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0 Introdução
A língua portuguesa é para a maioria das crianças moçambicanas, em particular nas zonas rurais
e suburbanas, uma língua segunda (L2), aprendida formalmente na escola. Assim, é tarefa da
escola criar condições para a sua aprendizagem logo no primeiro ano de escolaridade, de modo a
desenvolver nelas as habilidades de comunicação oral e escrita nesta língua. Para que a
aprendizagem da língua tenha o sucesso desejado, é necessário que se tenha em conta as
metodologias e os princípios gerais do ensino-aprendizagem de uma L2.
Neste trabalho vai abordar sobre o objecto de estudo da didáctica, finalidades do ensino de
português, os procedimentos para ensino independente do desenvolvimento da linguagem entre
crianças, e mesmo entre os idiomas, o que sugere a existência de uma base biológica universal
desta capacidade humana. No entanto, a taxa de desenvolvimento é muito variável, e depende
tanto da quantidade e natureza das experiências linguísticas da criança quanto de suas
capacidades de fazer uso dessas experiências.
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UNIDADE 01
Nessa perspectiva a didáctica pode ser definida como um ramo da ciência pedagógica voltada
para a formação do aluno em função de finalidades educativas e que tem como objecto de estudo
os processos de ensino e aprendizagem, e as relações que se estabelecem entre o acto de ensinar
(professor) e o acto de aprender (aluno). .
Nesta perspectiva a didáctica passa a abordar o ensino ou a arte de ensinar como um trabalho de
mediação de acções pré-definidas destinadas à aprendizagem, criando condições e estratégias
que assegurem a construção do conhecimento, e a sua importância reside em propor princípios,
formas e directrizes que são comuns ao ensino de todas as áreas de conhecimento, define as
condições e as teorias de aprendizagem da língua, define os processos de aquisição da língua e
discute a organização da aula isto método, tempo, objectivos, meios disponíveis orientações
metodológica e todo processo de aprendizagem da língua portuguesa.
Para a compreensão de como a Didáctica Geral se relaciona com outras ciências é necessário
voltarmos ao conceito da própria ciência.
Segundo Piletti (2004), “Didáctica é uma disciplina técnica e que tem como objecto específico a
técnica de ensino (direcção técnica da aprendizagem) ” (p. 42). Isto é mesmo dizer que a
Didáctica é a parte da pedagogia que tem como objecto de estudo o ensino em sua relação com a
aprendizagem em processos de estímulos, direcção e encaminhamento, no decurso da
aprendizagem, na formação do homem.
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Para Tavares (2011), a Didáctica é a parte da Pedagogia que utiliza estratégias de ensino
destinadas a colocar em prática as directrizes da teoria pedagógica, do ensino e da aprendizagem,
indo mais além, é uma disciplina pedagógica concentrada no estudo dos processos de ensino e
aprendizagem, que busca a formação e o desenvolvimento instrutivo e formativo dos estudantes.
Todavia, por si só, a didáctica nada pode fazer para alcançar os objectivos que ela pretende
visualizar sem o apoio de outras ciências que possam complementar as suas abordagens e
desenvolvimento das suas teorias. Por isso, ela se relaciona com algumas ciências tais como:
Sociologia, Biologia, Psicologia e Filosofia.
UNIDADE 03
2.4 Uma das finalidade e contribuir para a identificação critica do aluno com as
manifestações e realizações das culturas nacionais e universais.
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2.5. Relembre pelo menos três procedimentos recomendados para o ensino independente e
relaciona-os entre eles.
Exposição verbal: consiste em explicar de modo sistematizado, por meio da voz e/ou da
escrita, um assunto que seja desconhecido, ou quando as ideias que os alunos trazem
sobre o mesmo são insuficientes ou menos precisas.
Ela é efectivada através de explicações num estudo do meio (excursão), ou por meio de
uma experiência simples, projecção de slides ou outras tecnologias.
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Ilustração: forma de representação gráfica de factos ou fenómenos da realidade, por meio
de gráficos, mapas, esquemas, gravuras, etc., a partir dos quais o professor enriquece a
explicação da matéria.
Exemplificação: ocorre quando o professor faz uma leitura em voz alta; quando escreve
ou diz uma palavra para que os alunos observem e depois repitam. Quer dizer, usando o
exemplo, o aluno pode captar a essência do que se pretende que ele aprenda.
