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Terapia Antiarrítmica
- Cães e Gatos-
-2021-
Objetivos deste módulo:
• Introdução à eletrocardiografia
• História:
• 1842 – Carlos Matteucci (físico Italiano)
• Demonstrou a existência de corrente elétrica que acompanhava cada batimento
• 1856 – Rudolph Von Koelliker e Heinrich Muller (fisiologistas)
• Primeiro registro do potencial de ação cardíaco
• 1870 – Gabriel Lippman (físico francês)
• Eletrômetro capilar
• Convencional ou computadorizado
Nodo Sinusal
Vias VE
internodais
Nodo
Atrioventricular
Feixe de His
Ramos D e E
Fibras de Purkinje
do Feixe
Revisando a Anatomofisiologia
Aorta
• Tecido especializado V. Cava Cranial
Art. Pulmonar
Vias VE
internodais
Nodo
Atrioventricular
Feixe de His
Ramos D e E
Fibras de Purkinje
do Feixe
Revisando a Anatomofisiologia
• Tecido especializado
Nó Sinusal
• Automatismo (70 a 120dpm)
Nó AV
(50 a 70 dpm)
Feixe Hiss
(30 a 50dpm)
Miócito
(20 a 30dpm)
Revisando a Anatomofisiologia
• Tecido especializado
• Vetoração da condução elétrica
• Dipolo equivalente (+ -)
• Intensidade e sentido
Sincício funcional
Junções gap
VD
VR
Revisando a Anatomofisiologia
• Influência Autonômica
Revisando a Anatomofisiologia
• Plano frontal
• Derivações de Tórax
• Unipolares
• Plano transverso
• Derivações
• Membro • Tórax
• Unipolares
• aVR, aVL e aVF
Introdução à Eletrocardiografia
• Derivações de Membro
Introdução à Eletrocardiografia
• Derivações de Membro
Introdução à Eletrocardiografia
• DI
DI
Introdução à Eletrocardiografia
• DII
DI
DII
Introdução à Eletrocardiografia
• DIII
DI
DII
DIII
Introdução à Eletrocardiografia
+ - - + - -
- - +
Introdução à Eletrocardiografia
• CV6LL(V2)
• 6º EICE próximo ao bordo esternal
Introdução à Eletrocardiografia
• CV10 (V10)
• sobre o processo espinhoso da 7ª vértebra torácica
Introdução à Eletrocardiografia
V2
V4
rV2
rV2 V4
V2
Introdução à Prática Eletrocardiográfica
• Posicionamento eletrodos
• Posicionamento eletrodos
Introdução à Prática Eletrocardiográfica
Com conhecimento.....o céu é o limite!!
•Plano frontal
•Base ápice
•Y invertido
Com conhecimento.....o céu é o limite!!
•Plano frontal
•Base ápice
•Y invertido
• N/2: 0,5cm (5 ) = 1 mV
• Sensibilidade N e V=50mm/s
Ex: onda P:
0,05mV
- Amplitude= 0,1 mV (1 )
- Duração = 0,03 s ( 1 + ½ )
• Sensibilidade 2N e V=50mm/s ??
- Amplitude = (1 ) = 0,05mV
- Duração = ( 1 + ½ ) = 0,03 s
Introdução à Prática Eletrocardiográfica
• Considerando DII
• Sequência de eventos
- DII
+
Repolarização atrial (Ta)
Componentes do Traçado Eletrocardiográfico
• Onda P
• despolarização atrial.
• Intervalo P-R
• tempo para a condução do impulso do nodo sinusal para o nodo
atrioventricular e o retardo do impulso nesse nodo.
• Complexo QRS
• despolarização do miocárdio ventricular.
Componentes do Traçado Eletrocardiográfico
• Onda Q
• Despolarização do septo interventricular (1ª fase).
• Onda R
• Despolarização dos ventrículos (2ª fase).
• Onda S
• Despolarização das regiões basais do coração (3ª fase).
Componentes do Traçado Eletrocardiográfico
• Segmento S-T
• Fase lenta da repolarização ventricular.
• Onda T
• Repolarização ventricular (fase rápida)
• Intervalo Q-T
• constitui-se na soma da despolarização e repolarização ventriculares.
Medidas Eletrocardiográficas em
Cães e Gatos
Valores Normais em Cães
• Complexo QRS: 0,05 seg; 2,5 mV (Raças Toy) e 0,06 seg; 3,0 mV (Raças de Grande
Porte)
• Precordiais:
• rV2: T Positiva; R < 3,0 mV
• Eixo: 0 a +160º
• Precordiais:
• V2 e V4: R < 1,0 mV
• V10: T Negativa, R/Q < 1
Convencional X Computadorizado
• Faixas de peso
• Cães e gatos
Convencional X Computadorizado
cães
Arq. Bras. Med. Vet. Zootec. vol.52 n.6 Belo Horizonte Dec. 2000
R. Wolf1, A.A. Camacho2*, R.C.A. Souza3
Convencional X Computadorizado
gatos
Valores de normalidade
Como interpretar o ECG.... Passo a Passo?
