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1 O que é a Filosofia?

As questões da Filosofia

Teste 1
GRUPO I

Seleciona a alternativa correta.


1. A aplicação da pena de morte como forma de castigo para quem comete homicídio é alvo
de debate filosófico, na medida em que se procura
A. perceber se os dados quantitativos disponíveis confirmam ou não o seu efeito na
diminuição da criminalidade.
B. averiguar se esta forma de castigo é ou não aceitável do ponto de vista moral.
C. explicar os efeitos psicológicos da mesma nos familiares das vítimas.
D. conhecer a posição da maioria das pessoas sobre este assunto.
2. O facto de a maioria das questões filosóficas se encontrarem sujeitas à controvérsia
significa que
A. os filósofos não têm em conta o que os outros filósofos defendem.
B. há acordo entre os especialistas quanto às várias tentativas de resposta.
C. há várias tentativas de resposta, mas não são consensuais.
D. não é possível responder a essas questões.
3. Qual dos problemas seguintes é empírico?
A. Pode-se provar racionalmente a existência de Deus?
B. A maioria dos portugueses considera que é feliz?
C. Será que a vida tem sentido?
D. O que é a felicidade?
4. Das questões seguintes, identifica aquela cuja resposta é conceptual e não empírica.
A. Temos a obrigação de ajudar os mais pobres?
B. Como é que a pandemia contribuiu para o aumento da pobreza no mundo?
C. Quantos pobres existem em Portugal?
D. Que medidas económicas e sociais pode o estado adotar para combater a pobreza?
5. A disciplina filosófica em que se discute a questão «Como distinguir a ciência da
pseudociência (falsa ciência)?» chama-se
A. Lógica.
B. Metafísica.
C. Ética.
D. Filosofia da ciência.
6. O contrário de atitude crítica pode designar-se
A. atitude desafiadora de dogmas aceites acriticamente.
B. atitude questionadora.
C. atitude reflexiva.
D. atitude dogmática.

Editável e fotocopiável © Texto | Dúvida Metódica, 10.º ano 83


1 O que é a Filosofia? As questões da Filosofia

GRUPO II

1. Lê, com atenção, o seguinte texto e responde às questões apresentadas.


«Haverá algum conhecimento no mundo que seja tão certo que nenhum homem razoável
possa dele duvidar? Esta pergunta, que à primeira vista pode não parecer difícil, é na realidade
uma das mais difíceis que se pode fazer. Quando nos dermos conta dos obstáculos que se
levantam a uma resposta fácil e confiante, estaremos já bem lançados no estudo da filosofia –
pois a filosofia é apenas a tentativa de responder a questões últimas deste género (…).
Devemos procurar o valor da filosofia, de facto, em grande medida na sua própria incerteza. O
homem sem rudimentos de filosofia caminha pela vida preso a preconceitos derivados do
senso comum, a crenças costumeiras da sua época ou da sua nação, e a convicções que
cresceram na sua mente sem a cooperação ou o consentimento da sua razão deliberativa.
Para tal homem, o mundo tende a tornar-se definido, finito, óbvio; os objetos comuns não
levantam questões e as possibilidades incomuns são rejeitadas com desdém. Pelo contrário,
mal começamos a filosofar, descobrimos (…) que mesmo as coisas mais quotidianas levam a
problemas aos quais só se podem dar respostas muito incompletas. A filosofia, apesar de não
poder dizer-nos com certeza qual é a resposta verdadeira às dúvidas que levanta, é capaz de
sugerir muitas possibilidades que alargam os nossos pensamentos e os libertam da tirania do
costume. Assim, apesar de diminuir a nossa sensação de certeza quanto ao que as coisas são,
aumenta em muito o nosso conhecimento quanto ao que podem ser; remove o dogmatismo
algo arrogante de quem nunca viajou pela região da dúvida libertadora e mantém vivo o nosso
sentimento de admiração ao mostrar coisas comuns a uma luz incomum.»
Bertrand Russell, Os Problemas da Filosofia, Edições 70, Lisboa, 2008, pp. 69, 216 e 217 (adaptado)

1.1 Indica a área de estudo da Filosofia em que se discute a questão destacada no texto.
1.2 Como pode a Filosofia levar-nos a desenvolver uma atitude crítica?
2. Considera o seguinte exemplo.
A Maria acredita que cada pessoa deve «fazer pela vida» e não ficar à espera de apoios do
Estado. Ainda assim, considera que ajudar os outros faz todo o sentido, mas deve-se deixar
isso à iniciativa de cada um. Ela pensa que todas as pessoas têm liberdade para escolher as
suas atitudes: pensar só nos seus interesses ou ser solidário.
2.1 Indica duas crenças filosóficas que a Maria tem.
2.2 Todas as pessoas têm crenças filosóficas. Porquê?
2.3 Na tua opinião, que consequências poderão advir do facto de nós não analisarmos as
crenças filosóficas que possuímos?

Editável e fotocopiável © Texto | Dúvida Metódica, 10.º ano 84


O que é a Filosofia? 2.2 A Filosofia estuda ideias básicas – como verdade,
As questões da Filosofia realidade, justiça, beleza, bondade,
GRUPO I conhecimento, etc. – que estão envolvidas
1. B 3. B 5. D naquilo que as pessoas pensam e dizem no dia a
2. C 4. A 6. D dia, nas ciências, no direito, etc. A maioria das
pessoas talvez não reflita frequentemente acerca
GRUPO II
dessas ideias, mas estas são centrais no modo
1.
como encaram o mundo: acreditam que o
1.1 Epistemologia. mundo é real, que é melhor ser bondoso do que
1.2 A Filosofia pode levar-nos a desenvolver uma ser maldoso, que o conhecimento é preferível à
atitude crítica, na medida em que estuda ignorância, etc. Trata-se de crenças filosóficas,
questões que provocam a reflexão e a discussão mesmo que as pessoas não tenham disso
de ideias: as respostas são problemáticas e não consciência.
consensuais, oferecendo imensos motivos de 2.3 Se o aluno defender que não analisar as nossas
dúvida e convidando ao debate e não à aceitação crenças filosóficas tem consequências negativas,
dogmática. Tudo isso alarga o nosso poderá (entre outros aspetos) dizer que isso fará
entendimento do mundo e ajuda-nos a com que possamos estar enganados sem o
ultrapassar preconceitos e ideias feitas. sabermos (ou até sermos enganados por outras
2. pessoas), o que prejudicará a nossa compreensão
2.1 A Maria acredita na liberdade individual: «cada do mundo e talvez a nossa vida prática.
pessoa deve “fazer pela vida” e não ficar à espera Se o aluno defender que não analisar as nossas
de apoios do Estado» / «pensa todas as pessoas crenças filosóficas não tem consequências
têm liberdade para escolher». A Maria acredita negativas, poderá (entre outros aspetos) dizer
também na(o) solidariedade/altruísmo: que a falta dessa análise não impede a maioria
«considera que ajudar os outros faz todo o das pessoas de viverem as suas vidas – e muitas
sentido». de modo feliz e realizado –, pelo que o mesmo
poderá acontecer connosco.

