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O estudo do verbo: análise semântica e morfológica

Eguinalia Ismael Martins , Código: 708239302

Curso: Licenciatura em
Administração Pública,
Disciplina: Técnica de Expressão em
Língua Portuguesa
Ano de frequência: 1o Ano
Docente: Mestre. Sérgio António
Omar
Quelimane, Abril de 2023

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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução
 Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
 Articulação e domínio do
Conteúdo discurso académico
2.0
(expressão escrita cuidada,
coerência / coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e tamanho
Aspectos
Formatação de letra, paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha de Recomendação para a Melhoria do Trabalho
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Índic
e
1. Introdução.....................................................................................................................................5

1.1. Objectivos..................................................................................................................................6

1.1.1 Geral........................................................................................................................................6

1.1.2 Específicos...............................................................................................................................6

1.2. Metodologia...............................................................................................................................6

2. Revisão de literatura.....................................................................................................................7

2.1 O estudo do verbo: análise semântica e morfológica.................................................................7

2.1.1 Estrutura do verbo...................................................................................................................7

2.1.1.1. Radical.................................................................................................................................7

2.1.1. 2. Vogal Temática..................................................................................................................7

2.1.1. 3. Desinências.........................................................................................................................8

2.2. Classificação do verbo...............................................................................................................9

2.3.Flexões do verbo.........................................................................................................................9

2.4. Formas nominais.....................................................................................................................10

2.5. Função do verbo......................................................................................................................11

2.5. Tipos de Verbos.......................................................................................................................12

2.6. Análise semântica e morfológica.............................................................................................13

Funções e análises sintácticas.........................................................................................................17

3. Conclusão...................................................................................................................................19

4. Referências bibliográficas..........................................................................................................20
1. Introdução

O presente trabalho da cadeira de Técnica de Expressão em Língua Portuguesa, tem em vista


descrever aspectos relacionados com o estudo do verbo: análise semântica e morfológica, onde
numa primeira fase serão apresentados diversos conceitos de verbo e numa segunda fase serão
apresentadas a análise semântica e morfológica.

O verbo é palavra que exprime acção, estado, mudança de estado, fenómeno da natureza, desejo,
ocorrência. Ele apresenta as seguintes flexões de número, pessoa, modo, tempo, aspecto e voz.
Exemplos: Sou feliz. Estou doente. Fiquei cansado. Amanheceu. Que cheguem depressa!
Haverá muitos concertos.

Para tal quanto a organização do trabalho podemos dizer que o trabalho encontra-se dividido em
três partes nomeadamente: a introdução, desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas.
A introdução constituíra a parte inicial do trabalho onde serão apresentadas as notas inicias ao
que tange ao tema, aos objectivos do trabalho e a metodologia a ser empregue para o alcance dos
tais objectivos. No desenvolvimento serão apresentados as discussões em torno do tema em
estudo e as abordagens de diferentes autores em torno do tema e sua ênfase, finalmente na
conclusão será dada aquilo que é o fecho do trabalho apresentado as conclusões e os
conhecimentos tidos depois de elaborado o trabalho.

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1.1. Objectivos

1.1.1 Geral

 Compreender o estudo do verbo: análise semântica e morfológica.

1.1.2 Específicos

 Identificar o estudo do verbo: análise semântica e morfológica;


 Mencionar o estudo do verbo: análise semântica e morfológica;
 Contextualizar o estudo do verbo: análise semântica e morfológica.

1.2. Metodologia

Segundo Lakatos - Marconi (2003, p.83), diz que, " método é o conjunto das actividades
sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar os objectivos".

De salientar que, para elaboração do trabalho, recorreu-se a metodologia de consulta de algumas


obras bibliográficas, tais como: monografias científicas, teses de doutoramento, artigos
científicos, dissertação de mestrados livros que versam sobre o tema nelas inclinadas e que tais
obras estão referenciadas na lista bibliográfica e ainda em pesquisas na internet. Como se não
bastasse, tratando-se dum trabalho científico, importa salientar que, o trabalho está organizado
textualmente da seguinte maneira: Dentro do trabalho abordou-se casos concretos sobre o tema
em estudo e sua estrutura, com as devidas citações de autores consultados no levantamento
bibliográficos e algumas opiniões do autor do trabalho.

