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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema

Teorias da Psicologia da Educação e de Aprendizagem

Nome : Fadali Júlio Manuel; Código: 708230972

Curso: Geografia
Disciplina: Psicologia Geral
5
Ano de Frequência: 1º ano

Milange, Setembro de 2023

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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Aspectos Formatação  Paginação, tipo e 1.0
tamanho de letra,
paragrafo,
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria:A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Capítulo I: Introdução
Introdução
A disciplina de Psicologia é de fundamental importância para o futuro profissional das Ciências
Humanas e Sociais, uma vez que fornece informações importantes sobre as características
humanas, levando à compreensão ampla, profunda e dinâmica dos aspectos tanto individuais
quanto inter-relacionais do homem.
Nesta apostila, o presente trabalho será abordado de forma ordenada e gradual, a partir do que
será facilitada a absorção dos principais conceitos e conteúdos necessários que são:
 Definir conceito da Aprendizagem; Identificar Aprendizagens cognitivas e seus princípios
na visão de Bruner e Ausubel; Descrever a aprendizagem por descoberta e o papel do educador
como facilitar do processo; Mencionar os tipos de aprendizagem; Explicar condições para a
Aprendizagem Significativa.
O objectivo maior é que o aprendizado da Psicologia possa ajudar os estudantes durante os
estudos, ampliando a consciência, que necessariamente percorrem, ao mesmo tempo, as estradas
e as encruzilhadas dos conhecimentos que ao integrar as teorias com as práticas de seus tutores,
podendo construir pontes comunicacionais com as coisas que todos nós, de formas diferenciadas,
vivemos.
Objectivos
Geral: Conhecer as teorias da Psicologia da Educação e de Aprendizagem.
Específicos:
De acordo com a orientação do docente, o presente trabalho tem como objectivos específicos:
 Definir conceito da Aprendizagem;
 Identificar Aprendizagens cognitivas e seus princípios na visão de Bruner e Ausubel;
 Descrever o papel do educador como facilitar do processo e mencionar os tipos de
aprendizagem.
III. Metodologias
Em termos metodológicos na produção do presente trabalho recorreu-se as consultas
bibliográficas de alguns autores que consubstancia sobre o tema e alguns sites na
internet e módulo do estudante. Quanto a abordagem é uma pesquisa qualitativa; quanto aos
objectivos é exploratória; quanto aos procedimentos de recolha de dados é não experimental e
quanto as fontes de informação é uma pesquisa bibliográfica.
Capítulo II: Desenvolvimento
2. Teorias da Psicologia da Educação e de Aprendizagem

A Psicologia enquanto campo Científico constitui preocupação de muitos, todos nós gostaríamos
de conhecermo-nos, a nós próprios e aos outros de forma a melhorar as nossas relações ainda que
preocupações desta natureza tenham marcado a vida dos nossos antepassados. Estudar o
comportamento humano não é tarefa fácil, psicólogos acreditam que a Psicologia é tão complexa
quanto o próprio homem. A Psicologia da Educação e de Aprendizagem é uma área que explora
diversas teorias e conceitos para entender como as pessoas aprendem e se desenvolvem na
educação. Alguns dos principais teóricos e teorias incluem:

