Você está na página 1de 14

1.

0 Introdução

A língua portuguesa é para a maioria das crianças moçambicanas, em particular nas zonas rurais
e suburbanas, uma língua segunda (L2), aprendida formalmente na escola. Assim, é tarefa da
escola criar condições para a sua aprendizagem logo no primeiro ano de escolaridade, de modo a
desenvolver nelas as habilidades de comunicação oral e escrita nesta língua. Para que a
aprendizagem da língua tenha o sucesso desejado, é necessário que se tenha em conta as
metodologias e os princípios gerais do ensino-aprendizagem de uma L2.

Neste trabalho vai abordar sobre o objecto de estudo da didáctica, finalidades do ensino de
português, os procedimentos para ensino independente do desenvolvimento da linguagem entre
crianças, e mesmo entre os idiomas, o que sugere a existência de uma base biológica universal
desta capacidade humana. No entanto, a taxa de desenvolvimento é muito variável, e depende
tanto da quantidade e natureza das experiências linguísticas da criança quanto de suas
capacidades de fazer uso dessas experiências.

1
UNIDADE 01

2.0 A didáctica e uma disciplina normativa, um conjunto de princípios e regras que


regulam o ensino.

a) Delimite, de acordo com a afirmação acima, o objecto de estudo da didáctica

Nessa perspectiva a didáctica pode ser definida como um ramo da ciência pedagógica voltada
para a formação do aluno em função de finalidades educativas e que tem como objecto de estudo
os processos de ensino e aprendizagem, e as relações que se estabelecem entre o acto de ensinar
(professor) e o acto de aprender (aluno). .

b) Qual é para ti, a impotência da didáctica no ensino da língua?

Nesta perspectiva a didáctica passa a abordar o ensino ou a arte de ensinar como um trabalho de
mediação de acções pré-definidas destinadas à aprendizagem, criando condições e estratégias
que assegurem a construção do conhecimento, e a sua importância reside em propor princípios,
formas e directrizes que são comuns ao ensino de todas as áreas de conhecimento, define as
condições e as teorias de aprendizagem da língua, define os processos de aquisição da língua e
discute a organização da aula isto método, tempo, objectivos, meios disponíveis orientações
metodológica e todo processo de aprendizagem da língua portuguesa.

2.1 Qual e relação entre a didáctica geral e a didáctica da língua?

Para a compreensão de como a Didáctica Geral se relaciona com outras ciências é necessário
voltarmos ao conceito da própria ciência.

Segundo Piletti (2004), “Didáctica é uma disciplina técnica e que tem como objecto específico a
técnica de ensino (direcção técnica da aprendizagem) ” (p. 42). Isto é mesmo dizer que a
Didáctica é a parte da pedagogia que tem como objecto de estudo o ensino em sua relação com a
aprendizagem em processos de estímulos, direcção e encaminhamento, no decurso da
aprendizagem, na formação do homem.

2
Para Tavares (2011), a Didáctica é a parte da Pedagogia que utiliza estratégias de ensino
destinadas a colocar em prática as directrizes da teoria pedagógica, do ensino e da aprendizagem,
indo mais além, é uma disciplina pedagógica concentrada no estudo dos processos de ensino e
aprendizagem, que busca a formação e o desenvolvimento instrutivo e formativo dos estudantes.
Todavia, por si só, a didáctica nada pode fazer para alcançar os objectivos que ela pretende
visualizar sem o apoio de outras ciências que possam complementar as suas abordagens e
desenvolvimento das suas teorias. Por isso, ela se relaciona com algumas ciências tais como:
Sociologia, Biologia, Psicologia e Filosofia.

2.2O que é, então, a didáctica de português?

A Didáctica de português é uma ciência que se preocupa com as estratégias de ensino-


aprendizagem e das questões práticas relativas a metodologias. Portanto, é uma disciplina que
estuda as técnicas de ensino. Neste contexto, trata dos aspectos práticos e operacionais do ensino

UNIDADE 03

2.3 Apresente, sistematicamente, as finalidades do ensino de português.

A finalide de ensino da Língua Portuguesa é de formar críticos que possam participar


activamente e, que sejam capazes de identificar e interagir com diversos tipos de textos que
circulam socialmente, pois não basta ler, é preciso aprimorar a linguagem para participar com
sucesso da vida do bairro, da sociedade e do país e analisar e operacionalizar técnicas e métodos
no processo de ensino -aprendizagem de um dado conteúdo.

