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Prós
c Alivio da Dor e do sofrimento insuportável pelo qual o paciente passa;
a Respeito pela sua autonomia pessoal, ao ter uma morte indolor;
r Evitar o sofrimento dos familiares e dos amigos do paciente;
o Direito à escolha da vida pela morte.
l
Contras
c Determina quando a vida de alguém termina;
a Para pessoas com crenças em certas religiões, este procedimento é considerado
r suicídio;
o
Destruição da relação médico-paciente;
l
Riscos de abusos ou de maus usos desta prática.
Tipos de eutanásia
Exemplos reais
m
- Infelizmente não precisamos de ir à Suíça nem a Espanha para perceber o quão a
a eutanásia é algo ainda tão importante de ser falado e algo extremamente necessário
r como direito. Não necessitamos de sair de Beja para perceber que se esta lei fosse
i aceite, muitas coisas eram diferentes. Ainda há umas semanas, um cidadão de Beja,
a que possuía um cancro, começou a sentir se mal e foi ao medico onde lhe foi
n
a
diagnosticado uma mancha no pulmão. Passados alguns dias tirou a sua própria
vida com um tiro na cabeça e sem saber o que seria aquela mancha. Se a eutanásia
fosse aceite e fosse um direito, o sofrimento daquele homem teria sido escusado e
aquele senhor poderia ter tido uma morte digna assim como a merecia, ele e a sua
família.
Curiosidades
l Uma das curiosidades mais interessantes sobre este tema é a origem da sua palavra.
a Em grego, eutanásia é, “eu + thanatos”. “Eu” em grego é bom e “thanatos” é morte,
u logo eutanásia seria uma morte boa. Por isso mesmo muitos filósofos da Grécia e
r
a
Roma antigas consideravam o suicídio uma morte boa, como resposta apropriada e
racional a vários males. A maioria dos médicos da Grécia antiga era relutante em
tratar casos ‘incuráveis’, deixando para os pacientes terminais poucas opções que
não a eutanásia. Já nas comunidades pré-celtas e celtas, os filhos matavam os seus
pais quando estes estivessem muito velhos e doentes. Na Índia, doentes incuráveis
eram atirados ao rio. No Egito criaram uma escola cujo objetivo consistia em estudar
formas de morte menos dolorosas.
c Outra curiosidade, um pouco mais séria, é que o homicídio assistido ainda é crime
a em Portugal, mas há cidadãos a morrer por vontade própria na Suíça. De 2009 a
r 2020, a associação Dignitas ajudou oito pessoas com residência em território
o português a morrer.
l
A Dignitas é uma associação com sede numa cidade suíça, que tem como lema “viver
m com dignidade, morrer com dignidade” e defende uma “abordagem integrada”
a
r
quanto ao problema do fim da vida, combinando “cuidados paliativos, prevenção do
i suicídio”, além de apoio psicológico, e que pode terminar na morte medicamente
a assistida. Antes de qualquer pessoa pensar em exercer o direito à eutanásia, essa
n mesma deveria ter um apoio psicológico de modo a estar certa de que esta seria a
a decisão mais correta a tomar.
Há diversos livros referentes ao assunto que viemos aqui abordar hoje, sendo um
l
a desses “A Eutanásia não é resposta” um livro de David Cundiff, que vai de encontro a
u uma abordagem da qual eu discordo. Assim como o título nos diz o livro defende
r que a eutanásia não é solução para nada, questionando-se ao logo do mesmo se esta
a é ou não uma opção razoável, e se as dores e o sofrimento de um paciente têm de
ser prolongados a fim de preservar a vida, sem olhar à qualidade da mesma. Para
David Cundiff, o autor do livro, nenhuma dessas situações é necessária. E os
pacientes podem viver os seus últimos dias com um relativo conforto, com o amor e
o apoio da família, dos amigos e dos profissionais de saúde. Desta forma, este é um
livro que mostra como os doentes terminais, em especial os que sofrem de cancro
ou SIDA, podem viver com conforto e dignidade até à morte, defendendo que o uso
adequado dos medicamentos modernos para a dor podem aliviá-la e impedir o
desespero que solicita a eutanásia.
Como já referi anteriormente eu não concordo com as ideias defendidas neste livro,
nem com o livro em si, porque a meu ver a Eutanásia devia ser sim legalizada e cada
individuo, dependendo do estado de saúde em que se encontra devia poder tomar a
decisão mais consciente e melhor para ele, podendo decidir se quer proceder à
eutanásia ou não. E, do meu ponto de vista, ao estarmos a penalizar a morte
medicamente assistida estamos a fazer uma escolha por outros, não sabendo o
estado de saúde e mental das outras pessoas, daí ser a favor da legalização da
mesma.
c
Por outro lado, encontramos outro livro, que achamos bastante interessante, tendo
a como título “Eutanásia Descodificada”, de Gilberto Couto. Este trata de duas
r abordagens opostas quanto à eutanásia, onde o autor nos mostra a sua preocupação
o quanto as as opções com que seremos confrontados, quando se está num processo
l de morte sob «sofrimento intolerável». Ao longo do livro è nos feita uma questão
constante: Poderá uma pessoa, nestas circunstâncias, consciente e livremente
escolher ser ajudada a terminar com a sua vida?
O autor então analisa todos os argumentos, a favor ou contra a eutanásia, de um
ponto de vista critico, simples mas não superficial, deixando ao leitor o peso de
formar a sua opinião, já com todas as cartas na mesa. O interessante deste livro é a
capacidade que nos dá para tomar-mos uma opinião consciente, analisando todas as
teorias, sobre o tópico delicado que é a Eutanásia.
Para mim, e de acordo com as minhas crenças morais, acredito, igualmente com a
minha colega Laura, e com certos pontos de vista deste livro, que a Eutanásia deve
ser legalizada, dado que, a meu ver, torná-la ilegal é uma violação dos direitos dos
pacientes, e não significa que este não seja concretizada, mas sim que os doentes
utilizem métodos dolorosos e inseguros para a concretizar. Tendo isto em conta, a
eutanásia deve ser legitimada, permitido que todos, caso assim o entendamos,
tenhamos a opção de terminar-mos a nossa vida, de uma forma segura e tranquila,
dando paz a nós mesmos e aos nossos mais próximos.