 Teoria Behaviorista:
Pavlov: Desenvolveu a teoria do condicionamento clássico, que explora como associações entre
estímulos podem influenciar o comportamento.
Skinner: Contribuiu com a teoria do condicionamento operante, enfocando como as
consequências do comportamento afetam a aprendizagem.
 Teoria Cognitiva:
Piaget: Propôs a teoria do desenvolvimento cognitivo, que descreve como as crianças constroem
o conhecimento por meio da interação com o ambiente.
Vygotsky: Introduziu a teoria sociocultural, enfatizando a influência das interações sociais no
processo de aprendizagem.
 Teoria Humanista:
Maslow: Criou a hierarquia das necessidades, que destaca a importância de atender às
necessidades básicas para que a aprendizagem e o crescimento pessoal ocorram.
Rogers: Desenvolveu a teoria centrada na pessoa, enfocando o papel do professor como
facilitador do crescimento do aluno.
 Teoria da Aprendizagem Social:
Bandura: Propôs a teoria da aprendizagem social, destacando o papel da observação e da
modelagem de comportamentos por meio de modelos.
5. Teoria Construtivista:
Bruner: Contribuiu com a teoria da aprendizagem por descoberta, enfatizando a importância da
resolução de problemas e da construção ativa do conhecimento.
 Teoria da Aprendizagem Situada:
Lave e Wenger: Desenvolveram a teoria da aprendizagem situada, que argumenta que a
aprendizagem ocorre de maneira significativa quando está integrada em contextos autênticos e
sociais.
Para Vigotski (2011), “os processos de aprendizagem e desenvolvimento não são dois processos
independentes ou o mesmo processo, e existem entre eles relações complexas. A linguagem é,
desta forma, um instrumento mediador, organizador do pensamento do sujeito”, (p.103).
Essas são apenas algumas das muitas teorias que moldam a Psicologia da Educação e de
Aprendizagem. Cada uma oferece perspectivas únicas sobre como os alunos adquirem
conhecimento e como os educadores podem facilitar esse processo. A escolha da teoria a ser
aplicada muitas vezes depende do contexto educacional e das necessidades dos alunos.

Cardoso Frois e Fachada (1993) “consideram como objectivo final da Psicologia a explicação das
condutas em função dos factores ou variáveis que as condicionam ou determinam, daí a
necessidade de se ter em conta as outras áreas científicas na abordagem dos fenómenos
psicológicos” (p.29).

2.1. Conceito da Aprendizagem

De acordo com Piaget, (1966), a aprendizagem “é um processo ativo e construtivo no qual o


indivíduo constrói seu conhecimento por meio da interação com o ambiente”, (p.59).

Portanto, importa referir que o processo de aprendizagem pode ser definido como o modo pelo
qual os seres humanos adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e mudam o
comportamento. Todavia, a complexidade deste processo não pode ser explicada pela
compartimentação do todo.

Nesta óptica, a aprendizagem é um processo integrado que provocauma transformação qualitativa


na estrutura mental daquele que aprende, isto é, a aprendizagem modifica o estado mental
daquele que aprende e, consequentemente, o comportamento, seja pela experiência, por
condicionamento, pela observação e pela prática motivada, ou pela conjugação destes.
A aprendizagem supõe uma mudança de comportamento durável, mais ou menos sistemática ou
não, e adquirida. O acto ou vontade de aprender é uma característica unicamente humana, pois
apenas o ser humano possui no seu todo a intenção de aprender, a vontade de melhorar (criador) e
a procura pela aprendizagem (carácter dinâmico). Ao longo da vida, desde que nascemos até que
morremos, o ser humano encontra-se num constante processo de aprendizagem ( Wikipédia,
2011, p.159).

Quando nasce, o Homem possui um potencial de aprendizagem que precisa de estimulação


extrínseca e intrínseca (motivação, necessidade) para se concretizar. Existem aprendizagens
apelidadas de quase inatas como aprender a falar, a andar pois associam-se ao desenvolvimento
físico, psicológico e social para se realizar. Todavia, a aprendizagem ocorre, essencialmente, no
contexto social e temporal em que o indivíduo se insere, constatando-se transformação do seu
comportamento associada a esses factores e à componente genética.
(Sanches, 1995), na sua reflexão sobre a aprendizagem diz que a aprendizagem:
Não é um processo solitário, mas colectivo e complexo de interacções teórico-práticas, que se
desenvolvem num processo dinâmico de colegialidade, de construção e partilha de novos saberes
profissionais e de espaços e tempos organizacionais. Uma das vias que apontamos como
fundamental para a construção deste processo de autonomia é, actualmente, o desenvolvimento
profissional e a reflexibilidade crítica, pois, através desta os professores devem entender que a sua
prática pedagógica é, não só, uma praticar e flexiva mas também uma prática colectiva que
envolve não apenas os alunos, mas todos os actores educativos nesta nobre tarefa de educar
cidadãos responsáveis e autónomos na arte a aprender a pensar, (p. 195).