Editável e fotocopiável © Texto | Dúvida Metódica, 10.º ano 85


2 Ferramentas úteis à atividade filosófica: noções de Lógica (formal e informal)

Teste 2
GRUPO I

Seleciona a alternativa correta.


1. Qual é a frase que expressa de forma canónica uma proposição universal negativa?
A. Os políticos não são honestos.
B. Não há nenhum político que não seja honesto.
C. Nenhum político é honesto.
D. Não há políticos honestos.
2. A falsidade de uma proposição particular (I ou O) implica a
A. verdade da sua contraditória e da sua subcontrária.
B. falsidade da sua contraditória e da sua subcontrária.
C. verdade da sua contraditória e a falsidade da sua subcontrária.
D. falsidade da sua contraditória e a verdade da sua subcontrária.
3. No quadrado lógico, a relação lógica entre as proposições universais (A e E) é de
A. contraditoriedade.
B. contrariedade.
C. subcontrariedade.
D. implicação.
4. Imagina que alguém afirma o seguinte:
«É falso que os adolescentes não precisam de aprender na escola».
Qual seria a conclusão obtida, utilizando a regra de inferência da negação dupla?
A. Alguns adolescentes não precisam de aprender na escola.
B. Alguns adolescentes precisam de aprender na escola.
C. Os adolescentes não precisam de aprender na escola.
D. Os adolescentes precisam de aprender na escola.
5. As falácias informais são:
A. ad hominem, espantalho e apelo ao povo.
B. silogismo hipotético, ad hominem e espantalho.
C. ad hominem, derrapagem e silogismo disjuntivo.
D. espantalho, apelo ao povo e silogismo disjuntivo.
6. Os argumentos que são falaciosos, apesar de possuírem uma forma lógica válida, são:
A. falso dilema, falsa relação causal e petição de princípio.
B. falso dilema, apelo à ignorância e petição de princípio.
C. falso dilema, derrapagem e petição de princípio.
D. falso dilema, espantalho e petição de princípio.

Editável e fotocopiável © Texto | Dúvida Metódica, 10.º ano 87


2 Ferramentas úteis à atividade filosófica: noções de Lógica (formal e informal)

GRUPO II

1. Analisa os argumentos que se seguem:


A. «Seja otimista, pois não serve de muito ser outra coisa qualquer» (frase atribuída a
Winston Churchill).
B. As escolas secundárias deviam estimular a prática da Educação Física entre os
adolescentes. Com efeito, uma significativa percentagem de adolescentes tem
excesso de peso e essas instituições devem promover hábitos de vida saudáveis.
C. Dado que admiramos pessoas altruístas, admiramos os voluntários do Banco
Alimentar Contra a Fome.
D. O Jesualdo é juiz, consequentemente tem formação universitária em Direito.
1.1 Identifica a conclusão de cada um dos argumentos.
1.2 Explicita as premissas ocultas nas alíneas C e D.
1.3 Indica como se designam os argumentos com premissas ocultas.
2. Interpreta o exemplo seguinte.

2.1 Explicita, usando a linguagem natural, o argumento existente no exemplo.


2.2 Identifica a forma de inferência utilizada no exemplo apresentado.
2.3 Supõe que alguém pretende argumentar falaciosamente a partir da primeira
premissa. Apresenta duas maneiras de o fazer.
3. Imagina que tens de convencer alguém a deixar-te sair à noite com os teus amigos e
optas por recorrer à falácia ad populum. Que argumento poderias utilizar?

Editável e fotocopiável © Texto | Dúvida Metódica, 10.º ano 88


2 Ferramentas úteis à atividade filosófica: noções de Lógica (formal e informal)

GRUPO II

4. Identifica, no título seguinte, o erro cometido na utilização dos conceitos da Lógica.


Justifica.

Argumento falso difundido pelo filme


Tropa de Elite é usado para justificar
assassinato de crianças
https://cartacampinas.com.br/2019/10/witzel-usa-argumento-falso-difundido-pelo-filme
tropa-de-elite-para-justificar-assassinato-de-criancas/ (consultado em 15/02/2021)

5. Preenche os espaços em branco na tabela de validade. A forma argumentativa é válida ou


inválida?
Justifica.

P Q ¬P¬Q ¬PQ ∴PQ


V V _ V_ F __ V
V F _ _V F __ _
F V _ F_ _ V_ V
F F _ _V V F_ _

Editável e fotocopiável © Texto | Dúvida Metódica, 10.º ano 89


Ferramentas úteis à atividade filosófica: noções • Falácia da negação da antecedente: Se está a
de Lógica (formal e informal) chover, então fico em casa.
GRUPO I Não está a chover.
1. C 3. B 5. A Logo, não fico em casa.
2. A 4. D 6. C 3. O argumento poderia ser este ou outro
semelhante:
GRUPO II
Todas as pessoas da minha idade saem à noite
1.
com os amigos.
1.1 Por isso, eu também devo poder sair à noite com
A. «Seja otimista». os meus amigos.
B. «As escolas secundárias deviam estimular a
prática de Educação Física entre os 4. O erro reside na expressão «argumento falso».
adolescentes». Justificação:
Os argumentos não são verdadeiros nem falsos.
C. «admiramos os voluntários do Banco
As suas partes constituintes (premissas e
Alimentar Contra a Fome».
conclusão) é que são verdadeiras ou falsas. Os
D. «[O Jesualdo] tem formação universitária em
argumentos são válidos ou inválidos (e sólidos ou
Direito».
não sólidos) ou fortes e fracos.
1.2 As premissas ocultas são:
C. [Todos] os voluntários do Banco Alimentar 5.
Contra a Fome são altruístas.
D. Todos os juízes têm formação universitária em
Direito.
1.3 Os argumentos com premissas ocultas chamam-
se entimemas.
2.
2.1 Se está a chover, então fico em casa.
Não fico em casa. A forma argumentativa é válida, porque não
Logo, não está a chover. ocorre nenhuma circunstância em que as
Nota: a consequente também poderia ser, por premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa.
exemplo, «ele fica em casa». Nota:
2.2 Modus tollens (ou negação da consequente). Os V e F (a preto ou a verde) destacados a bold
2.3 As duas maneiras de o fazer são recorrer à: correspondem aos valores de verdade dos
• Falácia da afirmação da consequente: espaços por preencher na tabela do enunciado.
Se está a chover, então fico em casa. As colunas destacadas a cor verde assinalam os
Fico em casa. valores de verdade da conetiva principal nas duas
Logo, está a chover. premissas e na conclusão.

Editável e fotocopiável © Texto | Dúvida Metódica, 10.º ano 91


3 Determinismo e liberdade na ação humana

Teste 3
GRUPO I

Seleciona a alternativa correta.