INTERPRETAÇÃO DO ECG
1. Determinar o Ritmo
2. Calcular a frequência cardíaca
3. Medir a duração e amplitude das ondas e complexo, além da
duração dos intervalos
4. Examinar as derivações de membros
5. Determinar o eixo elétrico médio
INTERPRETAÇÃO DO ECG
• Ritmo Sinusal
• Arritmia Sinusal Respiratória (ASR)
• Marcapasso Migratório
• Taquicardia/bradicardia sinusal
• 2º passo: verificar a FC
RITMOS SINUSAIS
Parassimpático presente!
Arritmia Sinusal Respiratória
• Aplicação Clínica:
Sinal Respiratório
ICC?
Arritmia Sinusal Respiratória
• Aplicação Clínica:
ICC?
ASR ASR
NÃO
Aorta
Nodo Sinusal
Vias VE
internodais
15 cm
25 mm/s
FC = 8 X 20 = 160 dpm
INTERPRETAÇÃO DO ECG
Método digital
(derivações simultâneas)
INTERPRETAÇÃO DO ECG
• DI:
+0,5 – 0,15= +0,35
• DIII:
+ 1,0 – 0,1= +0,9
Calcule o eixo elétrico médio
• Complexo QRS
• DI:
+0,5 – 0,15= +0,35
• DIII:
+ 1,0 – 0,1= +0,9
Aumentos das câmaras
cardíacas no ECG
(padrões de sobrecarga)
Considerações importantes
+
Aumento ou sobrecarga atrial
• AE (Onda “P mitrale”)
• Aumento da duração da onda P
• Condições associadas
• AD (onda “P pulmonale”)
• Aumento na amplitude da onda P
• Condições associadas
• Ventrículo direito
• QRS com duração normal
• Ondas Q e/ou S profundas
• DI (> 0,3mV), II,III ou aVF (>0,5mV)
• Ventrículo direito
• QRS com duração normal
• Ondas Q e/ou S profundas
• DI (> 0,3mV), II,III ou aVF (>0,5mV)
• Ventrículo esquerdo
• QRS com duração aumentada
• Associação de 3 critérios
Aumento ou sobrecarga ventricular
• Ventrículo esquerdo
• QRS com duração aumentada
• Associação de 3 critérios
OUTRAS ALTERAÇÕES
ELETROCARDIOGRÁFICAS
Segmento ST
• Morfologias anormais
• Slurring...
• Polaridades possíveis
• Positiva, negativa ou bifásica
• Relação com complexo QRS (concordante ou discordante)
Polaridade e amplitude da onda T
• Amplitude:
• Normalidade: < 25% da amplitude da onda R (0,05 a 1,0mV)
• Aumento da amplitude:
• Hipercalemia (> 6mEq/L) – Onda T em “tenda”
• Hipóxia (monitoramento anestésico)
Efusão pericárdica ou achado acidental?
• Definição
• Alteração na formação ou condução do estímulo elétrico resultando em
irregularidades no ritmo cardíaco.
• Arritmias Vs cardiopatias
• Distúrbios sistêmicos variados também podem resultar em arritmias...
• Origem
• Supraventricular (atrial ou juncional)
• Ventricular
• Frequência
• Taquiarritmias
• Bradiarritmias
• Escolha do antiarrítmico:
• Atuação sobre a arritmia
• Mecanismo eletrofisiológico da arritmia
• Classe do antiarrítmico
• Disponibilidade no mercado
• Custo
• Efeitos adversos
Alterar a inclinação
e duração do
potencial de ação
Princípios da terapia antiarrítmica
• Classe de Antiarrítmico
Alterar a inclinação
e duração do
potencial de ação
Princípios da terapia antiarrítmica
ECG
PA
Quais arritmias estudaremos neste módulo?
Taquiarritmias
Bloqueios e distúrbio
Bradiarritmias Outros
de condução
Supraventricular Ventricular
Taquicardia Taquicardia
Silêncio Atrial Onda T
supraventricular ventricular
Próximo módulo
Flutter/Fibrilação Síndrome do nó
Flutter/Fibrilação Atrial Segmento ST
ventricular doente
Supressão
milivoltagem
Taquiarritmias
supraventriculares
Taquicardia sinusal
+
Taquiarritmias SUPRAVENTRICULARES
+ QRS normal
Taquiarritmias SUPRAVENTRICULARES
• QRS normal
P´
• Pausa não compensatória
P’`
+
Taquiarritmias SUPRAVENTRICULARES
+
Taquiarritmias SUPRAVENTRICULARES
• Caraterísticas importantes:
• Alteram a precocidade e/ou morfologia da onda P
• Sem alterar a morfologia do complexo QRS
• Frequência de despolarização ventricular
• Fibrilação atrial
Condições clínicas associadas
(taquiarritmias supraventriculares)
• Fatores relacionados ao coração ou intracardíacos
• Aumento/ distensão atrial
• Cardiomiopatias (CDM, CMH, CMR, CAVD...)
