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Tema
Curso: Geografia
Disciplina: Psicologia Geral
5
Ano de Frequência: 1º ano
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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos
2.0
dados
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Aspectos Formatação Paginação, tipo e 1.0
tamanho de letra,
paragrafo,
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria:A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Capítulo I: Introdução
Introdução
A disciplina de Psicologia é de fundamental importância para o futuro profissional das Ciências
Humanas e Sociais, uma vez que fornece informações importantes sobre as características
humanas, levando à compreensão ampla, profunda e dinâmica dos aspectos tanto individuais
quanto inter-relacionais do homem.
Nesta apostila, o presente trabalho será abordado de forma ordenada e gradual, a partir do que
será facilitada a absorção dos principais conceitos e conteúdos necessários que são:
Definir conceito da Aprendizagem; Identificar Aprendizagens cognitivas e seus princípios
na visão de Bruner e Ausubel; Descrever a aprendizagem por descoberta e o papel do educador
como facilitar do processo; Mencionar os tipos de aprendizagem; Explicar condições para a
Aprendizagem Significativa.
O objectivo maior é que o aprendizado da Psicologia possa ajudar os estudantes durante os
estudos, ampliando a consciência, que necessariamente percorrem, ao mesmo tempo, as estradas
e as encruzilhadas dos conhecimentos que ao integrar as teorias com as práticas de seus tutores,
podendo construir pontes comunicacionais com as coisas que todos nós, de formas diferenciadas,
vivemos.
Objectivos
Geral: Conhecer as teorias da Psicologia da Educação e de Aprendizagem.
Específicos:
De acordo com a orientação do docente, o presente trabalho tem como objectivos específicos:
Definir conceito da Aprendizagem;
Identificar Aprendizagens cognitivas e seus princípios na visão de Bruner e Ausubel;
Descrever o papel do educador como facilitar do processo e mencionar os tipos de
aprendizagem.
III. Metodologias
Em termos metodológicos na produção do presente trabalho recorreu-se as consultas
bibliográficas de alguns autores que consubstancia sobre o tema e alguns sites na
internet e módulo do estudante. Quanto a abordagem é uma pesquisa qualitativa; quanto aos
objectivos é exploratória; quanto aos procedimentos de recolha de dados é não experimental e
quanto as fontes de informação é uma pesquisa bibliográfica.
Capítulo II: Desenvolvimento
2. Teorias da Psicologia da Educação e de Aprendizagem
A Psicologia enquanto campo Científico constitui preocupação de muitos, todos nós gostaríamos
de conhecermo-nos, a nós próprios e aos outros de forma a melhorar as nossas relações ainda que
preocupações desta natureza tenham marcado a vida dos nossos antepassados. Estudar o
comportamento humano não é tarefa fácil, psicólogos acreditam que a Psicologia é tão complexa
quanto o próprio homem. A Psicologia da Educação e de Aprendizagem é uma área que explora
diversas teorias e conceitos para entender como as pessoas aprendem e se desenvolvem na
educação. Alguns dos principais teóricos e teorias incluem:
Teoria Behaviorista:
Pavlov: Desenvolveu a teoria do condicionamento clássico, que explora como associações entre
estímulos podem influenciar o comportamento.
Skinner: Contribuiu com a teoria do condicionamento operante, enfocando como as
consequências do comportamento afetam a aprendizagem.
Teoria Cognitiva:
Piaget: Propôs a teoria do desenvolvimento cognitivo, que descreve como as crianças constroem
o conhecimento por meio da interação com o ambiente.
Vygotsky: Introduziu a teoria sociocultural, enfatizando a influência das interações sociais no
processo de aprendizagem.
Teoria Humanista:
Maslow: Criou a hierarquia das necessidades, que destaca a importância de atender às
necessidades básicas para que a aprendizagem e o crescimento pessoal ocorram.
Rogers: Desenvolveu a teoria centrada na pessoa, enfocando o papel do professor como
facilitador do crescimento do aluno.
Teoria da Aprendizagem Social:
Bandura: Propôs a teoria da aprendizagem social, destacando o papel da observação e da
modelagem de comportamentos por meio de modelos.
