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Escola/Agrupamento de Escolas | Teste de avaliação 4 – CienTIC 9 Versão1

Ciências Naturais
9.º ano de escolaridade
Duração do Teste: 50 minutos |

Grupo I

As vias aéreas terminam inferiormente numas estruturas que, quando juntas, se assemelham a
um cacho de uvas, cada uma dessas “uvas” chamando-se alvéolos. Cada alvéolo tem uma parede
muito fina que os separa entre si, apenas com uns poros muitos pequenos que fazem a ligação
entre eles. Numa pessoa com enfisema pulmonar pode existir um aumento permanente e
anormal de cada alvéolo. Este crescimento condiciona uma alteração na estrutura das suas
paredes, que deixam de ser bem definidas, e pode levar à destruição do próprio alvéolo. Estas
alterações dificultam a respiração, pois não irá conseguir expirar normalmente, o que leva a uma
acumulação de ar dentro dos pulmões, como se estivesse preso. Este ar acumulado vai agravar
e aumentar mais ainda o esforço que é necessário exercer, principalmente pelo diafragma, para
que consiga respirar.
O consumo de tabaco é o principal culpado do desenvolvimento do enfisema pulmonar,
corresponde a cerca de 80-90% dos casos, principalmente se a pessoa fumar muitos cigarros por
dia ou há vários anos. Um dos compostos mais ativos e tóxicos do fumo do cigarro é a nicotina.
No organismo, a nicotina é distribuída por todos os sistemas, provocando, entre outros efeitos,
o aumento da frequência cardíaca, o aumento da pressão arterial e a diminuição da
prostaciclina, uma substância inibidora da aglomeração de plaquetas na corrente sanguínea.

Figura 1. Esquema representativo de um pulmão saudável e de um pulmão com enfisema


pulmonar (os diagramas estão representados à mesma escala).

Na resposta a cada um dos itens de 1. a 5., seleciona a única opção que permite obter uma
afirmação correta.

1. Durante a ventilação, quando o diafragma contrai e desce, o volume da caixa torácica


(A) aumenta e, por conseguinte, a pressão intrapulmonar aumenta.
(B) aumenta e, por conseguinte, a pressão intrapulmonar diminui.
(C) diminui e, por conseguinte, a pressão intrapulmonar aumenta.
(D) diminui e, por conseguinte, a pressão intrapulmonar diminui.

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2. O trajeto da nicotina até chegar aos pulmões é
(A) laringe – faringe – traqueia – brônquios – bronquíolos
(B) traqueia – faringe – laringe – brônquios – bronquíolos
(C) faringe – laringe – traqueia – bronquíolos – brônquios
(D) faringe – laringe – traqueia – brônquios – bronquíolos

3. A nicotina é rapidamente absorvida pelos pulmões, atingindo o cérebro em 10 segundos. No


trajeto entre os dois órgãos, o sangue passa sucessivamente por
(A) artérias pulmonares – válvula tricúspide – ventrículo direito – veia cava superior.
(B) artérias pulmonares – aurícula esquerda – válvula bicúspide – artéria aorta.
(C) veias pulmonares – válvula bicúspide – ventrículo esquerdo – artéria aorta.
(D) veias pulmonares – aurícula direita – válvula tricúspide – veia cava superior.

4. Relativamente à ação da nicotina sobre a prostaciclina, num fumador, é de prever que ocorra
(A) diminuição da dispersão de plaquetas, facilitando a formação de trombos.
(B) diminuição da concentração de plaquetas, facilitando a coagulação sanguínea.
(C) aumento da quantidade de plaquetas, reduzindo a probabilidade de hemorragias.
(D) aumento da produção de plaquetas, conduzindo à produção de fibrina.

5. O monóxido de carbono presente no fumo do cigarro apresenta grande afinidade para a


hemoglobina, conduzindo
(A) à redução do transporte de hormonas.
(B) à redução do transporte de oxigénio.
(C) ao aumento do transporte de dióxido de carbono.
(D) ao aumento do transporte de nutrientes.

6. Refere três adaptações para a troca de gases evidenciadas no esquema do pulmão saudável.

7. A figura 2 mostra uma imagem lateral da cavidade torácica antes e depois da inspiração.

Figura 2.

