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Boa tarde a todos. Hoje, estamos aqui para discutir um tópico muito delicado e importante: a
eutanásia. A eutanásia é, na teoria, o ato de terminar intencionalmente a vida de alguém
para aliviar a dor e o sofrimento. Embora possa parecer uma solução compassiva para
aqueles que estão sofrendo, nós gostaríamos de argumentar que, na prática, a legalização
da eutanásia pode levar a consequências não intencionais e potencialmente prejudiciais.
Primeiro, é importante lembrar que a vida é um dom precioso e inalienável. Cada momento
de nossa existência é único e irrepetível. A legalização da eutanásia poderia desvalorizar
essa verdade fundamental, sugerindo que algumas vidas são menos dignas ou menos
valiosas do que outras.
Finalmente, a legalização da eutanásia poderia abrir a porta para abusos e erros. Mesmo
com regulamentações rigorosas, sempre haverá o risco de decisões tomadas com base em
diagnósticos errados, pressões externas ou até mesmo motivos nefastos.
No âmbito jurídico, a eutanásia, se utilizada numa possível pena de morte, seria muito
provavelmente injusta, mal utilizada e prejudicial de diversas outras formas. Nosso sistema
jurídico é falho, como evidenciado pelos vários presos injustos ou que estão simplesmente
esperando julgamento. A legalização da eutanásia poderia agravar essas falhas, resultando
em injustiças ainda maiores.
Além disso, a legalização da eutanásia poderia violar os direitos humanos e a constituição.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma que “todo ser humano tem o direito
inalienável à vida”. A legalização da eutanásia poderia ser vista como uma violação desse
direito fundamental.
No Brasil, a Constituição Federal estabelece em seu artigo 5º, que todos são iguais perante
a lei e garantindo-lhes a individualidade do direito à vida. A eutanásia é considerada crime,
não sendo permitido ao paciente com doença crônica e irreversível esta prerrogativa de
escolha. Adotar a eutanásia seria ir contra o artigo 1°, inciso III e artigo 5° da Lei, o que não
é permitido.
Em vez de legalizar a eutanásia, que poderia causar mais dor e sofrimento tanto para
aqueles que a escolhem quanto para suas famílias, amigos e conhecidos, acredito que
nosso governo deveria investir em mais pesquisas para encontrar curas e tratamentos
melhores. Devemos nos esforçar para melhorar a qualidade dos cuidados paliativos e a
condição dos nossos hospitais.
Por fim, gostaria de ressaltar que a eutanásia não é uma questão pessoal que afeta apenas
casos isolados. Se legalizada, ela teria um impacto em toda a nossa sociedade. E esses
efeitos seriam, em sua maioria, negativos. Portanto, peço que considerem cuidadosamente
as implicações de longo alcance da legalização da eutanásia antes de formar uma opinião.
Tipos de eutanasia
Eutanásia penal ou punitiva - aquela que surge nos países onde a pena de
morte
ainda é admitida, como, por exemplo, a China, ou em certos estados dos
EUA, para castigo de crimes considerados graves pelas respectivas legislações.
Falhas/dados médicos
Segundo um importante estudo publicado no ano passado pelo Institute of Medicine, os
erros diagnósticos são encontrados em 10% a 20% das autópsias, sugerindo que cerca de
40.000 a 80.000 mil pacientes morrem anualmente nos Estados Unidos a partir desses
erros.
O Brasil registrou cerca de 292 mil incidentes e falha a assistente de saúde em 2022.
Cerca de 19,4 milhões de pessoas tratadas no Brasil 1,3 milhões sofre negligência durante
tratamento médico, 55 mil mortes por ano no país equivalente a 6 horas de erro médico. Diz
levantamento do instituto de estudos de saude suplementar da universidade federal de
Minas Gerais.
A prestação de cuidados paliativos no país está muito além dessa necessidade desses
serviços essenciais. Cada ano estima 56,8 milhões, incluindo 25,7 milhões nos últimos
momentos de vida necessitam de cuidados paliativos dos quais 78% vivem em país de
baixa renda (fonte: de acordo com OMS em 2021).
Abandono de idosos cresceu em 885% em 2023 segundo dados do ministério dos direitos
humanos.
Argumentos prontos
Risco para a integridade moral da medicina. Para além de ser um risco social, a
eutanásia viola normas básicas da medicina, pondo em questão a própria
essência da profissão médica. Há centenas de anos, médicos em todo o mundo
juram não matar ao recitarem os mandamentos de Hipócrates.
Igreja
O magistério católico apresenta um documento intitulado "Só eu que dou a vida e dou
morte": "Atinge se enfim o cúmulo do arbítrio e da injustiça, quando algum médico ou
legisladores arrogam-se o poder de decidir quem deve morrer. Aparecer assim reproposta a
tentação de Eden: tornar-se como Deus conhecendo o bem e o mal" mas Deus é o único
que tem poder de fazer viver" só eu é que vida e a morte. Ele exerce o seu poder, poder
designado ao amor. Quando o homem usurpa tal poder julgado por uma lógica incerta e
egoísta usa-o eventualmente para a injustiça e a morte assim a vida do mais fraco e dada
nas mãos dos mais fortes e acaba perder o sentido da justiça e fica minado pela raiz a
confiança e qualquer relação autêntica entre as pessoas”
Relatos
Desde a notícia da doença, Dani conta que a família não se faz presente e que muitos
amigos se afastaram também. Ela diz aceitar as razões oferecidas pelas pessoas, mas não
nega o impacto desse abandono. "Sinto até hoje o medo da rejeição" (Relato em universa
uol)