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2. Revisão de literatura

2.1 O estudo do verbo: análise semântica e morfológica

O Verbo é o termo que exprime acção, estado, mudança de estado e fenómeno da natureza
situado no tempo.

 Acção- Eu estudo diariamente;


 Estado- Meu irmão está muito preocupado;
 Mudança de estado- Meu irmão ficou muito preocupado;
 Fenómeno da natureza- Naquela noite trovejou bastante.

2.1.1 Estrutura do verbo

Verbo é formado por três elementos: radical, vogal temática e desinências

2.1.1.1. Radical

O radical é a base. Nele está expresso o significado do verbo.

Exemplos: DISSERT- (dissert-ar), ESCLAREC- (esclarec-er), CONTRIBU- (contribu-ir).

2.1.1. 2. Vogal Temática

A vogal temática se une ao radical para receber as desinências e, assim, conjugar os


verbos. O resultado dessa união chama-se tema.

Assim, tema = radical + vogal temática.

Exemplos: DISSERTA- (disserta-r), ESCLARECE- (esclarece-r), CONTRIBUI- (contribui-r).

A vogal temática indica a qual conjugação o verbo pertence:

1.ª Conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é A: argumentar, dançar, sambar.
2.ª Conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é E e O: escrever, ter, supor.
3.ª Conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é I: emitir, evoluir, ir.

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2.1.1. 3. Desinências

As desinências são os elementos que junto com o radical promovem as conjugações. Elas
podem ser:

Desinências modo-temporais - quando indicam os modos e os tempos.


Desinências número-pessoais - quando indicam as pessoas.

Exemplos:

 Dissertávamos (va- desinência de tempo pretérito do modo indicativo), (mos- desinência


de 1.ª pessoa do plural)

 Esclarecerei (re- desinência de tempo futuro do modo indicativo), (i- desinência de 1.ª
pessoa do singular)

 Contribuamos (a- desinência de modo presente do modo subjuntivo), (mos- desinência de


1.ª pessoa do plural)

Infinitivo Terminações Radical


Cantar Ar Cant
Vender Er Vend
Partir Ir part
a) Radical: é à base do significado do verbo. Obtém-se extraindo as terminações ar er, ir do
infinitivo.

b) Vogal Temática: é a vogal que se junta ao radical para este receber as desinências. A vogal
temática indica a que conjugação pertence o verbo.

Vogal Temática Conjugação Verbo


A 1.º. conjugação Cantar
E 2.º. conjugação Vender
I 3.º. conjugação Partir

c) Desinências: são elementos que se juntam ao radical ou tema para indicar as classificações e
flexões gramaticais do verbo: tempo, modo, pessoa e número.

Radical Vogal temática Desinência de infinitivo


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Cant a r
Vend e r
Part i r
As desinências quando indicam tempo e modo, são chamadas de desinência modo-temporal; e
quando indicam número e pessoa: desinência número-pessoal.

2.2. Classificação do verbo

Os verbos são classificados em dois grupos:

a) Função = o verbo pode ser principal ou auxiliar.

b) Flexão = o verbo pode ser regular, irregular, defectivo e abundante.

2.3.Flexões do verbo

Para conjugarmos os verbos temos de ter em conta as flexões de: pessoa, número, tempo,
modo e voz.

2.3.1. Flexões de pessoa:

1.ª Pessoa (eu, nós)

2.ª Pessoa (tu, vós)

3.ª Pessoa (ele, eles)

2.3.2. Flexões de número:

Singular (eu, tu, ele)

Plural (nós, vós, eles)

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3. Flexões de tempo: presente, pretérito e futuro.

4. Flexões de modo: indicativo, subjuntivo e imperativo.

5. Flexões de voz: voz activa, voz passiva e voz reflexiva.

2.4. Formas nominais

As formas nominais são três: infinitivo, particípio e gerúndio.

2.4. 1. Infinitivo

O infinitivo não tem valor temporal ou modal. Ele é pessoal quando tem sujeito e é
impessoal quando, por sua vez, não tem sujeito.

Exemplo de infinitivo pessoal: O gerente da loja disse para irem embora.


