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Escola Básica de Santa Catarina da Serra

2011/2012

FICHA DE AVALIAÇÃO ESCRITA DE LÍNGUA PORTUGUESA 9º ANO


Data: / /2011
ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS TURMA:
NOME: _______________________________Nº ___ APRECIAÇÃO: …………………………….
ENCARREGADO DE EDUCAÇÃO: ………………………………………… PROFESSOR:………………………………….

OBSERVAÇÕES: ……………………………………………………………………………………………………………………………………….
Lê atentamente o texto e depois responde, de forma correta e completa, às questões
apresentadas.
TEXTO A

(…)

Gil Vicente, Auto da Barca do Inferno

1
GRUPO I
Depois da leitura atenta do excerto acima transcrito e, tendo em conta o estudo que fizeste,
responde às seguintes questões, escolhendo a resposta adequada para cada caso.

1) O Diabo e o Companheiro preparam a barca para a chegada das almas. Que tipo de
registo de língua nos permite afirmar que são ambos conhecedores da arte de
navegar?
a) As expressões em registo familiar.
b) As palavras de registo cuidado.
c) Os termos em calão.
d) A gíria utilizada.

2) Como é recebido o Fidalgo pelo Diabo?


a) Com respeito
b) Com ironia
c) Sem respeito nenhum.
d) Com educação

3) Quais são os símbolos cénicos do Fidalgo?


a) Pajem
b) Bolsão
c) Cadeira
d) Manto comprido.

4) Que figura de estilo está presente na expressão: “Vai para a ilha perdida”?(verso 27)
a) antítese
b) metáfora
c) ironia
d) eufemismo
e) comparação

5) Que tipo de cómico existe na expressão: “Pera lá vai a senhora?” (verso 29)
a) Cómico de caráter
b) Cómico de situação
c) Cómico de linguagem.

6) A expressão: “Parece-me isso cortiço” (verso 31) mostra que o Fidalgo:


a) Despreza a barca do Diabo.
b) Acha que a barca precisa de ser reparada.
c) Acha-a pouco segura para navegar.

7) A expressão: “Vejo-vos eu em feição/ pera ir ao nosso cais” (versos 39 e 40) é …


a) um argumento de acusação.
b) um argumento de defesa.

8) Quando o Diabo diz :”E tu viveste a teu prazer, / cuidando cá guarecer (…)” (versos
46 e 47) , ele pretende…
a) acusar o Fidalgo de ter levado a vida a seu prazer.
b) elogiar o Fidalgo pela boa vida que levou enquanto era vivo.
c) mostrar que devemos ter prazer em viver.
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Responde às questões que se seguem de forma completa.
9) No diálogo entre o Companheiro e o Diabo, percebemos que este se encontra muito
entusiasmado. Explica porquê.
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10)Transcreve uma expressão que prove que o Companheiro é subordinado do Diabo.
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11) Explica a intenção crítica de Gil Vicente contida na afirmação do Diabo:”Mandai meter a
cadeira/ que assi passou vosso pai” (versos 52 e 53)
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12) Explica por palavras tuas os versos acusatórios que o Diabo pronuncia em relação ao
comportamento do Fidalgo: “Segundo lá escolhestes, /assi cá vos contentai.” (vv.56,57)
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TEXTO B
Como o próprio Humanismo, o desenvolvimento da imprensa em Portugal deu-se
bastante tarde. Não se conhecem livros impressos para o período de 1465-72, que a
tradição marca para o primeiro prelo1 português. Depois de uma breve imprensa judaica
(1487-95), operante nas cidades de Faro, Lisboa e Leiria, e publicando apenas livros
5 religiosos em Hebreu, a imprensa nacional só começou em 1489 por iniciativa de
impressores alemães. Foram estes, a que se seguiram depois italianos e franceses, que
controlaram parte significante da imprensa portuguesa durante muitas décadas. Até aos
fins do século XV, menos de vinte livros diferentes se imprimiram, número mínimo se
comparado com a produção correspondente da maioria dos países da Europa. No século
10 XVI a imprensa portuguesa conheceu mais algum desenvolvimento, com cerca de mil livros
publicados até 1550, o que de novo representava percentagem pequena em comparação
com o resto do mundo ocidental. Obras de teologia e religião compunham cerca de
cinquenta por cento do total das impressões, sendo menos de dez por cento dedicado a
livros científicos. Abundavam também traduções, facto bem compreensível num país
15 pequeno como Portugal. Publicaram-se relativamente poucas obras sobre classicismo, visto
que importações de fora alimentavam a escassa procura dos escolares residentes no país.
(…)
Também não se deve esquecer que o livro manuscrito continuou a predominar
sobre o livro impresso até, pelo menos, meados do século XVI. Só excecionalmente se
20 faziam impressões, cujo uso se limitava quase exclusivamente à Igreja, ao Estado e à
Universidade. A maioria dos impressores dependia destas três instituições e não de
qualquer público vasto de particulares.

