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CARDIOLOGIA
ELETROCARDIOGRAFIA
BÁSICA
BELO HORIZONTE
2018
OBJETIVOS
Bomba Cardíaca
Excitabilidade
Circulatório
Noções de eletrofisiologia
endocárdio
Musculares (função contrátil) miocárdio
Epicárdio
Pericárdio
Noções de eletrofisiologia
O NAV e o feixe de His podem atuar como marca-passo (secundário) porque têm células
que conduzem e criam o impulso cardíaco, e têm frequência entre 40 e 60 bpm.
Sistema His-Purkinge é o sistema de condução intraventricular por onde a excitação é
transmitida rapidamente pelos ramos direito e esquerdo e suas subdivisões até a rede de
Purkinje.
Introdução –Histórico ECG
Simples;
Barato;
Não-invasivo;
Fácil execução
ECG: registra as diferenças dos potenciais elétricos entre eletrodos metálicos colocados na superfície corporal
que são amplificadas, filtradas e registradas pelo eletrocardiógrafo
-Kölliker-müller
A cada sístole do coração da rã, a pata galvanoscópica contraía;
- Waller (1887)
Descobriu que era possível captar a atividade elétrica cardíaca na superfície corporal;
-Eletroscópio capilar com eletrodos precordiais
Introdução –Histórico
SA
1
2 3 Feixe de HIS
AV
4
Fibras de purkinje
CANAIS IÔNICOS
- - + + +
+ + - - -
VETOR DE DESPOLARIZAÇÃO
- +
aVF
• Derivações dos membros
– D1: braço direito e braço esquerdo
– D2: braço direito e pé
– D3: braço esquerdo e pé
– aVR: eletrodo explorador no braço direito
– aVL: eletrodo explorador no braço esquerdo
– aVF: eletrodo explorador no pé
BD BE
D1 D2 D3
aVR aVL aVF
PÉ
DERIVAÇÕES DO PLANO HORIZONTAL
BD BE
V1 V2 V3 V4 V5 V6
DERIVAÇÕES DO PLANO HORIZONTAL
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
CORAÇÃO: bomba que contrai ritmicamente para bombear sangue desoxigenado para os pulmões e oxigenado
para a circulação sistêmica.
•NÓ SINUSAL: inicia o impulso cardíaco (situa-se no átrio direito –AD –próximo à desembocadura da veia cava
superior)
MARCA PASSO NORMAL DO CORAÇÃO!!!
ARRANJO DO TRAÇADO ELETROCARDIOGRÁFICO
DERIVAÇÕES EXISTENTES
Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico
Parede Ântero-Septal
Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico
Parede Anterior
Arranjo do Traçado EletrocardiográficoParede
Lateral Alta e ÂnteroLateral
ARRANJO DO TRAÇADO ELETROCARDIOGRÁFICO
PAREDE INFERIOR
ARRANJO DO TRAÇADO
ELETROCARDIOGRÁFICO
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
Toda primeira onda negativa é chamada de "Q". Toda primeira onda positiva é chamada de "R".
Toda onda negativa após a inscrição de um "R" é chamada de "S".
RS qR Rs QS Qr
Supra desnivelamento
• Lesão miocárdica ( fase inicial do IAM)
• Pericardite aguda
▫Infra desnivelamento
• Lesão miocárdica ( fase inicial do IAM)
• Ação digitálica
SEGMENTO “ST”
O segmento ST começa no ponto "J" e termina de forma imperceptível no ramo ascendente da onda T.
Importam aqui, os desníveis acima de 1 a 1,5 mm, em relação à linha de base do traçado, bem como sua
forma.
A concavidade do segmento ST acompanha sempre a polaridade da onda T, sendo superior onde a onda
T for normalmente positiva e inferior onde a onda T for normalmente negativa, continuando-se de
forma indistinta com a onda T, nunca devendo apresentar-se "em abóbada", como na figura abaixo.
O SEGMENTO “ST”
Segmento ST Normal
Infra desnivelamento de ST Supra desnivelamentode ST
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICOA
ONDA “T”
FREQUÊNCIA
Se o intervalo entre 2 batimentos for 1s 60 bpm
1s 5 quadrados grandes
Bradicardia FC < 60 bpm
Taquicardia FC > 100 bpm
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICORITMO
Ritmo Sinusal
onda P antes do complexo QRS
onda P com posição espacial normal (positiva em DI, DII e aVF)
Frequência adequada ao Nó sinusal
Método de Dubin - Rotina de interpretação
do ECG
1.AVALIE A FREQUÊNCIA : MEMORIZE 300, 150,100,75,60,50!!! VERIFIQUE SE HÁ FREQUÊNCIAS
DISTINTAS (ATRIAL E VENTRICULAR)
3. EXAMINE ONDAS P
6. ANALISE SEGMENTO ST
7. ANALISE ONDA T
(300 / 6) = 50 bpm
Qual é a FC?
(300 / ~ 4) = ~ 75 bpm
Qual é a FC?
# box grande FC
1 300
2 150
3 100
4 75
5 60
6 50
Regra dos 10 segundos
33 x 6 = 198 bpm
ELETROCARDIOGRAFIA
Realização do ECG - Exame
O local em onde se vai realizar o exame deve ser confortável, para que o
cliente esteja relaxado e não apresente tremor muscular, os quais podem
interferir produzindo um traço vibrado.
REALIZAÇÃO DO ECG - EXAME
•
A posição ideal para fazer um ECG é com o cliente em decúbito dorsal, se
o cliente apresenta ortopneia, o registo deve-se fazer com a menor
elevação possível na qual o cliente esteja cômodo.