2.1.2. Aprendizagens cognitivas e seus princípios na visão de Bruner e Ausubel

Jerome Bruner é conhecido por sua teoria da aprendizagem por descoberta e construtivismo. Ele
acreditava que os alunos aprendem melhor quando estão activamente envolvidos no processo de
descoberta. Aqui estão alguns princípios-chave da perspectiva de Bruner:

Estrutura Cognitiva: Bruner enfatizou que os alunos constroem activamente seu conhecimento.
Isso envolve a organização de informações em estruturas cognitivas, que podem ser mais tarde
utilizadas para resolver problemas.

Luiten etal., (1978) “Na perspectiva da aprendizagem significativa Ausubeliana, a estrutura


cognitiva prévia os conhecimentos prévios e sua organização hierárquica é o principal factor, a
variável isolada mais importante, afectando a aprendizagem e a retenção de novos
conhecimentos”,(p.79).

Aprendizagem por Descoberta: Ele defendia a ideia de que os alunos devem ser encorajados a
descobrir conceitos e princípios por meio da exploração e resolução de problemas, em vez de
receber informações prontas.
Espiral Curricular: Bruner propôs a ideia de uma "espiral curricular", na qual os tópicos são
revisados e aprofundados à medida que o aluno amadurece cognitivamente. Isso permite uma
compreensão mais profunda e duradoura.

Para a teoria de Ausubel (1989), os principais conceitos relativos à aprendizagem se articulam


esquematicamente da seguinte forma:
Estrutura cognitiva: A estrutura cognitiva é o conteúdo total e organizado de ideias de um dado
indivíduo; ou, no contexto da aprendizagem de certos assuntos, refere-se ao conteúdo e
organização de suas ideias naquela área particular de conhecimento. Ou seja, a ênfase que se dá é
na aquisição, armazenamento e organização das ideias no cérebro do indivíduo. Aprendizagem -
Ausubel (1989), a aprendizagem consiste:
Na ampliação da estrutura cognitiva, através da incorporação de novas ideias a ela. Dependendo
do tipo de relacionamento que se tem entre as ideias já existentes nesta estrutura e as novas que se
estão internalizando, pode ocorrer um aprendizado que varia do mecânico ao significativo, (p.57).

A aprendizagem significativa tem lugar quando as novas ideias vão se relacionando de forma
não-arbitrária e substantiva com as ideias já existentes. Por não-arbitrariedade entende-se que
existe uma relação lógica e explícita entre a nova ideia e algumas outras já existentes na estrutura
cognitiva do indivíduo.
Além de não-arbitrária, para ser significativa, a aprendizagem precisa ser também substantiva, ou
seja, uma vez aprendido determinado conteúdo desta forma, o indivíduo conseguirá explicá-lo
com as suas próprias palavras. Assim, um mesmo conceito pode ser expresso em linguagem
sinónima e transmitir o mesmo significado (Aragão, 1976, p 21).