• Insuficiência mitral ou tricúspide (endocardiose, hipertensão pulmonar)
• Cardiopatias congênitas (displasia valvar AV, CIA, etc)
• Neoplasias atriais
• Hemangiossarcoma, quemodectomas, linfomas infiltrativos
• Fatores extracardíacos
• Toxemia, uremia, intoxicação digitálicos,
Condições clínicas e terapia antiarrítmica
• Cadiomiopatia dilatada
• Cardiomegalia generalizada
• Disfunção sistólica
• ICCD e E
• Sinais clínicos: dispnéia/taquipnéia, cianose, síncopes
ascite, crepitação pulmonar...
Ausência de onda P, oscilação da linha de Base, irregularidade entre os intervalos R-R, QRS de
morfologia normal.............FIBRILAÇÃO ATRIAL com alta frequência de despolarização ventricular (200
dpm)
Caso 2 – Madona (Boxer, 4a, F) - CMD
• Mecanismos arritmogênicos
• automatismo alterado (ICC – ativação simpática crônica)
• Vários focos ectópicos supraventriculares (excitabilidade celular)
• ↑↑↑Ca+ intracelular (disfunção sistólica)
• Circuitos de reentrada
• Taquicardia prolongada e distensão atrial
• Isquemia e morte celular (velocidade de condução menor)
Caso 2 – Madona (Boxer, 4a, F) - CMD
• Não farmacológicos
• Cardioversão?????
Caso 2 – Madona (Boxer, 4a, F) - CMD
ANTES
FDV = 200 dpm
aVR
Taquiarritmias supraventriculares - resumindo
ECG TERAPIA
• Precoce • Cardiopatia de base
• Onda P alterada (p’ ) ou ausente • Associação com sinais clínicos
(f) • Distensão atrial e automatismo
• QRS normal alterado (mais frequentes)
• Frequência desp. ventricular • Reduzir sinais clínicos e
• Isolados, paroxístico, sustentado frequência ventricular
• Intervalos RR irregulares (FA) • Classe IV, II, digitálicos...
Taquiarritmias ventriculares
“Agora o Bicho vai pegar!!”
Taquiarritmias VENTRICULARES
• Locais:
• Tecido especializado ou miocárdio ventricular
+
Taquiarritmias VENTRICULARES - VPC
+
Taquiarritmias VENTRICULARES - VPC
• Morfologia Bizarra
• Fora do tecido especializado (maioria)
• Mais tempo para despolarizar
• Alteração dos vetores de formação de ondas
Taquiarritmias VENTRICULARES - VPC
• Quantidade de focos
-
• Uni ou multifocal
+
Taquiarritmias VENTRICULARES - VPC
• Bigeminismo
Taquiarritmias VENTRICULARES
• Trigeminismo
Taquiarritmias VENTRICULARES - VPC
ECG
ECG
PA
PA
Taquiarritmias VENTRICULARES - VPC
IP = IA ÷ R-R
• Significado clínico
Taquiarritmias VENTRICULARES - VPC
- Variáveis Mensuradas:
* T. Onset (TO)
* T. Slope (TS)
Taquiarritmias VENTRICULARES - VPC
Normal ICC
Taquiarritmias VENTRICULARES - VPC
• Cardiomiopatia Dilatada
• ↓ TO e TS - CMD vs saudável
• Risco morte súbita (30 dias)
Taquiarritmias VENTRICULARES - VPC
• Cardiomiopatia Dilatada
• ↓ TO na CMD pré-clínica!!!
Taquiarritmias VENTRICULARES
• Taquicardia Ventricular
• 4 ou mais VPCs
• Frequência de Ocorrência
• Paroxística ou sustentada
Taquiarritmias VENTRICULARES
• Taquicardia Ventricular
• Sinais clínicos relacionados a FC (>300 bpm- grave)
• ↓ DC (síncope, fraqueza, morte súbita, etc)
• Unifocal ou multifocal
• Multifocal = pior prognóstico
• Polimorfismo (ECG)
• Fenômeno de R em T (ECG)
• Sinais clínicos
Taquiarritmias VENTRICULARES
+
Não confundir com Escape Ventricular
• Escape Ventricular
• Precedido de longa pausa
• Mecanismo de defesa (salva o ritmo)
Não confundir com Bloqueio de Ramo
Síncopes
VPC e TV – Situações clínicas comuns
Síncopes
VPC e TV – Situações clínicas comuns
• Holter:
• > 5.000 VPCs em 24 h
• Polimorfismo
Síncopes
• Episódios de TV sustentada (síncope)
VPC e TV – Situações clínicas comuns
• Terapia
• Sotalol (1,5 a 2,0mg/kg BID)
• Mexiletine + atenolol
(5-8mg/kg TID) (12,5 mg/cão BID)
Síncopes
• Carvedilol (0,3mg/kg BID)
Síncopes
• TV sustentada
VPC e TV – Situações clínicas comuns
• Terapia antiarrítmica
• Glicose (emergencial)
• CMD.....lembra da Madona?