1. A questão que se relaciona com o problema do livre-arbítrio é:
A. O que é mais importante: a liberdade individual ou a segurança?
B. Teremos o poder de nos autodeterminar?
C. A liberdade de expressão deve ou não ter limites?
D. A liberdade para participar na vida política será importante?
2. Se admitirmos que não existe livre-arbítrio, teremos
A. necessariamente de defender o fim das prisões e de outros castigos.
B. de admitir que as ações não são determinadas por causas anteriores.
C. de admitir que, embora as ações dependam de causas anteriores e das leis da natureza,
há alguma margem de escolha, embora extremamente reduzida.
D. uma razão plausível para pensar que a vida não tem sentido, já que tenderemos a
considerar o que fazemos como uma consequência inevitável de acontecimentos
anteriores.
3. «Na Ética, Espinosa afirma que as pessoas “erram ao pensar que são livres, e esta opinião
consiste apenas nisto: que estão cientes das suas ações mas ignoram as causas que as
determinaram”.»
A.C. Grayling, Uma História da Filosofia, Edições 70, Lisboa, 2020, p. 258

Esta ideia de Espinosa insere-se na perspetiva do


A. determinismo moderado.
B. determinismo radical.
C. libertismo.
D. compatibilismo.
4. No ensino secundário, depois de refletires acerca dos teus interesses e objetivos, tiveste a
possibilidade de escolher entre os cursos de Línguas e Humanidades, Ciências e
Tecnologias, Ciências Socioeconómicas e Artes Visuais. O argumento libertista que se
relaciona com essa vivência chama-se argumento da
A. inevitabilidade.
B. responsabilidade.
C. experiência.
D. ausência de coação.

Editável e fotocopiável © Texto | Dúvida Metódica, 10.º ano 93


3 Determinismo e liberdade na ação humana

5. Lê, Segundo os críticos do determinismo moderado, a conciliação entre livre-arbítrio e


determinismo, procurada por essa teoria, implica
A. a redefinição simplista do conceito de livre-arbítrio aceite pelas teorias
incompatibilistas.
B. o recurso ao conceito de livre-arbítrio aceite pelas teorias incompatibilistas.
C. a compreensão de livre-arbítrio como a capacidade de autodeterminação da vontade.
D. a compreensão de livre-arbítrio como a capacidade de agir independentemente de
causas anteriores.
6. Uma das críticas ao libertismo é que
A. sem livre-arbítrio a vida não tem sentido.
B. evolutivamente é implausível que não exista livre-arbítrio.
C. a ideia de que há ações sem causas anteriores é implausível e anticientífica.
D. não permite compreender a existência de autênticas possibilidades alternativas de
ação.

Editável e fotocopiável © Texto | Dúvida Metódica, 10.º ano 94


3 Determinismo e liberdade na ação humana

GRUPO II

1. Analisa o texto e responde às questões a seguir apresentadas.


«– Já viste uma casa a arder? Continua a fumegar durante dias e dias. Lembrar-me-ei
daquele fogo toda a minha vida! Toda a noite, na minha imaginação tentei apagá-lo.
Estava meio doido.
– Devias ter pensado nisso antes de te teres feito bombeiro.
– Pensar! – disse ele. – Tive, por acaso, possibilidades de escolha? O meu pai e o meu avô
foram bombeiros. À noite, quando sonho, corro atrás deles.»
Ray Bradbury, Fahrenheit 451, Coleção Mil Folhas (jornal Público), 2003, p. 54

1.1 Identifica a tese, acerca do problema do livre-arbítrio, implícita no texto, indicando a


perspetiva em que se insere (determinismo radical / libertismo / determinismo
moderado).
1.2 Que objeção poderia apresentar quem discordasse da afirmação «Tive, por acaso,
possibilidades de escolha? O meu pai e o meu avô foram bombeiros.»?
1.3 Na tua opinião, os seres humanos têm ou não livre-arbítrio? Justifica, discutindo pelo
menos uma das teorias que estudaste.

Editável e fotocopiável © Texto | Dúvida Metódica, 10.º ano 95


Determinismo e liberdade na ação humana temos e dado o facto de a evolução tender a
GRUPO I eliminar aquilo que não favorece a adaptação e a
1. B 3. B 5. A sobrevivência (e presumivelmente as crenças
2. D 4. C 6. C falsas não favorecem isso) / é implausível que não
exista livre-arbítrio, pois isso implicaria que a vida
GRUPO II humana não tivesse qualquer sentido (ora, é
1. defensável que a vida humana tem sentido).
1.1 Epistemologia No texto, a tese implícita é «Não 1.3 O aluno pode defender que não existe livre-
existe livre-arbítrio» e a perspetiva é o arbítrio e justificar com argumentos favoráveis ao
determinismo radical. determinismo radical ou, então, com objeções a
1.2 Poderia criticar, alegando que há livre-arbítrio, uma (ou a ambas) das teorias que defendem a
pois temos experiência dele. Outras existência de livre-arbítrio (isto é, o libertismo e o
possibilidades de resposta: é implausível que não determinismo moderado). O aluno pode
exista livre-arbítrio, porque este está pressuposto defender que existe livre-
em atitudes tão frequentes como culpabilizar ou -arbítrio e justificar com argumentos favoráveis
elogiar alguém e em sentimentos como os ao libertismo ou ao determinismo moderado ou,
remorsos e o orgulho / em termos evolutivos, é então, com objeções à teoria que defende a
implausível que não exista livre- inexistência de livre-arbítrio (isto é, o
-arbítrio, dada a centralidade da crença que nele determinismo radical).

Editável e fotocopiável © Texto | Dúvida Metódica, 10.º ano 97


4 O problema da natureza dos juízos morais

Teste 4
GRUPO I

1. Lê, atentamente, o texto e responde às questões seguintes, selecionando a alternativa


correta.
«Em 1966, uma rapariga de dezassete anos chamada Fauziya Kassindja chegou ao
Aeroporto Internacional de Newark e pediu asilo. Tinha fugido do seu país natal, o Togo,
pequena nação do oeste africano, para escapar ao que ali as pessoas chamam “excisão”.
Fauziya Kassindja era a mais jovem de cinco filhas de uma família muçulmana devota.
O seu pai, proprietário de uma bem-sucedida empresa de camionagem, opunha-se à
excisão, e tinha capacidade de se opor à tradição por causa da sua riqueza. As suas
primeiras quatro filhas casaram sem ser mutiladas. Mas quando Fauziya tinha dezasseis
anos, ele morreu subitamente. Fauziya ficou então sob a tutela do avô, que ajustou para
ela um casamento e se preparava para a submeter à excisão. Fauziya ficou aterrorizada e a
mãe e a irmã mais velha ajudaram-na a fugir. A mãe tendo ficado sem recursos, teve de
pedir desculpas formais e submeter-se à autoridade do patriarca que ofendeu.
Entretanto, na América, Fauziya foi detida durante dois anos enquanto as autoridades
decidiam o que fazer. Por fim, foi-lhe concedido asilo, mas não antes de se tornar o centro
de uma controvérsia sobre a forma como devemos encarar as práticas culturais de outros
povos. Uma série de artigos no New York Times favoreceu a ideia de que a excisão é uma
prática bárbara e merecedora de condenação. Outros observadores mostraram-se
relutantes (…) – vive e deixa viver, afirmaram; afinal de contas, é provável a nossa cultura
parecer igualmente estranha para eles.»
James Rachels, Elementos de Filosofia Moral, Gradiva, Lisboa, 2004, pp. 47-48

1.1 O texto relaciona-se com a seguinte questão filosófica:


A. Como se caracterizam as tradições ligadas ao casamento em diferentes países do
mundo?
B. Quais as consequências da excisão na saúde física e mental das mulheres?
C. O que leva certos povos a seguir a tradição da excisão?
D. Como devemos encarar as práticas culturais de outros povos?
1.2 Os defensores da atribuição de asilo a Fauziya argumentam com base em ideias que
se enquadram
A. no objetivismo.
B. no subjetivismo.
C. no relativismo.
D. nas tradições do Togo.
1.3 Quem critica a atribuição de asilo a Fauziya argumenta com base em ideias que se
enquadram
A. nas tradições norte-americanas.
B. no relativismo.
C. no subjetivismo.
D. no objetivismo.

