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Trabalho sobre a Eutanásia

A eutanásia é o procedimento médico consciente, intencional e voluntário pelo qual


a vida de um paciente terminal é encerrada, a fim de salvá-lo de uma variedade de
sofrimentos e dores. Tal procedimento requer, idealmente, a aprovação voluntária e
solicitação explícita por parte do paciente, ou do seu responsável, no caso de não ser capaz
de expressar a sua própria vontade.

Importa recordar que, a prática referida é legal em Portugal desde julho de 2023.
Esta lei estabelece que a morte medicamente assistida pode ser requerida por residentes
portugueses, maiores de 18 anos, sem problemas ou doenças mentais, em situação de
sofrimento e com uma doença incurável. A mesma também estabelece que a vontade do
paciente deve ser atual e reiterada, séria, livre e esclarecida.

Todavia, a eutanásia surge como um tópico complexo e sensível. No nosso país, as


opiniões sobre a eutanásia são diversas e refletem uma vasta escala de perspetivas. Embora
haja apoio de alguns setores da sociedade que consideram este procedimento uma ação
humanitária diante do sofrimento, também há críticos que levantam preocupações éticas e
morais. Falar sobre a morte e o auxílio à morte mesmo em situações específicas, na
sociedade portuguesa é considerado incômodo, desagradável e até chocante para a maior
parte, visto que, em termos estatísticos, a população portuguesa tem como religião o
cristianismo. O cristianismo vê o suicídio, no que lhe diz respeito, como um pecado ou ato
repreensível e, portanto, a eutanásia como uma forma de cumplicidade médica.

Por um lado, os críticos contra este procedimento argumentam afirmando que a


eutanásia não é um suicídio assistido, mas sim um pedido de homicídio requisitado por um
dado sujeito a um organismo que se encontra sob o comando do Estado. Sendo assim, a
legalização da eutanásia leva a que o Estado ascenda ao estatuto de homicida. Outro dos
exemplos utilizados para refutar esta prática é o facto do aparecimento da eutanásia ter
criado uma “opção” que potencialmente incentivou e empurrou aqueles em desespero e
em sofrimento para a morte.

Por outro lado, na ótica do meu grupo, a legalização da eutanásia representa, por sua
vez, um passo em direção à compaixão e à autonomia individual. Ao atribuir à população o
direito legal de escolher o momento e a maneira pela qual será encerrada a sua vida, a
sociedade respeita a decisão do indivíduo e a sua liberdade de escolha. Porém, a
regulamentação desta lei deverá ser bastante cuidadosa, de modo a proteger os pacientes de
abusos e garantir que a eutanásia ocorre com o devido consentimento e considerações
éticas.
Em suma, a eutanásia, ao ser legalizada e cuidadosamente aplicada, proporciona
uma oportunidade para todos aqueles que sofrem de doenças terminais e dores
insuportáveis. Permitir a escolha do local e momento da sua partida às pessoas é tomado
como um ato de empatia, garantido um óbito mais controlado e livre de sofrimento.

Maria Judite Tavares Rodrigues de Fraga Amado,nº13


Afonso Miguel Frade Martins, nº1
Gonçalo Ferreira, nº6
Rafael Reis, nº16

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