Exemplos de infinitivo impessoal: Cantar é uma delícia!

2.4. 2. Particípio

O particípio é empregado como indicador de acção finalizada, na formação de tempos compostos


ou como adjectivo.

Exemplos:

 Feito o trabalho, vamos descansar!

 A Ana já tinha falado sobre esse tema.

 Calados, os filhos ouviram o sermão dos pais.

2.4. 3. Gerúndio

O gerúndio é empregado para indicar uma ação em desenvolvimento.

Exemplos:

 Estou comendo.

 Encontrei João correndo.

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 Cantando, terminaremos depress

2.5. Função do verbo

a) Principal- É aquele que possui significação total, plena no enunciado:

Ex: Comprei um lindo apartamento; João estuda Inglês e Espanhol.

b) Auxiliar- É aquele que perde sua significação ao juntar-se a uma forma nominal
(infinitivo, gerúndio e particípio). Os verbos auxiliares mais comuns são : ser, estar, ter,
haver, ir, vir e andar.

Ex: Eu estou escrevendo o relatório; O relatório foi escrito por mim.

Emprego de alguns verbos auxiliares:

• Estar:

a) Para formar voz passiva (sujeito sofre acção)

Ex: O relatório está feito.

b) Para indicar acção duradoura, com o gerúndio do verbo principal: Ex: Estou trabalhando
agora.

• Haver e Ter:

a) Usado apenas na formação dos tempos compostas, indicando as flexões de modo,


tempo, número e pessoa.

Ex: Eles tinham comprado o bilhete para o festival de teatro.

b) O verbo ter seguido de preposição de mais infinitivo impessoal, indica ideia de


obrigatoriedade.

Ex: João tem de trabalhar muito naquele projeto, caso queira aprovação.

c) O verbo haver seguido de preposição de mais infinitivo impessoal. indica ideia de


intenção.
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Ex: Eles hão de conquistar.

2.5. Tipos de Verbos

É uma palavra que assinala acontecimentos representados no tempo como acção, estado,
processo ou fenómeno. Eles conjugam-se em número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz. As
frases se desenvolvem em torno dele e assim podemos fazer uma análise morfológica.

 Verbos principais: transmitem a ação sozinhos. Ex: comer / dançar / escorregar.


 Verbos regulares: se encaixam em modelos fixos de conjugação verbal, porque não alteram
os radicais e as terminações após serem conjugados. Ex: andar / falar / estudar.
 Verbos irregulares: não se encaixam nos modelos fixos da conjugação verbal, já que
possuem alterações em seus radicais e nas terminações. Ex: medir / pedir / trazer.
 Verbos anômalos: apresentam radicais diferentes quando são conjugados. Ex: ser / ir.
 Verbos auxiliares: se unem às formas nominais de um verbo principal e indicam tempo,
modo, número e a pessoa da ação verbal. São empregados nos tempos compostos e
nas locuções verbais. Ex: estar / haver / ir.
 Verbos de ligação: esses verbos auxiliam unindo uma característica ao sujeito e indicam
estado. Não são significativos e nem demonstram uma ação realizada, não são então o núcleo
do predicado. Ex: parecer / ficar / estar / andar.
 Verbos defectivos: não apresentam conjugações completas, ou seja, não são conjugados em
todas as pessoas verbais por factores morfológicos, fonéticos ou semânticos. Ex: banir /
reaver / colorir / adequar.
 Verbos impessoais: são verbos que não tem sujeito e são conjugados sempre na 3ª pessoa do
singular. Ex: haver (com sentido de existir) / fazer (indicando tempo decorrido) e verbos que
indicam fenómenos atmosféricos e da natureza (chover, nevar, ventar, anoitecer, escurecer...).
 Verbos unipessoais: apresentam sujeito mas não são conjugados apenas na 3ª pessoa do
singular e na 3ª pessoa do plural. Ex: verbos relacionados a voz dos animais (latir, miar,
cacarejar, mugir...) / verbos que, na 3ª pessoa do singular se relacionam com
o sujeito demonstrado por uma oração (convir, custar, acontecer...).
 Verbos abundantes: são verbos que possuem duas formas semelhantes no particípio, ou seja,
particípio duplo com uma forma regular e outra irregular.