Editável e fotocopiável © Texto | Dúvida Metódica, 10.º ano 99


4 O problema da natureza dos juízos morais

1.4 A afirmação «a excisão é uma prática bárbara e merecedora de condenação»


pressupõe que os juízos morais podem ser
A. particulares e subjetivos.
B. individuais e objetivos.
C. universais e objetivos.
D. universais e subjetivos.
1.5 Uma objeção às teses pressupostas nas afirmações «vive e deixa viver, (…) é provável
a nossa cultura parecer igualmente estranha para eles» é:
A. As pessoas de cada sociedade devem viver de acordo com os seus costumes e
abster-se de criticar os costumes dos outros.
B. Criticar certos costumes supõe a superioridade de uma cultura em relação a
outras.
C. Criticar certos costumes supõe que todas as culturas têm igual valor.
D. Criticar certos costumes não implica ser etnocêntrico ou intolerante.
1.6 «É errado obrigar Fauziya a seguir as tradições do Togo» é um juízo
A. estético.
B. moral.
C. religioso.
D. descritivo.

Editável e fotocopiável © Texto | Dúvida Metódica, 10.º ano 100


4 O problema da natureza dos juízos morais

GRUPO II

1. O cartoon seguinte apela, de forma implícita, para diversos valores. Indica dois deles.

2. Considera o seguinte argumento: «A caça de veados é correta, porque eu, Joaquim Silva,
gosto de os caçar e tenho um enorme prazer nisso.»
2.1 Um subjetivista consideraria que a premissa justifica a conclusão desse argumento?
Porquê?
2.2 Um relativista consideraria que a premissa justifica a conclusão desse argumento?
Porquê?
3. Se admitirmos que a verdade ou a falsidade dos juízos morais é independente do ponto de
vista individual ou cultural, estaremos a considerar correta que teoria ética?
4. Quem adota uma atitude etnocêntrica concordará com a tese de que todas as culturas
têm igual valor? Justifica.
5. Na tua opinião, para combater a intolerância existente nas sociedades multiculturais será
mais eficaz recorrer aos argumentos do subjetivismo, do relativismo ou do objetivismo?
Na resposta deves
– indicar claramente a posição que defendes;
– explicar os argumentos apresentados pelo menos por uma das perspetivas;
– justificar a posição defendida.

Editável e fotocopiável © Texto | Dúvida Metódica, 10.º ano 101


O problema da natureza dos juízos morais 5. Indicação clara de uma das perspetivas
GRUPO I (subjetivismo, relativismo ou objetivismo).
1.1 D 1.3 B 1.5 D Justificação da posição defendida. Explicação dos
1.2 A 1.4 C 1.6 B argumentos utilizados por uma das seguintes
perspetivas:
GRUPO II Se o aluno pensar que os argumentos do
1. Indicação de dois dos valores que se seguem (ou subjetivismo são mais eficazes para combater a
outros que se possam relacionar com a figura): intolerância, poderá alegar, nomeadamente, que
Saúde / Solidariedade / Altruísmo / Etc. as ideias do subjetivismo promovem a liberdade
1.1 Responde sim. individual e o respeito pelas opiniões alheias, pois
Justificação: um subjetivista consideraria que a incluem a tese de que cada indivíduo pode ter a
premissa justifica a conclusão do argumento, pois sua verdade ética e que nenhum tem mais razão
defende a tese de que os juízos morais, como «A do que outro.
caça de veados é correta», se baseiam em Se o aluno pensar que os argumentos do
sentimentos e preferências pessoais, como «eu relativismo são mais eficazes para combater a
gosto de os caçar». intolerância, poderá alegar, nomeadamente, que
as ideias do relativismo promovem o respeito
2.2 Responde não. pelas crenças e costumes dos outros povos, pois
Justificação: um relativista consideraria que não incluem a tese de que cada sociedade pode ter a
justifica, pois defende a tese de que os juízos sua verdade ética e que nenhuma tem mais razão
morais, como «A caça de veados é correta», se do que outra. Se o aluno pensar que os
baseiam nos padrões culturais da sociedade do argumentos do objetivismo são mais eficazes
agente e não em sentimentos e preferências para combater a intolerância, poderá alegar,
pessoais, como «eu gosto de os caçar». nomeadamente, que as ideias do objetivismo
3. O objetivismo. promovem um genuíno diálogo intercultural,
bem como efetivos debates entre os indivíduos,
4. Não. pois permitem distinguir, imparcialmente, as
Justificação: alguém que adote uma atitude crenças e os comportamentos que são toleráveis
etnocêntrica considera que as culturas não têm dos que não são.
igual valor: existem umas superiores e outras
inferiores e estas últimas podem ser avaliadas
negativamente (subjugadas, discriminadas ou
mesmo exterminadas). Daí que, em nome de
ideias etnocêntricas, se possam defender práticas
como a escravatura ou o racismo.

Editável e fotocopiável © Texto | Dúvida Metódica, 10.º ano 103


5 O problema do critério da moralidade das ações: a ética deontológica de Kant e a ética utilitarista de Stuart Mill

Teste 5
GRUPO I

Seleciona a alternativa correta.


1. De acordo com Kant, a fonte do imperativo categórico é
A. a inclinação.
B. a razão.
C. o interesse pessoal.
D. os sentimentos.
2. Segundo a ética kantiana, uma pessoa que decide beber porque gosta das sensações
provocadas pelo álcool tem uma vontade
A. guiada pelo dever.
B. submetida a motivos racionais.
C. heterónoma.
D. autónoma.
3. O filósofo francês Sartre descreveu uma situação que envolvia um dilema moral. Um dos
seus alunos pediu-lhe um conselho: deveria ficar em França (ocupada pelos nazis) e ajudar
a sua idosa mãe ou sair do país e juntar-se às forças francesas livres que combatiam o
nazismo?
A partir da análise da situação apresentada pelo aluno, que objeção se pode fazer à ética
kantiana?
A. O imperativo categórico é, afinal, consequencialista.
B. É errado negar a importância moral dos sentimentos.
C. Quando existe um conflito entre deveres morais considerados absolutos, a ética
kantiana permite resolver o dilema.
D. Quando existe um conflito entre deveres morais considerados absolutos, a ética de
Kant não permite saber o que devemos ou não fazer.
4. Tanto Kant como Mill, apesar das suas discordâncias éticas, concordam que a aplicação do
critério da moralidade deve ser feita de
A. forma imparcial.
B. acordo com os interesses do agente.
C. acordo com os sentimentos do agente.
D. de forma a atender ao contexto em que a ação se realiza.
5. Segundo Mill, se eu gastar voluntariamente o meu tempo livre a praticar voluntariado, em
vez de o ocupar comendo doces e pizzas, isso significa que
A. valorizo mais os prazeres superiores do que os inferiores.
B. valorizo mais os prazeres inferiores do que os superiores.
C. valorizo tanto os prazeres inferiores como os inferiores.
D. desvalorizo tanto os prazeres inferiores como os inferiores.

