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INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

DELEGAÇÃO DE CHIMOIO

CURSO
LICENCIATURA EM ENSINO DE PORTUGUÊS COM HABILIDADES A FRANCÊS

CADEIRA
DIDACTICA GERAL
TEMA
VARIANTES METODICAS BASICAS NA CONCRETIZAÇÃO DO PROCESSO DE
ENSINO E APRENDIZAGEM

Docente: Policarpo Avelino Alberto


Discentes
1.António Contar 11.Domingos Mouzinho
2.Ana Emílio 12.Elias Pedro
3.António Paulo Changadeia 13.Emelina Michel
4.Augusto Manuel Raposo 14.Eulária José Vicente Munjovo
5.Brenda Mateus Filipe Murimirgua 15.Frederico Mateus
6.Beatriz António 16.Helena Jefule Bruno
7.Cêu Agostinho 17.Isau Lázaro
8.Cezartina Constâncio Mário Manuel 18.Inocêncio Felipe
9.Daina Afonso Langalizai Oliveira 19.Isabel das Dores
10.Daniel Samuel Muchava 20.Iracelma Lázaro Cinturão
21.Isaquiel Alberto

CHIMOIO, MARÇO DE 2023

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Capitulo I: Variantes metódicas param a concretização do processo e ensino e
aprendizagem
Klingberg (1994), considera que existem três variantes metódicas básicas a destacar:
Método expositivo, método de elaboração conjunta e método de trabalho independente.
A elaboração conjunta desenvolve as capacidades e habilidades para cooperação,
precisão e responsabilidade.
Importa referir algumas das variantes dos métodos de análise de conteúdo, que se
agrupam em duas categorias: os métodos quantitativos, que são extensivos e têm como
unidade de informação de base a frequência do aparecimento de certas características de
conteúdo; e os métodos qualitativos que têm como unidade de informação de base a
presença ou ausência de uma característica. Esta divisão não é assim tão linear e vários
métodos recorrem tanto a um como a outro.

De acordo com Klingberg (1994), distinguem-se três grandes categorias de métodos que
incidem principalmente sobre certos elementos do discurso, sobre a sua forma ou sobre
as relações entre os seus elementos constitutivos.

São então as análises temáticas que revelam as representações sociais a partir de um


exame de certos elementos constitutivos; as análises formais que incidem
principalmente sobre as formas e encadeamento de discurso; e as análises estruturais,
que põem a tónica sobre a forma como elementos de mensagem estão dispostos e
tentam revelar aspectos subjacentes e implícitos de mensagem. Estes métodos permitem
o estudo do não dito ou dito entre linhas.
Quanto a desvantagens estas não podem ser generalizadas, devido às diferentes
categorias em que se dividem os métodos. Podemos dizer que alguns métodos se

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baseiam em pressupostos simplistas, como é o caso da análise categorial. Enquanto
outros são muito pesados e laboriosos, como por exemplo a análise avaliativa.
Variantes metódicas básicas na contribuição de ensino e aprendizagem, Trabalhos de
Processo de Aprendizagem
Os elementos essenciais de um plano de aula são: os objectivos, as competências, os
conteúdos, os materiais, as metodologias, os meios, as actividades de ensino-
aprendizagem e a avaliação.

1.1.Classificação dos métodos de ensino e aprendizagem


Existe a classificação segundo o tipo de interacções entre o professor e o aluno (De
Klingberg), a qual considera existirem três variantes metódicas básicas:
 Método expositivo
 Elaboração conjunta
 Trabalho independente
Para Klingberg, (1994), classificação de métodos de ensino-aprendizagem tem sido a
mais utilizada pelos professores, particularmente em Moçambique». E em jeito de
resposta, e analisando todas as outras classificações anteriores, pode observar que esta
classificação de Klingberg tem sido largamente utilizada em virtude de nela poderem –
se incluir o resto dos métodos e técnicas de ensino indicados pelos outros autores, mas
também parece–nos ser de fácil uso no processo de ensino– aprendizagem. Por outro
lado, devemos notar que a utilização dos métodos de ensino no PEA não ocorre nem
deve ser de forma que se utiliza preferencial e exclusivamente um determinado método
de ensino; a combinação e a alternância dos métodos de ensino é uma das estratégias
pedagógicas importantes na utilização dos métodos de ensino. Ela enriquece o conjunto
das relações entre o professor e o aluno/formando, para além de quebrar uma possível
sensação de monotonia.

