impactos sociais, econômicos nervoso central (SNC) e é essencial para várias
e pessoais. Além disso, ele está associada à piora funções neurológicas. Entretanto o excesso de
na qualidade de vida, risco de comorbidades, glutamato, em especial a hiperativação de um dos
incluindo transtorno de ansiedade, diabetes subtipos do receptor de glutamato, chamado de
mellitus tipo 2, problemas tireoidianos, e maior receptor N-metil-D-aspartato (NMDA), pode gerar
risco de suicídio1-5. Estima-se que a prevalência um quadro de excitotoxicidade glutamatérgica,
desse transtorno de humor seja de cerca de 20 % ocasionando vários problemas no SNC, incluindo
ao longo da vida. No Brasil, estima-se que cerca de morte de neurônios, piora de depressão e aumento
5,5 milhões de pessoas tenham depressão6. Outro no risco de suicídio8,13,14;
estudo, realizado por Barros e colaboradores7,  Hiperativação do eixo hipotálamo-hipófise-
após analisar mais de 49 mil Brasileiros adultos, adrenal (HPA): situações de estresse levam à
demonstrou que 9,7 % da população estudada liberação de hormônio liberador de corticotrofina
tinha algum grau de depressão e que 21 % (CRH) pelo hipotálamo, que vai agir na hipófise
reportava humor depressivo. liberando hormônio adrenocorticotrófico (ACHT),
A etiologia da depressão envolve fatores que, por sua vez, cai na circulação sanguínea,
genéticos e, com maior relevância, fatores chega na adrenal, estimulando a liberação de
ambientais, com destaque especial para o cortisol. Esse é um mecanismo fisiológico, porém
estresse, que é o principal fator de risco para o estresse crônico pode levar a uma hiperativação
o desenvolvimento da depressão, além de desse eixo, gerando um excesso de cortisol15.
piorar a depressão já instalada. Os mecanismos Esse excesso de cortisol, por longos períodos,
fisiopatológicos desse transtorno de humor são pode gerar alterações celulares, moleculares e
complexos e envolvem diversos fatores8. Para a morfológicas/teciduais que vão culminar com o
presente revisão, é válido mencionar alguns pontos aparecimento ou piora dos sintomas depressivos16.
que podem estar envolvidos na fisiopatologia da Vale destacar que vários modelos animais de
depressão: indução de comportamento tipo-depressivo
 Diminuição dos neurotransmissores são baseados em expor o animal a situações de
monoaminérgicos: a hipótese monoaminérgica estresse ou fazer a administração crônica de
foi a primeira hipótese que surgiu para explicar corticosterona (hormônio correspondente ao
a depressão, que postula que a depressão ocorra cortisol de humanos)17,18;
por uma diminuição de um ou de todos os  Aumento de inflamação e estresse
neurotransmissores monoaminérgicos (serotonina, oxidativo: o SNC é muito sensível à inflamação
dopamina e noradrenalina) na fenda sináptica. e ao estresse oxidativo. Essas situações acabam
Essa hipótese ainda é bem aceita, porém sabe-se gerando diversas alterações neurológicas,
que outros fatores também estão envolvidos8,9; incluindo aumento de glutamato, ativação o
 Diminuição do fator neurotrófico derivado eixo HPA, diminuição de BDNF, diminuição
do encéfalo (BDNF): a hipótese neurotrófica de serotonina e morte de células gliais, que
postula que a depressão resulta de uma diminuição contribuem para o aparecimento e/ou piora
nos fatores neurotróficos, em especial dos níveis dos sintomas depressivos19-21. Além disso, vale
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de BDNF. Essa diminuição contribui para a atrofia destacar que pacientes depressivos têm aumento
neuronal, morte de células gliais e diminuição de citocinas inflamatórias e de marcadores de
da neurogênese (formação de novos neurônios) estresse oxidativo21,22;