REALIZAÇÃO DO ECG - EXAME
MATERIAL:
01- eletrocardiógrafo;
01- rolo de papel termossensível;
04- braçadeiras de borracha;
04- eletrodos metálicos;
01- eletrodo universal ou seis precordiais;
Pasta condutora;
Álcool à 70 %.
Realização do ECG - Exame
1. Explicar o procedimento ao paciente e solicitar sua colaboração;
2. Atentar para a privacidade do paciente;
3. Lavar as mãos;
4. Posicionar o paciente em decúbito dorsal (de preferência deitado);
5. Colocar os eletrodos sobre o paciente.
REALIZAÇÃO DO ECG - EXAME
Colocar os fios nos eletrodos, conforme indicação do fabricante:
1. Amarelo - braço esquerdo.;
2. Vermelho - braço direito;
1500/18 = 83,33
FC = 83bpm
INTERPRETAÇÃO BÁSICA DE UM ECG
• Ritmo Cardíaco: Avaliado pela medida dos intervalos entre os ciclos cardíacos, mais
facilmente aferidos entre as espículas dos QRS - os intervalos R-R. O ritmo cardíaco
é regular quando estes intervalos são iguais ou constantes
4 4 4 4
INTERPRETAÇÃO BÁSICA DE UM ECG
Verifica-se que o complexo QRS para ser considerado normal, deve durar
até 0,12s. Uma alteração neste complexo pode indicar uma arritmia
ventricular
RITMO SINUSAL
•
Ondas P precedendo cada QRS;
•
Ritmo regular (intervalos regulares entre os QRS);
•
Frequência entre 60 e 100 bpm.
RITMO SINUSAL
ARRITMIAS CARDÍACAS
•
Frequência cardíaca abaixo de 60 bpm;
•
Ritmo regular, intervalo entre “R” são maiores, ou seja, há uma demora
na contração ventricular;
•
Pode levar a desmaios ou Insuficiência Cardíaca Congestiva.
ARRITMIAS CARDÍACAS
Taquicardia Sinusal
•
Frequência acima de 100 bpm;
•
Ritmo regular;
•
Há as ondas P, T e complexo QRS.
ARRITMIAS CARDÍACAS
•
Frequência cardíaca entre 150 a 250 bpm;
•
A onda P pode ficar escondida na onda T pela frequência
grande de batimentos;
•
Os complexos QRS são normais.
ARRITMIAS CARDÍACAS
Flutter atrial
•
Frequência cardíaca de 200 a 350 bpm;
•
Ritmo regular e rápida do átrio, “dente de serra” da onda P.
Os complexos QRS são normais e as ondas P chegam muito
rápido.
ARRITMIAS CARDÍACAS
Fibrilação atrial
É a mais rápida das arritmias atriais. Pode atingir 600 bpm;
As ondas P são substituídas por ondas irregulares e rápidas, com
configurações diferentes.
Arritmias Cardíacas
Arritmias ventriculares
Taquicardia ventricular
•
Há contração prematura e consecutiva do ventrículo provinda de um foco
geração do impuldo ectópico, abaixo do nó AV;
•
Os átrios batem independente, a frequência é rápida e o QRS é amplo;
•
Trtamento: compressão torácica, choque e ventilação.
ARRITMIAS CARDÍACAS
Fibrilação ventricular
•
Não há nenhuma atividade elétrica e nem resposta mecânica;
•
Tratamento: compressão torácica, choque e ventilação.
ARRITMIAS CARDÍACAS
Assistolia
•
Não há nenhuma atividade elétrica e nem resposta mecânica.
•
Tratamento: compressão torácica e ventilação.
ARRITMIAS CARDÍACAS
AESP – Atividade Elétrica sem Pulso
•
Existe geração desordenada do impulso elétrico, mas sem resposta
mecânica.
•
Tratamento: compressão torácica e ventilação.
ECG – IAM com supra ST
•
Elevação do segmento ST - esta alteração indica que o infarto está
acontecendo. Esta alteração pode ser também chamada de
supradesnivelamento ou, infradesnivelamento quando ocorrer para
baixo.
ECG – IAM com supra ST
•
Aparecimento da onda Q anormal - está onda significa que uma área
miorcárdica está eletricamente inativa, ou seja infartada. A característica desta
onda é que ela pode ficar maior do que 1/3 da altura total do complexo QRS.
Normalmente esta altura não chega a 1/3 da altura do complexo QRS;
•
Onda T invertida - esta alteração ocorre depois de alguns dias do infarto e indica
que houve isquemia de uma região miocárdica.
BAV
•
BAV 1o Grau: todos os estímulos atriais conseguem despolarizar os
ventrículos com algum retardo, havendo apenas um aumento do intervalo
PR, além do normal. De modo geral, considera-se haver bloqueio AV de
1ºgrau quando o intervalo PR é fixo e igual ou superior a 0,21 segundo.
•
BAV 2o Grau tipo Mobitz II: Nessa eventualidade, observamos, vez por outra, uma onda P
não seguida de complexo QRS. Contudo, os intervalos PR nos batimentos conduzidos são
fixos
BAV
BAV 2o Grau tipo 2:1: Ao eletrocardiograma observa-se a presença de duas ondas P para um QRS.
BAV 3o Grau ou BAVT: Nessa eventualidade, não existe condução de estímulo entre átrios e ventrículos.
Assim, nenhum estimulo originário dos átrios consegue despolarizar os ventrículos. É necessário então que
os ventrículos sejam despolarizados por um marca-passo situado abaixo da zona bloqueada. As ondas P são
em número bem maior que o de complexos QRS, sem qualquer relação entre si.
Referências
DUBIN, Dales. Trad Ismar C. da Silveira. Interpretação rápida do ECG. 1.ed. Rio de
Janeiro. Editora Publicações Científicas, 1993