5. Teoria Construtivista:
Bruner: Contribuiu com a teoria da aprendizagem por descoberta, enfatizando a importância da
resolução de problemas e da construção ativa do conhecimento.
Teoria da Aprendizagem Situada:
Lave e Wenger: Desenvolveram a teoria da aprendizagem situada, que argumenta que a
aprendizagem ocorre de maneira significativa quando está integrada em contextos autênticos e
sociais.
Para Vigotski (2011), “os processos de aprendizagem e desenvolvimento não são dois processos
independentes ou o mesmo processo, e existem entre eles relações complexas. A linguagem é,
desta forma, um instrumento mediador, organizador do pensamento do sujeito”, (p.103).
Essas são apenas algumas das muitas teorias que moldam a Psicologia da Educação e de
Aprendizagem. Cada uma oferece perspectivas únicas sobre como os alunos adquirem
conhecimento e como os educadores podem facilitar esse processo. A escolha da teoria a ser
aplicada muitas vezes depende do contexto educacional e das necessidades dos alunos.
Cardoso Frois e Fachada (1993) “consideram como objectivo final da Psicologia a explicação das
condutas em função dos factores ou variáveis que as condicionam ou determinam, daí a
necessidade de se ter em conta as outras áreas científicas na abordagem dos fenómenos
psicológicos” (p.29).
Portanto, importa referir que o processo de aprendizagem pode ser definido como o modo pelo
qual os seres humanos adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e mudam o
comportamento. Todavia, a complexidade deste processo não pode ser explicada pela
compartimentação do todo.
Jerome Bruner é conhecido por sua teoria da aprendizagem por descoberta e construtivismo. Ele
acreditava que os alunos aprendem melhor quando estão activamente envolvidos no processo de
descoberta. Aqui estão alguns princípios-chave da perspectiva de Bruner:
Estrutura Cognitiva: Bruner enfatizou que os alunos constroem activamente seu conhecimento.
Isso envolve a organização de informações em estruturas cognitivas, que podem ser mais tarde
utilizadas para resolver problemas.
Aprendizagem por Descoberta: Ele defendia a ideia de que os alunos devem ser encorajados a
descobrir conceitos e princípios por meio da exploração e resolução de problemas, em vez de
receber informações prontas.
Espiral Curricular: Bruner propôs a ideia de uma "espiral curricular", na qual os tópicos são
revisados e aprofundados à medida que o aluno amadurece cognitivamente. Isso permite uma
compreensão mais profunda e duradoura.
A aprendizagem significativa tem lugar quando as novas ideias vão se relacionando de forma
não-arbitrária e substantiva com as ideias já existentes. Por não-arbitrariedade entende-se que
existe uma relação lógica e explícita entre a nova ideia e algumas outras já existentes na estrutura
cognitiva do indivíduo.
Além de não-arbitrária, para ser significativa, a aprendizagem precisa ser também substantiva, ou
seja, uma vez aprendido determinado conteúdo desta forma, o indivíduo conseguirá explicá-lo
com as suas próprias palavras. Assim, um mesmo conceito pode ser expresso em linguagem
sinónima e transmitir o mesmo significado (Aragão, 1976, p 21).
Desta maneira, elas são armazenadas de forma arbitrária, o que não garante flexibilidade no seu
uso, nem longevidade. Como consequência dessa não flexibilidade, o indivíduo não é capaz de
expressar o novo conteúdo com linguagem diferente daquela com que este material foi
primeiramente aprendido.
É importante ressaltar que, apesar de Ausubel ter enfatizado sobremaneira a aprendizagem
significativa, ele compreendia que no processo de ensino aprendizagem existem circunstâncias
em que a mecânica era inevitável.
Ausubel ainda aborda a Aprendizagem por descoberta e por recepção:
Descoberta: o aluno deve aprender “sozinho”, deve descobrir algum princípio, relação, lei, etc.,
como pode acontecer na solução de um problema.
Recepção: recebe-se a informação pronta e o trabalho do aluno consiste em actuar activamente
sobre esse material, a fim de relacioná-lo a ideias relevantes disponíveis em sua estrutura
cognitiva.