O trabalho independente, como método de ensino, consiste em tarefas dirigidas e orientadas pelo
professor, para que os alunos as resolvam de modo relativamente independente e criador. Este
método pressupõe determinados conhecimentos, a compreensão da tarefa e do seu objectivo, de
modo que os alunos possam aplicar os conhecimentos e habilidades, sem orientação directa do
professor. O aspecto mais importante do método de trabalho independente é a actividade mental
dos alunos.
Interrogação: esta técnica consiste em criar explicações que justifiquem por que
determinados factos apresentados no texto são verdadeiros ou falsos. O aluno deve
concentrar-se em perguntas do tipo, “Por quê?” em vez de “O quê?”
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Resumo: é uma exposição abreviada de um acontecimento, obra literária ou artística. Um
resumo consiste em fazer a síntese ou sumário de um determinado assunto, destacando as
informações essenciais do conteúdo.
A elaboração conjunta é uma interacção activa entre o professor-aluno e aluno – aluno, visando
a aquisição de conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções, bem como a fixação e
consolidação de conhecimentos e convicções já adquiridos. Este método preconiza a
reciprocidade de actividades entre o professor e o aluno. O nível de participação e contribuição
de ambos é, em certa medida, equilibrado. É por esse facto que, na base deste método, está-se
diante do que se designa de ensino participativo.
As potencialidades do método de elaboração conjunta são várias, uma vez que a conversa tem
um grande valor didáctico, pois desenvolve nos alunos as habilidades de expressar opiniões
fundamentais, verbalizar a sua própria experiência, discutir, argumentar e refutar as opiniões dos
outros, aprender a escutar, contar factos, interpretar, etc., para além de proporcionar a aquisição
de novos conhecimentos.
Embora seja um método vantajoso, é importante chamar atenção aos seguintes aspectos:
o aluno deve estar familiarizado com o tema a ser tratado, pois, de contrário, corre o risco dele
(aluno) não colaborar na aula; leva muito tempo e o professor pode ser desviado do tema por
alunos super activos.
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de Falar, Trabalho aos Pares, Círculo Duplo, Tomar uma Posição, Parque de Estacionamento,
Aquário, entre outras (vide apêndice1).
UNIDADE 05
A teoria de Piaget se remete a construtivismo cognitivos em que a criança aprende entre a troca
de conhecimento entre o ambiente e o organismo através da assimilação e acomodações, que
correspondem ao desenvolvimento da inteligência humana. Existem quatro estágios para que isso
ocorra: sensório-motor, pré-operatório, operatório-concreto e operatório-formal.
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se dá por dois processos: o DAL feito através de frases e da fala e o input dos adultos, em que
gera informação. O input linguístico corresponde às experiências que a criança absorve em
contacto com o meio social.
2.7. Que estratégias os adultos ou educadores de infância devem seguir para auxiliarem o
desenvolvimento da linguagem da criança?
Em geral, o curso do desenvolvimento da linguagem e seus mecanismos subjacentes são
descritos separadamente para os subdomínios do desenvolvimento fonológico (o sistema de
sons), do desenvolvimento léxico (as palavras), e do desenvolvimento morfossintático (a
gramática), embora essas áreas estejam inter-relacionadas tanto no desenvolvimento quanto no
uso da linguagem.Os primeiros sons que os bebês produzem são gritinhos e ruídos que não se
assemelham à fala.
O importante papel do feedback é sugerido por observações de que crianças que têm perdas
auditivas apresentam atraso na produção do balbucio canônico. Por volta dos 18 meses de idade,
as crianças parecem ter construído um sistema mental para representar os sons de seu idioma e
para produzi-los dentro das limitações de suas capacidades de articulação.
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2.8. Desenvolva a afirmação “ a forma como as crianças adquirem e desenvolvem a
linguagem não e assunto pacifico.”
No que concerne à linguagem oral, isto é, à modalidade oral do sistema linguístico, esta é uma
forma de comunicação universal e, como consequência desta universalidade, encontra-se o facto
de qualquer criança nascer capacitada para adquirir a língua natural da comunidade a que
pertence, desde que esteja em contacto com a mesma. Refira-se que uma língua natural é a
“língua materna de uma comunidade linguística quando é ela que as crianças nascidas nessa
comunidade desenvolvem espontaneamente como resultado do processo de aquisição da
linguagem” (Duarte, 2000,p. 15).
Relativamente às línguas naturais, pode-se, ainda, acrescentar que, apesar de existir uma grande
variedade de línguas, diversos estudos realizados na área da linguística permitiram concluir que a
grande maioria das línguas partilha traços comuns, isto é, traços universais, que nos permitem
compreender mais facilmente o modo regular como ocorre o processo de aquisição da linguagem
por parte das crianças, independentemente da sua língua natural.
