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Transtorno
Depressivo no
idoso
Luiz Gonzaga
Disciplina: Psicogeriatria Residente de Psiquiatria
01 INTRODUÇÃO
03 ARTIGO E CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
De acordo com a OMS, a Depressão é a Doença que mais causa incapacidade na população,
sobretudo em países de baixa e média renda como o Brasil.
Subdiagnóstico e subtratamento.
EPIDEMIOLOGIA
No Brasil, estima-se que a Depressão maior afeta cerca de 7% da população de idosos que
vivem na comunidade, enquanto distimia afeta 3,5% .
As taxas tendem a ser mais elevadas em serviços ambulatoriais, e ainda maiores nos
pacientes hospitalizados e vivendo em instituições de longa permanência.
Depressão de início precoce (DIP) e Depressão de início tardio (DIT > 60a)
ETIOPATOGENIA
ETIOPATOGENIA
Atualmente, entende-se o TD no idoso como um processo multifatorial. Suas causas ainda
não estão bem elucidadas, mas provavelmente envolvem fatores neurobiológicos,
psicológicos e ambientais.
Sistema monoaminérgico;
Alterações imunológicas e inflamatórias;
Alterações de neurotrofinas;
Alterações neuroendócrinas;
Alterações cerebrovasculares e depressão vascular;
Alterações de neuroimagem.
Imunológicas e inflamatórias
Envelhecimento > Ativação da Micróglia e produção de citocinas inflamatórias > Ativação do
eixo HHA > + Cortisol > indução da indoleamina 2,3-dioxigenase > - triptofano > - Serotonina.
Alterações no eixo HHA, que medeia efeitos do estresse no corpo e SNC estão associadas
a depressão.
Idosos deprimidos exibem alto grau de desregulação deste eixo, com níveis elevados de
cortisol basal e pós-dexametasona.
Doenças crônicas também aumentam o nível de cortisol.
Alterações cerebrovasculares
A hipótese da Depressão vascular, descrita inicialmente por Alexopoulos et al, afirma que a
doença cerebrovascular pode predispor, precipitar ou perpetuar alguns casos de depressão
geriátrica.
Idosos apresentam maiores taxas de suicídio do que jovens: métodos mais letais, maior
fragilidade, maior isolamento social e menor verbalização da ideação suicida.
Atenção: atribuir todos os sintomas a Doença clínica pode fazer com que a depressão
seja subdiagnosticada.
CLÍNICA E DIAGNÓSTICO
É importante diferenciar os quadros em função da idade de início da depressão - DIP ou DIT.
Estima-se que metade dos casos em idosos é de início tardio, e, é possível que a DIT seja
tanto um pródromo quanto um fator de risco para Demências. Apesar da DIP também estar
sendo considerada um fator de risco para quadros demenciais.
DEPRESSÃO SUBSINDRÔMICA
A DSS, na população geriátrica, é mais frequente que o TDM e pode ser caracterizada pela
presença de dois ou mais sintomas depressivos durante a maior parte do tempo por pelo
menos 2 semanas, associados a impacto funcional, mas que não chegam a satisfazer os
critérios para depressão maior ou distimia.
Piora na saúde, na qualidade de vida e maiores custos. Aumenta o risco de evoluir para
TDM, sobretudo em pacientes com comorbidades, incapacidades e pouco suporte social.
DEPRESSÃO SUBSINDRÔMICA
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Para o diagnóstico e tratamento dos sintomas de humor, é necessária avaliação que se
concentre na identificação de qualquer ingestão de fármacos ou presença de doenças que
predisponham à depressão.
Antidepressivos podem não ser eficazes quando o paciente tem um quadro demencial e,
por isso, não devem ser considerados como única abordagem do tratamento;
Equipe multidisciplinar, cuidados primários e monitorização do cuidado
Medidas de suporte: exercício físico, mudanças ambientais e estimulação social;
Psicoeducação
TRATAMENTO
Alterações biológicas em idosos podem modificar o perfil farmacocinético dos
antidepressivos, como diminuição de peso, tamanho corporal, massa muscular e água corporal.
A diminuição das funções hepática e renal pode alterar a biotransformação e a eliminação.
Se remissão não ocorre após período adequado (6 a 12 semanas), a dose deve ser ajustada.
ECT: refratariedade as opções farmacológicas, alto risco de suicídio, desnutrição severa por
redução da ingesta alimentar ou condição médica que piore com o uso de terapia
farmacológica.
Duke Somatic Algorithm Treatment for Geriatric Depression (STAGED)
1) ISRS;
2) Se resposta anterior a alguma medicação e não houver nenhum potencial para interação
medicamentosa - usar a mesma medicação por 6 a 12 semanas na dose anterior.;
3) Resposta parcial ou ausência de qualquer resposta: potencialização com lítio (nível sérico
de 0,3 a 0,6) ou trocar antidepressivo por ISRSN;
Estudos evidenciam que a atrofia do Córtex Orbitofrontal pode ser um biomarcador para
depressão no idoso, e que o prejuízo cognitivo (MEEM) e anormalidades regionais desta
área podem ser preditores de pior resposta.
A farmacoterapia antidepressiva existente
mostra pouca evidência de benefício no
tratamento da depressão na demência em
relação ao placebo;