2.4 Uma das finalidade e contribuir para a identificação critica do aluno com as
manifestações e realizações das culturas nacionais e universais.

a) Comente a afirmação acima.

A educação escolar assume o propósito de levar o aluno a aprender e construir conhecimento,


considerando as fases do seu desenvolvimento. Os conteúdos escolares passam a adequar-se aos
interesses, ritmos e fases de raciocínio do aluno. Sua proposta metodológica tem como
característica os experimentos e as pesquisas. O professor deixa de ser um mero expositor e
assume o papel de elaborar situações desafiadoras da aprendizagem. A aprendizagem é
construída através de panejamentos e testes. O professor passa a respeitar e a atender as
necessidades individuais dos alunos

3
2.5. Relembre pelo menos três procedimentos recomendados para o ensino independente e
relaciona-os entre eles.

Método expositivo explicativo

Neste método os conhecimentos, as habilidades e as tarefas são apresentados, explicadas ou


demonstradas pelo professor. A actividade dos alunos é receptiva, embora não necessariamente
passiva. É um método bastante usado nas nossas escolas, apesar das críticas que lhe são feitas,
principalmente por não levar em conta o princípio da actividade do aluno. Entretanto, se for
superada esta limitação, é um importante meio de obter conhecimentos.

A exposição lógica da matéria é um procedimento necessário, desde que o professor consiga


mobilizar a actividade interna do aluno de concentrar-se e de pensar, e a combine com outros
procedimentos, como o trabalho independente, a conversa e o trabalho em grupo.

No método expositivo, é notória a acção dominante e preponderante do professor, em detrimento


dos alunos e, se este procedimento for mal aplicado, incorre em grande perigo, visto que as
potencialidades cognitivas e afectivas dos alunos ficam, até certo ponto, atrofiadas, pois este
(aluno) limita-se a ser mero espectador do centro do PEA (o professor), que negligencia o
contributo dos alunos para a operacionalização da aula. Entretanto, a grande potencialidade deste
método reside no facto de ser o mecanismo mais recomendado para a introdução de um conteúdo
novo, principalmente quando se trata de um assunto desconhecido pelos alunos.

Para a aplicação do método expositivo explicativo, usam-se as seguintes técnicas:

 Exposição verbal: consiste em explicar de modo sistematizado, por meio da voz e/ou da
escrita, um assunto que seja desconhecido, ou quando as ideias que os alunos trazem
sobre o mesmo são insuficientes ou menos precisas.

 Demonstração: representação de fenómenos que ocorrem na realidade.

 Ela é efectivada através de explicações num estudo do meio (excursão), ou por meio de
uma experiência simples, projecção de slides ou outras tecnologias.

4
 Ilustração: forma de representação gráfica de factos ou fenómenos da realidade, por meio
de gráficos, mapas, esquemas, gravuras, etc., a partir dos quais o professor enriquece a
explicação da matéria.

 Exemplificação: ocorre quando o professor faz uma leitura em voz alta; quando escreve
ou diz uma palavra para que os alunos observem e depois repitam. Quer dizer, usando o
exemplo, o aluno pode captar a essência do que se pretende que ele aprenda.

Método de trabalho independente

O trabalho independente, como método de ensino, consiste em tarefas dirigidas e orientadas pelo
professor, para que os alunos as resolvam de modo relativamente independente e criador. Este
método pressupõe determinados conhecimentos, a compreensão da tarefa e do seu objectivo, de
modo que os alunos possam aplicar os conhecimentos e habilidades, sem orientação directa do
professor. O aspecto mais importante do método de trabalho independente é a actividade mental
dos alunos.

Ao contrário do método expositivo, no método de trabalho independente é notória a acção


preponderante e dominante do aluno, individualmente. Aqui, o professor funciona como um
facilitador, como moderador, orientador da aprendizagem, fundamentalmente para que
o aluno não se disperse, ou não se perca naquilo que são os objectivos preconizados para o
conteúdo que estiver a ser ministrado.