Editável e fotocopiável © Texto | Dúvida Metódica, 10.º ano 105


5 O problema do critério da moralidade das ações: a ética deontológica de Kant e a ética utilitarista de Stuart Mill

6. Analisa a seguinte situação descrita pelo romancista inglês William Godwin (1756-1836):
«O leitor pode salvar apenas uma pessoa de um edifício em chamas. Das duas que estão
no interior, um é um criado, um bêbado preguiçoso e grosseiro, dado a brigas e desonesto,
a outra é o Arcebispo Fénelon. Quem deve salvar? A resposta é óbvia: deve salvar o grande
benfeitor da humanidade [o arcebispo], porque, ponderando todos os fatores, é isto o que
terá provavelmente as melhores consequências.
Mas há um senão nesta história. E se o bêbado grosseiro, etc., for o seu pai?»
Desidério Murcho, «Um dilema moral», Crítica –
https://blog.criticanarede.com/2010/04/um-dilema-moral.html (consultado a 7/03/2021)

Esta experiência mental relaciona-se com a seguinte objeção à teoria ética de Mill:
A. É muito difícil fazer o cálculo das consequências benéficas produzidas pela ação.
B. A teoria legitima a violação dos direitos individuais em nome da maximização da
felicidade.
C. Prescrever a imparcialidade do agente, em relação à sua felicidade e das pessoas
próximas, é demasiado exigente.
D. O utilitarismo promove uma excessiva valorização dos sentimentos do agente em
detrimento da análise imparcial das situações.

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5 O problema do critério da moralidade das ações: a ética deontológica de Kant e a ética utilitarista de Stuart Mill

GRUPO II

1. De acordo com fórmula da humanidade do imperativo categórico, é errado recorrer a


serviços prestados por outras pessoas, como médicos e professores? Porquê?
2. Para Stuart Mill, a felicidade tem valor intrínseco ou instrumental? Porquê?
3. Imagina que alguém te diz: «De acordo com a ética de Kant, a tua ação, embora tenha tido
consequências boas e não contrarie qualquer norma moral, não tem valor moral».
Nessa situação, quais poderiam ter sido os motivos que te levaram a praticar a ação em
causa?
4. Lê, com atenção, a notícia e responde às questões a seguir apresentadas.
«Um médico italiano, de 47 anos, foi detido na madrugada desta terça-feira, dia 26 de
janeiro, por suspeitas de ter assassinado dois pacientes de Covid-19, com doses letais de
um anestésico, para libertar camas da Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) do Hospital de
Montichiari, onde trabalhava como coordenador de urgência e emergência. De acordo
com o jornal italiano Corriere de La Sera, o caso aconteceu na Lombardia, em março de
2020, quando Itália era considerada o epicentro da Covid-19 na Europa.
Passados alguns meses, perante a suspeita de algumas mortes terem sido provocadas
conscientemente, durante o caos da pandemia, as autoridades começaram a investigar e
chegaram a Carlo Mosca.
Depois de analisar o histórico médico de vários pacientes constatou-se que alguns tinham
sofrido uma súbita deterioração da saúde, difícil de explicar, três corpos foram exumados
para autópsias e investigações toxicológicas. Posteriormente, chegou-se à conclusão de
que os tecidos e órgãos de dois deles tinham presença excessiva de anestésico e relaxante
muscular, utilizado em doses específicas, para entubar os doentes e que este
medicamento não constava do prontuário médico dos mesmos.
Durante as investigações, as autoridades descobriram ainda mensagens de Whatsapp
entre duas enfermeiras que estavam a cargo de Carlos Mosca e que denunciaram o
profissional de saúde. “Não vou matar doentes só porque o médico quer libertar UCIs”,
escreveu uma enfermeira. “Concordo contigo. É uma loucura”, respondeu a colega.
Carlo Mosca é assim suspeito de matar intencionalmente Natale Bassi, de 61 anos, e
Angelo Paletti, de 80 e ainda de tentar intimidar a sua equipa para estes não denunciarem
o caso.
O médico já foi suspenso e aguarda agora julgamento, em prisão domiciliária, por
homicídio voluntário.»
https://www.noticiasaominuto.com/mundo/1675835/
medico-suspeito-de-matar-doentes-com-covid-19-para-libertar-camas-da-uci

4.1 Segundo a ética utilitarista de Mill, como é que se pode avaliar a ação praticada pelo
médico ao matar dois pacientes de Covid-19 para libertar camas da Unidade de
Cuidados Intensivos? Porquê?
4.2 E, na tua opinião, como é que se pode avaliar a ação do médico? Justifica a tua
resposta.

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O problema do critério da moralidade das 4.
ações: a ética deontológica de Kant e a ética 4.1 De acordo com os princípios utilitaristas, a ação é
utilitarista de Stuart Mill errada, uma vez que as consequências foram
maioritariamente negativas e foi produzida mais
GRUPO I infelicidade que felicidade (e, à partida, era
1. B 3. D 5. A expectável que assim fosse). Além do sofrimento
2. C 4. A 6. C causado nas vítimas e nos seus familiares e
amigos, a ação do médico causou sofrimento
GRUPO II psicológico a outros membros da equipa médica
1. Não é errado, pois essa formulação do imperativo (como as enfermeiras referidas) e provocou
categórico proíbe que se instrumentalize as alarme social e possivelmente diminuiu a
pessoas, isto é, que as consideremos apenas confiança da população italiana nos serviços de
meios – mas não é errado considerá-las saúde (o que a médio e longo prazo pode ser
simultaneamente meios e fins em si mesmas. E é muito nefasto). Mesmo que a «libertação das
precisamente isso que se passa numa prestação camas» na UCI tenha permitido salvar a vida de
de serviços justa, em que nenhuma das partes é outras pessoas tudo indica que foi feito mais mal
explorada (existe acordo voluntário e pagamento do que bem.
– as pessoas são consideradas meios mas não 4.2 O aluno pode defender que a ação foi errada
apenas meios. concordando com a análise feita na questão 4.1
ou usando uma argumentação kantiana (a ação
2. Para Stuart Mill, a felicidade tem valor intrínseco,
do médico não é universalizável / implicou
pois é algo que valorizamos por si mesmo e não
considerar as vítimas apenas como meios / é
para obter outra coisa (as outras coisas é que são
contrária ao dever).
valorizadas, enquanto meios, que contribuem ou
Caso o aluno defenda que a ação do médico foi
não para alcançar a felicidade).
correta, a resposta não deve ser considerada
3. Os motivos poderiam ser de dois tipos: a ação ter errada, mas sim avaliada em função da qualidade
sido determinada por «inclinações imediatas» da sua argumentação (o aluno pode, por
(isto é, sentimentos) ou por interesse. exemplo, fazer uma interpretação utilitarista
diferente, procurando mostrar que as
consequências foram mais positivas do que
negativas).