1.2.Características dos métodos de ensino.

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Método Expositivo
Caracteriza – se por uma maior actividade visível do professor e por uma atitude de
aprendizagem receptiva por parte dos alunos: o professor [ou aluno (s)] expõe a matéria
e os alunos «recebem-na». Isto acontece quando se sabe que as «exposições» do
professor só são «recebidas» pelos alunos se o professor conseguir estimular a
actividade independente destes.

Sua aplicação
 Quando se deseja transmitir muita matéria de modo sistemático e em tempo
relativamente curto;
 Quando à partir da matéria a tratar não é possível ou há muito poucas
possibilidades de conduzir directamente os alunos aos factos e fenómenos que se
desejam transmitir. Quer dizer, quando os conteúdos só podem ser medeados
indirectamente;
 Quando os conteúdos são muito complexos/abstractos;
 Quando os alunos não têm bases suficientes em termos de pré-requisitos.

Potencialidades
Tem potencialidades educativas – emocionais, quer dizer, tem grande possibilidade de
poder tornar efectiva a força educativa da palavra do professor;
Desenvolvimento nos alunos da capacidade de concentração e da actividade mental na
aprendizagem receptiva;

Método de Trabalho independente


Método de trabalho independente caracteriza –se por uma maior actividade visível dos
alunos, individualmente ou em grupo Libânio (1994). É por isso que a atractividade e a
independência experimentam aqui sua máxima expressão, uma vez que o método de
trabalho independente consiste de tarefas, dirigidas e orientadas pelo professor, para que
os alunos as resolvam de modo relativamente independente e criador. Libânio (1994),
cita duas características do trabalho independente dos alunos:
 É uma tarefa posta pelo professor dentro dum tempo razoável para que os alunos
possam soluciona –la;

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 É uma necessidade resultante da tarefa que têm o(s) aluno(s) de buscar e tomar
as melhores vias para sua solução, pondo em tensão suas forças.

Sua aplicação
 Quando os alunos têm bases de conhecimentos, habilidades e comportamentos;
 Quando há diferenças de aproveitamento (o professor pode dar mais apoio aos
mais fracos e/ou os elementos mais fracos do grupo são apoiados pelos outros);
 Há tempo disponível;
 Quando os alunos podem coordenar correctamente a tarefa e o(s) método(s) de
solução, aplicar os conhecimentos e capacidades que possuem e resolver a tarefa
que lhes foi posta.

Potencialidades
 Eleva os rendimentos de aprendizagem nos alunos, levando a um maior
desenvolvimento das habilidades de aprendizagem e a uma aprendizagem mais
eficaz;
 Aumenta a efectividade do processo de assimilação, uma vez que o trabalho
independente conduz, por regra geral, a uma assimilação mais consciente,
profunda e duradoira;
 A atitude instável de alguns alunos diante da aprendizagem se estabiliza quando
tem que resolver verdadeiras tarefas;
 Desenvolvimento da independência na aprendizagem, isto é, da auto –
aprendizagem;
 Possibilita trabalho diferenciado dos alunos, com ou sem apoio do professor.
Razão pela qual o trabalho independente pode possibilitar aproximar os
rendimentos dos «alunos fracos» aos dos «alunos fortes»;
 Quando em grupo, permite o desenvolvimento de atitudes e comportamentos de
trabalho em equipe com os colegas;
 Permite sistematizar e consolidar conhecimentos, habilidades e hábitos.