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 Alteração em vias de sinalização de neurônios pré-sinápticos, especialmente em


intracelular: pesquisas científicas têm investigado vesículas que contêm glutamato40,41. Vale destacar
o papel de vias de sinalização intracelular na que a homeostase encefálica do zinco é afetada
fisiopatologia da depressão. Essas vias incluem por dieta deficiente em zinco, evidenciando a
cascatas de sinalização que vão estimular a ativação importância da ingestão adequada desse mineral
do fator de transcrição CREB (responsável por para que ele consiga exercer suas funções no SNC42.
aumentar a transcrição do gene do BDNF)23,24, Dentro do SNC, o zinco pode interagir
vias que influenciam o Nrf2/heme oxigenase-1 com vários receptores de neurotransmissores,
(HO-1)25-27, vias que levam a ativação da mTOR28, podendo apresentar efeitos duais de acordo com
entre outras. sua concentração43,44. Aqui, vale destacar seu
papel como antagonista parcial de receptores
Embora diversos mecanismos estejam envolvidos glutamatérgicos do subtipo NMDA 45,46. Vale
na depressão, o tratamento farmacológico clássico mencionar que no hipocampo de vítimas de
continua sendo baseado apenas na hipótese suicídio já foi demonstrada uma diminuição na
monoaminérgica. Além disso, estima-se que potência do zinco em agir como antagonista do
cerca de 50 % dos pacientes não respondem ao receptor NMDA, podendo contribuir para a uma
tratamento e, dos que respondem, ocorre uma hiperatividade desse receptor47.
demora de 3 a 12 semanas após o início da melhora Digno de nota, o zinco também tem a capacidade
dos sintomas clínicos29-31. Dessa forma, estratégias de se ligar em receptores próprios chamados
complementares para melhorar o tratamento GPR3948,49, que são receptores acoplados à proteína
da depressão estão sendo estudadas, com um G, amplamente expressos no SNC, que culminam
destaque para o zinco32-35. com a ativação de várias vias de sinalização
Assim, o objetivo do presente artigo foi intracelular, com destaque para a ativação do
revisar os principais dados clínicos que associam fator de transcrição CREB, contribuindo assim
zinco e depressão e discutir sobre os possíveis para o aumento do BDNF50,51. Corroborando esses
mecanismos de ação com base nos estudos clínicos achados, quando roedores são alimentos com
e pré-clínicos. Para isso, utilizou-se bases de dados dieta deficiente em zinco, ocorre uma diminuição
para pesquisar os artigos científicos utilizando os na expressão do GRP39 cerebral, bem como
seguintes termos, sozinhos ou associados: “zinc”, do BDNF52,53. De forma interessante, humanos
“depression”, “antidepressant”. vítimas de suicídio também possuem diminuição
do GRP39 em regiões cerebrais53. Por outro lado,
Resultados e Discussão o uso de alguns antidepressivos (escitalopram,
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reboxetina e bupropiona) em camundongos é


Zinco no SNC capaz de aumentar o imunoconteúdo do GPR39
no córtex pré-frontal desses animais, sugerindo
O zinco é um mineral essencial encontrado em que os antidepressivos podem influenciar, pelo
ostras, carnes (principalmente vermelha), fígado, menos em parte, vias de sinalização envolvidas
ovo, oleaginosas, gergelim, alguns cereais e leite na ação do zinco54.
e derivados36-38. No organismo humano, cerca de
1,5  % do zinco está armazenado no encéfalo39, Estudos clínicos associando zinco e
estando presente na forma iônica (Zn2+). Cerca de depressão
90 % do zinco dentro do SNC está estocado nas
metaloproteínas e os outros 10 % são considerados Os primeiros estudos que sugeriram uma
zinco histoquimicamente reativo, que engloba correlação entre zinco e depressão são da década
o zinco livre e o zinco presente em vesículas de 80. Em 1985, foi demonstrado que os pacientes

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O papel do zinco no transtorno depressivo maior

