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Código: 708220695
Disciplina: Psicologia de
desenvolvimento
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I. Folha de Feedback
Categorias Indicadores Padrões Classificação
Pontuaçã Nota Subtotal
o Máxima do
tutor
Estrutura Aspectos Capa 0.5
organizacio Índice 0.5
nais Introdução 0.5
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Introdução Contextualização e 1.0
indicação clara do
problema
Descrição dos
objectivos
Metodologia adequada 2.0
ao objecto de trabalho
Análise e Articulação e domínio 2.0
discussão do discurso académico
Conteúdo (Expressão escrita,
cuidada, coerência e
coesão textual
Revisão Bibliográfica 2.0
nacional e
internacionais
relevantes na área de
estudo
Exploração de dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos 2.0
práticos
Aspectos Formatação Paginação, tipo e 1.0
Gerais tamanho de letra,
parágrafo, espaçamento
entre linhas
Referencias Normas Rigor e coerência das 4.0
Bibliográficas APA 6ª citações/referências
edição em bibliográficas.
Citação e em
Bibliografia
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II. Folha de Recomendações para Melhoria (a ser preenchida pelo tutor)
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Índice
I. Folha de Feedback ......................................................................................................... 2
II. Folha de Recomendações para Melhoria (a ser preenchida pelo tutor) ...................... 3
1. Introdução ..................................................................................................................... 5
5. Aprendizagem ............................................................................................................. 10
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1. Introdução
O estudo sobre as concepções de desenvolvimento tem como objectivo principal fazer uma
introdução ao estudo do desenvolvimento junto das teorias e autores que abordam sobre esta
temática.
1.1.1. Metodologia
O estudo consistiu a revisão bibliográfica de artigos que abordam acerca das concepções sobre
o desenvolvimento, incluindo deste modo o modulo da disciplina que servio como alicerce no
esboço desta temática. Para compreensão dos conteúdos aqui abordados o trabalho foi
organizado em: Elementos pré-textuais, Textuais e Pós-textuais, como a seguir pode se
observar.
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2. Concepções sobre o desenvolvimento
Geralmente essa temática ela é debatida em associação com o tema “aprendizagem”, porque a
aprendizagem é um exemplo claro de progressão ou desenvolvimento de habilidades. Assim, a
linguagem de tratamento desse estudo será “concepções de desenvolvimento e aprendizagem”.
Para Almeida & Valeirão (2015) no Inatismo, o desenvolvimento do homem não está vinculado
ao meio ou às experiencias. As condições para aprender são dadas pela hereditariedade, ou seja,
o indivíduo já se encontra pronto, e as ideias são anteriores à experiência. O Inatismo é a
concepção fundamentada no Racionalismo e no Idealismo, na qual, ao nascer, o homem
apresenta as condições para conhecer os objetos, e essas são determinadas pela hereditariedade,
sendo, portanto, inatas ou pré-determinadas.
Através de suas teorias, os inatistas defendem que quando o homem nasce, sua personalidade,
valores, hábitos, crenças, pensamento, emoções e conduta social já estão definidos, uma vez
que toda a atividade de conhecimento é exclusiva do sujeito, o meio não participa dela.
O meio em que vive, a cultura, as relações que estabelece em sua vida não interferem
em sua capacidade de aprendizagem; o desenvolvimento sim. Para aprender, o aluno
precisa estar maduro, “pronto”, “apto”, e a educação apenas poderá aprimorar aquilo
que já carrega em si, aquilo que é. (Almeida & Valeirão, 2015, p. 38).
Essa teoria apresenta o ser humano como um agente estático, sem a possibilidade de sofrer
mudanças. O que dificulta a percepção da aprendizagem pelo ambiente ou experiência.
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portanto, da educação e do ensino no processo de desenvolvimento humano” (Souza, 2015, p.
14).