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6 O problema da organização de uma sociedade justa: a teoria da justiça de Rawls e as críticas de Nozick e Sandel

Teste 6
GRUPO I

Seleciona a alternativa correta.


1. Lê, atentamente, o texto e responde às questões seguintes.
«Alguns filósofos que tributariam os ricos para ajudar os pobres fazem-no em nome da
utilidade; tirar cem dólares de uma pessoa rica e dá-los a uma pessoa pobre irá reduzir a
felicidade da pessoa rica apenas de forma ligeira, especulam eles, mas aumentar
grandemente a felicidade da pessoa pobre. John Rawls defende igualmente a
redistribuição, mas com base no consentimento hipotético. Afirma que se imaginássemos
um contrato social hipotético numa posição original de igualdade, todos concordariam
com um princípio que apoiasse alguma forma de redistribuição.
Mas há uma terceira razão mais importante para nos preocuparmos com a crescente
desigualdade da vida americana: um fosso demasiado grande entre os ricos e os pobres
prejudica a solidariedade que uma cidadania democrática exige. Eis de que modo: à
medida que a desigualdade se intensifica, os ricos e os pobres vivem vidas cada vez mais
separadas. Os ricos mandam os filhos para escolas particulares (ou para escolas públicas
em subúrbios ricos), deixando as escolas públicas urbanas para os filhos de famílias que
não têm outra alternativa. Uma tendência semelhante conduz à separação dos
privilegiados de outras instituições e estabelecimentos públicos. Os ginásios privados
substituem os centros recreativos municipais e as piscinas. Os condomínios privados
contratam seguranças privados e dependem menos da proteção policial pública (…).
[Uma das consequências disso é que] instituições públicas, como escolas, parques, parques
infantis e centros comunitários deixam de ser lugares onde os cidadãos de diferentes
posições sociais se encontram. Instituições que outrora juntavam as pessoas e
funcionavam como escolas informais de virtude cívica tornam-se cada vez mais raras. O
esvaziamento do domínio público torna difícil cultivar a solidariedade e o sentido de
comunidade de que depende a cidadania democrática.
Por conseguinte, muito para além dos efeitos que tem na utilidade e no consentimento, a
desigualdade pode ser corrosiva para a virtude cívica.»
Michael Sandel, Justiça – Fazemos O Que Devemos?,
Editorial Presença, Lisboa, 2011, pp. 276-277

1.1 Sandel diz que os utilitaristas defendem a redistribuição da riqueza, na medida em que
A. maximiza a felicidade global, pois aumenta tanto a felicidade das pessoas ricas
como a felicidade das pessoas pobres.
B. retirar pequenas quantias a pessoas ricas e dá-las a pessoas carenciadas aumenta
muito a felicidade destas e diminui pouco a felicidade das primeiras.
C. qualquer pessoa colocada numa posição original de igualdade concordaria com um
princípio favorável à redistribuição da riqueza.
D. a justiça social requer uma acentuada igualdade económica.

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6 O problema da organização de uma sociedade justa: a teoria da justiça de Rawls e as críticas de Nozick e Sandel

1.2 Sandel diz que John Rawls defende a redistribuição da riqueza, na medida em que
A. retirar pequenas quantias a pessoas ricas e dá-las a pessoas carenciadas aumenta
muito a felicidade destas e diminui pouco a felicidade das primeiras.
B. maximiza a felicidade global, pois aumenta tanto a felicidade das pessoas ricas
como a felicidade das pessoas pobres.
C. qualquer pessoa colocada numa posição original de igualdade concordaria com
um princípio favorável à redistribuição da riqueza.
D. a justiça social requer uma acentuada igualdade económica.
1.3 Sandel pensa que uma das consequências do aumento das desigualdades entre os ricos e
os pobres é
A. a dificuldade em promover a solidariedade e o sentido de pertença à comunidade.
B. impedir totalmente a promoção da virtude pública entre os cidadãos.
C. contribuir para a promoção da virtude cívica dos cidadãos.
D. o aumento do sentimento de pertença à comunidade.
2. Analisa, atentamente, a banda desenhada seguinte

Quino, Toda a Mafalda, D. Quixote, Lisboa, 1990, p. 140

O indivíduo – que classifica a situação miserável em que vivem as pessoas, avistadas


da janela, como sendo «pitoresca» – está, implicitamente, a manifestar indiferença
face ao problema da pobreza. Na perspetiva de Rawls, será correto ou incorreto o
Estado adotar uma posição semelhante?
A. Correto, porque a desigualdade económica e social se deve à falta de empenho
dos mais desfavorecidos para tentarem sair da situação em que se encontram.
B. Correto, porque a desigualdade social e económica diz respeito a cada um e o
Estado não tem de intervir para corrigir desigualdades escolhidas.
C. Incorreto, pois a pobreza em grande medida deve-se à lotaria social e natural, não
resultando de meras escolhas individuais.
D. Incorreto, pois a pobreza não é voluntária e ocorre quando todos os princípios da
justiça são desrespeitados por parte do Estado.
3. Apesar das divergências, Nozick concorda com Rawls relativamente
A. à ideia de justiça social.
B. ao princípio da diferença.
C. ao princípio da liberdade igual.
D. ao modo como deve ser entendido o papel do Estado na vida dos cidadãos.

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6 O problema da organização de uma sociedade justa: a teoria da justiça de Rawls e as críticas de Nozick e Sandel

4. Segundo a teoria de Rawls, a possibilidade de sujeitos racionais, livres e numa situação de


equidade, escolherem, imparcialmente, os princípios da justiça acontece quando estes
A. não se encontram na posição original nem estão sob um véu de ignorância.
B. não se encontram na posição original, mas estão sob um véu de ignorância.
C. se encontram na posição original, mas não estão sob um véu de ignorância.
D. se encontram na posição original e estão sob um véu de ignorância.

GRUPO II

1. Explica o que é a regra maximin e quando é que esta se aplica.


2. Enumera, de acordo com Rawls, os princípios que uma sociedade deve seguir para ser
justa.
3. Na perspetiva de Rawls, se o Estado não criar escolas públicas que permitam às crianças de
uma minoria social ter acesso a uma educação de qualidade, estará a ser desrespeitado
algum dos princípios da justiça? Porquê?
4. Segundo Nozick, o Estado deve existir, mas ser mínimo. Concordas com esta tese? Porquê?

