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O papel do zinco
no transtorno depressivo maior
Resumo
O transtorno depressivo maior é umas das doenças mais incapacitantes, sendo que a prevalência desse transtorno está cada vez maior na
população. Embora o tratamento da depressão seja seguro, ele está muito longe do ideal, com um grande número de não respostas e/ou
efeitos colaterais. Dessa forma, estratégias que possam melhorar o tratamento desse transtorno de humor são necessárias. Dentre essas
estratégias, vários estudos estão investigando o papel do zinco. Assim, o objetivo deste artigo é revisar os principais dados clínicos e
pré-clínicos que correlacionam zinco e depressão, bem como os possíveis mecanismos de ação desse mineral.
Abstract
Major depressive disorder is one of the most disabling diseases, and the prevalence of this disorder is increasing in the population.
Although the treatment of depression is safe, it is far from ideal, with a large number of non-responses and/or side effects. In this way,
strategies that can improve the treatment of mood disorders are necessary. Among these strategies, several studies are investigating the
role of zinc. Thus, the aim of this paper is to review the main clinical and preclinical data that correlate zinc with depression, and the
possible mechanisms of action of this mineral.
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O papel do zinco no transtorno depressivo maior
O
da depressão10-12;
O transtorno depressivo maior, comumente Aumento de glutamato: o glutamato é o
chamado de depressão, é uma doença crônica, principal neurotransmissor excitatório do sistema
debilitante e com impactos sociais, econômicos nervoso central (SNC) e é essencial para várias
e pessoais. Além disso, ele está associada à piora funções neurológicas. Entretanto o excesso de
na qualidade de vida, risco de comorbidades, glutamato, em especial a hiperativação de um dos
incluindo transtorno de ansiedade, diabetes subtipos do receptor de glutamato, chamado de
mellitus tipo 2, problemas tireoidianos, e maior receptor N-metil-D-aspartato (NMDA), pode gerar
risco de suicídio1-5. Estima-se que a prevalência um quadro de excitotoxicidade glutamatérgica,
desse transtorno de humor seja de cerca de 20 % ocasionando vários problemas no SNC, incluindo
ao longo da vida. No Brasil, estima-se que cerca de morte de neurônios, piora de depressão e aumento
5,5 milhões de pessoas tenham depressão6. Outro no risco de suicídio8,13,14;
estudo, realizado por Barros e colaboradores7, Hiperativação do eixo hipotálamo-hipófise-
após analisar mais de 49 mil Brasileiros adultos, adrenal (HPA): situações de estresse levam à
demonstrou que 9,7 % da população estudada liberação de hormônio liberador de corticotrofina
tinha algum grau de depressão e que 21 % (CRH) pelo hipotálamo, que vai agir na hipófise
reportava humor depressivo. liberando hormônio adrenocorticotrófico (ACHT),
A etiologia da depressão envolve fatores que, por sua vez, cai na circulação sanguínea,
genéticos e, com maior relevância, fatores chega na adrenal, estimulando a liberação de
ambientais, com destaque especial para o cortisol. Esse é um mecanismo fisiológico, porém
estresse, que é o principal fator de risco para o estresse crônico pode levar a uma hiperativação
o desenvolvimento da depressão, além de desse eixo, gerando um excesso de cortisol15.
piorar a depressão já instalada. Os mecanismos Esse excesso de cortisol, por longos períodos,
fisiopatológicos desse transtorno de humor são pode gerar alterações celulares, moleculares e
complexos e envolvem diversos fatores8. Para a morfológicas/teciduais que vão culminar com o
presente revisão, é válido mencionar alguns pontos aparecimento ou piora dos sintomas depressivos16.