O inatismo é ainda reforçado no senso comum, pelos ditados: “filho de peixe, peixinho é”, “pau
que nasce torto morre torto” e “tal pai, tal filho”.
Segundo Almeida & Valeirão, (2015) o pensamento inatista tem seus principais representantes,
Sócrates e Platão na filosofia antiga e, na filosofia moderna, com Descartes.
Para Medeiros et al (2015, cit. em Borson, Cardoso & Gonzaga, 2018) a teoria ambientalista
foi apresentada por Nightingale no ano de 1859, a teoria explica que todas as condições e
influências externas afetam a vida e o desenvolvimento do organismo, e são capazes de
prevenir, suprimir, ou contribuir para a doença e a morte (p. 3).
Essa concepção teórica foi desenvolvida pelos filósofos britânicos, especificamente na Grã-
Bretanha, que já havia uma tradição empirista desde o séc. XIII na Universidade de Oxford. A
concepção ambientalista está ancorada no Empirismo, teoria filosófica que dá ênfase à
experiência sensível para aquisição de conhecimentos. (Aranha; Martins, 2009 cit. em Almeida
& Valeirão, 2015).
Segundo Davis & Oliveira (1991, cit. em Souza, 2015) “para esta concepção, o ser humano é
concebido como um ser extremamente plástico, que desenvolve suas características em função
das condições presentes no meio em que vive” (p. 15).
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3. Implicações educacionais
3.1. Do inatismo
Sobre esta temática, Almeida & Valeirão (2015) afirmam que “uma crítica possível a essa
concepção quando aplicada à educação é a de que o aluno deve mostrar amadurecimento, e ao
professor caberia esperar essa demonstração, uma posição passiva. Outra derivação dessa
concepção é a atitude de desacreditar naqueles cuja herança genética aponta problemas de
aprendizagem e desenvolvimento na família (p. 38).
Nessa linha de ideia, a educação tende a fomentar as características inatas, onde o sucesso
escolar está no educando e não na escola, o que tornam as práticas pedagógicas espontaneístas.
O papel do professor é o de trazer à tona essa predisposição, interferindo de forma mínima,
auxiliando o aluno a organizar o conhecimento que vai sendo despertado.
Como consequência disto, Mello (2004 cit. em Souza, 2015) afirma que a concepção inatista
provocou uma certa ideia de imobilismo para a atuação do educador e da educação. Segundo a
autora, de nada adiantaria tentar construir as qualidades, aptidões e habilidades que o sujeito
não trouxesse consigo ao nascer, uma vez que a educação apenas facilitaria o desenvolvimento
daquelas qualidades para as quais o sujeito já apresentasse uma certa predisposição para
desenvolver.
No entanto, o inatismo faz com que haja um demérito no sucesso do aluno e também pelo seu
próprio fracasso em decorrência de não possuir aptidões, habilidades ou inteligência que o
possibilite avançar no seu próprio desenvolvimento.
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A concepção de que o ambiente social e a educação não interferem no processo de
desenvolvimento humano, sendo este fruto apenas das capacidades inatas do sujeito, possibilita
uma não responsabilização do aluno no seu aproveitamento pedagógico.
3.2. Do ambientalismo
Para Souza (2015) se na concepção inatista os problemas relativos ao fracasso escolar são de
exclusiva responsabilidade do aluno; nessa perspectiva, as causas das dificuldades do aluno são
atribuídas ao universo social, como a pobreza, a fome, estrutura familiar, ao ambiente em que
vive, à violência da sociedade atual, à influência da mídia, dos colegas.
é com base na ideia do sujeito como um ser plástico frente as condições oferecidas pelo
meio, condições estas que irão determinar suas características, condutas e
desenvolvimento pessoal, que a escola se torna incapaz e se isenta do papel de promover
o desenvolvimento do aluno, uma vez que ela não pode lidar com tamanha força
modeladora do aspecto social, o que muitas vezes cria o pensamento de que nada adianta
a escola tentar desenvolver práticas educativas se o aluno retornará para o mesmo
ambiente e condições ( pobreza , violência, fome) do qual veio, o que acarretará o
fracasso escolar.
