Você está na página 1de 13

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Texto Expositivo Argumentativo

Eduardo Isaias Malo 708215598

Curso: Licenciatura em ensino de Ligua Portuguesa

Disciplina: Lingua Portuguesa I

Ano de Frequencia: 1º ano

Docente: Arsénio dos Aflitos Jorge Adriano

Gurué, Janeiro de 2022


Critérios de avaliação (disciplinas teóricas)

Classificação

Categorias Indicadores Padrões Nota


Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura  Discussão 0.5
organizacionais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

2
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
________________________________________________

3
Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 5

1.1. Objectivos ....................................................................................................................... 6

1.1.1. Objectivo Geral ........................................................................................................... 6

1.1.2. Objectivos Específicos ................................................................................................ 6

1.2. Metodologia .................................................................................................................... 6

2. Fundamentação Teórica ...................................................................................................... 7

2.1.2. Conceito da Argumentação ......................................................................................... 7

2.1.3. Ordens das Provas ....................................................................................................... 8

2.1.4. Percurso da Argumentação.......................................................................................... 8

2.2. Estrutura do Texto Argumentativo ................................................................................. 9

2.2.1. Vias de Argumentação ..................................................................................................... 9

2.2.2. Via Lógica ........................................................................................................................ 9

2.3. Via Explicativa.............................................................................................................. 10

3. Conclusão ......................................................................................................................... 12

4. Referencias bibliográficas ................................................................................................ 13

4
1. Introdução
A exposição é utilizada para apresentar o conteúdo de um tema de maneira clara e
convincente, explicando e desenvolvendo uma série de ideias. O texto em que a exposição
predomina denomina-se texto expositivo. Falar dos textos multiusos é falar acerca dos textos
com várias utilidades caso disso é o caso do texto expositivo-Explicativo que por sua vez pode
ser entendido como sendo um tipo de texto que tem por objectivo principal a transmissão de
conhecimentos a cerca de uma dada realidade, isto é, fazer-saber ou fazer-conhecer (fazer-
perceber).

Desta feita, esse tipo de textos tem características peculiares que facilitem a sua
identificação, isto é, os textos possuem marcas essências que de fácil notar, de exemplo temos:
a sua organização, os tipos de enunciados, a linguagem entre outras características. Já no texto
expositivo argumentativo possui como segunda característica predominante o traço
argumentativo, desse modo, além de apresentar informações sobre determinado assunto, o
autor também procura defender um posicionamento, ou seja, apresentar uma opinião embasada
em argumentos sólidos. Por esses motivos, esse tipo de texto expositivo tem o intuito de
informar e convencer o leitor.

5
1.1.Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
Abordar sobre os textos expositivos-explicativos e expositivos-argumentativos
1.1.2. Objectivos Específicos
 Descrever a estrutura do textos expositivo-explicativo expositivo-argumentativo;
 Descrever as caracteristicas dos textos expositivo-explicativo e expositivo-argumentativo;

1.2.Metodologia
Para a realização desta pesquisa focalizou-se na consulta bibliográfica, pois entende-se
por pesquisa bibliográfica a revisão da literatura sobre as principais teorias que norteiam o
trabalho científico. Essa revisão é o que chamamos de levantamento bibliográfico ou
revisão bibliográfica, a qual pode ser realizada em livros, periódicos, artigo de jornais, sites da
Internet entre outras fontes (Gil, 2002, pag. 14).

6
2. Fundamentação Teórica
2.1.Textos expositivos-argumentativos
2.1.1. Definição

O texto expositivo‐ argumentativo deve evidenciar uma análise crítica e pessoal,


fundamentada em dados concretos e apoiada em determinados pressupostos: o autor, a obra, o
movimento ou o período em consideração. A argumentação visa persuadir o leitor acerca de
uma posição. Quanto mais polémico for o assunto em questão, mais dará margem à abordagem
argumentativa. Pode ocorrer desde o início quando se defende uma tese ou também apresentar
os aspectos favoráveis e desfavoráveis posicionando-se apenas na conclusão. Argumentar é um
processo que apresenta dois aspectos: o primeiro ligado à razão, supõe ordenar ideias, justificá-
las e relacioná-las; o segundo, referente à paixão, busca capturar o ouvinte, seduzi-lo e
persuadi-lo.

Os argumentos devem promover credibilidade. Com a busca de argumentos por


autoridade e provas concretas, o texto começa a caminhar para uma direcção coerente, precisa
e persuasiva. Somente o facto pode fortalecer o texto argumentativo. Não podemos confundir
facto e opinião. O facto é único e a opinião é variável. Por isso, quando ocorre generalização
dizemos que houve um “erro de percurso”.

Segundo Rei (1990:88) “Um argumento é um raciocínio destinado a provar ou refutar


uma afirmação destinada a fazer admitir outra.”