que podem estar envolvidos na fisiopatologia da Vale destacar que vários modelos animais de
depressão: indução de comportamento tipo-depressivo
Diminuição dos neurotransmissores são baseados em expor o animal a situações de
monoaminérgicos: a hipótese monoaminérgica estresse ou fazer a administração crônica de
foi a primeira hipótese que surgiu para explicar corticosterona (hormônio correspondente ao
a depressão, que postula que a depressão ocorra cortisol de humanos)17,18;
por uma diminuição de um ou de todos os Aumento de inflamação e estresse
neurotransmissores monoaminérgicos (serotonina, oxidativo: o SNC é muito sensível à inflamação
dopamina e noradrenalina) na fenda sináptica. e ao estresse oxidativo. Essas situações acabam
Essa hipótese ainda é bem aceita, porém sabe-se gerando diversas alterações neurológicas,
que outros fatores também estão envolvidos8,9; incluindo aumento de glutamato, ativação o
Diminuição do fator neurotrófico derivado eixo HPA, diminuição de BDNF, diminuição
do encéfalo (BDNF): a hipótese neurotrófica de serotonina e morte de células gliais, que
postula que a depressão resulta de uma diminuição contribuem para o aparecimento e/ou piora
nos fatores neurotróficos, em especial dos níveis dos sintomas depressivos19-21. Além disso, vale
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de BDNF. Essa diminuição contribui para a atrofia destacar que pacientes depressivos têm aumento
neuronal, morte de células gliais e diminuição de citocinas inflamatórias e de marcadores de
da neurogênese (formação de novos neurônios) estresse oxidativo21,22;
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com depressão tinham um aumento da relação do que os paciente que receberam apenas a
cobre:zinco55 e, em 1989, foi observada uma medicação84. Posteriormente, em outros dois
maior prevalência da deficiência de zinco em estudos semelhantes, também foi demonstrado
pacientes com depressão56. Desde então, vários que a coadministração de antidepressivo com o
estudos clínicos já foram publicados evidenciando zinco (25 mg/dia) por 12 semanas diminuiu mais
essa correlação entre diminuição de zinco sérico/ os sintomas depressivos do que os pacientes
plasmático ou deficiência de zinco dietético e que receberam apenas o antidepressivo82,83. De
depressão57-76. Digno de nota, em uma meta-análise forma interessante, em um estudo com pacientes
avaliando 17 estudos (totalizando 1643 pacientes resistentes ao tratamento com antidepressivo
depressivos e 804 controles), foi comprovada a (ou seja, que tomavam a medicação mas não
associação entre depressão e baixas concentrações melhoravam os sintomas clínicos), quando
de zinco no sangue (sérico/plasmático)77. Alguns foi realizada uma suplementação com zinco
estudos também sugerem que as mulheres são (25 mg/dia, por 12 semanas), os indivíduos
mais sensíveis à relação zinco baixo e sintomas começaram a melhorar dos sintomas de depressão,
depressivos do que comparado com os homens61,76. demonstrando um efeito sinérgico entre o zinco e
De modo interessante, pacientes que respondem ao o medicamento antidepressivo85.
tratamento com antidepressivos clássicos também O zinco também parece melhorar sintomas
possuem níveis séricos de zinco maiores do que depressivos em pessoas saudáveis que não
pacientes que são resistentes ao tratamento e que têm o transtorno de humor diagnosticado86,87.
continuam com sintomas depressivos, sugerindo Em mulheres jovens foi demonstrado que a
que o zinco possa influenciar a efetividade suplementação com 7 mg/dia de zinco (por 10
da medicação 78. Em contrapartida, existem semanas) diminuiu os sintomas de depressão, raiva
três estudos clínicos que não demonstraram e hostilidade86. Já em pacientes com sobrepeso ou
essa correlação entre diminuição de zinco e obesidade, a suplementação com zinco em dose
depressão79-81. Ou seja, embora existam esses três mais alta (30 mg/dia, por 12 semanas) também foi
estudos com dados conflitantes, a maioria das capaz de diminuir os sintomas depressivos nesses
evidências científicas sugerem uma associação indivíduos87. Entretanto, a suplementação com
entre sintomas depressivos e baixos níveis de 27 mg de zinco por 8 semanas não influenciou
zinco. Alguns autores vão até além, como é o sintomas depressivos de mulheres no pós-parto88.