Desta maneira, elas são armazenadas de forma arbitrária, o que não garante flexibilidade no seu
uso, nem longevidade. Como consequência dessa não flexibilidade, o indivíduo não é capaz de
expressar o novo conteúdo com linguagem diferente daquela com que este material foi
primeiramente aprendido.
É importante ressaltar que, apesar de Ausubel ter enfatizado sobremaneira a aprendizagem
significativa, ele compreendia que no processo de ensino aprendizagem existem circunstâncias
em que a mecânica era inevitável.
Ausubel ainda aborda a Aprendizagem por descoberta e por recepção:
Descoberta: o aluno deve aprender “sozinho”, deve descobrir algum princípio, relação, lei, etc.,
como pode acontecer na solução de um problema.
Recepção: recebe-se a informação pronta e o trabalho do aluno consiste em actuar activamente
sobre esse material, a fim de relacioná-lo a ideias relevantes disponíveis em sua estrutura
cognitiva.
Contrariamente a Piaget, que enfatiza a aprendizagem por descoberta como a ideal, Ausubel não
só propõe o inverso para o contexto da sala de aula, como alerta para fato de que ambas podem
ser mecânicas.
Uma vez existente um conjunto de ideias na estrutura cognitiva do sujeito, com as quais novas
ideias podem se articular de maneira não arbitrária e substantiva, este relacionamento pode
acontecer de três formas diferentes:
A Subordinação acontece quando a nova ideia é um exemplo, uma especificação de algo que já
se sabe. Mas esta relação pode acontecer segundo duas formas:
Derivativa: O que se aprende é mais um exemplo daquilo que já se sabe, não trazendo qualquer
alteração para a ideia mais geral à qual está relacionado.
Correlativa: a nova ideia que se aprende é um exemplo que alarga o sentido de algo mais amplo
que já se sabe.
A Super ordenação: O corre quando a nova ideia que se aprende é mais geral do que uma ou um
conjunto de ideias que já se sabe.
Segundo Ausubel, é mais fácil para o ser humano aprender por subordinação do que por super
ordenação.
Aragão (1976), a combinatória acontece quando:
A nova ideia não está hierarquicamente acima nem abaixo da ideia já existente na estrutura
cognitiva à qual ela se relacionou de forma não-arbitrária e lógica. Ainda existem os factores
internos para que ocorra a aprendizagem significativa, (p.21).
Como estes factores são relativos a cada indivíduo particularmente, convencionou-se chamá-los
de factores internos. Além disso, segundo propõe a teoria, eles podem ser divididos em duas
classes: factores cognitivos e factores afectivo-sociais.
Factores cognitivos: Existem três factores relativos à estrutura cognitiva do indivíduo e que
devem ser considerados no processo ensino-aprendizagem:
A existência de ideias âncoras às quais podem se conectar com uma nova ideia que se deseja
ensinar.
A extensão em que a tarefa que se deseja assimilar é discrimináveis das ideias que lhe servirão de
âncora.
A clareza e a firmeza das ideias que servirão como âncoras determinam o nível e a estabilidade
do aprendizado da nova ideia.
Factores afectivo-sociais: Dentro desta categoria existem vários aspectos que foram
identificados. Porém o que nos parece mais pertinente: a disposição do aluno para aprendizagem
significativa. A aprendizagem é significativa quando se estabelece uma ligação não-arbitrária e
substantiva entre uma nova ideia e uma ideia de esteio ou âncora. Internalizar as relações exige
do aluno a vontade de fazê-lo, visto que este é um processo activo.
Factores externos para aprendizagem significativa: Se enquadram os factores sobre os quais
os professores têm acesso e podem manipular “livremente” de modo a propiciar as melhores
condições possíveis para que os alunos possam aprender significativamente. São denominados
factores externos, porque estão relacionados a condições exteriores ao aluno que caracterizam o
ambiente escolar, no qual ele está inserido.
A facilitação pedagógica: Consiste na manipulação da estrutura cognitiva do aluno de modo a
favorecer um aprendizado significativo. Quando ocorre a ligação entre uma ideia nova e outra já
existente na estrutura cognitiva do indivíduo, o processo que se dá é uma interacção e não uma
associação. Isto acontece porque tanto a ideia nova, quanto aquela que lhe serviu como âncora
modifica-se em função desta ligação.
A Avaliação, segundo Ausubel, tem a função de determinar o grau em que os objectivos
educacionais relevantes estão sendo alcançados. Desta forma, uma vez determinados os pontos
mais relevantes da disciplina, e que serão trabalhados com os alunos, a avaliação assumiria o
carácter de verificar se sua internalização se deu a contento.
2.1.3. Aprendizagem por descoberta e o papel do educador como facilitar do processo
A aprendizagem por descoberta é uma abordagem educacional que enfatiza a exploração activa e
a resolução de problemas por parte do aluno, em vez de simplesmente receber informações
passivamente. Nesse processo, o educador desempenha o papel de facilitador, fornecendo um
ambiente propício para a descoberta e apoiando o aprendiz ao longo do caminho. Aqui estão
algumas características-chave da aprendizagem por descoberta e o papel do educador:

Exploração Activa: Os alunos são encorajados a explorar, experimentar e fazer descobertas por
conta própria. Eles podem usar a curiosidade natural para investigar conceitos e problemas.
Resolução de Problemas: Os alunos são apresentados a situações desafiadoras que exigem a
aplicação de conhecimentos e habilidades para encontrar soluções. Isso promove o pensamento
crítico e a criatividade.

