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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distância

Níveis e Método de Análise textual: Biografismo, Positivismo e Génese

Joãozinho Manuel Meque Francisco

Código:708203613

Curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa

Disciplina: Introdução aos estudos Literários

Ano e frequencia:1º Ano

Tete, Junho, 2020


Folha de feedback

Categorias Indicadores Padrões Classificação

Pontuação Nota Subtotal


máxima do
tutor

Estrutura Aspectos Capa 0,5


organizacionais
Índice 0.5

Introdução 0.5

Discussão 0.5

Conclusão 0.5

Bibliografia 0.5

Conteúdo Introdução Contextualização 1.0

Descrição dos objectivos 1.0

Metodologia adequada ao 2.0


objecto do trabalho

Analise e Articulação e domínio 2.0


discussão
Revisão bibliográfica 2.0

Exploração dos dados 2.0

Conclusão Contributos teóricos 2.0


práticos

Aspectos Formatação Paginação, tipo e tamanho 1.0


gerais de letra, paragrafo e
espaçamento entre linhas.

Referências Normas APA 6ª Rigor e coerência das 4.0


bibliográfica edição em citações referências
s citações e bibliográficas
bibliografia
Folha de recomendação para melhoria

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Índice
1. Introdução..............................................................................................................................................5

Fundamentação teórica..............................................................................................................................6

2. Níveis e Método de Análise textual: Biografismo, Positivismo e Génese...........................................6

2.1. Biografismo e Génese.........................................................................................................................6

2.2. Positivismo..........................................................................................................................................7

3. Conclusão...............................................................................................................................................9

4. Referencia bibliográfica.......................................................................................................................10
1. Introdução.

O presente trabalho de pesquisa é da cadeira de Estudos Literários, esse trabalho corresponde a


uma das formas de avaliação no centro de ensino a distância. De referir que esse trabalho
enquadra se nas linhas de pesquisa no Universidade Católica de Moçambique, ensino a distância.
No que concerne a estrutura, temos a introdução, de seguida temos a parte de desenvolvimento
que corresponde ao corpo do nosso trabalho, onde contemplamos as abordagens concernentes ao
tema em estudo e por fim temos a conclusão.
No que diz respeito a metodologia, importa salientar que, na execução do nosso trabalho,
optamos pelo método bibliográfico, que consistiu na consulta de alguns livros e manuais já
publicados cientificamente que já abordaram questões ou assuntos que tem a ver com a nossa
pesquisa.
No que concerne aos objectivos, importa referir que traçamos como objectivo geral: conhecer os
níveis e método de análise textual: biográfico, positivismo e génese. Objectivos específicos:
Caracterizar os níveis e método de análise textual: biografismo, positivismo e génese; Descrever
a essência de cada um dos níveis e métodos de análise do texto.
fundamentação tórica

2. Níveis e Método de Análise textual: Biografismo, Positivismo e Génese


2.1. Biografismo e Génese

Inspirando no princípio concebido e difundido por Sainte-Beuvede que a um certo


temperamento corresponderia forçosamente uma determinada obra, o estudo biografista
da literatura preocupa-se fundamentalmente em devassar os pormenores mais íntimos da
vida do escritor das relações de parentesco às condições concretas de existência, da
formação intelectual às leituras, preferências literárias, situação profissional, ligações de
amizade, posição económica, etc. (TORRES: 1997)

Deste modo, colocando à tónica da sua elaboração crítica no conjunto de circunstância de


implicação individual que pré-existem relativamente ao texto literário, o crítico delineia uma
imagem, por vezes, do homem que foi o escritor, servindo-se, para tanto, das informações ou
indícios que julga poder recolher na obra que lê, utilizando-a mais como documento do que
como objecto, estético, tenta, portanto, encontrar nela a projecção da problemática estritamente
pessoal que caracteriza a existência do autor.