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O problema da organização de uma sociedade 4. Se o aluno concordar com a perspetiva de Nozick,
justa: a teoria da justiça de Rawls e as críticas de poderá alegar, nomeadamente, que um Estado
Nozick e Sandel mais extenso, nomeadamente com funções
sociais alargadas, implicaria cobrar impostos
GRUPO I elevados para o financiar, o que poria em causa
1. as liberdades individuais.
1.1 B 1.3 A 3. C Se o aluno discordar da perspetiva de Nozick e
1.2 C 2. D 4. D concordar com Rawls, poderá alegar,
nomeadamente, que um Estado mínimo não
GRUPO II conseguiria promover a justiça social e a
1. A regra maximin diz que se deve maximizar o redistribuição da riqueza necessária para
mínimo, isto é, escolher o estado de coisas em combater as injustiças da lotaria natural e social.
que a pior posição seja a melhor possível. Por Se o aluno discordar da perspetiva de Nozick e
isso, segundo Rawls, é racional aplicá-la em concordar com Sandel, poderá alegar,
situações de incerteza (como sucede na posição nomeadamente, que um Estado mínimo não
original a quem está coberto por um véu de conseguiria promover a justiça social, pois
ignorância). permitiria grandes desigualdades sociais que,
além de significarem pobreza e sofrimento para
2. Princípio da liberdade igual; princípio da muitas pessoas, impediriam uma vida
oportunidade justa e princípio da diferença. comunitária plena.
3. Diretamente, estaria a ser desrespeitado o
princípio da oportunidade justa, pois este estipula
que deve haver uma igualdade equitativa de
oportunidades para contrariar a lotaria social e
natural. (É argumentável que, indiretamente,
também seria desrespeitado o princípio da
liberdade igual, na medida em que desigualdades
muito acentuadas podem limitar o exercício
pleno das liberdades e direitos individuais,
mesmo que estes estejam legalmente
consagrados.)

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FILOSOFIA – 10.º ANO / TESTE N.º ___ / GUIÃO DE ESTUDO


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Que tipo de questões


Conteúdos das AE No final deste capítulo devo conseguir...
poderei encontrar?

Módulo I • Conhecer exemplos de questões filosóficas. Questões de resposta:


Abordagem • Distinguir os problemas filosóficos dos problemas • restrita;
introdutória à não filosóficos. • curta;
Filosofia e ao • Esclarecer a natureza básica, conceptual e polémica • extensa.
filosofar das questões filosóficas. Questões de escolha múltipla
• Explicar por que motivo as questões filosóficas
1. O que é a
emergem da vida humana. Onde posso estudar?
Filosofia? As
• Justificar em que medida a Filosofia implica uma
questões da
atitude crítica. Manual
Filosofia
• Avaliar a importância da atitude crítica. • (pág. ___ a pág. ___)
• Distinguir as várias disciplinas filosóficas e os seus
problemas. Aula Digital
• Aplicar conceitos filosóficos e conhecimentos, já • Testes interativos
adquiridos noutras disciplinas, na análise de • Vídeos explicativos
situações concretas. (legendados em português)
• Discutir problemas relevantes da atualidade. da rubrica Visiona

Conceitos principais: Questões básicas • Questões Caderno do Aluno


conceptuais • Questões em aberto • Atitude crítica • • Fichas de trabalho
Disciplinas filosóficas acompanhadas de
propostas de resolução
• Textos complementares

Bom trabalho!

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Conteúdos das AE No final deste capítulo devo conseguir...
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2. Racionalidade • Explicar os conceitos de Lógica, tese, argumento, proposição, Questões de resposta:


argumentativa da forma lógica e forma canónica. • restrita;
Filosofia e a • Distinguir os vários tipos de proposições categóricas. • curta;
dimensão • Reescrever frases e argumentos, colocando-as na forma • extensa.
discursiva do canónica. Questões de escolha
trabalho filosófico • Explicar as relações lógicas do Quadrado da oposição. múltipla
• Saber negar proposições categóricas.
2.1 Tese,
• Conhecer as cinco conetivas estudadas pela Lógica Onde posso estudar?
argumento,
proposicional: negação, conjunção, disjunção, condicional e
validade, verdade
bicondicional. Manual
e solidez
• Traduzir fórmulas da linguagem natural para a linguagem • (pág. ___ a pág. ___)
2.2 Quadrado da simbólica e vice-versa.
oposição • Determinar, utilizando tabelas de verdade, as condições de Aula Digital
verdade de proposições com as cinco conetivas. • Testes interativos
2.3 Tabelas de
• Explicitar as noções de validade e solidez. • Vídeos explicativos
verdade e tabelas
• Testar a validade de formas argumentativas através de tabelas (legendados em
de validade
de validade. português) da rubrica
2.4 Formas de • Aplicar as regras de inferência válida estudadas. Visiona
inferência válida • Identificar e explicar as falácias formais estudadas.
• Identificar e caracterizar argumentos não dedutivos. Caderno do Aluno
2.5 Principais
• Explicar o conceito de força argumentativa, aplicando os • Fichas de trabalho
falácias formais
critérios dos argumentos não dedutivos à avaliação e acompanhadas de
2.6 O discurso construção de argumentos. propostas de resolução
argumentativo e • Identificar e caracterizar as falácias informais estudadas. • Textos
os principais tipos • Utilizar os instrumentos lógicos aprendidos nas intervenções complementares
de argumentos nas aulas de Filosofia e na avaliação crítica de diferentes tipos
não dedutivos Bom trabalho!
de discurso (na vida quotidiana, na política, etc.).
2.7 Falácias
informais Conceitos principais: Argumento • Proposição • Tese • Verdade
• Validade • Força argumentativa • Solidez • Quadrado da
oposição • Conetivas proposicionais (negação, conjunção,
disjunção, condicional e bicondicional) • Tabelas de verdade •
Tabelas de validade • Regras de inferência válida (negação
dupla, modus ponens, modus tollens, contraposição, silogismo
disjuntivo, silogismo hipotético e leis de De Morgan) • Falácias
formais (afirmação da consequente e negação da antecedente)
• Argumentos não dedutivos (indutivos – generalização e
previsão –, argumento por analogia e argumento de autoridade)
• Falácias informais (generalização precipitada, amostra não
representativa, falsa analogia, apelo à autoridade, petição de
princípio, falso dilema, falsa relação causal, ad hominem, ad
populum, apelo à ignorância, espantalho e derrapagem)

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Módulo II • Analisar situações onde ocorram duas crenças Questões de resposta:


A ação humana comuns: a ideia de que a vontade é livre e a ideia de • restrita;
e os valores – que tudo o que acontece tem uma causa. • curta;
análise e • Explicar os conceitos de determinismo e livre- • extensa.
compreensão -arbítrio. Questões de escolha múltipla
do agir • Formular o problema do livre-arbítrio.
• Justificar a relevância filosófica do problema do livre- Onde posso estudar?
1. Determinismo -arbítrio.
e liberdade na • Relacionar os conceitos de livre-arbítrio e Manual
ação humana responsabilidade moral. • (pág. ___ a pág. ___)
[Metafísica]: • Distinguir o incompatibilismo do compatibilismo.
análise, • Explicar as teses e os principais argumentos do Aula Digital
comparação e determinismo radical, do libertismo e do • Testes interativos
discussão das determinismo moderado. • Vídeos explicativos
perspetivas do • Discutir objeções às três perspetivas estudadas. (legendados em português)
determinismo • Comparar o determinismo radical, o libertismo e o da rubrica Visiona
radical, libertismo determinismo moderado.
e determinismo • Aplicar formas de inferência válida estudadas para Caderno do Aluno
moderado explicitar argumentos e objeções relativos às três • Fichas de trabalho
perspetivas. acompanhadas de
• Avaliar criticamente o problema do livre-arbítrio, propostas de resolução
relacionando-o com diferentes áreas do saber, • Textos complementares
propondo formas de o resolver e defendendo uma
Bom trabalho!
posição pessoal.

