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Tema do Trabalho
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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1.Introdução ...................................................................................................................... 4
1.2.Objectivos ................................................................................................................... 5
1.2.1.Geral ........................................................................................................................ 5
1.2.2.Especificos ............................................................................................................... 5
Conclusão ....................................................................................................................... 12
Bibliografia ..................................................................................................................... 13
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1.Introdução
O Presente trabalho científico da cadeira de Habilidades da Vida, Saúde Sexual e
reprodutiva, aborda sobre o gênero e sua relação com HIV, onde pretende-se aprofundar
conhecimento sobre a definição do género, sexo, HIV entre outros itens propostos no
enunciado do trabalho de campo.
O conceito gênero é amplo e já foi muito teorizado e estudado sob diversos prismas:
interação; experiência pessoal e identidade; sistema simbólico e discursivo; estrutura
social e institucional. As múltiplas facetas de gênero tornam o conceito difícil de ser
apreendido em sua totalidade, contudo, estudos que cruzem alguns dos possíveis níveis
de análise trazem oportunidade de se desenvolver novas perspectivas sobre o social, o
cultural e a vida pessoal. Por mais de duas décadas, os estudiosos de gênero têm utilizado
como estratégia de análise deliberar sobre apenas uma única perspectiva. Mesmo assim
trouxeram grandes contribuições ao conhecimento.
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1.2.Objectivos
1.2.1.Geral
Compreender o conceito Gênero e sua relação com HIV-SIDA
1.2.2.Especificos
Definir Gênero, sexo e HIV-SIDA;
Caracterizar o Gênero e sua influência na prevalência do HIV.
Diferenciar o Gênero do sexo
1.3. Metodologias
Metodologicamente o presente trabalho recorreu a fontes bibliográficas, contando com
artigos, manuais que abordam a temática em estudo.
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I. Conceito de género
O termo gênero vem do Latim genus, que significa “nascimento”, “família”, “tipo”.
Tradicionalmente, o termo gênero é utilizado como um conceito gramatical de
classificação de palavras, dividindo-se entre: masculino, feminino e neutro. Embora em
sua origem grega, genos e geneā, o termo também fizesse referência ao sexo, foi somente
a partir do século XV que esta associação passou a ser mais utilizada, ou seja, o termo
gênero passou a ser sinônimo do sexo biológico dos indivíduos.
Sexo, para Stoller (1993), refere-se a uma condição biológica de diferenciação entre seres
da mesma espécie, ou seja, macho ou fêmea. Trata-se da identidade biológica do sujeito
que é reconhecida, por exemplo, pelos órgãos genitais internos e externos, e pelos
cromossomos. O gênero, segundo Stoller (1993), não se relaciona com o sexo. Para ele,
gênero implica na qualidade de ser homem / masculinidade, ou ser mulher / feminilidade.
Ele pontua que como qualquer qualidade, a masculinidade e a feminilidade são sentidas
por quem as possui. Trata-se de um conjunto de convicções obtidas, especialmente na
infância, através dos pais, e sustentadas pela sociedade.
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vivenciados, especialmente nos genitais, que demarcam o corpo físico e as
dimensões psíquicas do sexo da pessoa.
Para Alexandre Miceli, “um início de possível conceito de sexo é dado pelos psicanalistas
que, de um modo geral, entendem que sexo resulta do equilíbrio dinâmico de fatores
físicos, psicológicos e sociais.”
No mesmo sentido, Raul Choeri: A determinação do sexo do ser humano abrange diversos
fatores de ordem física, psíquica e social. Num indivíduo tido como normal, há uma
perfeita integração de todos os aspectos, tanto de cada um desses fatores isoladamente,
como no equilíbrio entre todos eles. Assim, a definição do sexo individual, comumente
aceita pelas Ciências Biomédicas e Sociais, resulta, basicamente, da integração de três
sexos parciais: o sexo biológico, o sexo psíquico e o sexo civil.
Conforme acima exposto, a conceituação de sexo deve levar em conta não apenas o
aspecto biológico (sexo genético, sexo somático e sexo gonádico), mas a interação de
fatores biológicos, sociais e psicológicos.
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Segundo Raul Choeri, “o gênero é uma identidade socialmente construída, a qual os
indivíduos se conformam em maior ou menor grau. ” O gênero não se confunde com o
sexo por ser construído socialmente. São as instituições sociais, principalmente a família,
a escola e a igreja, as principais responsáveis por determinar e reproduzir os
comportamentos tidos como adequados para os gêneros masculino e feminino. Nas
palavras do mesmo autor:
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V. Dados epidemiológicos actualizados sobre HIV em Moçambique
A epidemia do HIV/AIDS vem crescendo no mundo todo, apesar de tantos esforços feitos
por cientistas, militantes e diversos governos, para contêla. A UNAIDS, numa publicação
recente (2000), considera que essa epidemia é dirigida pelos homens. Eles estão
envolvidos na maioria das transmissões sexuais, que pode acontecer, inclusive,
envolvendo apenas pessoas do sexo masculino. Com relação às práticas heterossexuais,
os homens tem um maior número de parceiras ao longo da vida, do que as mulheres.