Contrariamente a Piaget, que enfatiza a aprendizagem por descoberta como a ideal, Ausubel não
só propõe o inverso para o contexto da sala de aula, como alerta para fato de que ambas podem
ser mecânicas.
Uma vez existente um conjunto de ideias na estrutura cognitiva do sujeito, com as quais novas
ideias podem se articular de maneira não arbitrária e substantiva, este relacionamento pode
acontecer de três formas diferentes:
A Subordinação acontece quando a nova ideia é um exemplo, uma especificação de algo que já
se sabe. Mas esta relação pode acontecer segundo duas formas:
Derivativa: O que se aprende é mais um exemplo daquilo que já se sabe, não trazendo qualquer
alteração para a ideia mais geral à qual está relacionado.
Correlativa: a nova ideia que se aprende é um exemplo que alarga o sentido de algo mais amplo
que já se sabe.
A Super ordenação: O corre quando a nova ideia que se aprende é mais geral do que uma ou um
conjunto de ideias que já se sabe.
Segundo Ausubel, é mais fácil para o ser humano aprender por subordinação do que por super
ordenação.
Aragão (1976), a combinatória acontece quando:
A nova ideia não está hierarquicamente acima nem abaixo da ideia já existente na estrutura
cognitiva à qual ela se relacionou de forma não-arbitrária e lógica. Ainda existem os factores
internos para que ocorra a aprendizagem significativa, (p.21).
Como estes factores são relativos a cada indivíduo particularmente, convencionou-se chamá-los
de factores internos. Além disso, segundo propõe a teoria, eles podem ser divididos em duas
classes: factores cognitivos e factores afectivo-sociais.
Factores cognitivos: Existem três factores relativos à estrutura cognitiva do indivíduo e que
devem ser considerados no processo ensino-aprendizagem:
A existência de ideias âncoras às quais podem se conectar com uma nova ideia que se deseja
ensinar.
A extensão em que a tarefa que se deseja assimilar é discrimináveis das ideias que lhe servirão de
âncora.
A clareza e a firmeza das ideias que servirão como âncoras determinam o nível e a estabilidade
do aprendizado da nova ideia.
Factores afectivo-sociais: Dentro desta categoria existem vários aspectos que foram
identificados. Porém o que nos parece mais pertinente: a disposição do aluno para aprendizagem
significativa. A aprendizagem é significativa quando se estabelece uma ligação não-arbitrária e
substantiva entre uma nova ideia e uma ideia de esteio ou âncora. Internalizar as relações exige
do aluno a vontade de fazê-lo, visto que este é um processo activo.
Factores externos para aprendizagem significativa: Se enquadram os factores sobre os quais
os professores têm acesso e podem manipular “livremente” de modo a propiciar as melhores
condições possíveis para que os alunos possam aprender significativamente. São denominados
factores externos, porque estão relacionados a condições exteriores ao aluno que caracterizam o
ambiente escolar, no qual ele está inserido.
A facilitação pedagógica: Consiste na manipulação da estrutura cognitiva do aluno de modo a
favorecer um aprendizado significativo. Quando ocorre a ligação entre uma ideia nova e outra já
existente na estrutura cognitiva do indivíduo, o processo que se dá é uma interacção e não uma
associação. Isto acontece porque tanto a ideia nova, quanto aquela que lhe serviu como âncora
modifica-se em função desta ligação.
A Avaliação, segundo Ausubel, tem a função de determinar o grau em que os objectivos
educacionais relevantes estão sendo alcançados. Desta forma, uma vez determinados os pontos
mais relevantes da disciplina, e que serão trabalhados com os alunos, a avaliação assumiria o
carácter de verificar se sua internalização se deu a contento.