com depressão tinham um aumento da relação do que os paciente que receberam apenas a
cobre:zinco55 e, em 1989, foi observada uma medicação84. Posteriormente, em outros dois
maior prevalência da deficiência de zinco em estudos semelhantes, também foi demonstrado
pacientes com depressão56. Desde então, vários que a coadministração de antidepressivo com o
estudos clínicos já foram publicados evidenciando zinco (25 mg/dia) por 12 semanas diminuiu mais
essa correlação entre diminuição de zinco sérico/ os sintomas depressivos do que os pacientes
plasmático ou deficiência de zinco dietético e que receberam apenas o antidepressivo82,83. De
depressão57-76. Digno de nota, em uma meta-análise forma interessante, em um estudo com pacientes
avaliando 17 estudos (totalizando 1643 pacientes resistentes ao tratamento com antidepressivo
depressivos e 804 controles), foi comprovada a (ou seja, que tomavam a medicação mas não
associação entre depressão e baixas concentrações melhoravam os sintomas clínicos), quando
de zinco no sangue (sérico/plasmático)77. Alguns foi realizada uma suplementação com zinco
estudos também sugerem que as mulheres são (25  mg/dia, por 12 semanas), os indivíduos
mais sensíveis à relação zinco baixo e sintomas começaram a melhorar dos sintomas de depressão,
depressivos do que comparado com os homens61,76. demonstrando um efeito sinérgico entre o zinco e
De modo interessante, pacientes que respondem ao o medicamento antidepressivo85.
tratamento com antidepressivos clássicos também O zinco também parece melhorar sintomas
possuem níveis séricos de zinco maiores do que depressivos em pessoas saudáveis que não
pacientes que são resistentes ao tratamento e que têm o transtorno de humor diagnosticado86,87.
continuam com sintomas depressivos, sugerindo Em mulheres jovens foi demonstrado que a
que o zinco possa influenciar a efetividade suplementação com 7 mg/dia de zinco (por 10
da medicação 78. Em contrapartida, existem semanas) diminuiu os sintomas de depressão, raiva
três estudos clínicos que não demonstraram e hostilidade86. Já em pacientes com sobrepeso ou
essa correlação entre diminuição de zinco e obesidade, a suplementação com zinco em dose
depressão79-81. Ou seja, embora existam esses três mais alta (30 mg/dia, por 12 semanas) também foi
estudos com dados conflitantes, a maioria das capaz de diminuir os sintomas depressivos nesses
evidências científicas sugerem uma associação indivíduos87. Entretanto, a suplementação com
entre sintomas depressivos e baixos níveis de 27 mg de zinco por 8 semanas não influenciou
zinco. Alguns autores vão até além, como é o sintomas depressivos de mulheres no pós-parto88.
caso de Styczeń e colaboradores72, que estão Em relação aos possíveis mecanismos de ação
sugerindo utilizar valores de zinco sérico como um do zinco para melhorar os sintomas depressivos
possível marcador para a depressão, com base nos existem poucos estudos em humanos. Em um dos
resultados de que quanto mais baixos os valores estudos, realizado com pessoas com sobrepeso ou
séricos desse mineral, mais grave são os sintomas obesidade (mas sem diagnóstico de depressão), foi
depressivos. observado que a suplementação com zinco (30 mg/
Com base nessa associação entre níveis de zinco dia, por 12 semanas) aumentou os níveis séricos
ou zinco dietético e depressão, alguns estudos de zinco e de BDNF nesses indivíduos, além de
começaram a investigar se a suplementação ser evidenciada uma correlação inversa entre
de zinco poderia auxiliar na diminuição dos os níveis de BDNF e a severidade dos sintomas
sintomas depressivos78,82-84. O primeiro estudo depressivos87. Por outro lado, em outro estudo,
com suplementação de zinco em pacientes com a suplementação com 25 mg/dia de zinco (por
depressão foi publicado em 2003 e revelou que a 12 semanas) em pacientes com o diagnóstico de
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coadministração do medicamento antidepressivo depressão não influenciou os níveis de BDNF e


junto com 25 mg/dia de zinco por 6 ou 12 nem em marcadores inflamatórios (interleucina-6
semanas melhorou mais os sintomas depressivos e fator de necrose tumoral-α)83.

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A Tabela 1, adaptada e atualizada da tese achados de estudos clínicos associando zinco e


de doutorado Manosso89, resume os principais depressão.

Tabela 1. Principais achados clínicos associando zinco e depressão.

Estudos clínicos
Principais achados Referências
Pacientes com depressão têm aumento da relação cobre:zinco. 55

Pacientes com depressão têm menores níveis de zinco sérico/plasmático. 56-58,65-68,70-72,78

Quanto mais sintoma de depressão pós-parto, menores os níveis de zinco sérico. 69,71

Pacientes deficientes em zinco (zinco plasmático) têm mais sintomas de depressão. 64

Pacientes tratados da depressão têm níveis séricos de zinco maior que indivíduos com depressão não tratados. 80

Zinco sérico é menor em indivíduos resistentes ao tratamento. 58,59

Correlação inversa entre zinco sérico e severidade/sintomas da depressão. 59,60,62,64,68,72, 74,75

Pacientes tratados com antidepressivos têm níveis séricos de zinco maiores do que pacientes resistentes ao 78

tratamento.
Sem diferença entre os níveis de zinco sérico entre pacientes depressivos e controles. 80

Sem diferença entre os níveis séricos de zinco e sintomas de depressão pós-parto. 81

Mulheres (mas não homens) que têm ingestão menor de zinco (dietético ou suplementado), possuem maior 61,76

probabilidade de apresentar sintomas depressivos.