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Ex: Infinitivo - acender / assentar / corrigir.

Particípio regular - acendido / assentado / corrigido.

Particípio irregular – aceso / assento / correto.

 Verbos pronominais: são conjugados com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos,
vos, se. Existem dois tipos, essenciais e acidentais.
 Verbos pronominais essenciais – verbos que o radical já transmite a ideia
de reflexibilidade havendo reforço dessa reflexibilidade através do uso dos pronomes
oblíquos átonos. A acção reflexiva recai sobre o próprio. Ex: queixar-se / enganar-se /
sentar-se.
 Verbos pronominais acidentais – são os verbos no qual o radical não transmite ideia de
reflexibilidade. A reflexibilidade dele é transmitida através do uso dos pronomes oblíquos
átonos, em alguns contextos, podendo o verbo ser utilizado sem os pronomes
oblíquos átonos. Além de que a acção reflexiva pode recair sobre o próprio ou sobre outra
pessoa. Ex: debater / debater-se, esquecer / esquecer-se.

2.6. Análise semântica e morfológica

2.6.1. A análise morfológica

A análise morfológica consiste em dar a classe das palavras, sua classificação, fazer o
levantamento dos diversos acidentes gramaticais (género número, grau, pessoa, etc.) e identificar-
lhes o processo de formação e os elementos mórficos que as constituem.

Em palavras mais simples, é o estudo de cada uma das palavras de uma frase, visando a sua
classe, ou seja, independentemente da análise da frase.

Morfologia deriva da palavra morfema que está definido em Ferreira (2004) como “o
elemento que confere o aspecto gramatical ao semantema, relacionando-o na oração e
delimitando sua função e seu significado”.

A Morfologia é a parte da gramática que estuda as palavras de acordo com a classe gramatical
a que ela pertence. Quando nos referimos às classes gramaticais, logo sabemos que se refere

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àquelas dez, que são: substantivos, artigos, pronomes, verbos, adjectivos, conjunções,
interjeições, preposições, advérbios e numerais.

Numa linguagem bem simples pode-se dizer que a Morfologia tem por objecto ou objectivo
de estudo, as palavras dentro da nossa Língua, as quais são agrupadas em classes gramaticais ou
classes de palavras. Em outras palavras, “é o estudo da estrutura e dos processos de flexão e
formação dos vocábulos, bem como a classificação dos mesmos” (ALMEIDA, 1983, p. 80).

A palavra morfologia vem do grego Morphê=figura + logias=estudo), que trata das palavras:

a) Quanto à sua estrutura e formação;

b) Quanto às suas flexões;

c) Quanto à sua classificação (ALMEIDA, 1983, p. 80).

Conhecer os elementos que formam as palavras leva o sujeito a compreender melhor o


significado de cada uma delas. E uma vez que grande parte das palavras comporta uma divisão
em unidades menores, temos os seguintes elementos mórficos:

 Raiz, radical, tema: elementos básicos e significativos.


 Afixos (prefixos, sufixos), desinência, vogal temática: elementos modificadores da
significação dos primeiros.
 Vogal de ligação, consoante de ligação: elementos de ligação ou eufônicos.

Especificamente dentro de Língua Portuguesa, Morfologia é a parte da gramática que estuda


as classes e as formas das palavras, os seus paradigmas de flexão e os processos de formação de
novos vocábulos e dentro da linguística é uma disciplina que descreve e analisa a estrutura
interna das palavras, bem como os processos de formação e variação de palavras. Ainda dentro da
Linguística, no nível de análise morfológica são encontradas duas unidades formais: a palavra e o
morfema.

2.6.2. Análise semântica

Semântica estuda o sentido e a aplicação das palavras em um determinado contexto. Por


exemplo: a palavra manga pode ter vários significados, de uma fruta a uma parte de uma roupa.

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A semântica estuda as relações entre o signo e a coisa significada, sem qualquer referência
aos falantes e a sintaxe, as relações formais entre os signos, com independência das pessoas que
falam e as relações com as coisas significadas (CUNHA, 2008).