Em termos práticos, para a aplicação do método de trabalho independente, são usadas as


seguintes técnicas:

 Interrogação: esta técnica consiste em criar explicações que justifiquem por que
determinados factos apresentados no texto são verdadeiros ou falsos. O aluno deve
concentrar-se em perguntas do tipo, “Por quê?” em vez de “O quê?”

 Inquérito: é uma técnica de estudo que permite a recolha de informação directamente de


um interveniente na investigação, através de um conjunto de questões organizadas,
seguindo uma determinada ordem. Estas podem ser apresentadas ao respondente de
forma escrita ou oral.

5
 Resumo: é uma exposição abreviada de um acontecimento, obra literária ou artística. Um
resumo consiste em fazer a síntese ou sumário de um determinado assunto, destacando as
informações essenciais do conteúdo.

Método de elaboração conjunta

A elaboração conjunta é uma interacção activa entre o professor-aluno e aluno – aluno, visando
a aquisição de conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções, bem como a fixação e
consolidação de conhecimentos e convicções já adquiridos. Este método preconiza a
reciprocidade de actividades entre o professor e o aluno. O nível de participação e contribuição
de ambos é, em certa medida, equilibrado. É por esse facto que, na base deste método, está-se
diante do que se designa de ensino participativo.

O método de elaboração conjunta pressupõe um conjunto de condições prévias, nomeadamente,


a incorporação, pelos alunos, dos objectivos a atingir e o domínio dos conhecimentos básicos
que, mesmo não estando sistematizados, são um ponto de partida para o trabalho de elaboração
conjunta.

O carácter didáctico-pedagógico da elaboração conjunta está no facto de que tem como


referência um tema de estudo determinado, pressupondo-se que os alunos estejam aptos para
conversar sobre ele.

As potencialidades do método de elaboração conjunta são várias, uma vez que a conversa tem
um grande valor didáctico, pois desenvolve nos alunos as habilidades de expressar opiniões
fundamentais, verbalizar a sua própria experiência, discutir, argumentar e refutar as opiniões dos
outros, aprender a escutar, contar factos, interpretar, etc., para além de proporcionar a aquisição
de novos conhecimentos.

Embora seja um método vantajoso, é importante chamar atenção aos seguintes aspectos:
o aluno deve estar familiarizado com o tema a ser tratado, pois, de contrário, corre o risco dele
(aluno) não colaborar na aula; leva muito tempo e o professor pode ser desviado do tema por
alunos super activos.

Para a aplicação do método de elaboração conjunta usam-se várias técnicas do ensino


participativo, tais como: Debate, Plenária, Discussão, Grupo de Peritos, Mesa Redonda, Cadeia

6
de Falar, Trabalho aos Pares, Círculo Duplo, Tomar uma Posição, Parque de Estacionamento,
Aquário, entre outras (vide apêndice1).

UNIDADE 05

2.6 Segundo as teorias, como e que criança adquire e desenvolve a linguagem.

As Teorias da Aquisição da Linguagem Na idade média os homens estudaram a linguagem de


maneira subjectiva e abstracta, apenas questionando o conteúdo e a forma, ou seja, a essência da
linguagem. Para Platão, a linguagem era reconhecida como “a forma de ler e escrever
correctamente” uma ciência que dava origem a outras ciências, a chamada gramática Universal,
que se via a luz da Filosofia Escolástica. O uso da linguagem perpassa por expressões e
estruturas psicológicas da descodificação do código linguístico dentro das palavras, orações,
texto.

A teoria de Chomsky se opôs a de Skinner por não concordar com a mecanicidade da


linguagem, e não deixarem os factores criativos da linguagem fluírem. Na teoria construtivista de
Piaget, embaçamos a teoria interacionista da equilibração e desequilibração, acomodação e
assimilação. Nesta teoria também encontra-se a de Vygotsky, a sociointeracionista, em que a
criança aprende de forma interactiva com o meio social. Segundo a teoria de Piaget, sobre a
aquisição da linguagem, a teoria epistemológica ou construtivista, baseia-se na teoria da
equilibrarão e desequilibrarão, primeiro ocorre à assimilação, depois a acumulação, a fixação ou
sedimentação do conhecimento.