Ingestão dietética de zinco não influencia a prevenção da depressão. 79

Associação inversa entre ingestão de zinco dietético e risco de sintomas depressivos. 63,68,73,75

Suplementação com zinco reduz sintomas depressivos em pacientes com depressão. 82-85

Suplementação com zinco reduz sintomas depressivos em pacientes sem depressão. 86,87

Suplementação de zinco não influenciou os sintomas de depressão pós-parto. 88

Suplementação com zinco em pacientes sem depressão aumenta os níveis séricos de zinco e de BDNF. 87

Suplementação com zinco em pacientes depressivos não influencia os níveis de BDNF, interleucina-6 e fator de 83

necrose tumoral-α.

Abreviaturas: BDNF, fator neurotrófico derivado do encéfalo. Adaptado e atualizado de Manosso89.

Estudos pré-clínicos associando zinco e De modo interessante, vários estudos


depressão demonstram que animais alimentados com
dieta deficiente em zinco apresentam um
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Vários estudos pré-clínicos também corroboram comportamento tipo-depressivo 52,110-116 e que


os achados clínicos, demonstrando que o zinco essas dietas deficientes em zinco impedem o
induz um comportamento tipo-antidepressivo90-104. efeito de medicamentos antidepressivos nesses
Alguns estudos também evidenciam que quando roedores110,112,113. Uma dieta deficiente em zinco
são coadministradas doses subativas (que não também pode gerar alterações cerebrais que estão
funcionam quando administradas sozinhas) envolvidas no mecanismos fisiopatológico da
de antidepressivos e de zinco, os animais depressão, entre elas: diminuição dos níveis de
passam a apresentar um comportamento tipo- glutamato, GABA e glutamina no hipocampo117,
antidepressivo, sugerindo um efeito sinérgico aumento do glutamato extracelular hipocampal115
entre antidepressivos monoaminérgicos e o e aumento de algumas subunidades do receptor
zinco90,94,96,97,99,105-107. Ademais, o zinco também NMDA no hipocampo114,116; aumento dos níveis
impede o comportamento tipo-depressivo induzido séricos de corticosterona115,118; diminuição dos
por alguns protocolos de indução de depressão em níveis de BDNF no hipocampo e no córtex pré-
roedores102,105-109. frontal52,53,114,116, aumento da ativação do CREB

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O papel do zinco no transtorno depressivo maior

no hipocampo53,114,116 e a expressão do receptor do também demonstram que a administração de