Conceitos principais: Metafísica • Livre-arbítrio •


Determinismo • Causalidade • Determinismo radical •
Libertismo • Incompatibilismo • Determinismo
moderado • Compatibilismo

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2. A dimensão • Explicar o que são valores. Questões de resposta:


éticopolítica – • Relacionar os valores com a ação humana. • restrita;
análise e • Explicitar o conceito de ética ou moral. • curta;
compreensão da • Esclarecer em que consiste o problema da natureza • extensa.
experiência dos juízos de valor morais. Questões de escolha múltipla
convivencial. • Justificar a relevância filosófica do problema da
A dimensão justificação dos juízos morais. Onde posso estudar?
pessoal e social • Conhecer as noções de cultura, diversidade cultural e
da ética etnocentrismo. Manual
• Explicar as teses e os argumentos das teorias do • (pág. ___ a pág. ___)
2.1 O problema subjetivismo, do relativismo e do objetivismo.
da natureza dos • Discutir objeções às três teorias. Aula Digital
juízos de valor • Aplicar formas de inferência válida estudadas para • Testes interativos
morais: análise, explicitar argumentos a favor e objeções utilizados • Vídeos explicativos
comparação e pelas três teorias. (legendados em português)
discussão de três • Avaliar criticamente exemplos e situações concretas, da rubrica Visiona
teorias acerca da em sociedades multiculturais, a partir das teorias do
natureza dos subjetivismo, do relativismo e do objetivismo. Caderno do Aluno
juízos de valor • Discutir a subjetividade, a relatividade e a • Fichas de trabalho
morais objetividade dos valores e dos juízos morais. acompanhadas de
(subjetivismo, • Defender uma posição pessoal em relação ao propostas de resolução
relativismo e problema da natureza dos juízos morais, avaliando • Textos complementares
objetivismo) criticamente as três perspetivas estudadas.
Bom trabalho!
Conceitos principais: Valores • Juízo de facto • Juízo de
valor • Ética/moral • Juízo moral • Subjetivismo •
Relativismo • Cultura • Objetivismo • Multiculturalismo

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2.2 A necessidade • Discutir dilemas morais, analisando diferentes Questões de resposta:


de fundamentação possibilidades de resposta. • restrita;
da moral: a ética • Explicar a importância de ter um critério para avaliar a • curta;
deontológica de moralidade das ações. • extensa.
Kant e a ética • Distinguir o imperativo categórico (fórmula da lei Questões de escolha
utilitarista de Stuart universal e fórmula da humanidade) do imperativo múltipla
Mill hipotético.
• Diferenciar os vários tipos de ação propostos por Kant Onde posso estudar?
e mostrar quais têm valor moral.
• Mostrar a diferença entre a autonomia e a Manual
heteronomia da vontade. • (pág. ___ a pág. ___)
• Esclarecer o que Kant entende por boa vontade.
• Relacionar a lei moral e a liberdade. Aula Digital
• Explicar em que medida a ética de Stuart Mill é • Testes interativos
utilitarista, consequencialista e hedonista. • Vídeos explicativos
• Explicar o princípio da utilidade e o modo como este se (legendados em
aplica. português) da rubrica
• Distinguir diferentes tipos de prazer, segundo Stuart Visiona
Mill.
• Esclarecer o que Mill entende por felicidade. Caderno do Aluno
• Justificar, segundo a teoria de Mill, a inexistência de • Fichas de trabalho
deveres morais absolutos. acompanhadas de
• Comparar as teorias éticas de Kant e de Stuart Mill. propostas de resolução
• Avaliar criticamente problemas éticos, propondo • Textos complementares
soluções para a sua resolução e discutindo
Bom trabalho!
argumentos e objeções estudados a propósito das
duas teorias.
• Defender uma posição pessoal em relação ao
problema do critério da moralidade, avaliando
criticamente as teorias de Kant e Stuart Mill, e
aplicando formas de inferência válida estudadas.

Conceitos principais: Critério da moralidade/princípio


ético supremo • Ética deontológica • Dever • Lei moral •
Imperativo categórico (fórmula da lei universal e fórmula
da humanidade) e imperativo hipotético • Máxima •
Valor moral • Ações em mera conformidade com o
dever e ações por dever • Autonomia e heteronomia da
vontade • Boa vontade • Ética utilitarista •
Consequencialismo • Hedonismo • Princípio da utilidade
• Felicidade • Tipos de prazer

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3. Ética, direito e • Explicar em que consiste o problema da justiça Questões de resposta:


política – distributiva e a sua importância. • restrita;
liberdade e justiça • Esclarecer os motivos que levaram Rawls a definir a • curta;
social; igualdade e justiça como equidade. • extensa.
diferenças; justiça • Mostrar por que razão a teoria de Rawls é Questões de escolha múltipla
e equidade contratualista.
[Filosofia Política] • Analisar os princípios da justiça propostos por Rawls. Onde posso estudar?
• Explicitar os argumentos apresentados por Rawls
3.1 O problema da para justificar a escolha dos princípios de justiça. Manual
organização de • Explicar a rejeição que Rawls faz do utilitarismo. • (pág. ___ a pág. ___)
uma sociedade • Esclarecer em que medida a teoria de Rawls procura
justa: a teoria de conciliar a igualdade e a liberdade individual. Aula Digital
John Rawls • Compreender a teoria libertarista de Robert Nozick, • Testes interativos
mostrando como esta constitui uma tentativa de • Vídeos explicativos
3.2 As críticas de refutar o liberalismo igualitário de Rawls. (legendados em português)
Robert Nozick e • Compreender a teoria comunitarista de Michael da rubrica Visiona
Sandel à teoria de Sandel, mostrando como esta constitui uma
Rawls tentativa de refutar o liberalismo igualitário de Caderno do Aluno
Rawls. • Fichas de trabalho
• Comparar as propostas do liberalismo igualitário, do acompanhadas de
libertarismo e do comunitarismo. propostas de resolução
• Debater as propostas do liberalismo igualitário, do • Textos complementares
libertarismo e do comunitarismo.
Bom trabalho!
• Avaliar criticamente situações concretas, a partir das
teorias estudadas, defendendo uma posição quanto
ao problema da justiça social.

Conceitos principais: Justiça distributiva • Posição


original • Véu de ignorância • Equidade •
Contratualismo • Princípio da liberdade igual •
Princípio da oportunidade justa • Princípio da
diferença • Regra maximin • Direitos individuais •
Estado mínimo • Eu situado • Liberalismo igualitário •
Libertarismo • Comunitarismo

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