2.1.3. Aprendizagem por descoberta e o papel do educador como facilitar do processo
A aprendizagem por descoberta é uma abordagem educacional que enfatiza a exploração activa e
a resolução de problemas por parte do aluno, em vez de simplesmente receber informações
passivamente. Nesse processo, o educador desempenha o papel de facilitador, fornecendo um
ambiente propício para a descoberta e apoiando o aprendiz ao longo do caminho. Aqui estão
algumas características-chave da aprendizagem por descoberta e o papel do educador:
Exploração Activa: Os alunos são encorajados a explorar, experimentar e fazer descobertas por
conta própria. Eles podem usar a curiosidade natural para investigar conceitos e problemas.
Resolução de Problemas: Os alunos são apresentados a situações desafiadoras que exigem a
aplicação de conhecimentos e habilidades para encontrar soluções. Isso promove o pensamento
crítico e a criatividade.
Reflexão: Os alunos são incentivados a reflectir sobre suas descobertas e a conectar o que
aprenderam com seu conhecimento prévio e experiências anteriores.
Em resumo, na aprendizagem por descoberta, o educador actua como um guia que facilita o
processo de aprendizado, promovendo a curiosidade, a autonomia e a resolução de problemas
pelos alunos. Isso ajuda a desenvolver habilidades de pensamento crítico e a capacidade de
aprender de forma independente.
Reflexão e Pensamento Crítico: Os alunos devem ser encorajados a refletir sobre o que estão
aprendendo, fazer perguntas e aplicar o conhecimento de maneira crítica.
Feedback Construtivo: O feedback construtivo, tanto do instrutor quanto dos colegas, pode
ajudar os alunos a corrigir mal-entendidos e aperfeiçoar seu entendimento.
Postmam e Weingartner (1969), dizem que “ao criar um ambiente de aprendizagem que atenda a
essas condições, os educadores podem facilitar a construção de significado pelos alunos e
promover uma aprendizagem (p.62).
Podemos, a final das contas, aprender somente em relação ao que já sabemos. Contrariamente ao
senso comum, isso significa que se não sabemos muito nossa capacidade de aprender não é muito
grande. Esta ideia por si só implica uma grande mudança na maioria das metáforas que
direccionam políticas e procedimentos das escolas.
Outro recurso extremamente importante na facilitação da aprendizagem significativa é
a linguagem. Tanto é que nas primeiras descrições da teoria Ausubel usava a terminologia
aprendizagem verbal significativa (meaningful verbal learning.
Conclusão
O presente trabalho, apresenta uma síntese de teorias essenciais sobre ensino e aprendizagem,
incluindo os estilos de aprendizagem e as possibilidades de aplicação prática desses
conhecimentos objectivando a melhoria da interacção entre educador e educando em sala de aula,
um aspecto considerado relevante pela autora para a qualificação da aprendizagem nas aulas de
Conscienciologia.
Nessa ordem de ideias conclui que, o artigo objectiva estudar o processo de aprendizagem e o
papel do educador nesse processo, oferecer ideias e proposições capazes de auxiliar os
professores e futuros professores de Conscienciologia na interacção com seus alunos com a
finalidade de contribuir para a tarefa de esclarecimento e a interassistência, notadamente no
processo formativo docente. Isso implica dizer que, para optimizar a aprendizagem do aluno vale
conhecer as teorias de aprendizagem, os diferentes estilos de aprendizagem, os estágios de
desenvolvimento intelectual do educando e como aplicar as abordagens e estratégias mais
adequadas para cada caso.
Referência bibliográfica
Ausubel, D.P. (1989). Aquisição e retenção de conhecimentos. Lisboa: Plátano Edições Técnicas.
Tradução do original, (p.102).
Aquino, C. (2007), Como aprender: andragogia e as habilidades de aprendizagem. (1ª ed.) São
Paulo: Pearson Prentice Hall.
Bruner, J. (1973). O processo da educação. São Paulo: Nacional
Luiten, J., Ames, W. & Ackerson, G. (1978). A meta-analysis of the effect of advance organizers on
learning and retention. American Educational Research Journal,
Piaget, J. e Inhelder, B. (1966). A Psicologia da Criança. Rio de Janeiro: Difel.
Postman, N. (1969). Amusing Ourselves to death. Methuen: Viking Penguin.
Vigotski, L. S. (2011). A construção do pensamento e da linguagem. SP: Martins Fontes.