A teoria de Piaget se remete a construtivismo cognitivos em que a criança aprende entre a troca
de conhecimento entre o ambiente e o organismo através da assimilação e acomodações, que
correspondem ao desenvolvimento da inteligência humana. Existem quatro estágios para que isso
ocorra: sensório-motor, pré-operatório, operatório-concreto e operatório-formal.

A teoria de desenvolvimento da linguagem se dá de forma sistemático desenvolvimento da


linguagem e sua aquisição, segundo Chomsky, parte do princípio de que quando a criança
aprende gera um input (entrada), ou seja, um estalo, segundo a psicolinguística, um despertar
para a aprendizagem. Segundo Chomsky, a aquisição da linguagem dentro da teoria gerativista

7
se dá por dois processos: o DAL feito através de frases e da fala e o input dos adultos, em que
gera informação. O input linguístico corresponde às experiências que a criança absorve em
contacto com o meio social.

Aposição behaviorista baseia-se no pressuposto de que a linguagem e um comportamento verbal


que se aprende por imitação de modelo dos adultos, graças sobretudo ao reforço .Segundo os
defensores a linguagem ensina se corrigindo os erros com prontidão e colocando as crianças em
contacto com as formas correctas.

2.7. Que estratégias os adultos ou educadores de infância devem seguir para auxiliarem o
desenvolvimento da linguagem da criança?
Em geral, o curso do desenvolvimento da linguagem e seus mecanismos subjacentes são
descritos separadamente para os subdomínios do desenvolvimento fonológico (o sistema de
sons), do desenvolvimento léxico (as palavras), e do desenvolvimento morfossintático (a
gramática), embora essas áreas estejam inter-relacionadas tanto no desenvolvimento quanto no
uso da linguagem.Os primeiros sons que os bebês produzem são gritinhos e ruídos que não se
assemelham à fala.

Os principais marcos do desenvolvimento vocal anterior à fala são a produção de sílabas


canônicas (combinações adequadas de consoantes e vogais), que aparecem entre os seis e os 10
meses de idade, rapidamente sucedidas por balbucios duplicados (repetições de sílabas). Quando
aparecem as primeiras palavras, são utilizados os mesmos sons, e as palavras contêm o mesmo
número de sons e de sílabas, que as sequências precedentes do balbucio. 8 Um dos processos que
contribuem para o desenvolvimento fonológico inicial parece ser o esforço ativo dos bebês de
reproduzir os sons que escutam. No balbucio, os bebês podem descobrir a correspondência entre
o que fazem com seu aparelho vocal e os sons resultantes.

O importante papel do feedback é sugerido por observações de que crianças que têm perdas
auditivas apresentam atraso na produção do balbucio canônico. Por volta dos 18 meses de idade,
as crianças parecem ter construído um sistema mental para representar os sons de seu idioma e
para produzi-los dentro das limitações de suas capacidades de articulação.

8
2.8. Desenvolva a afirmação “ a forma como as crianças adquirem e desenvolvem a
linguagem não e assunto pacifico.”

No que concerne à linguagem oral, isto é, à modalidade oral do sistema linguístico, esta é uma
forma de comunicação universal e, como consequência desta universalidade, encontra-se o facto
de qualquer criança nascer capacitada para adquirir a língua natural da comunidade a que
pertence, desde que esteja em contacto com a mesma. Refira-se que uma língua natural é a
“língua materna de uma comunidade linguística quando é ela que as crianças nascidas nessa
comunidade desenvolvem espontaneamente como resultado do processo de aquisição da
linguagem” (Duarte, 2000,p. 15).

Relativamente às línguas naturais, pode-se, ainda, acrescentar que, apesar de existir uma grande
variedade de línguas, diversos estudos realizados na área da linguística permitiram concluir que a
grande maioria das línguas partilha traços comuns, isto é, traços universais, que nos permitem
compreender mais facilmente o modo regular como ocorre o processo de aquisição da linguagem
por parte das crianças, independentemente da sua língua natural.