Autonomia: A aprendizagem por descoberta incentiva os alunos a assumirem a responsabilidade


pelo seu próprio aprendizado. Eles aprendem a tomar decisões e a se autorregular.

Erros como Oportunidades: Os erros são vistos como oportunidades de aprendizado. O


educador cria um ambiente seguro onde os alunos se sentem à vontade para cometer erros e
aprender com eles.

Questionamento: O educador estimula os alunos a fazerem perguntas, explorar hipóteses e


buscar respostas por meio da investigação.

Feedback e Orientação: O papel do educador é fornecer feedback construtivo, orientação e


suporte quando necessário. Isso pode incluir esclarecimento de conceitos, sugestões e
direcionamento.

Recursos e Ferramentas: O educador disponibiliza recursos, materiais e ferramentas que


auxiliem os alunos em suas explorações, mas não fornece respostas prontas.

Reflexão: Os alunos são incentivados a reflectir sobre suas descobertas e a conectar o que
aprenderam com seu conhecimento prévio e experiências anteriores.

Em resumo, na aprendizagem por descoberta, o educador actua como um guia que facilita o
processo de aprendizado, promovendo a curiosidade, a autonomia e a resolução de problemas
pelos alunos. Isso ajuda a desenvolver habilidades de pensamento crítico e a capacidade de
aprender de forma independente.

2.1.5. Os tipos de aprendizagem


Bem, prendizagem é o processo pelo qual as competências, habilidades, conhecimentos,
comportamento ou valores são adquiridos ou modificados, como resultado
de estudo, experiência, formação, raciocínio e observação. Este processo pode ser analisado a
partir de diferentes perspectivas, de forma que há diferentes teorias de aprendizagem.
Piaget, (1966) na sua óptica sobre aprendizagem diz que é uma das funções mentais mais
importantes em humanos e animais e também pode ser aplicada a sistemas artificiais.
Nesta ordem de ideias, os tipos de aprendizagem na psicologia de educação, podemos encontrar:
 Aprendizagem por condicionamento clássico: Envolve a associação de estímulos para
criar uma resposta automática. Por exemplo, associar um som agradável a uma acção
específica.
 Aprendizagem por condicionamento operante:
Baseia-se nas consequências das acções. Comportamentos recompensados são mais propensos a
serem repetidos, enquanto comportamentos punidos são menos propensos a serem repetidos.
 Aprendizagem cognitiva:
Envolve o processamento de informações, compreensão, resolução de problemas e pensamento
crítico. A teoria de Piaget é um exemplo importante dessa abordagem.
 Aprendizagem social:
Aprendemos observando o comportamento dos outros e suas consequências. A teoria da
aprendizagem social de Bandura é relevante aqui.
 Aprendizagem por descoberta:
Os alunos aprendem por meio da exploração activa e da resolução de problemas, em vez de
receber informações passivamente.
 Aprendizagem significativa:
Envolve a criação de conexões significativas entre o novo conhecimento e o conhecimento prévio
do aluno.
 Aprendizagem colaborativa:
Os alunos trabalham juntos para atingir metas comuns, promovendo a interacção e o
compartilhamento de ideias.
 Aprendizagem auto dirigida:
Os alunos assumem a responsabilidade por seu próprio processo de aprendizagem, estabelecendo
metas e direccionando seu estudo.
2.1.6. Condições para a Aprendizagem Significativa
A teoria da aprendizagem significativa, desenvolvida por David Ausubel, destaca a importância
de criar condições específicas para que a aprendizagem seja significativa. Algumas das condições
essenciais para a aprendizagem significativa incluem:
Material Substantivo e Significativo: O conteúdo a ser aprendido deve ser lógico, claro e
organizado, de modo que os alunos possam compreender as relações entre os conceitos.

Conhecimento Prévio: Os novos conceitos devem ser relacionados ao conhecimento prévio do


aluno. Isso ajuda a ancorar o novo conhecimento em estruturas cognitivas existentes.

Disponibilidade de Recursos: Deve haver recursos educacionais, como materiais de estudo ou


instrutores, que auxiliem os alunos na construção do significado.

Motivação para Aprender: Os alunos devem estar motivados e engajados no processo de


aprendizagem. A relevância do conteúdo e o reconhecimento de sua aplicabilidade podem
aumentar a motivação.