BDNF, TrkB, no hipocampo53. antidepressivos conseguem aumentar a quantidade
Além desses estudos com dieta deficiente em do receptor GPR39, bem como do CREB, BDNF
zinco demonstrando que a falta desse mineral e TrkB no córtex pré-frontal52,125.
pode alterar a expressão do BDNF e do seu Os efeitos do zinco também parecem envolver
receptor, outros estudos pré-clínicos também alguns neurotransmissores. Em relação ao sistema
evidenciam o envolvimento do BDNF no monoaminérgico, o zinco parece exercer um efeito
efeito tipo-antidepressivo do zinco95,100,119,120. A mais significativo na serotonina, aumentando
administração de zinco (variando de 14 até 35 dias) alguns subtipos de receptores de serotonina no
demonstrou ser capaz de aumentar a expressão cérebro126,127. Além disso, quando se administra
ou o imunoconteúdo do BDNF no córtex e/ou antagonistas de receptores de serotonina, os efeitos
no hipocampo de roedores95,108,119,120. De forma tipo-antidepressivo do zinco são impedidos,
interessante, um outro estudo demonstrou que o sugerindo que o sistema monoaminérgico esteja,
zinco aumentou o imunoconteúdo do BDNF em pelo menos em parte, envolvido nos efeitos desse
fração enriquecida de sinaptossomo no córtex pré- mineral96. Dados pré-clínicos de Szewczyk e
frontal, quando administrado de forma aguda, 3 ou colaboradores127 também sugerem um possível
24 horas antes da dosagem desta neurotrofina100. envolvimento da neurotransmissão dopaminérgica
Corroborando a importância do BDNF para o nos efeitos do zinco, embora isso ainda necessite de
efeito do zinco, Manosso e colaboradores121 mais estudos. A ação tipo-antidepressiva do zinco
demonstraram que, quando se inibe o receptor também parece depender da capacidade desse
do BDNF (TrkB), o efeito tipo-antidepressivo do mineral em inibir receptores de glutamato do tipo
zinco não ocorre, sugerindo que a ativação desse NMDA92,98. Além disso, o zinco parece diminuir
receptor é responsável, pelo menos em parte, pelas a afinidade da glicina (que é um agonista do
ações comportamentais desse mineral. receptor NMDA) nos receptores NMDA no córtex
Como já supracitado, algumas das vias de frontal126. Corroborando a importância do zinco na
sinalização intracelular que levam à ativação modulação da neurotransmissão glutamatérgica,
do CREB e posterior ativação do BDNF são o zinco também possui a capacidade de aumentar
ativadas pelo receptor do zinco, GPR3950,51. Várias dois tipos de transportadores de aminoácidos
evidências sugerem a importância desse receptor excitatórios (EAAT), que tem a função de retirar
para a depressão. Em animais que não possuem o o glutamato da fenda sináptica, diminuindo o
receptor GPR39 no cérebro, além de apresentarem risco de excitotoxicidade glutamatérgica103. A
um comportamento tipo-depressivo118,122, o efeito neurotransmissão adenosinérgica também parece
da administração de alguns antidepressivos influenciar a resposta do zinco, já que a ativação
como a imipramina, reboxetina e escitalopram (direta ou indireta) de receptores da adenosina,
não ocorre, sugerindo que o receptor do zinco influencia, pelo menos em parte, o efeito tipo-
é importante para a ação de antidepressivos antidepressivo exercido pelo zinco93.
que agem no sistema monoaminérgico123. Além O zinco também parece exercer efeitos
disso, esses animais sem GPR39 possuem níveis benéficos em enzimas antioxidantes no cérebro,
menores de CREB e BDNF no hipocampo118. o que também pode contribuir para a melhora
Por outro lado, um recente estudo evidenciou de sintomas depressivos 95,109. Além disso, a
que animais utilizando agonistas do receptor ativação da enzima antioxidante heme-oxigenase
GPR39 apresentam um comportamento tipo- 1 (HO-1) e/ou de seu fator de transcrição Nrf2,
antidepressivo124. Corroborando esses achados, também parecem estar envolvidas com os efeitos
camundongos submetidos a protocolo de indução comportamentais do zinco121. Um recente estudo
de comportamento tipo-depressivo (induzido também demonstrou a capacidade do zinco
por estresse de contenção crônico) também em inibir o estresse oxidativo e a inflamação
possuem uma menor expressão hipocampal do gerados pela administração de lipopolissacarídeos
RNAm do GPR39, BDNF e CREB e uma maior (LPS), que é um dos modelos de indução de
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expressão hipocampal do receptor NMDA, comportamento tipo-depressivo128.


alterações essas que são impedidas quando os Por fim, o zinco também influencia diversas vias
animais recebem tratamento com zinco ou com de sinalização intracelular, contribuindo para seus
o antidepressivo imipramina107. Outros estudos efeitos antidepressivos. Dentre essas vias, já temos

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estudos pré-clínicos mostrando o envolvimento ativa, inibiria o CREB)104.


da: inibição da via da L-arginina-óxido nítrico92; A Tabela 2, adaptada e atualizada da tese de
ativação da via da mTOR100; ativação de vias de doutorado de Manosso89, resume os principais
sinalização que culminam na ativação do CREB achados de estudos pré-clínicos associando zinco
(incluindo CAMK-II, PKA, PKC, MAPK/ERK e e depressão.
PI3K)104,129; inibição da GSK-3β (que, se estivesse

Tabela 2. Principais achados pré-clínicos associando zinco e depressão.

Estudos clínicos
Principais achados Referências
Zinco induz um comportamento tipo-antidepressivo em roedores. 90-104

Zinco impede o comportamento tipo-depressivo induzido por alguns protocolos (bulbectomia olfatória, 102,105-109

administração de malation ou dexametasona, estresse crônico imprevisível ou estresse de contenção).


