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GRUPO “ H ”
Rafael Melo
JUIZ DE FORA – MG
MAIO/2011
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A missão tradicional do médico é aliviar o sofrimento humano; se puder curar,
cura; se não puder curar, alivia; se não puder aliviar, consola.
1. HISTORIA
A discussão a cerca dos valores sociais, culturais e religiosos envolvidos na
questão da eutanásia vem desde a antiguedade:
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Aristóteles, Pitágoras e Hipócrates, ao contrário, condenavam o suicídio.
Egito: Cleópatra VII (69aC-30aC) criou uma "Academia" para estudar formas
de morte menos dolorosas.
O Polegar para baixo dos Césares era autorização à morte, permitindo aos
gladiadores feridos evitar a agonia e o ultraje.
Alemanha (1922) muito antes de o nazismo começar seu avanço, o jurista Karl
Binding e o psiquiatra Alfred Hoche escreveram Legalizando a Destruição da
Vida Sem Valor: eutanásia para os deficientes físicos e mentais.
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Em 1968, a Associação Mundial de Medicina adotou uma resolução contrária a
eutanásia.
VATICANO
(Santo Agostinho in Epístola) "Nunca é lícito matar o outro: ainda que ele o
quisesse, mesmo se ele o pedisse (…) nem é lícito sequer quando o doente já
não estivesse em condições de sobreviver”
PAPA Pio XII 1957 – Empregar apenas os meios ordinários, “Se parecer que a
tentativa de reanimação constitui, na realidade, para a família um ônus tal que
não se lhe possa em consciência impor, pode a família licitamente insistir para
que o médico interrompa as suas tentativas, e o médico pode licitamente
obedecer-lhes”.
Doutrina do duplo-efeito: “Uma ação com dois efeitos pode ser justificada, se o
efeito benéfico for intencional e o maléfico previsto, mas não procurado.”
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Declaração do Vaticano sobre a Eutanásia em 1980
Ao Final dos anos 80, a viabilidade dos transplantes rompeu uma barreira
conceitual e introduziu a noção de MORTE ENCEFÁLICA (resoluções CFM
1346/91 e 1480/97) como critério de fim de vida (Brasil e vários países) de uma
pessoa com a possível disponibilidade de órgãos e tecidos de seu corpo
(disponibilidade terapêutica).
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Necessita de cuidados paliativos.
1.3 QUAIS OS PRINCIPIOS ETICOS?
Preservação da vida,
Alívio do sofrimento,
Beneficência,
Não-maleficência,
Autonomia e Justiça.
1.3.3 BENEFICIENCIA
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Na fase em que a morte é inevitável, ou seja, a cura for impossível, deve
predominar o princípio de não-maleficência.
Evitar o sofrimento ou aliviá-lo.
1.3.5 AUTONOMIA
1.3.6 JUSTIÇA
2. EUTANÁSIA
A origem etimológica da palavra Eutanásia é eu=bem e thánatos=morte
O termo Eutanásia vem do grego, podendo ser traduzido como "boa morte“ ou
"morte apropriada”. Sinônimos morte harmoniosa, morte sem angústia, morte
sem dor, morte sem sofrimento, morte fácil.
Foi proposto por Francis Bacon (1623) em sua obra “História da Vida e da
Morte”, onde sustentou a tese que nas enfermidades incuráveis era
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absolutamente humano e necessário dar uma boa morte e abolir o sofrimento
dos enfermos.
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2.3 À intenção que anima a conduta do agente:
Incurabilidade
Dores e sofrimento insuportável
Autonomia/Autodeterminação do paciente
Ônus econômicos
Inutilidade
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2.6.3Considerações de oportunidade:
3. DISTANÁSIA
Morte lenta, ansiosa e com muito sofrimento - Aurélio dicionário.
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Há violação à dignidade da pessoa no momento em que se inicia tratamento
sabidamente ineficaz face à inevitabilidade da morte e irreversibilidade do
processo que a ela conduz.
4. ORTOTANÁSIA
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5. CODIGO DE ETICA MEDICA
Princípios fundamentais:
Direito do médico
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À Luz do principio da beneficência e não-maleficência, “fazer tudo” em favor do
paciente TERMINAL pode ser lhe oferecer CUIDADOS PALIATIVOS, evitar a
distanásia e proporcionar uma morte digna.
Art. 41. Abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou de seu
representante legal.
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6. CONSTITUÇÃO FEDERAL
Art 1º, III - reconhece a dignidade da pessoa humana como fundamento do
Estado Democrático de Direito.
Art 5º, III - diz expressamente que ninguém será submetido a tortura nem a
tratamento desumano ou degradante e inciso XXXV garante ao paciente
recorrer ao judiciário para impedir qualquer intervenção ilícita no seu corpo
contra a sua vontade.
7. LEGISLAÇÃO
Lei Orgânica da Saúde (Lei nº8080/90 art. 7º,III), que reconhece que a
"preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e
moral”
Lei dos Direitos dos Usuários dos Serviços de Saúde do Estado de São Paulo
(Lei nº 10241/99) Lei Mário Covas, que assegura no seu art. 2º XXIII “São
direitos dos usuários, recusar tratamento dolorosos ou extraordinários para
tentar prolongar a vida e o de escolher onde morrer”, representa amparo legal
para não aplicar medidas de suporte avançado de vida quando não
adequadamente indicado.”
CÓDIGO Civil (ART 15), "Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com
risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica", o que autoriza o
paciente a recusar determinados procedimentos médicos.
Portaria 675/GM de 2006 – carta dos Direitos dos Usuários da Saúde, que
afirma que é direto do usuário o consentimento ou a recusa de forma livre,
voluntária e esclarecida, depois de adequada informação, a quaisquer
procedimentos, diagnósticos, preventivos ou terapêuticos, salvo se isso
acarretar risco à saúde pública.
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São ainda direitos dos usuários não ser submetido a nenhum exame, sem
conhecimento e consentimento, bem como indicar um representante legal de
sua livre escolha, a quem confiará a tomada de decisões para a eventualidade
de tornar-se incapaz de exercer sua autonomia.
Art. 135. Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco, à
criança abandonada ou extraviada, ou a pessoa inválida ou ferida, ao
desamparado ou em grave e eminente perigo; ou não pedir, nesses casos
socorro da autoridade pública: Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.
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Art. 2º O doente continuará a receber todos os cuidados necessários para
aliviar os sintomas que levam ao sofrimento, assegurada a assistência integral,
o conforto físico, psíquico, social e espiritual, inclusive assegurando-lhe o
direito da alta hospitalar.
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BIBLIOGRAFIA
http://revistabioetica.cfm.org.br/index.php/revista_bioetica/issue/view/36
http://www.portalmedico.org.br/biblioteca_virtual/bioetica/ParteIIIeutanasia.htm
http://www.ufrgs.br/bioetica/euthist.htm
http://gballone.sites.uol.com.br/voce/morte1.html
http://www.jblibanio.com.br/modules/smartsection/item.php?itemid=49
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