Ainda de acordo com o mesmo autor, a teoria da argumentação estuda as técnicas


discursivas que permitem provocar ou aumentar a adesão dos espíritos às teses que
apresentamos ao seu consentimento. Sem se afastar da dialéctica, da lógica e da retórica. A
argumentação investiu no campo da psicologia, da sociologia e da teoria geral da informação,
indo nestes campos procurar alguma luz sobre como reage o homem, quando exposto às
mensagens persuasivas, como altera as suas convicções e o seu comportamento.

2.1.2. Conceito da Argumentação


Argumentar é um processo que apresenta dois aspectos: o primeiro ligado à razão,
supõe ordenar ideias, justificá-las e relacioná-las; o segundo, referente à paixão, busca capturar
o ouvinte, seduzí-lo e persuadí-lo.

7
Para Gomes (2002) “a argumentacao como accao verbal pela qual se leva uma pessoa
e/ou um auditorio a aceitar uma determinada tese, valendo-se, para tanto, de discursos que
demostrem sua consistência” (pag. 61). Esses recursos são as verdades aceitas por uma
determinada comunidade, assim como os valores eos procedimentos por ela considerados
correctos ou validos.
2.1.3. Ordens das Provas

As provas têm a funcão de sustentar os argumentos e são de três ordens (Verest, 1939:
pag. 468-471):
 Naturais - incluem os textos das leis, o testemunho das autoridades, as afirmacões das
testemunhas e os documentos de qualquer espécie;
 Verdades e princípios Universais - são reconhecidas, deste modo, por todos e
apresentadas sob a forma de raciocínio reduzido, ou entimema;
 O Exemplo – é um caso particular, real ou fitício, que tem uma analogia verdadeira com o
caso que nos ocupa. A intencão é, a partir dele, inculcar uma verdade geral da qual
deduzimos uma proposicão que queremos estabelecer.
2.1.4. Percurso da Argumentação
No processo de argumentação, usam-se com frequência os seguintes termos, de acordo com o
contexto, como a seguir se apresentam:

 Adversidade: (oposição): mas, porém, todavia, contudo, entretanto, senão, que.


 Alternância: ou; e as locuções ou... ou, ora...ora, já...já, quer...quer...
 Conclusão: logo, portanto, pois.
 Explicação: que, porque, porquanto...
 Causa: que, como, pois, porque, porquanto; e as locuções: por isso que, pois, que, já
que, visto que...
 Comparação: que, do que (depois de mais, maior, melhor ou menos, menor, pior),
como;
 Concessão: que, embora, conquanto. Também as locuções: ainda que, mesmo que, bem
que, se bem que, nem que, apesar de que, por maisque, por menos que...
 Condições: se, caso
 Finalidade: As locuções para que, a fim de que, por que...
 Consequência: que (precedido de tão, tanto, tal).

8
2.2.Estrutura do Texto Argumentativo

O texto argumentativo, oral ou escrito, estrutura-se basicamente num plano tripartido:

a) Exórdio – é a primeira parte de um discurso, preâmbulo, a introdução do discurso que


consiste em:
 Exposição do tema;
 Exposição das ideias defendidas (pode recorrer-se à explicitação de determinados
termos, à apresentação de esquemas da exposição, à referência de outras opiniões, etc.
b) Narração /confirmação – é a parte do discurso em que o orador desenvolve as provas,
consiste na utilização de argumentos (citação de factos, de dados estatísticos, de outros
exemplos, de narração de acontecimentos, etc.).
c) Peroração/epílogo – é a parte final de um discurso, a sua conclusão, o remate, síntese,
recapitulação.

2.2.1. Vias de Argumentação

2.2.2. Via Lógica

Trata-se, neste primeiro percurso, de modelos de raciocínios herdados das disciplinas ligadas
ao pensamento: a indução, a dedução, o raciocínio causal.

 A Indução – é a forma habitual de pensar do singular ao plural, do particular ao geral.


Pode tomar duas formas: totalizante, quando se estabelece a partir do recenseamento de
um todo, adquirindo o estatuto de prova - como quando, depois da chamada, afirmamos
"os alunos estão todos"; generalizante, quando o recenseamento completo não é
possível e o raciocínio indutivo nos leva de uma parte ao todo, por generalização - por
exemplo quando se afirma: "Os portugueses são hospitaleiros". Este é o procedimento
mais usual, mas o menos rigoroso, pois a generalização implica simplificação, e com
ele vem o engano, o idealismo e a teorização.
 A Dedução - dois princípios estão na sua base: o da não contradição - quando duas
afirmações se contradizem uma delas é falsa - e o da progressão do geral para a
particular - através de articulação lógica expressa por "assim", "portanto" ou "logo".

9
Por exemplo, o silogismo - constituído por três proposições ou afirmações - chamadas
premissas as duas primeiras (apelidada uma de "major" e outra de "menor", confome o termo
que contém, e conclusão, a terceira - deve possuir três termos e combiná-Ios dois a dois. Veja:
Os Homens são mortais
Sócrates é um homem

Sócrates é mortal.