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Partindo das reflexões já feitas acerca do assunto, pode-se afirmar que os pontos de
convergência e complementaridade são:
5. Aprendizagem
Assim, aprendizagem está vinculada à história, construção e evolução do homem enquanto ser
social com capacidade de adaptação a novas situações, ou seja, aprendizagem é uma resposta
resultante da interação do homem com o meio.
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5.1. Aprendizagem na perspectiva de David Ausubel (aprendizagem significativa)
Ausubel concebe a mente humana como sendo uma estrutura altamente organizada, formada
por uma hierarquia dinâmica na qual conceitos, ideias, proposições mais gerais e inclusivas
estão ligadas a elementos mais específicos de conhecimento.
A intervenção de David Paul Ausubel foi com a teoria da aprendizagem significativa, ou teoria
da assimilação na década de sessenta.
De acordo com Präss (2012, cit. em Souza, Sad & Thiengo, 2015) “é uma teoria cognitivista
que busca explicar os mecanismos internos que ocorrem na mente humana com relação ao
aprendizado e à estruturação do conhecimento” (p. 19).
Segundo Yamazaki (sd, cit. em Souza, Sad & Thiengo)” Ausubel defende que é a partir de
conteúdos que os indivíduos já possuem, na estrutura cognitiva, que a aprendizagem pode
ocorrer. Estes conteúdos prévios deverão receber novos conteúdos os quais, por sua vez,
poderão modificar e dar outras significações aos conteúdos pré-existentes” (p. 20). Ainda com
Ausubel et al. (1980, cit. em Souza, Sad & Thiengo, 2015), “o fator mais importante que influi
na aprendizagem é aquilo que o aluno já sabe. Isto deve ser averiguado e o ensino deve depender
desses dados”
Nesta vertente, Ausubel propõe que os conhecimentos prévios dos alunos sejam valorizados,
para que possam construir estruturas mentais que permitem descobrir e redescobrir outros
conhecimentos, caracterizando, assim, uma aprendizagem prazerosa e eficaz. A este
procedimento de obtenção e de disposição de novos conhecimentos na estrutura cognitiva de
um indivíduo foi dado o nome de Teoria da Assimilação.
Vejamos o exemplo descrito por Moreira (1999, cit. em Souza, Sad & Thiengo, 2015):
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2. No processo de assimilação, não apenas a nova informação “a”, mas também a ideia ou
conceito mais inclusivo “A” (conceito subsunçor) se modifica, surgindo daí “A*” e
“a*”. Desse processo de interação entre a nova informação e o conceito subsunçor
resulta no produto interacional “A*a*” (subsunçor modificado).
Yamazaki (sd, cit. em) salienta que os conceitos A* e a* são diferenciados durante determinado
período após a assimilação. Entretanto, por meio de uma organização cognitiva, o indivíduo
passa a um segundo estágio de assimilação, conhecido como assimilação obliteradora,
tornando a separação entre A* e a* cada vez mais difícil.
Surge assim segundo Souza, Sad & Thiengo (2015) a diferenciação progressiva, onde o
resultado é o subsunçor modificado A*a*, o que acontece em uma das categorias de
aprendizagem significativa.
Moreira e Masini (1982, cit. em em Souza, Sad & Thiengo, 2015 ) acrescentam que os
conceitos são ampliados, organizados e diferenciados em decorrência de consecutivas
interações, favorecendo a diferenciação progressiva e a reconciliação integrativa, isso na
aprendizagem significativa, já na diferenciação progressiva, de modo que os conceitos mais
gerais, e inclusivos, da disciplina sejam apresentados antes e progressivamente diferenciados
pelos discentes, com a introdução de detalhes específicos, a matéria deve ser planejada.