Os estudos semânticos podem ser descritivos ou sincrônicos, quando se referem à


significação das formas linguísticas e às relações significativas que mantêm entre si num
determinado espaço de tempo, e históricos ou diacrônicos, quando se referem às significações
no decorrer do tempo (ou seja, as transformações de sentido de uma forma ou às mudanças que se
verificam entre as relações significativas que mantêm entre si).

Para estudar, usar e falar de semântica, o estudioso, no caso o professor, deve dominar
alguns conceitos que levam à semântica, como por exemplo: conotação, denotação, homonímia,
lexema, metassemia, onomasiologia, dentre outros.

É necessário esclarecer que nem sempre o termo semântica tem no mundo científico
contemporâneo o mesmo significado. Nas novas investigações lógicas aparece uma ciência
chamada de Semiótica, que é a teoria dos signos, e nessa ciência, altamente formalizada,
distinguem-se três ramos:

1. Pragmática – Todo estudo que considera os indivíduos como falantes.


2. Semântica – Estuda as relações entre o signo e a coisa significada, sem qualquer
referência aos falantes.
3. Sintaxe – Relações formais entre os signos, com independência das pessoas que falam e
as relações com as coisas significadas. Adiante falaremos da semiótica.

As relações de sentido dentro da semântica lexical nos levam a algumas definições muito
importantes

2.1 Sinonímia

Os sinônimos são palavras de sentido igual ou aproximado.

2.2 Antonímia

São palavras de significação oposta.

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2.3 Homonímia

Os homónimos são palavras que têm a mesma pronúncia, e às vezes a mesma grafia, mas
sentido diferente. O mais impressionante nos homônimos, segundo Cegalla (2008) é o seu
aspecto gráfico e fonético, por isso serem divididos em:

 Homógrafos heterofônicos – iguais na escrita e diferentes no timbre ou na intensidade


das vogais.

Ex: rego (substantivo) e rego (verbo) para (verbo parar) e para (preposição)

 Homófonos heterográficos – iguais na pronúncia e diferentes na escrita.

Ex: acender (atear, pôr fogo) e ascender (subir) paço (palácio) e passo (andar)

 Homófonos homográficos – iguais na escrita e na pronúncia.

Ex: somem (verbo somar) e somem (verbo sumir) Cedo (verbo) e cedo (advérbio)

2.4 Parônimia

São palavras parecidas na escrita e na pronúncia.

Ex: coro e couro; cesta e sesta; osso e ouço; infligir e infrigir

2.5 Polissemia

Acontece quando uma palavra pode ter mais de uma significação. A esse fato linguístico dá-se o
nome de polissemia.

Sintaxe

Em relação a sintaxe, por definição temos que ela, um ramo da linguística, é o estudo dos
processos de estruturação dos elementos nos sintagmas oracionais e as relações de determinação
que entre eles se estabelecem.

Numa linguagem mais simples, poder-se-ia dizer que a sintaxe é a forma como uma
pessoa transmite certa informação ou ainda como ela organiza e relaciona as palavras em uma
oração.
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Para Ibanõs (2009) a Sintaxe é uma subteoria linguística que investiga as propriedades da
sentença em linguagem natural. Ela faz interface interna, em suas relações intradisciplinares, com
as outras subteorias linguísticas, a Fonologia (Fonética), a Morfologia, a Lexicologia, a
Semântica e a Pragmática. Os tópicos mais investigados são exatamente os relevantes para que a
investigação pura e ou aplicada esteja numa relação adequada. Inferências como acarretamento,
hiponímia, pressuposição e implicaturas estão no centro dessas relações intradisciplinares.

Funções e análises sintácticas

As funções sintácticas podem ser de período simples ou composto, conforme mostra o


quadro abaixo:

Sintaxe de período simples Sintaxe de período composto


Sujeito Orações coordenadas
Predicado Orações subordinadas
Verbo de ligação
Complemento nominal
Verbo intransitivo
Verbo transitivo directo
Verbo transitivo indirecto
Verbo transitivo directo e indirecto
Objecto directo
Aposto
Objecto indirecto
Predicativo do sujeito
Predicativo do objecto

Na análise sintáctica entram os seguintes conceitos terminológicos: sintagma, frase,


oração, período, estrutura de superfície, estrutura profunda, parataxe e hipotaxe.