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Método de Elaboração conjunta
Elaboração conjunta consiste numa interacção activa entre o professor e os alunos
visando a obtenção de novos conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções, bem
como a fixação e consolidação de conhecimentos e convicções já adquiridos. Quer
dizer, nesta variante metódica existe um maior equilíbrio da actividade visível do
mediador/professor/formador e dos alunos.

Quando se utiliza
 Na aplicação de conhecimentos/capacidades/habilidades para se chegar à novas
compreensões, conclusões, conceitos e juízos;
 Quando os alunos dispõem de um determinado material de factos, de
conhecimentos elementares, ou seja, quando estes têm os pré-requisitos;
 Para aproveitar as experiências/vivências dos alunos;
 Há tempo disponível;

Potencialidades
 Enriquecimento da aprendizagem pelas contribuições de muitos;
 Desenvolvimento da capacidade de formulação e argumentação;
 Desenvolvimento da capacidade de formar opiniões e pontos de vista;
 Desenvolvimento do respeito pelas opiniões dos outros;
 Controle imediato do nível de assimilação/aprendizagem dos alunos.

Métodos de ensino.
Método, etimologicamente quer dizer: caminho para chegar a um fim. É a maneira de
guiar o pensamento, ou ainda acção para alcançar um objectivo (Libânio, 1994).
Método de ensino é um conjunto de técnicas logicamente coordenados, para dirigir a
aprendizagem do educando de que se serve o professor para levar o educando a elaborar
conhecimentos. Para Libânio (1994), método de ensino é um meio para alcançar
objectivos gerais e específicos do ensino, ou seja, as acções a serem realizadas pelo
professor e alunos para atingir objectivos dos conteúdos
Para operacionalizar os métodos precisamos de usar técnicas e procedimentos
adequados.

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De acordo com Muller (2005) “ O método básico é o modo da actividade do professor
durante o processo de assimilação de conhecimentos, desenvolvimento das capacidades/
habilidades e convicções/ atitudes pelos alunos.”

1.3.Classificação dos métodos de ensino.


Segundo com Libânio (1994), há muitas classificações de métodos de ensino conforme
os critérios de cada autor.
Em função desses critérios básicos, na qual a direcção de ensino se orienta para
activação das forças cognoscitivas do aluno podemos classificar os métodos de ensino
segundo seus aspectos externos em: método de exposição pelo professor, método de
trabalho relativamente independente do aluno, método de elaboração conjunta (ou de
conversação) e método de trabalho em grupo – e seus aspectos internos passos ou
funções didáctico e procedimentos lógicos e psicológicos de assimilação da matéria.
Klingberg (1994), considera que existem três variantes metódicas básicas a
destacar: Método expositivo, método de elaboração conjunta e método de trabalho
independente.
Capitulo II: Referências Bibliográficas
 Assmann, H. (2001). Metáforas novas para reencantar a educação, 3ª edição,
Piracicaba: UNIMEP
 Cortella, M. S. (1998).Escola e conhecimento: fundamentos epistemológicos e
políticos. São Paulo: Cortez.
 Cunha, L. (1996).Escola pública, escola particular e a democratização do
ensino. São Paulo: Cortez: Autores Associados.
 Freire, P. (2000).Pedagogia da autonomia; saberes necessários á prática
educativa. São Paulo: Paz e Terra.
 Klingberg, (1994).Comênio ou a arte de ensinar tudo a todos. Campinas/SP:
Papirus,
 Libânio, J (1994).Didáctica, São Paulo, Cortez editora.
 Martins, P. (2003).A didáctica e as contradições da prática. Campinas: Papirus.
 Muller, S (2005).Didáctica das Ciências Naturais, 1ª edição, Texto Editora.
 Nérici, E. (1987).Giuseppe. Didáctica geral dinâmica, 10ª Edição, São Paulo:
Atlas.

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