Pinto (2003) acrescenta que para diferenciar vários tipos de aprendizagem, Ausubel propõe
outra metodologia baseadas na:
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O tipo de atividade: toda aprendizagem requer também certo tipo de actividade, que
pode ser apenas de “recepção” ou, pelo contrário de “descoberta”.
Apoiando-se na ideia de Ausubel, para que haja aprendizagem significativa são necessárias
duas condições:
Segundo Moreira (2019), Bruner destacou-se por participar ativamente da Reforma Curricular
dos Estados Unidos, na década de 60 e realizou contribuições importantes para a psicologia
cognitiva americana, na qual suas principais obras foram: O processo da Educação, Sobre a
teoria da instrução, Atos de significação e A Cultura da Educação.
“Jerome Bruner se tornou célebre pela hipótese arrojada de que “qualquer assunto pode ser
ensinado com eficiência, de alguma forma intelectualmente honesta, a qualquer criança, em
qualquer estágio de desenvolvimento” (Bruner, 1976, Moreira, 2019, p. 17).
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Segundo Moreira (2019), Bruner em sua obra “O processo da Educação”, lançada em 1960,
afirma que as crianças não deveriam esperar até uma certa idade para estudar a física,
matemática, ou mesma literatura e estudos sociais, pois em princípio poderia-se exercitar
noções, formas elementares de raciocínio (lógica, geométrica, aritmética, analítica,
probabilística), através de manipulação de materiais, demonstrações e experimentos, sem as
ferramentas formais.
O autor inda afirma que Bruner era um defensor da aprendizagem por descoberta, movida pela
curiosidade, que forma, consequentemente, novos conhecimentos, e de um currículo em espiral,
onde “o processo instrucional deve prover revisões periódicas, “revisitas” a conceitos e
atividades já aprendidos, aplicando-os a novas e mais complexas situações”, essa teoria é
chamada de teoria de descoberta.
De acordo com Moreira (2019) na teoria de aprendizagem de Bruner são descritas três formas
de representação: ativa (ou enativa), icônica e simbólica.
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representação simbólica a criança poderia pensar a respeito de possíveis variáveis e
fazer previsões, pois consegue representar as coisas por símbolos de maneira abstrata,
sem a necessidade de usar ação ou imagens.
Nesta linha de ideia, o trabalho do professor é proporcionar o material adequado para estimular
os seus alunos através de estratégias de observação, comparação e análises de semelhanças e
diferença, assim, os alunos devem aprender através de uma descoberta guiada que tem lugar
durante uma exploração motivada pela curiosidade.
Desde a concepção no útero materno até ao momento em que morre, o ser humano vive
num processo caracterizado por constantes mudanças. Este processo de mudança, que
resulta da interação entre as características biológicas de cada indivíduo e os fatores
contextuais onde o indivíduo se encontra inserido (sociedade e cultura), é denominado
por desenvolvimento humano (p. 10).
Ao longo da vida, durante o seu crescimento, o ser humano passa por inúmeras mudanças
continuas que culminam na sua reorganização física, psicológica e até social. Na primeira
infância, que é a fase primordial do desenvolvimento humano, essas mudanças são bastante
marcantes.
Portugal (2009, cit. em Dias, Correia & Marcelino, s/d) defende que é na primeira infância que
o sujeito aprende sobre si, sobre os outros e sobre o mundo. Neste sentido, o conhecimento da
criança nesta etapa da sua vida torna-se essencial para os profissionais de educação que com
ela desenvolvem uma ação educativa. O autor acredita que é nesse período da infância que as
primeiras experiências de vida do ser humano enquanto criança determinam aquilo que o ser
humano será enquanto adulto.
