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Enunciado de Prova

ENSAIO FILOSÓFICO

ANO DE ESCOLARIDADE:11 | TURMA: H | VERSÃO: DURAÇÃO:


Carolina Marques Areal da Silva
DATA:

Os alunos devem seguir esta estrutura.


Os conteúdos apresentados servem como exemplo e referência.

Problema filosófico: Será a eutanásia moralmente correta?

Clarificação conceptual: Eutanásia é o ato intencional de proporcionar a alguém uma morte indolor para
aliviar o sofrimento causado por uma doença incurável ou dolorosa.

Tese/Conclusão: A eutanásia é moralmente aceitável.

Premissa 1: A eutanásia ao legalizar-se não se torna obrigatória para ninguém nem entra em conflito ou
exclui o acesso aos cuidados paliativos, assim como não implica menor investimento nesse tipo de
cuidados.

Objeção* + resposta: A proibição de matar fundamenta a nossa civilização. A ideia de “matar em alguns
casos” ou “sob certas condições” deve sempre ser rejeitada mesmo que seja somente pelo princípio
básico da prudência. A nossa civilização progrediu ao eliminar as exceções à proibição de matar
(vingança, duelos, pena de morte). Legalizar a eutanásia significaria dar um passo atrás. Legalizar a
eutanásia não seria um passo atrás, pois a mesma seria usada somente em casos específicos de
pessoas com doenças em fase terminal, e só seria feita se a pessoa o quisesse fazer, eutanásia
voluntária.

Premissa 2: Qualquer um tem o direito de controlarem o momento, o lugar e as circunstâncias da sua


morte. O filósofo alemão Nietzsche, um dos pais do existencialismo, afirmava: “morrer orgulhosamente,
quando não é mais possível viver orgulhosamente”.

Objeção* + resposta: Pedir a morte nem sempre significa querer morrer. Pouquíssimos pacientes dizem
que querem morrer, ainda mais quando são bem tratados e acompanhados. Além disso, quando eles
pedem a morte, muitos querem expressar algo muito diferente da vontade de morrer. Pedir a morte
significa quase sempre não querer viver em condições tão difíceis. Pedir a morte porque se está a
sofrer é realmente uma escolha livre? Diferente disso, os cuidados paliativos restauram a liberdade do
paciente no final da sua vida, controlando tanto a dor quanto o sofrimento mental. A escolha do uso da
eutanásia será sempre uma opção muito bem pensada tanto pela própria pessoa, como pelos que estão
ao seu redor, jamais seria uma decisão de 5 minutos. Por isso se alguém optar pelo uso da eutanásia,
essa pessoa pensou o de forma consciente e tranquila e a mesma entende que ao decidir o uso da
eutanásia estaria a aceitar morrer.
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Premissa 3: Os doentes terminais devem ter direito à possibilidade de acabar com um “sofrimento inútil
e sem sentido, imposto em nome de convicções alheias”. É uma questão de direitos individuais,
liberdade e autonomia, mas também de escolha. De escolher morrer “de acordo com os critérios de
dignidade que cada um construiu ao longo da vida”.

Objeção* + resposta: É sempre errado matar vidas inocentes porque a vida humana tem valor e
dignidade intrínsecos e estar vivo é considerado um bem, independentemente das circunstâncias.
Quando a pessoa está numa fase terminal da sua vida e já não aguenta mais a dor, ela tem todo o
direito de decidir se quer acabar com ela ou não.

Tese/Conclusão: A eutanásia é moralmente aceitável.

* Para pelo menos uma das premissas apresentadas, indicar uma objeção possível e responder-lhe contra
argumentativamente.
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