Explica, usando os esquemas, como é que o movimento do diafragma e da caixa torácica permite
a entrada de ar.

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8. Faz corresponder cada uma das estruturas, expressas na coluna A, à respetiva designação,
que consta da coluna B.
Utiliza cada letra e cada número apenas uma vez.

Coluna A Coluna B
(a) Estrutura cartilagínea que se ramifica em dois canais. (1) Alvéolos
(b) Estrutura que envolve o pulmão. (2) Boca
(c) Estrutura muscular que intervém na ventilação. (3) Brônquios
(d) Estrutura onde ocorre difusão de gases. (4) Diafragma
(e) Estrutura que filtra o ar, devido à presença de pelos. (5) Faringe
(6) Fossas nasais
(7) Pleura
(8) Traqueia

9. A figura 3 é o resultado de um teste de função respiratória, usando um espirómetro, de uma


pessoa saudável e de uma pessoa com enfisema.

Figura 3.

Explica como é que a lesão causada pelo enfisema provoca as diferenças verificadas no teste de
função respiratória.

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Grupo II

O suporte básico de vida corresponde a um conjunto de procedimentos bem definidos e com


metodologias padronizadas para todos os países da União Europeia cujo objetivo é reconhecer
as situações em que há risco de vida iminente e saber iniciar, de imediato e sem recurso a
qualquer equipamento, manobras que contribuam para preservar a oxigenação e a circulação
na vítima até à chegada das equipas diferenciadas.

I II III

Figura 4. Alguns procedimentos do suporte básico de vida.

Na resposta a cada um dos itens de 1. a 5., seleciona a única opção que permite obter uma
afirmação correta.

1. A permeabilização da vítima consiste em


(A) inclinar a cabeça para trás e elevar o queixo.
(B) aplicar duas ventilações seguidas, cada uma das quais demorando cerca de 1 segundo.
(C) ser colocada de costas, em posição lateral de segurança.
(D) ser removida para uma superfície plana e dura para se poder iniciar as manobras de SBV.

2. Numa vítima em paragem cardiorrespiratória, pretende-se que as compressões torácicas


(A) transmitam ao coração movimentos mecânicos capazes de ativar o ciclo cardíaco.
(B) preservem os batimentos cardíacos e forneçam energia ao coração.
(C) garantam a circulação do sangue, promovam a hematose pulmonar e evitem a morte das
células, principalmente do cérebro e do coração.
(D) garantam o fornecimento de oxigénio aos pulmões de modo que seja normalizada a
hematose pulmonar.

3. Quando a vítima recupera os sinais cardiorrespiratórios, deve-se


(A) ativar o sistema de emergência médica, ligando para o 112.
(B) elevar os membros inferiores da vítima, para ajudar a manter a circulação sanguínea.
(C) permeabilizar a via aérea da vítima e aplicar duas ventilações, de modo a reforçar a entrada
de oxigénio nos pulmões.
(D) colocar a vítima em posição lateral de segurança (PLS) e vigiar o seu estado de saúde.

4. Numa vítima com obstrução da via aérea, que está consciente, mas não consegue falar, tossir
ou respirar, deve-se
(A) aplicar, de imediato, até cinco palmadas interescapulares e, caso a obstrução não fique
resolvida, efetuar até cinco compressões abdominais.
(B) aplicar, de imediato, até cinco compressões abdominais e, caso a obstrução não fique
resolvida, efetuar até cinco palmadas interescapulares.
(C) executar o VOS e colocar a vítima em posição lateral de segurança.
(D) executar, de imediato, manobras de suporte básico de vida.

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5. A posição lateral de segurança (PLS) deve ser executada
(A) numa vítima inconsciente com paragem cardiorrespiratória.
(B) para garantir a permeabilidade da via aérea e a drenagem de fluidos da cavidade oral.
(C) para aumentar as hipóteses de recuperação de uma vítima com traumatismos na coluna
vertebral.
(D) para facilitar a aplicação de compressões torácicas e de ventilações em ciclos consecutivos
30:2.

6. Refere em que condição é que a manobra representada deve ser aplicada.

7. Indica como se chama a manobra indicada em I.

8. Indica a sequência rítmica de aplicação das manobras indicadas em II e III.

9. Descreve como deve ser aplicada a manobra indicada em II.

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