Também quanto ao uso de drogas injetáveis, quatro em cada cinco usuários são homens,
que por sua vez tendem a partilhar a seringa, diferentemente das mulheres, que quando
compartilham o fazem apenas com um companheiro com quem mantém relação afetiva.
Assim, tendo um maior número de parceiras e de parceiros sexuais e sendo maior a
possibilidade de compartilhar seringas, os homens têm um papel central na transmissão
do HIV. Isso é visível nos dados estatísticos sobre a doença pois, mais homens que
mulheres são portadores do HIV. Ainda que, por características biológicas, os homens
transmitam o HIV mais facilmente do que as mulheres. (Figueiredo,1998). Em
Moçambique, a pandemia do HIV/SIDA atinge proporções catastróficas que exigiram, e
cada vez mais exigem, da parte do legislador, uma intervenção vigorosa, sob pena de se
agravarem os, por si só já nefastos, efeitos da doença. Ao nível do Direito do Trabalho,
ramo do Direito sobre qual versa a presente exposição, a matéria do HIV/SIDA ganha
uma especial relevância em virtude das implicações sociais, económicas e humanas
associadas à situação jurídico-laboral. Pela sua natureza, ao Direito do Trabalho estão
geralmente associadas não só as questões jurídicas de natureza prática de maior impacto
social, como também as iniciativas legislativas de maior visibilidade. (Pelloso, 2008).
Nesta matéria, o Direito do Trabalho espelha, de modo evidente, a nem sempre fácil
conciliação entre os interesses dos trabalhadores e das entidades empregadoras. Por ser
uma matéria de vital importância para o desenvolvimento do país, foram tomadas algumas
iniciativas legislativas visando regular directamente a situação jurídico-laboral afectada
pela doença. A presente exposição visa, na medida do possível, enquadrar a temática do
HIV/SIDA em Moçambique a propósito da situação jurídico-laboral, identificando e
analisando algumas das soluções apresentadas pelo ordenamento jurídico.
(Figueiredo,1998).
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VI. Os Factores de risco do HIV
As práticas calcadas na tradição, ampliam contextos de risco de infecção e a
vulnerabilidade de pessoas submetidas às mesmas. As seguintes categorias foram
identificadas nesse eixo temático: práticas culturais usam instrumentos que aumentam
risco de infecção pelo HIV; práticas culturais perpetuam a submissão da mulher; práticas
culturais proíbem uso do preservativo. As categorias práticas culturais usam instrumentos
que aumentam risco de infecção pelo HIV incluiu falas que descreveram duas práticas
comuns e enraizadas na cultura do país, ambas citadas de forma frequente: a tatuagem
tradicional feita pelas mulheres e a circuncisão tradicional feita em crianças e jovens do
sexo masculino. A prática da circuncisão foi mencionada, sendo descrita por
participantes.
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O conceito de vulnerabilidade apoia-se na constatação de que fatores sociais influenciam
fortemente tanto a vulnerabilidade pessoal quanto a programática. A vulnerabilidade
social refere-se aos fatores contextuais que definem e constrangem a vulnerabilidade
programática e a individual. A análise de vulnerabilidade reconhece que questões amplas,
contextuais, como a estrutura de governo, as relações de gênero, as atitudes referentes à
sexualidade, crenças religiosas e a pobreza influenciam a possibilidade de reduzir a
vulnerabilidade individual ao HIV, tanto direta quanto indiretamente, através dos
programas institucionais. (Figueiredo,1998).
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Conclusão
O conceito de género não deve ser utilizado como sinónimo de “mulher”. O conceito é
usado para distinguir e descrever as relações estabelecidas entre homens e mulheres. As
relações de género estabelecem-se dentro de um sistema hierárquico, que dá lugar a
relações de poder. Em muitas sociedades, a diferença de poder torna possível a hegemonia
do homem.
Género é um conceito que nos remete à relação entre Mulher e Homem. Existe portanto
uma clara diferenciação entre “sexo” e género. O “sexo” inclui tudo que é biologicamente
definido ao ser humano desde o nascimento (pénis, vagina, testículos, útero etc.).
“Género” podemos entender como conjunto de características determinadas pela
sociedade. Essas características determinam os papéis e o comportamento que
diferenciam o homem da mulher e como estes se relacionam entre eles.
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Bibliografia
Zimerman, d., vocabulário contemporâneo de psicanálise, p. 411. 89 ibid., p. 383.
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