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0.

Introdução

Como é evidente, existe a possibilidade de organizar um percurso de aprendizagem com o propósito de


contribuir para mais do que uma meta ou, pelo contrário, assinalar percursosdiferentes para alcançar a
mesma meta.

Na prática docente, cada meta requer, ao longo do processo de ensino, a construção de numerosas
estratégias e a sua articulação e atéreorientação de acordo com os contextos dos aprendentes e com
vista à efectiva consecuçãoda meta. Serão apresentadas exemplificações que se destinam apenas a
apoiar a análise edecisão autónomas dos professores na organização do seu ensino.

Processo de ensino e aprendizagem, para a compreensão do que pode ser o PEA, é necessárioque
saibamos o que é ensino assim como aprendizagem.Ensino, foi definido de modo tradicional que
consistia na transmissão de conhecimento baseado em aulas expositivas e explicativas.

Depois seguiu-se a definição de acordo com aEscola Nova, em que o eixo da questão pedagógica passa
do intelecto (ensino tradicional) para o sentimento; do aspecto lógico para o psicológico; dos conteúdos
cognitivos para osmétodos ou processos pedagógicos; do professor para o aluno; do esforço para o
interesse; dadisciplina para a espontaneidade; do diretivismo para o não diretivismo; da quantidade
para aqualidade; de uma pedagogia da inspiração filosófica centrada na ciência da lógica para uma
pedagogia de inspiração experimental baseada principalmente nas contribuições da biologia eda
psicologia (PILETTE, 2004).

O presente trabalho terá como tema Organização do PEA, onde focalizará se nos seguintesaspectos:
Estratégias do ensino, bem como a organização de ensino orientado á crianças,entre outros aspectos
relacionados com o tema em estudo.

3. Organização do Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA)

Antes de começar a debruçar sobre o processo de ensino e aprendizagem, é imprescindívelsaber o que é


processo de ensino e aprendizagem, didáctica sob ponto de vista de algunsautores visto que este
tripleto (PEA) e didáctica, não são termos novo no nosso seiosobretudo para os que estão abraçados na
carreira docente.

Portanto, sendo o processo deensino e aprendizagem um foco da didáctica podemos começar a definir
a didáctica deseguinte modo: na perspectiva de TAVARES (2011), didáctica é uma disciplina do campo
daPedagogia que tem como objecto central de estudos, e de práticas, as relações entre as formasde
ensino e aprendizagem e os desafios da docência na sociedade.Para PILETTE (2004), didáctica, estuda a
técnica de ensino em todos os seus aspectos práticos e operacionais. E vai mais em frente dizendo que
ela está dividida em didáctica gerale especial.A palavra Didáctica deriva-se da palavra grega didactos,
que significa “instrução”. Querdizer, visto deste modo, a didáctica desenvolveu-se como a teoria de
instrução.

Em sua Didáctica Magna, COMÉNIO qualifica Didáctica como a “arte de instruir”


(NIVAGARA,s/d).LIBANEO (1994: 25/6 apud NIVAGARA) diz que a Didáctica investiga os
fundamentos,condições e modos de realização da instrução e do ensino.Como se pode ver, os conceitos
são convergentes, todos desaguam nos termos de ensino,aprendizagem, instrução. Com isso,
concluímos que a didáctica pode ser entendida sendocomo uma ciência de educação que surge para
fundamentar os objectivos do processo deensino e aprendizagem.Processo de ensino e aprendizagem,
para a compreensão do que pode ser o PEA, é necessárioque saibamos o que é ensino assim como
aprendizagem.

Ensino, foi definido de modo tradicional que consistia na transmissão de conhecimento baseado em
aulas expositivas e explicativas. Depois seguiu-se a definição de acordo com a Escola Nova, em que o
eixo da questão pedagógica passa do intelecto (ensino tradicional) para o sentimento; do aspecto lógico
para o psicológico; dos conteúdos cognitivos para osmétodos ou processos pedagógicos; do professor
para o aluno; do esforço para o interesse; dadisciplina para a espontaneidade; do diretivismo para o não
diretivismo; da quantidade para aqualidade; de uma pedagogia da inspiração filosófica centrada na
ciência da logica para uma pedagogia de inspiração experimental baseada principalmente nas
contribuições da biologia eda psicologia (PILETTE, 2004).

Em suma trata-se de uma teoria pedagógica que considera que o importante não é aprender,mas sim
aprender a aprender.De acordo com o referencial acima, com os princípios da Escola Nova, o ensino
teria que passar por uma sensível reformulação “o professor agiria como um estimulador e orientador
da aprendizagem cuja iniciativa principal ca beria aos próprios alunos” (LIBÂNEO, 2006).

Mas nesse contexto, é importante salienta que não é só na sala de aulas que se aprende ou quese
ensina. Em qualquer lugar ou ambiente e situações podemos aprender e ensinar. Cadasituação pode ser
uma situação de ensino e aprendizagem, basta ter atitude de constanteabertura.Aprendizagem. O
ensino, visa a aprendizagem, a aprendizagem é um fenómeno, um processo bastante complexo.