• Também pode ter VPC e TV
• Outras Raças:
VPC e TV – Situações clínicas comuns
• CMD.....lembra da Madona?
• Também pode ter VPC e TV
N, DII, 50 mm/s
FA + TV
VPC e TV – Situações clínicas comuns
• CMD.....lembra da Madona?
• Também pode ter VPC e TV
• Terapia antiarrítmica:
• Cuidado com efeito inotrópico negativo
• Sotalol (associar com digoxina)
• Amiodarona (classe III)
• Associar a terapia para CMD
• Bufotoxina
• Vários efeitos clínicos
• Absorção mucosa oral cães
• TV (24 horas período crítico) – risco morte súbita
Sapo cururu
• Pouco responsiva a terapia!
VPC e TV – Outras Situações clínicas
• Flutter ventricular
• Estágio transitório da TV para a fibrilação ventricular
• Curto período (imediatamente antes da fibrilação)
• Ondas sinusoidais altas (menos focos ectópicos)
• Fibrilação ventricular
• Despolarização ventricular caótica e desorganizada (muitos focos ectópicos)
• Microcircuitos de reentrada
• Fenômeno de R em T (predisposição)
Taquiarritmias VENTRICULARES
• Flutter/Fibrilação Ventricular
• Terapia antiarrítmica:
• Desfibrilação elétrica
• 4 J/kg
• Desfibrilação química
• 1 mEq/kg K++ mg/kg acetilcolina
• Prognóstico
Pré-excitação Ventricular
• Taquicardia supraventricular
• Macrocircuitos de reentrada
• Retrogrado e anterógrado
• Sintomatologia relacionada a TS
• Frequências elevadas
Síndrome de Wolff-Parkinson-White
Dúvidas?
• Definição:
• Baixa frequência (considerar a espécie e momento)
• Cães < 60 bpm
• Gatos < 140 bpm
• Situações patológicas
• Hipotermia
Efeito
• Hipóxia hemodinâmico??
• Lesão cerebral
• Obstrução uretral
• Fármacos (digoxna, betabloq., bloq. Ca+, agonnistas alfa-2, etc)
BRADICARDIA SINUSAL
• Bom senso
• Digoxina (Intoxicação)
• FC = 81 dpm
BRADIARRITMIAS
• Tempo variável
BRADIARRITMIAS
RR2= 1187 ms
BRADIARRITMIAS
• Achado incidental
Mas e se o período de pausa
for muito longo ...?
BRADIARRITMIAS
• Silêncio atrial
• Ausência de despolarização atrial (síncopes >4 seg)
• Ausência de ondas P
• Complexo/ritmo de escape (atrial, juncional ou ventricular)
• Não confundir com VPC (não é prematuro)
• Escape juncional ou atrial (QRS de morfologia normal)
BRADIARRITMIAS
• Silêncio atrial
• Situações clínicas associadas:
• Síndrome do nó enfermo (Schnauzer miniatura)
Bradiarritmias
1º Eletrocardiograma
Bradiarritmias – Doença do nó enfermo
2 semanas depois...
Bradiarritmias – Doença do nó enfermo
• Bloqueio AV 1º grau
• Aumento intervalo PR (>0,14 seg cães e 0,09 seg gatos)
• ↑ Tônus parassimpático
DII
-
+
BRADIARRITMIAS
DII, CÃO
DII, CÃO
(PR CONSTANTE=0,127SEG)
BRADIARRITMIAS
• Bloqueio AV 3º grau (Total)
DII
-
Não confundir
com VPC
+
Bloqueio de Ramo (feixe Hiss)- próximo módulo
Direito Esquerdo
• QRS largo (bizarro) • QRS largo e onda R↑ mV
DII • 0,06 SEG (TOY) • Desvio eixo esquerda
• 0,07 SEG (GRANDE) • Diferenciar ↑VE
- • 0,06 SEG (gatos) • DESAFIO.
• Desvio eixo p direita
• Diferenciar de VPC e ↑VD
• Onda P
+
Momento descontração!!
Obrigado pela atenção!
jpep23@gmail.com