Roedores alimentados com dieta deficiente em zinco têm um comportamento tipo-depressivo. 52,110-116

Zinco em dose subativa tem efeito sinérgico quando administrado com doses subativas de antidepressivos 90,94,96,97,99,105-107

monoaminérgicos.
O sistema serotoninérgico está envolvido no efeito tipo-antidepressivo do zinco. 96,126,127

Possível envolvimento do sistema dopaminérgico na ação do zinco. 127

O sistema glutamatérgico, receptores NMDA e/ou a via L-arginina óxido nítrico estão envolvidos no efeito tipo- 92,98,103,114,

antidepressivo do zinco. 115,117,126

Os receptores de adenosina A1 e A2A estão envolvidos no efeito tipo-antidepressivo do zinco. 93

O aumento do BDNF está envolvido no efeito tipo-antidepressivo do zinco. 52,53,95,100,108,114,119,120

Zinco influencia vias de sinalização que culminam na ativação do fator de transcrição CREB. 104,129

Inibir o receptor do BDNF (TrkB) impede o efeito tipo-antidepressivo do zinco. 121

A modulação de enzimas antioxidantes está envolvida no efeito tipo-antidepressivo do zinco. 95,109

Ativação da via da Nrf2-HO-1 é necessária para os efeitos comportamentais do zinco. 121,130

Zinco impede o estresse oxidativo e a inflamação induzida pelo LPS. 128

A via da mTOR está envolvida no efeito tipo-antidepressivo do zinco. 100

Antidepressivos aumentam a expressão do receptor de zinco GPR39 no córtex pré-frontal. 52

Ativação do GPR39 propicia um comportamento tipo-antidepressivo. 124

Dieta deficiente em zinco diminui os níveis de BDNF e a fosforilação de CREB no hipocampo. 116

Dieta deficiente em zinco aumenta as subunidades do receptor NMDA GluN1, GluN2A, GluN2B no hipocampo. 116

Dieta deficiente em zinco aumenta os níveis séricos de corticosterona e diminui os níveis do receptor de 118

glicocorticoide no hipocampo e córtex pré-frontal


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Dieta deficiente em zinco diminui o imunoconteúdo do receptor do zinco GPR39 no córtex frontal. 125

Animais sem o receptor de zinco GPR39 têm comportamento tipo-depressivo. 118,122

Animais sem o receptor de zinco GPR39 têm níveis diminuídos de CREB e BDNF no hipocampo, mas não no córtex 118

pré-frontal.
Animais sem o receptor de zinco GPR39 não respondem aos antidepressivos monoaminérgicos. 123

Administração aguda de antidepressivos em animais alimentados com dieta deficiente em zinco diminui o 125

imunoconteúdo do GPR39, CREB, BDNF e TrkB, enquanto a administração crônica com antidepressivos aumenta a
expressão dessas proteínas no córtex frontal.
Zinco em dose ativa ou em dose subativa associada com dose subativa de antidepressivo impede as alterações na 107

expressão de GPR39, CREB ou BDNF induzidas pelo estresse de contenção.

Abreviaturas: BDNF, fator neurotrófico derivado do encéfalo; CREB, proteína de ligação ao elemento de resposta ao
AMPc; HO-1, heme-oxigenase 1; LPS, lipopolissacarídeos; mTOR, proteína alvo da rapamicina em mamíferos; NMDA,
N-metil-D-aspartato; TrkB, receptor tropomiosina cinase B. Adaptado de Manosso89.

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O papel do zinco no transtorno depressivo maior

A Figura 1 resume os principais achados correlacionando zinco à depressão.

Figura 1. Principais achados correlacionando zinco e depressão em estudos pré-clínicos (box em azul),
clínicos (box em vermelho) e possíveis mecanismos de ação (box em cinza).

Fonte: elaborado pela autora.

Conclusões destacar que o excesso de zinco também pode


ser tóxico para o SNC, podendo aumentar
Com base no exposto, não existem dúvidas do risco de traumas, isquemias e acidente vascular
papel do zinco na depressão. A maioria dos artigos encefálico41,131,132. Dessa forma, é necessária uma
mostra a importância de ter alimentação contendo abordagem individualizada do paciente com
zinco e níveis séricos de zinco adequados para depressão, levando em consideração tanto os
diminuir o risco de sintomas depressivos. Além níveis séricos de zinco quanto a ingestão alimentar
disso, a suplementação com zinco parece ter um e a presença de sinais e sintomas para avaliar a
potencial efeito clínico para auxiliar no tratamento necessidade de realizar suplementação com esse
de sintomas depressivos, em especial em pacientes mineral em pacientes com esse transtorno de
resistentes à medicação34. Porém, vale a pena humor.

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