Para (LIBÂNEO, 2006) aprendizagem, é um processo de aquisição eassimilação, mais ou menos


consciente, de novos padrões e novas formas de perceber, ser, pensar e agir.Outros definem
aprendizagem como sendo a aquisição de novos comportamentos.

Mas comoo comportamento geralmente é reduzido a algo exterior e observável ai está o problema,
poislimitando-se no observável excluímos a consciência, a formação de novos valores entreoutros
aspectos não observáveis (LIBÂNEO, 2006).

Mas é importante salientar que aprendizagem não é apenas um processo de aquisição


deconhecimentos, conteúdos ou informações. As informações são importantes, mas precisam passar
por um processamento muito complexo, a fim de se tornarem significativas para a vidadas pessoas.Até
este ponto, somos capazes de definir o processo de ensino e aprendizagem, como sendouma acção
conjunta do professor e dos alunos, na qual o professor estimula e dirigeactividades em função da
aprendizagem dos alunos.
3.1 Aula como forma de organização do PEA

Do lat. aula, gr. aulé, palácio, sala onde se recebem lições, classe, lição. Antigamente, seriamos locais
para onde os discípulos eram conduzidos para que recebessem o conhecimento.

Popularmente a palavra ‘’’aula’’’ pode ser usada para referir diversos objectos: o local quecontém os
meios (livros, mesas, quadro de giz, e outros) e pessoas (alunos e professores)necessários à realização
da aula; o período estabelecido em que aluno e professor dedicam-seao processo ensino aprendizagem
na escola; o momento em que dedica-se à aquisição dealgum conhecimento, ou simplesmente a
execução de alguma tarefa coordenada.

Processo de ensino e aprendizagem, é uma acção conjunta do professor e dos alunos, na qualo
professor estimula e dirige actividades em função da aprendizagem dos alunos, podemosdizer que a
aula é uma situação didáctica básica de organização do processo de ensino, emque cada aula é uma
situação específica, na qual objectivos e conteúdos se combinam commétodos e formas didáctica,
visando fundamentalmente propiciar a assimilação activa deconhecimentos e habilidades pelos alunos
(LIBÂNEO, 2006, p. 178).

De acordo com esse entendimento, o termo aula não se aplica somente à aula expositiva, masa todas as
formas didácticas organizadas e dirigidas directa ou indirectamente pelo professor,tendo em vista
realizar o ensino e aprendizagem (2006, p. 178).Para LIBÂNEO (2006, p. 178), aula é toda situação
didáctica na qual se põem objectivos,conhecimentos e habilidades pelos alunos.

A aula é o horário de estudo de uma turma na escola, em que se pretende um processode


aprendizagem. Também pode ocorrer fora de escolas, como em aulas de ginástica, música,culinária,
tele-aulas, aulas não presenciais, aulas particulares, entre outras (SCARPELINI,2007)Chama-se aula o
conjunto dos meios e condições pelos quais o professor dirige e estimula o processo de ensino em
função da actividade própria do aluno no processo da aprendizagemescolar, ou seja, a assimilação
consciente e activa dos conteúdos (LIBANEO apudSCARPELINI, 2007).É importante ressaltar que a
realização de uma aula ou conjunto de aulas precisa que hajauma estruturação didáctica, que consiste
em etapas ou passos mais ou menos constantes queestabelecem a sequência do ensino de acordo com
a matéria ensinada, características dogrupo de alunos e de cada aluno e situação didácticas específicas
(LIBANEO apud SCATPELINI, 2007).

Em uma aula tradicional sempre foi considerado necessário a existência de ao menos duas personagens:
o professor, indivíduo sábio, dotado do conhecimento, dono da verdade,representando o ensino, e o
aluno, representando o aprendizado. Contudo, modernamente,com o desenvolvimento da tecnologia,
constata-se que uma aula pode ocorrer sem a presençade um professor, utilizando-se novas formas e
instrumentos para se adquirir conhecimento deforma sistemática, como as tele-aulas, os cursos por
correspondência ou online, cursos emapostilas, entre outros, possibilitando a um aluno auto-didata
escolher um horário personalizado para a sua aula, realizando-a no seu ritmo pessoal de assimilação, e
conforme oseu interesse particular por um assunto (SCARPELINI, 2007)

3.1.1 Classificação ou estrutura de uma aula

O trabalho docente, sendo uma actividade intencional e planejada, requer estruturação eorganização, a
fim de que sejam atingidos os objectivos do ensino. A indicação de etapas dodesenvolvimento da aula
não significa que todas as aulas devam seguir um esquema rígido. Aopção por qual etapa ou passo
didáctico é mais adequado para iniciar a aula ou conjugação devários passos numa mesma aula ou
conjunto de aulas depende dos objectivos e conteúdos damatéria, das características do grupo de
alunos, dos recursos didácticos disponíveis, dasinformações obtidas na avaliação diagnostica, etc. Por
causa disso, ao estudarmos os passosdidácticos, é importante assinalar que a estruturação da aula é um
processo que implicacriatividade e flexibilidade do professor, isto é, a perspicácia de saber o que fazer
frente asituações didácticas especificas, cujo rumo nem sempre é previsível (DE ALMEIDA &GRUBISICH,
2011).

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