Reflexão e Pensamento Crítico: Os alunos devem ser encorajados a refletir sobre o que estão
aprendendo, fazer perguntas e aplicar o conhecimento de maneira crítica.

Atenção à Progressão da Complexidade: O ensino deve progredir de conceitos simples para


complexos, permitindo que. A aprendizagem significativa é progressiva, o domínio de um campo
conceitual, um campo de situações, é progressivo, com rupturas e continuidades e pode levar um
tempo relativamente grande. A consolidação ausubeliana não deve ser confundida com a
aprendizagem para o domínio behaviorista. Os alunos construam um entendimento gradualmente.

Actividade Mental Activa: Os alunos devem estar activamente envolvidos na construção de


significado, em vez de receber informações passivamente.

Feedback Construtivo: O feedback construtivo, tanto do instrutor quanto dos colegas, pode
ajudar os alunos a corrigir mal-entendidos e aperfeiçoar seu entendimento.

Aplicação do Conhecimento: Os alunos devem ter oportunidades de aplicar o que aprenderam


em contextos do mundo real, o que reforça a aprendizagem significativa.

Postmam e Weingartner (1969), dizem que “ao criar um ambiente de aprendizagem que atenda a
essas condições, os educadores podem facilitar a construção de significado pelos alunos e
promover uma aprendizagem (p.62).
Podemos, a final das contas, aprender somente em relação ao que já sabemos. Contrariamente ao
senso comum, isso significa que se não sabemos muito nossa capacidade de aprender não é muito
grande. Esta ideia por si só implica uma grande mudança na maioria das metáforas que
direccionam políticas e procedimentos das escolas.
Outro recurso extremamente importante na facilitação da aprendizagem significativa é
a linguagem. Tanto é que nas primeiras descrições da teoria Ausubel usava a terminologia
aprendizagem verbal significativa (meaningful verbal learning.

Ausubel, (1963). “A linguagem está totalmente implicada em qualquer e em todas tentativas


humanas de perceber a realidade. A aprendizagem significativa depende da captação de
significados que envolve um intercâmbio, uma negociação, de significados, que depende
essencialmente da linguagem”, (p.19).
Capítulo III: Conclusão.

Conclusão

O presente trabalho, apresenta uma síntese de teorias essenciais sobre ensino e aprendizagem,
incluindo os estilos de aprendizagem e as possibilidades de aplicação prática desses
conhecimentos objectivando a melhoria da interacção entre educador e educando em sala de aula,
um aspecto considerado relevante pela autora para a qualificação da aprendizagem nas aulas de
Conscienciologia.
Nessa ordem de ideias conclui que, o artigo objectiva estudar o processo de aprendizagem e o
papel do educador nesse processo, oferecer ideias e proposições capazes de auxiliar os
professores e futuros professores de Conscienciologia na interacção com seus alunos com a
finalidade de contribuir para a tarefa de esclarecimento e a interassistência, notadamente no
processo formativo docente. Isso implica dizer que, para optimizar a aprendizagem do aluno vale
conhecer as teorias de aprendizagem, os diferentes estilos de aprendizagem, os estágios de
desenvolvimento intelectual do educando e como aplicar as abordagens e estratégias mais
adequadas para cada caso.
Referência bibliográfica
Ausubel, D.P. (1989). Aquisição e retenção de conhecimentos. Lisboa: Plátano Edições Técnicas.
Tradução do original, (p.102).
Aquino, C. (2007), Como aprender: andragogia e as habilidades de aprendizagem. (1ª ed.) São
Paulo: Pearson Prentice Hall.
Bruner, J. (1973). O processo da educação. São Paulo: Nacional
Luiten, J., Ames, W. & Ackerson, G. (1978). A meta-analysis of the effect of advance organizers on
learning and retention. American Educational Research Journal,
Piaget, J. e Inhelder, B. (1966). A Psicologia da Criança. Rio de Janeiro: Difel.
Postman, N. (1969). Amusing Ourselves to death. Methuen: Viking Penguin.
Vigotski, L. S. (2011). A construção do pensamento e da linguagem. SP: Martins Fontes.

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