Dentre as utilizações da análise sintáctica tem-se que ela é capaz de tratar correctamente
de situações que implicam em identificação de género e número, como no caso do artigo “the”

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em inglês, que deve ser traduzido de forma diferente em português dependendo da palavra à qual
se refere, ou dos pronomes demonstrativos, possessivos, de quantificadores e de partículas
introdutórias de interrogações.

A análise semântica sempre acompanha a representação sintáctica, sejam elas feitas


paralelamente, de forma simultânea, ou a análise semântica após a sintética (o peso ou a ênfase
dada a cada uma delas pode variar, porém a maior parte dos sistemas actualmente em uso
baseiam-se fundamentalmente na sintaxe). A análise semântica também pode ser realizada em
vários níveis: de forma local, fazendo uso de grupos de palavras ao longo da sentença;
englobando toda a sentença; ou experimentando fazer uma análise mais global, às vezes
recorrendo a bancos de dados externos ao texto a ser traduzido, que podem ser constituídos de
outros textos da área, sentenças prontas, modelos de estruturas, etc. (ALFARO, 1998).

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3. Conclusão

Contudo, feito o trabalho, concluiu-se que o verbo é o termo que exprime acção, estado,
mudança de estado e fenómeno da natureza situado no tempo. A análise morfológica consiste em
dar a classe das palavras, sua classificação, fazer o levantamento dos diversos acidentes
gramaticais (género número, grau, pessoa, etc.) e identificar-lhes o processo de formação e os
elementos mórficos que as constituem. Em palavras mais simples, é o estudo de cada uma das
palavras de uma frase, visando a sua classe, ou seja, independentemente da análise da frase. A
análise semântica sempre acompanha a representação sintáctica, sejam elas feitas paralelamente,
de forma simultânea, ou a análise semântica após a sintética (o peso ou a ênfase dada a cada uma
delas pode variar, porém a maior parte dos sistemas actualmente em uso baseiam-se
fundamentalmente na sintaxe). A análise semântica também pode ser realizada em vários níveis:
de forma local, fazendo uso de grupos de palavras ao longo da sentença; englobando toda a
sentença; ou experimentando fazer uma análise mais global, às vezes recorrendo a bancos de
dados externos ao texto a ser traduzido, que podem ser constituídos de outros textos da área,
sentenças prontas, modelos de estruturas,

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4. Referências bibliográficas

DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. "Análise Sintática e Análise Morfológica"; Brasil


Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/analise-sintatica-analise-
morfologica.htm. Acesso em 29 de abril de 2023.

ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Gramática metódica da Língua Portuguesa. 32 ed. São
Paulo: Saraiva, 1983.

ALFARO, Carolina. Descobrindo, Compreendendo e Analisando a Tradução Automática. Rio


de Janeiro: PUC, 1998. (Monografia de especialização em Tradução Inglês/Português).
Disponível em: <http://www.tecgraf.puc-rio.br/~carolina/monografia/apresentacao.html>
Acesso em: 13 jun. 2010.

BASÍLIO, Margarida. Teoria lexical. São Paulo: Ática, 1987.

CHOMSKY, Noam. 1971. Linguagem e pensamento. Rio de Janeiro: Vozes,

CUNHA, Antonio Sérgio Cavalcante da. A importância da contribuição da gramática gerativa


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<http://www.filologia.org.br/revista/40suple/a%20_importancia_da_contribuicao.pdf> Acesso
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CUNHA, Celso; PEREIRA, 2007. Cilene da Cunha. Gramática do português contemporâneo.


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DEUS, Dimar Silva 2010.de. O gênero dos nomes e a interface entre a morfologia e a
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DUBOIS, Jean et al. Dicionário de Linguística. São Paulo: Cultrix, 1973.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa – século


XXI. 3 ed. 1 reimp. Editora Positivo, 2004 CDRom.

IBANÕS, Ana Maria Tramunt. Pesquisa em sintaxe e suas relações próximas: semântica e
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20
<http://www.pucrs.br/edipucrs/online/pesquisa/pesquisa/artigo10.html> Acesso em: 13 jun.
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ILARI, Rodolfo; BASSO, Renato. O português da gente: a língua que estudamos : a língua que
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