UNIDADE 07
A proficiência numa língua (saber: ouvir, falar, ler e escrever) é determinante para o
desenvolvimento individual e colectivo. Dominar as destrezas linguísticas ajuda o indivíduo a ser
autónomo, a superar barreiras sociais, culturais, económicas, políticas. Neste sentido, torna-se
imprescindível encontrar procedimentos que encorajam o desenvolvimento destas habilidades
por meio do ensino-aprendizagem. Aí surgem os denominados métodos de ensino de línguas,
que, tomados no seu sentido mais inclusivo, são tanto o conjunto de actividades a serem
executadas em aula, como as crenças/teorias ou conceitos plausíveis que secundam essas
actividades.
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Gramática
Preocupa-se com a estrutura gramatical da língua e, tradicionalmente, não permitia que ela fosse
recriada. A aprendizagem da língua é rigorosa, obedecendo fielmente à sua estrutura. Por
exemplo, é preocupação desta abordagem o domínio das estruturas sintácticas, da morfologia da
língua, pelo que se trabalha ao pormenor a concordância verbal, os modos verbais, etc.
Leitura
É um método que privilegia a leitura para a aprendizagem da língua, tendo como base a
linguagem oral, visual (imagens ou gráficos), etc. Todavia, a leitura textual depende do
conhecimento específico dos sons da linguagem, bem como do reconhecimento do alfabeto e da
compreensão do que é uma palavra na língua-alvo. No contexto das línguas moçambicanas, a
leitura é de grande valia na medida em que contribui para a identificação e reconhecimento de
fronteiras entre palavras, solidifica o reconhecimento do alfabeto da língua e sua comparação
com o de outras línguas em contacto, particularmente o do Português.
Método directo
É caracterizado pelo uso da língua-alvo como meio para a instrução e comunicação em sala de
aula. Os aprendentes devem aprender e pensar na língua-alvo. Este método obriga o aprendente a
dedicar-se mais ao vocabulário da língua alvo que lhe permitirá construir a habilidade de
comunicação organizada.
Método funcional
Caracteriza-se pela valorização daquilo que se faz por meio da língua (comunicar) e não a forma
da língua, tendo como foco principal o uso de linguagem apropriada, adequada à situação em que
ocorre o acto de fala e ao papel desempenhado pelos participantes.
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Comunicativo
É uma das abordagens mais recriadas no contexto de ensino de línguas. Ela dá ênfase ao uso da
língua, coloca o aluno no centro das aprendizagens e concebe as actividades como tarefas
autênticas do uso dessa língua.
2.10 No ensino das línguas estrangeiras não se pode ensinar afectivamente sem entender as
várias posições teóricas. ” Apoiando se nas teorias de aprendizagem de língua, desenvolve a
afirmação.
2.11 Define os seguintes termos: língua materna, língua segunda, língua nacional, língua
oficial, língua estrangeira?
Língua materna: é a língua nativa na qual a criança aprende a dizer suas primeiras palavras.
Por ser a primeira língua aprendida de uma pessoa, é sua referência em termos de comunicação.
A língua mais conhecida e compreendida não é só a falada, mas também a escrita.
Língua segunda: e qualquer língua aprendida depois da língua materna. Corresponde a toda e
qualquer língua aprendidas em segundo ,terceira, quarto.
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língua oficial: (LO) é a língua adoptada para comunicação em todas esferas oficial. Em
Moçambique, a língua oficial coincide com a língua nacional que é o português.
2.12 Relaciona a língua de unidade nacional com língua nacional, tendo em conta o
português em Moçambique
A relação que existe entre a língua de unidade nacional com língua nacional é: a língua de
unidade nacional: é a língua ou variedade linguística que um estado politicamente considerado,
utiliza e usa como instrumento de comunicação em todas as cerimónias e documentos oficias, na
administração pública e no ensino, enquanto a língua nacional é língua adoptada para
comunicação em todas esferas oficial. Em Moçambique, a língua oficial coincide com a língua
nacional que é o português.
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3.0 Conclusão
Os alunos demonstram maior interesse por aulas interativas com a presença da tecnologia,
conforme foi comprovado perante aplicação de questionários. Os professores também relatam
notar o maior interesse perante a tecnologia, havendo também os adeptos do tradicionalismo, que
julgam a inserção midiática como dispersor de atenção.
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4.0 Bibliografia
HAYDT, Regina Célia C. Curso de Didática Geral. São Paulo, Ática, 2006.
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