A.H. de Oliveira Marques, História de Portugal, vol.1, Lisboa,


Palas Editores, 1975 (adaptado)
1
Vocabulário: Prelo - impressão.

13) De acordo com o sentido do texto, assinala com X na coluna respetiva as afirmações
verdadeiras (V) e as afirmações falsas (F).
Afirmações V F
a) O desenvolvimento da imprensa em Portugal, tal como o Humanismo,
aconteceu tardiamente.
b) A imprensa judaica que se instalou em Portugal entre 1487 e 1495 publicava,
em Hebreu, livros de várias ciências.
c) Foram os impressores italianos que promoveram, em 1489, a imprensa
nacional.
d) Durante muitos anos, alemães, franceses e italianos controlaram grande
parte da imprensa nacional.
e) Até ao final do século XV, publicou-se em Portugal o mesmo número de livros
que nos restantes países europeus.
f) Durante o século XVI, publicavam-se no nosso país mais livros de religião do
que científicos.

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Assinala com um X a opção verdadeira.

14)Publicaram-se poucos livros sobre o classicismo em Portugal porque:


as obras editadas satisfaziam a procura por parte dos alunos.
o número de escolas e de alunos era muito reduzido.
as obras importadas satisfaziam a procura por parte dos alunos.
os alunos não estudavam essa época literária nas universidades portuguesas.

15)Na linha 12, a expressão “obras de teologia ” refere-se a:


livros que expõem questões teóricas.
livros de cariz social.
livros que abordam questões religiosas ou divinas.
obras de caráter científico.

GRUPO II
1. Atenta nos seguintes vocábulos e indica os fenómenos fonéticos ocorridos na sua evolução.
a) mi  mim
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b) i aí
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2. As palavras cheio e pleno provêm do mesmo étimo latino (plenum). Classifica-as, tendo em
conta a sua evolução.
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2.1. Indica as vias pelas quais cada uma delas chegou ao português.

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3. Atenta nas palavras retiradas do texto B:

desenvolvimento (linha 1)/ em (linha 1)/não (linha 2) /conhecem (linha2)/ e (linha 4)/
estes (linha 6) muitas (linha 7) /até (linha 7) / compreensível (linha 14) /bem (linha 14)
3.1. Integra-as no quadro seguinte, de acordo com a classe morfológica a que pertencem:
adjetivo nome conjunção verbo pronome advérbio preposição determinante

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4.Observa a relação gráfica e fonética dos pares de palavras destacadas em cada alínea:
a) A Diretora de Turma pregou um belo sermão aos seus alunos. O carpinteiro pregou as
tábuas do soalho.
b) O prefeito da vila de Sucupira foi reeleito para o cargo. Este trabalho está perfeito.
c) O rio Tejo é muito extenso. Eu rio à gargalhada.

5.1. Faz a correspondência entre os pares de palavras destacadas nas alíneas anteriores
e a respetiva classificação, tendo em conta a sua relação fonética e gráfica:
a) pregou /pregou   palavras homónimas
b) prefeito /perfeito   palavras homógrafas
c) rio /rio   palavras parónimas
 palavras homófonas

6. Acentua corretamente os provérbios relacionados com o Auto da Barca do Inferno:

a) A boa vida e a mãe de todos os vicios. d) Deus tarda mas não falha.
b) O ultimo a rir e o que ri melhor. e) Ao vilão dão-lhe o pe e toma a mão.
c) Não e o habito que faz o monge.

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NOME: _______________________________Nº ___

GRUPO III
Escolhe apenas um dos temas apresentados:

Tema A

Vives num mundo em que há pessoas que são religiosas, seja qual for a religião que
professem, e outras que não o são. Redige um texto em que apresentes a tua opinião sobre a
relação ou não entre a religião e o comportamento moral das pessoas na sociedade atual – a
honestidade, a justiça, a solidariedade ou a criminalidade, a injustiça, o abandono.

Tema B

Imagina que o Diabo deu ao Fidalgo a oportunidade de enviar uma carta à mulher,
confessando-lhe os seus pecados e mostrando o seu arrependimento pelo mal que lhe causara.
Redige essa carta, respeitando as regras formais desta tipologia textual.

Antes de começares a escrever, toma atenção às instruções que se seguem:


 Escreve um mínimo de 100 palavras e um máximo de 140;
 Organiza as tuas ideias de forma coerente e exprime-as corretamente;
 Revê o texto e corrige-o se necessário.

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Bom trabalho!
A docente: Marlene Lopes

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