 O raciocínio causal - "Asseguremo-nos bem do facto, antes de nos inquietarmos com


a causa" aconselhava Fontenelle (L. Bellenger, 1988: 27), o papel preponderante do
raciocínio causal, na argumentação, assenta em duas transposiões constantes: da causa
para o efeito e do efeito para a causa, conduzindo ao pressuposto de que "o
conhecimento das causas permitirá remediar o facto constatado" (ibid. 27), quer dizer,
suprimamos as causas e o problema estará resolvido, o que leva as pessoas a
preocuparem-se mais com as razões do presente do que com o modo de melhorar o
futuro.
2.3.Via Explicativa

A Via Explicativa à semelhança da anterior procura fazer compreender e tornar inteligível a


informação da argumentação. Para Bellenger (ibid.: 36-45), via explicativa usa as definições,
as comparações, a analogia, a descrição e a narração. O explicar pretende convencer com o
máximo de objectividade.

 A definição – definir é dizer a verdade e responde à necessidade de compreender. A


necessidade de definir aumenta a credibilidade de quem quer convencer.
 A comparação – usa-se a comparação para provar a utilidade, a bondade, o valor de
uma coisa, um resultado, uma opinião. A técnica comparativa é simples, fácil de
compreender, inscrita nos nossos hábitos, levando-nos a usá-la, activa e passivamente,
de forma natural e sem disso nos darmos conta. A comparação procura fazer passar
identidades entre factos, pessoas ou opiniões diferentes e transpor valores de sistemas
independentes e autónomos: estas passagens e transposições são manipuladoras e
pretendem chocar, colocar problemas de consciência, questionar os modelos culturais
e as normas vigentes.
 A analogia – “é a imaginação em auxílio da vontade de se explicar e de convencer.”
(L. Belllenger, 1988: 41). Trata-se de uma semelhança estabelecida pela imaginação

10
entre pensamentos, factos, pessoas. Simboliza a vontade de bem se exprimir e bem se
fazer entender. Simplifica a caricatura, prestando-se, assim, a uma fácil fixação e a uma
compreensão imediata, daí o seu uso frequente na publicidade. Os antigos olhavam-na
com alguma reserva, aconselhando, por isso, a introduzi-la com expressões como: de
certo modo, quase como, uma espécie de…
 Descrição e narração – para convencer alguém, podemos descrever ou narrar uma
situação ou um acontecimento. São o ponto de partida da indução socrática: narra uma
história, uma experiência, uma anedota, desencadeia um processo de inferência que a
partir de um facto nos conduz ao princípio ou à regra. É o peso do concreto, do vivido
e do testemunho que passa através delas. Ambos os processos criam a ausência, a falta
de um complemento, de um remate, de um "E depois?" - ouvido sempre que alguém,
ao narrar algo, aparenta parar ou desviar-se do enredo.

Texto Exposetivo Argumentativo

Amor de Deus a Humanidade

O primeiro elemento importante é a afirmação de Cristo como mediador e


plenitude da revelação. Nessa direção compreende-se o texto de Hb [Carta aos Hebreus]
referido a Cristo como ápice da revelação. O texto bíblico recorda o modo do revelar-se
de Deus na história da humanidade, narrado a partir do Antigo Testamento.
Progressivamente, pacientemente e de diversas maneiras, isto é, por meio dos profetas,
mas também por meio dos patriarcas e de outros acontecimentos sinais, palavras, gestos,
milagres, Deus se comunicou com seu povo. Mas, como diz o autor sagrado, “nos falou
agora pelo seu Filho”. Portanto, falou de modo como nunca tinha feito antes, de modo
pessoal e insuperável em Jesus de Nazaré, Verbo eterno feito carne, presença e morada
de Deus entre os homens.

11
3. Conclusão

No que dis respeito aos textos expositivos-argumentativos, ficamos a saber acerca da própria
definição desses tipos de textos, a suas características, o seu objectivo, a sua forma de
organização, o tipo de discurso usado nesses tipos de textos, formas de identificação. Deste
modo como jeito de conclusão podemos afirmar que a relação existente entre os textos
expositivos argumentativos e os textos expositivos explicativos é que os dois visam trazer uma
informação, relativamente nova ao leitor, através de uma exposição. A diferença existente
entre os dois tipos de textos é o facto de o texto expositivo explicativo ter por finalidade dar a
conhecer um determinado assunto e fazer com que este traga um ensinamento ao leitor, ao
passo que o texto expositivo-explicativo tem por finalidade convencer ou persuadir ao leitor a
aderir a determinado ponto de vista.

12
4. Referencias bibliográficas
Gil, A. C. (2002). Como elaborar projectos de pesquisa. São Paulo, SP: Atlas.
Gomes A. (2002). Didáctica de Ensino da Língua Portuguesa. São Paulo, SP: Atlas.
Kleiman, Â. (1993). Oficina de Leitura: Teoria e Prática. São Paulo: Editora

Verest. J. (1986). Linguagem e Pensamento da Criança. São Paulo: Martins Fontes.

13

Você também pode gostar