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6.1. Desenvolvimento físico motor
De acordo com Silva (2019, cit. em Simão & Albrecht, s/d), todas as questões que fazem com
que o corpo se desenvolva já devem ser percebidas e aprimoradas ainda na primeira infância,
pois desde os primeiros dias de vida, temos a necessidade de se movimentar. Os movimentos
são a base de todas as funcionalidades do corpo. Usam-se para poder respirar, se movimentar e
executar tarefas que exigem as coordenações motoras finas ou amplas.
Biologicamente, o movimento já vem desde a sua formação no útero, mas nada que possa se
igualar aos movimentos pôs parto. Assim, no que diz respeito às características, temos as
seguintes intervenções:
A forma como crescemos e em que condições isso acontece possivelmente definem quem
seremos ou como seremos, afetando os rumos que tomaremos e as escolhas que faremos. Essa
etapa tão primordial começa no primeiro contacto com o mundo exterior.
Batista (2019) afirma que “a primeira época é a primeira infância, composta pelos períodos do
primeiro ano de vida e primeira infância; a segunda época é a infância, composta pela idade
pré-escolar e idade escolar. (p. 62). Para Papalia e Feldman (2013, cit. em Dias, 2022) as
emoções começam a fazer parte do repertório infantil consequente da maturação do cérebro da
criança, e acontece de forma gradativa (p. 12).
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Conforme o tempo vai passando, as crianças começam a desenvolver empatia porque já
percebem que são seres independentes e separados dos outros, e que as outras pessoas têm
sentimentos e pensamentos que podem ser diferentes dos seus.
“As crianças desde bem pequenas respondem a estímulos do ambiente em que estão inseridas,
inicialmente essas interações são reflexos ao que estão expostos e gradativamente vão
aumentando de complexidade” (Dias, 2022, p. 12). Expressões faciais chamam muito a atenção
das crianças, que ficam muito atentas ao ver um rosto (Franco; Santos, 2015, cit. em Dias, 2022,
p. 12).
Embora as crianças precisem de carinho e afeto, é necessário impor limites de forma correcta e
na medida certa, ensinar regras básicas de convivência, pois dessa forma os pais ajudam a
estruturar o mundo interno da criança.
Dias (2022) afirma que o choro da criança enfatiza seu descontentamento e tristeza estimulam
o suprimento de suas necessidades e a empatia no outro, assim como as expressões faciais dos
bebês demonstram emoções básicas como alegria, tristeza e raiva e são parte importante do seu
desenvolvimento. Ao expressar alegria os laços afetivos e sociais da criança tendem a aumentar.
Nessa etapa, o bebê faz o que chamamos de sorriso social quando vê uma pessoa. Essa
expressão é muito importante para seu desenvolvimento social. No início a criança sorri
em resposta a atenção do outro, com o passar do tempo ela passa a escolher para quem
irá sorrir e dirige o sorriso para a sua figura de vinculação, que podem ser os pais ou
cuidadores (vale, 2012, cit. em Dias, 2022, p. 12).
Papalia e Fedlman (2013, cit. em Dias, 2022, p. 12) observam que “durante os primeiros 3
meses, a diferenciação das emoções básicas inicia-se quando o córtex cerebral se torna
funcional, acionando as percepções cognitivas.” Nessa idade também se diminuem os
comportamentos reflexo” (p. 12).
Nesta etapa de marco emocional, os pais são como uma referencia para os seus bebês. Os bebês
quando estão em um lugar desconhecido tendem a olhar para a mãe ou para o pai, como forma
de pedido de consentimento ou ajuda para lidar com certa situação. As emoções dos pais podem
influenciar na maior parte das decisões ou atitudes dos petizes . se as nossas expressões faciais
demonstram desaprovo as crianças tendem a parar o que estavam prestes a fazer. Isso demonstra
que os bebês confiam nas emoções dos pais para esboçarem um comportamento. Por isso que
o diálogo é sempre a melhor estratégia, assim elas aprendem a identificar as sensações e saber
lidar com elas, e aprendam também a se expressarem.