UNIDADE 07

2.Mencione e fundamente os métodos que justificam o ensino aprendizagem de línguas.

A proficiência numa língua (saber: ouvir, falar, ler e escrever) é determinante para o
desenvolvimento individual e colectivo. Dominar as destrezas linguísticas ajuda o indivíduo a ser
autónomo, a superar barreiras sociais, culturais, económicas, políticas. Neste sentido, torna-se
imprescindível encontrar procedimentos que encorajam o desenvolvimento destas habilidades
por meio do ensino-aprendizagem. Aí surgem os denominados métodos de ensino de línguas,
que, tomados no seu sentido mais inclusivo, são tanto o conjunto de actividades a serem
executadas em aula, como as crenças/teorias ou conceitos plausíveis que secundam essas
actividades.

Em Moçambique, o histórico de ensino-aprendizagem de línguas, como é o caso da língua


portuguesa, enfatiza o ensino da gramática. Nesta aula, vai aprender e reflectir pedagogicamente
sobre as diferentes abordagens de ensino de línguas moçambicanas para além da gramática.

9
Gramática

Preocupa-se com a estrutura gramatical da língua e, tradicionalmente, não permitia que ela fosse
recriada. A aprendizagem da língua é rigorosa, obedecendo fielmente à sua estrutura. Por
exemplo, é preocupação desta abordagem o domínio das estruturas sintácticas, da morfologia da
língua, pelo que se trabalha ao pormenor a concordância verbal, os modos verbais, etc.

Leitura

É um método que privilegia a leitura para a aprendizagem da língua, tendo como base a
linguagem oral, visual (imagens ou gráficos), etc. Todavia, a leitura textual depende do
conhecimento específico dos sons da linguagem, bem como do reconhecimento do alfabeto e da
compreensão do que é uma palavra na língua-alvo. No contexto das línguas moçambicanas, a
leitura é de grande valia na medida em que contribui para a identificação e reconhecimento de
fronteiras entre palavras, solidifica o reconhecimento do alfabeto da língua e sua comparação
com o de outras línguas em contacto, particularmente o do Português.

Método directo

É caracterizado pelo uso da língua-alvo como meio para a instrução e comunicação em sala de
aula. Os aprendentes devem aprender e pensar na língua-alvo. Este método obriga o aprendente a
dedicar-se mais ao vocabulário da língua alvo que lhe permitirá construir a habilidade de
comunicação organizada.

Método funcional

Caracteriza-se pela valorização daquilo que se faz por meio da língua (comunicar) e não a forma
da língua, tendo como foco principal o uso de linguagem apropriada, adequada à situação em que
ocorre o acto de fala e ao papel desempenhado pelos participantes.

10
Comunicativo

É uma das abordagens mais recriadas no contexto de ensino de línguas. Ela dá ênfase ao uso da
língua, coloca o aluno no centro das aprendizagens e concebe as actividades como tarefas
autênticas do uso dessa língua.

2.10 No ensino das línguas estrangeiras não se pode ensinar afectivamente sem entender as
várias posições teóricas. ” Apoiando se nas teorias de aprendizagem de língua, desenvolve a
afirmação.

O enfoque do ensino e da aprendizagem girava em torno da tradução e da versão de textos


literários, já que o método era usado para auxiliar os alunos na leitura destes textos em língua
estrangeira. Tais textos literários eram considerados de nível superior por contribuírem como o
conhecimento sobre a cultura da língua estrangeira, aqui vista somente com o estudo das artes
em geral. O referencial de sucesso na aprendizagem da língua estrangeira era a habilidade de
traduzir de uma língua para outra, o que poderia ser obtido pela tradução literal e pela busca das
similaridades entre a primeira e a segunda língua. Pode-se dizer que o hábito de se traduzir textos
em sala, muito comum ainda hoje, advém principalmente desse método (HOWATT, 2000:131;
LARSEN-FREEMAN, 2000:12

2.11 Define os seguintes termos: língua materna, língua segunda, língua nacional, língua
oficial, língua estrangeira?

Língua materna: é a língua nativa na qual a criança aprende a dizer suas primeiras palavras.
Por ser a primeira língua aprendida de uma pessoa, é sua referência em termos de comunicação.
A língua mais conhecida e compreendida não é só a falada, mas também a escrita.