caso de Styczeń e colaboradores72, que estão Em relação aos possíveis mecanismos de ação
sugerindo utilizar valores de zinco sérico como um do zinco para melhorar os sintomas depressivos
possível marcador para a depressão, com base nos existem poucos estudos em humanos. Em um dos
resultados de que quanto mais baixos os valores estudos, realizado com pessoas com sobrepeso ou
séricos desse mineral, mais grave são os sintomas obesidade (mas sem diagnóstico de depressão), foi
depressivos. observado que a suplementação com zinco (30 mg/
Com base nessa associação entre níveis de zinco dia, por 12 semanas) aumentou os níveis séricos
ou zinco dietético e depressão, alguns estudos de zinco e de BDNF nesses indivíduos, além de
começaram a investigar se a suplementação ser evidenciada uma correlação inversa entre
de zinco poderia auxiliar na diminuição dos os níveis de BDNF e a severidade dos sintomas
sintomas depressivos78,82-84. O primeiro estudo depressivos87. Por outro lado, em outro estudo,
com suplementação de zinco em pacientes com a suplementação com 25 mg/dia de zinco (por
depressão foi publicado em 2003 e revelou que a 12 semanas) em pacientes com o diagnóstico de
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Estudos clínicos
Principais achados Referências
Pacientes com depressão têm aumento da relação cobre:zinco. 55
Quanto mais sintoma de depressão pós-parto, menores os níveis de zinco sérico. 69,71
Pacientes tratados da depressão têm níveis séricos de zinco maior que indivíduos com depressão não tratados. 80
Pacientes tratados com antidepressivos têm níveis séricos de zinco maiores do que pacientes resistentes ao 78
tratamento.
Sem diferença entre os níveis de zinco sérico entre pacientes depressivos e controles. 80
Mulheres (mas não homens) que têm ingestão menor de zinco (dietético ou suplementado), possuem maior 61,76
Associação inversa entre ingestão de zinco dietético e risco de sintomas depressivos. 63,68,73,75
Suplementação com zinco reduz sintomas depressivos em pacientes com depressão. 82-85
Suplementação com zinco reduz sintomas depressivos em pacientes sem depressão. 86,87
Suplementação com zinco em pacientes sem depressão aumenta os níveis séricos de zinco e de BDNF. 87
Suplementação com zinco em pacientes depressivos não influencia os níveis de BDNF, interleucina-6 e fator de 83
necrose tumoral-α.
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Estudos clínicos
Principais achados Referências
Zinco induz um comportamento tipo-antidepressivo em roedores. 90-104
Zinco impede o comportamento tipo-depressivo induzido por alguns protocolos (bulbectomia olfatória, 102,105-109
Zinco em dose subativa tem efeito sinérgico quando administrado com doses subativas de antidepressivos 90,94,96,97,99,105-107
monoaminérgicos.
O sistema serotoninérgico está envolvido no efeito tipo-antidepressivo do zinco. 96,126,127
O sistema glutamatérgico, receptores NMDA e/ou a via L-arginina óxido nítrico estão envolvidos no efeito tipo- 92,98,103,114,
Zinco influencia vias de sinalização que culminam na ativação do fator de transcrição CREB. 104,129
Dieta deficiente em zinco diminui os níveis de BDNF e a fosforilação de CREB no hipocampo. 116
Dieta deficiente em zinco aumenta as subunidades do receptor NMDA GluN1, GluN2A, GluN2B no hipocampo. 116
Dieta deficiente em zinco aumenta os níveis séricos de corticosterona e diminui os níveis do receptor de 118
Dieta deficiente em zinco diminui o imunoconteúdo do receptor do zinco GPR39 no córtex frontal. 125
Animais sem o receptor de zinco GPR39 têm níveis diminuídos de CREB e BDNF no hipocampo, mas não no córtex 118
pré-frontal.
Animais sem o receptor de zinco GPR39 não respondem aos antidepressivos monoaminérgicos. 123
Administração aguda de antidepressivos em animais alimentados com dieta deficiente em zinco diminui o 125
imunoconteúdo do GPR39, CREB, BDNF e TrkB, enquanto a administração crônica com antidepressivos aumenta a
expressão dessas proteínas no córtex frontal.
Zinco em dose ativa ou em dose subativa associada com dose subativa de antidepressivo impede as alterações na 107
Abreviaturas: BDNF, fator neurotrófico derivado do encéfalo; CREB, proteína de ligação ao elemento de resposta ao
AMPc; HO-1, heme-oxigenase 1; LPS, lipopolissacarídeos; mTOR, proteína alvo da rapamicina em mamíferos; NMDA,
N-metil-D-aspartato; TrkB, receptor tropomiosina cinase B. Adaptado de Manosso89.
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O papel do zinco no transtorno depressivo maior
Figura 1. Principais achados correlacionando zinco e depressão em estudos pré-clínicos (box em azul),
clínicos (box em vermelho) e possíveis mecanismos de ação (box em cinza).
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