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6.3. Desenvolvimento social
Desde o primeiro dia em que vem ao mundo, o ser humano começa a ter consciência de que
existe um mundo externo a si. É nesse mundo que aprende sobre si, a estar e a comunicar-se
com os outros. A criança se desenvolve em vários contextos com, com regras, atitudes, valores
e modos de estar e ser concretos que a sociedade impõe.
Uma criança entre as seis e as oito semanas utiliza o sorriso como um meio para captar
a atenção dos seus pais (linguagem não-verbal). Brazelton (2006, cit. em Dias, Correia
& Marcelino, s/d)
Para além do sorriso, o choro é uma das principais formas da criança contatar com o
que a rodeia (Matta, 2001, cit. em Dias, Correia & Marcelino, s/d).
Neste sentido, a primeira infância é um período de mudanças significativas no que diz respeito
ao desenvolvimento social.
Nos primeiros meses de vida a criança tem grandes oscilações de humor (Bouffard,
1982; Brazelton, 2006, cit. em Dias, Correia & Marcelino, s/d).
Ao aproximar-se dos 3 anos vai tornando- -se (mais) obediente, arrumada e amável
(Bouffard, 1982, cit. em Dias, Correia & Marcelino, s/d)
Reconhece fotografias, as pessoas mais chegadas e demonstrando sentimentos de afeto,
compaixão e culpabilidade (Rojo et al., 2006, cit. em Dias, Correia & Marcelino, s/d).
A capacidade de ser terna, confiante e estabelecer intimidade, quer com adultos, quer
com pares, aumenta entre os quatro e os seis meses (Brazelton, 2006, cit. em Dias,
Correia & Marcelino, s/d).
Com um ano de idade a criança ainda manifesta um apego excessivo com a mãe ou de
quem cuida dela e ainda a perturba a separação ou ausência materna (Bébe, 1981;
Papalia et al., 200, cit. em Dias, Correia & Marcelino, s/d).
segundo Papalia et al. (2001, cit. em Dias, Correia & Marcelino, s/d) “os terríveis dois
anos são uma manifestação normal da necessidade de autonomia” o que ocasiona um
período de oposição em duas áreas fundamentais: nas brincadeiras (demolir e construir)
e na alimentação (repugnância e preferências por alimentos).
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Aos dois anos a criança demonstra, também, dificuldade em partilhar – normalmente
brinca sozinha (Gesell, 1979, cit. em Dias, Correia & Marcelino, s/d).
Gosta da companhia de outras crianças, mas tem dificuldade em se relacionar com elas
(Rojo et al., 2006; Unesco, 1978, cit. em Dias, Correia & Marcelino, s/d).
No início da socialização, a criança já brinca com outras crianças embora em paralelo. mostra
entusiasmo, morde o melhor amigo. Nesta fase, o afeto e independência predominam na
criança. Contudo, começa a tomar consciência que é alguém distinto da mãe e com vontade
própria, mas também é uma idade de conflito.
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Considerações finais
Inatismo é uma teoria que acredita que o conhecimento de um indivíduo provem das
características inatas, ou seja, que nasce com ele. Nesta teoria, a ideia do conhecimento
desenvolvido a partir das aprendizagens e experiências individuais de cada pessoa é
desacreditado. Ao contrário do inatismo, o ambientalismo é teoria que defende que o papel do
ambiente é muito mais importante do que a maturação biológica. Assim sendo, os estímulos
presentes numa determinada situação, levam ao aparecimento de certos comportamentos.
Assim, os ambientalistas acreditam que o homem desenvolve suas características em função
das condições presentes no meio em que se encontra, atribuindo assim ao ambiente um grande
poder no desenvolvimento humano.
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Referencias bibliográficas
Pinto, J. (2003). Psicologia de aprendizagem- Concepções, teorias e processos. (4ª ed), Instituto
do Emprego e Formação Profissional.
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