Segundo Matos, M, apudREIS, (1981), o famoso método que faz (sainte-Beuve), o


mestre indiscutível da crítica do século XIX, este método consiste em não separa o
homem e a obra, a considerar que não é indiferente para julgar o autor de um livro (...) ter
primeiro respondido às diferentes questões que parecem mais estranhas à sua obra (...)
rodear-se de todas as informações possíveis sobre um escritor, coleccionar a sua
correspondência, a interrogar os homens que o conheceram, conversando com os que
estão vivos, lendo o que eles puderam escrever sobre ele, se já morreram, este método
desconhece o que um convívio um pouco profundo connosco mesmo nos ensina: que um
livro é o produto de um eu diferente daquele que nós manifestamos nos nossos hábitos,
na sociedade, nos nossos vícios.

A contestação deste método baseava-se no facto de esses estudos postularem uma relação linear
e directa entre a vida e a obra, segundo a teoria romântica da expressividade: a obra exprimiria o
autor com sinceridade, o que sabemos não ser exacto; quantas vezes uma obra surge
precisamente em contradição com a vida, para contrabalançar limitações fracassos.

Segundo REIS, (1981) “Houve ainda outras razões para desvalorizar o biografismo: estudos da
literatura, não dispondo de documentação que permitisse reconstituir a vida de um autor,
procuraram na obra ecos de alegadas experiências biográficas, o que deu lugar à invenção de
biografias fantasiosas que, ainda por cima distorcem o sentido dos textos”.
Estes pressupostos, como é bom de ver não encorajam a procura da génese da obra nas
circunstâncias biográficas do autor. Ainda no domínio do estudo da génese de uma obra, a
história literária investiga as fontes e influências. Qualquer texto nasce no âmbito de uma
tradição, tendo origem e no seu processo de elaboração estímulos que partem de obras anteriores
ou contemporâneas lidas pelo autor. Este tipo de estudo, de modo semelhante ao do biografismo,
mereceu reservas porque foi frequentemente praticado sem ter em conta a elaboração que o texto
faz da fonte que assimila.

Desta feita, o anunciar das fontes e influências pode apresentar-se como mero inventário que
pouco esclarece o texto em estudo. Ou então, pode aparecer como uma colecção de influências,
colagem de textos alheios, se a perspectiva adoptada for a da erudição seca e factual. Ora importa
ter em conta que não serão os textos alheios que se tornam estímulo para a obra nova, mas antes
o escritor desta encontra neles ecos de aspirações ou de problemas que são seus, e que de alguma
forma se articulam com as suas necessidades expressivas.

Para “Na sequência deste tipo de estudos, tem-se vindo que a tomar consciência de que nenhum
texto vive isoladamente; pelo contrário, surge inserido num vasto sistema, o sistema literário; e
aí, entra em diálogo, aproveita, cita, contradiz ou parodia textos anteriores ou contemporâneos.
Este domínio é hoje denominado intertextualidade.”Nenhum texto nasce do nada. O seu autor
conhece, melhor ou pior, uma série de obras cujos ecos se recuperarem no texto que cria.

2.2. Positivismo

O positivismo fundado por Augusto Comte caracteriza-se pela convicção de que o


estabelecimento racional das leis segundo as quais se deduzem os fenómenos sociais que afectam
o homem, faculta ao cientista uma assinalável capacidade de intervenção passível de corrigir
deficiências naturais. Posteriormente completado pela evolucionista de Spancer e pelo
experimentalismo de Darwn o positivismo teve, no domínio dos estudos literários, o seu
discípulo mais influente na figura de Hippolyte Taine.

“Uma hipótese de pesquisa que começaria com a leitura do texto original de Comte e avançaria
pelas diversas correntes auto ou hetero denominadas de positivistas, passando pelos críticos do
Positivismo.”(LOTMAN: 1978). Esse percurso não apresenta nenhuma grande inovação
metodológica, consistindo apenas no exame das perspectivas teóricas e metodológicas de uma
extensa literatura filosófica e sociológica: todavia, é curioso que ele não seja realizado, sendo
mesmo desprezado. Um passar de olhos em parte importante da literatura teórica das Ciências
Sociais contenta-se 1) em estabelecer a relação entre Comte e os demais “positivismos” a partir
da coincidência de nomes e 2) em repetir lugares-comuns a respeito do “Positivismo” (em
particular com um juízo de valor negativo).