Língua segunda: e qualquer língua aprendida depois da língua materna. Corresponde a toda e
qualquer língua aprendidas em segundo ,terceira, quarto.

língua nacional: é a língua ou variedade linguística que um estado politicamente considerado,


utiliza e usa como instrumento de comunicação em todas as cerimonias e documentos oficias, na
administração publica e no ensino.

11
língua oficial: (LO) é a língua adoptada para comunicação em todas esferas oficial. Em
Moçambique, a língua oficial coincide com a língua nacional que é o português.

Língua estrangeira: é a língua aprendida na sala de aula com objectivo de responder as


necessidade especificas, tais como a inserção no ambiente de trabalho possibilitar a leitora de
informações escrita nessa língua .Neste contesto compreende a língua não nativa do sujeito e por
ele aprendida com maior ou menor grau de eficiência.

2.12 Relaciona a língua de unidade nacional com língua nacional, tendo em conta o
português em Moçambique

A relação que existe entre a língua de unidade nacional com língua nacional é: a língua de
unidade nacional: é a língua ou variedade linguística que um estado politicamente considerado,
utiliza e usa como instrumento de comunicação em todas as cerimónias e documentos oficias, na
administração pública e no ensino, enquanto a língua nacional é língua adoptada para
comunicação em todas esferas oficial. Em Moçambique, a língua oficial coincide com a língua
nacional que é o português.

12
3.0 Conclusão

É imprescindível para que trabalhemos os conceitos de metodologias de ensino, realizarmos a


associação desses termos com o conceito de Didática, pois esta é a ciência educacional que se
dedica aos estudos dos métodos aplicados no quesito ensino aprendizagem.Ao realizar um estudo
mais aprofundado em relação à área da Didática, concluí que se trata de um conceito surgido
com Comenius no século XVII, modificando-se e modernizando-se ao decorrer dos séculos, com
os preceitos de Rousseau no século XVIII, os ideais difundidos pela Escola Nova no século XX,
arrastando às novas perspectivas do século XXI, com base nos estudos do pedagogo José
Libâneo e de Adilson Citelli, com as novas linguagens introduzidas no âmbito escolar.

As metodologias educacionais, atualmente, estão focadas em duas vertentes: tradicional e


tecnológica. A tradicional, com o professor no papel central, utilizando como transmissor de
conteúdo o método expositivo, embasado no uso da lousa, do improviso e da paráfrase. O
tecnológico, visando o aluno ao centro da situação, trazendo o cotidiano para dentro do ambiente
educacional, utilizando a tecnologia como facilitador de aprendizagem, o professor passa a ser o
mediador entre aluno, recurso e conteúdo.O método tradicional, geralmente, é visto como
imposição de respeito da figura do professor. E o tecnológico, possibilita a inserção de novas
linguagens na escola, utilizando como material didático os recursos audiovisuais.

Os alunos demonstram maior interesse por aulas interativas com a presença da tecnologia,
conforme foi comprovado perante aplicação de questionários. Os professores também relatam
notar o maior interesse perante a tecnologia, havendo também os adeptos do tradicionalismo, que
julgam a inserção midiática como dispersor de atenção.

13
4.0 Bibliografia

BLACK B, Logan A. Links between communication patterns in mother-child, father-child,


and child-peer interactions and children’s social status. Child Development 1995;66(1):255-271

SFORNI, Maria Sueli de Faria. Interação entre Didática e Teoria Histórico-Cultural.


Educação e Realidade, Porto Alegre, 2015.

HAYDT, Regina Célia C. Curso de Didática Geral. São Paulo, Ática, 2006.

CANDAU, V. A Didática em questão. Petrópolis: Vozes, 1984.

MASETO, M. Didática: a aula como centro. São Paulo: FTD, 1997.

MELO, A.; URBANETZ, S. Fundamentos de Didática. Curitiba: Ibpex, 2008.

14

Você também pode gostar