Embora tais relatos, de boa ou de má-fé, possam multiplicar-se bastante, é digno de nota que
diversos pesquisadores, em vários países, têm investigado directamente a obra de Comte e
chegado à conclusão simples de que a maior parte das relações entre o Positivismo comtiano e os
“positivismos” actuais consiste apenas em coincidência terminológica.

Neste ensaio bibliográfico trataremos de algumas das mais representativas dessas


pesquisas que recuperam o pensamento original de Comte: de Laurent Fédi, Comte
(2008); de Juliette Grange, Laphilosophie d’Auguste Comte. Science,politique,
religion(1996), e, de Sérgio Tiski, A questão da religião em Augusto Comte (2008).
Preocupados com questões diversas mas coincidindo em aspectos importantes, esses
livros caracterizam-se se pelo fato de tomarem como objecto de análise o pensamento de
Comte em si mesmo, sem deixarem de apresentar diálogos com questões actuais e sem
deixarem de lado perspectivas “críticas”. “Recuperar” o pensamento de Comte é
importante por outro motivo, além de fazer justiça ao fundador da Sociologia em
pesquisas de Teoria (TORRES: 1997)

Política e Social. Considerando que o grande arqui-inimigo de várias das principais correntes
teóricas nas Ciências Sociais é, precisamente, o “Positivismo”, recuperar e discutir o pensamento
do próprio Comte é participar de maneira mais adequada, porque mais qualificada, das polémicas
teórico metodológicas e políticas contemporâneas.

Além disso, retirada a extensa camada crítica sobreposta à obra comtiana, é possível perceber
que, de fato, essa obra apresenta elementos efectivos para os debates teóricos, metodológicos e
políticos actuais.

Dessa forma, é necessário examinarmos duas outras questões, intimamente relacionadas: 1) quais
e o que são os “positivismos”? 2) Do que o “Positivismo” é acusado? Essas questões não são
secundárias; considerando que desde há algumas décadas o “Positivismo” é “outro” teórico
contra o qual por assim dizer todos batem-se, variados sentidos do “Positivismo” produzem
variadas implicações.
3. Conclusão

Chegado ao estremo do nosso trabalho, concluímos que o estudo biografista da literatura


preocupa-se fundamentalmente em devassar os pormenores mais íntimos da vida do escritor das
relações de parentesco às condições concretas de existência, da formação intelectual às leitura,
preferências literárias, situação profissional, ligações de amizade, posição económica.

No que concerne a génese, vimos que qualquer texto nasce no âmbito de uma tradição, tendo
origem e no seu processo de elaboração estímulos que partem de obras anteriores ou
contemporâneas lidas pelo autor. Este tipo de estudo, de modo semelhante ao do biografismo,
mereceu reservas porque foi frequentemente praticado sem ter em conta a elaboração que o texto
faz da fonte que assimila.

Para o caso de positivismo percebemos que o positivismo foi fundado por Augusto Comte
caracteriza-se pela convicção de que o estabelecimento racional das leis segundo as quais se
deduzem os fenómenos sociais que afectam o homem, faculta ao cientista uma assinalável
capacidade de intervenção passível de corrigir deficiências naturais.
4. Referência bibliográfica

TORRES, A.. O léxico de Augusto Comte. Universidade Estadual do Rio de Janeiro. 1997

LOTMAN, Iuri. A Estrutura do texto Artístico. Lisboa, Estampa, 1978.

REIS, Carlos. Técnicas de Análise Textual. Coimbra, Almedina, 3ª Ed., 1981.

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