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EUTANÁSIA

 Progressivo envelhecimento da população


 Permite que um maior contingente de
pessoas chegue à velhice
 Maior suscetibilidade às moléstias
crônicas e degenerativas
 Um processo de morrer mais “prolongado”
e sujeito ao sofrimento
 A origem etimológica da palavra Eutanásia é
eu=bem e thánatos=morte
 São seus sinônimos etimológicos morte
harmoniosa, morte sem angústia, morte sem
dor, morte sem sofrimento, morte fácil e
morte boa.
EUTANÁSIA

 É uma situação que põe fim à vida de uma


pessoa enferma, a pedido explícito ou
presumido desta, em nome da compaixão
por quem está sofrendo, numa condição
considerada já desumana, e com a
intenção de dar término a esse sofrimento.
 É feita de maneira controlada e assistida
por um especialista.
EUTANÁSIA

 É necessário fazer distinção entre doença


terminal e doença aguda!!!
 Sondas, infusões venosas, antibióticos,
respiradores e reanimação cardíaca são
medidas utilizadas em doenças agudas para
assistir um paciente durante um período
crítico até a recuperação da saúde
 Quando uma pessoa passa a ser
prisioneira do seu corpo, dependente na
satisfação das necessidades mais
básicas; o medo de ficar só, de ser um
"fardo", levam-no a pedir o direito a morrer
com dignidade.
 O pedido deverá ser ponderado antes de
operacionalizado
 Complicada questão de bioética e
biodireito
 O estado tem como princípio a proteção
da vida dos seus cidadãos
 Entretanto, existem aqueles que devido ao
seu estado precário de saúde, desejam
dar um fim ao seu sofrimento, antecipando
a morte
HISTÓRIA

 Pré-história: havia médicos para


apressar a morte, segundo as práticas
culturais dos povos primitivos.
 Antigüidade greco-romana: o direito de
morrer era reconhecido, o que permitia
aos doentes desesperançados pôr um fim
às suas vidas, algumas vezes com ajuda
externa.
HISTÓRIA
 Surgimento do cristianismo: noção de
sacralidade da vida, como um dom de
Deus a ser preservado e cultivado. Como
os seres humanos devem sua existência,
valor e destino a Deus, ninguém mais tem
o direito de reivindicar para si o domínio
total sobre sua própria vida ou sobre a
vida de outrem.
TIPOS
 Eutanásia voluntária: Solicitada por aquele
que sofre, tem sido descrita como suicídio
assistido ou homicídio por requisição.
 Eutanásia involuntária: Implica em uma
decisão da sociedade ou de um indivíduo em
pôr fim à vida daquele que sofre, sem que
este exprima sua vontade, como, por
exemplo, nos casos de crianças com grave
deficiência mental ou das pessoas dementes
e inconscientes.
TIPOS

 Eutanásia ativa: quando a morte é


provocada.
 Esta geralmente é negociada e planejada
entre paciente e profissional que vai
efetuar o ato.
TIPOS

 Eutanásia passiva: quando a morte advém


da omissão de medidas indispensáveis para
salvar a vida.
 Interrupção de todos e quaisquer cuidados
médicos e farmacológicos.
 Do ponto de vista moral e legal, não é
relevante se se põe fim a uma vida por ação
ou omissão.
Existem situações nas quais, mesmo
sendo possível prolongar a vida, é
moralmente justificado omitir a ação
médica?
ARGUMENTOS A FAVOR

 Evita a dor e o sofrimento de pessoas em


fase terminal e sem qualidade de vida
 Quem morre não perde o poder de ser ator e
agente digno até ao fim
 Autonomia absoluta de cada ser individual,
na alegação do direito à autodeterminação,
direito à escolha pela sua vida e pelo
momento da morte
ARGUMENTOS A FAVOR
No Brasil, normalmente é apontado como
suporte a essa posição:
art. 1º, III, da Constituição Federal, que
reconhece a "dignidade da pessoa humana"
como fundamento do Estado Democrático de
Direito
art. 5º, III, também da Constituição da
República, que expressa que "ninguém será
submetido a tortura, nem a tratamento
desumano ou degradante“
ARGUMENTOS A FAVOR
 art. 15 do Código Civil que expressa que
"Ninguém pode ser constrangido a
submeter-se, com risco de vida, a
tratamento médico ou a intervenção
cirúrgica", o que autoriza o paciente a
recusar determinados procedimentos
médicos
 art. 7º, III, da Lei Orgânica de Saúde, de nº
8.080/90, que reconhece a "preservação da
autonomia das pessoas na defesa de sua
integridade física e moral"
ARGUMENTOS A FAVOR

 No Estado de São Paulo, existe a Lei dos


Direitos dos Usuários dos Serviços de Saúde
do Estado de São Paulo, de nº 10.241/99,
que em seu art. 2º, Inciso XXIII, expressa
que são direitos dos usuários dos serviços de
saúde "recusar tratamentos dolorosos ou
extraordinários para tentar prolongar a vida".
ARGUMENTOS A FAVOR

 O debate sobre a bioética do fim da vida,


longe de ser uma questão relativa ao
indivíduo – aquele que morre –, constitui um
autêntico problema de saúde coletiva
 A eutanásia é muitas vezes encarada como
um modo de proporcionar a doentes de
casos emergenciais uma vaga nos
departamentos de saúde
ARGUMENTOS CONTRA
 Do ponto de vista religioso é tida como uma
usurpação do direito à vida humana, pois só
Deus pode tirar a vida de alguém.
 Na parte legal, o código penal atual não
especifica o crime da eutanásia, mas o
auxilio ao suicídio ou o homicídio mesmo que
a pedido da vitima ou por "compaixão“ são
punidos criminalmente.
ARGUMENTOS CONTRA
 Da perspectiva da ética médica, o
Juramento de Hipócrates, considera a vida
como um dom sagrado, sobre a qual o
médico não pode ser juiz da vida ou da morte
de alguém
 A eutanásia é considerada homicídio!
 Cabe ao médico, assistir o paciente,
fornecendo-lhe todo e qualquer meio
necessário à sua subsistência.
ARGUMENTOS CONTRA
 Pode-se verificar a existência de muitos
casos em que os indivíduos estão
desenganados pela medicina e depois
procurando alternativas conseguem curar-se.
 "Nunca é lícito matar o outro: ainda que ele o
quisesse, mesmo se ele o pedisse (…) nem
é lícito sequer quando o doente já não
estivesse em condições de sobreviver"
(Santo Agostinho in Epístola)
SUICÍDIO ASSISTIDO
 Ocorre quando uma pessoa solicita o
auxílio de outra para morrer, caso não
seja capaz de tornar fato sua disposição.
 O enfermo está, em princípio, sempre
consciente
 Ela mesma efetua o ato que a leva à
morte
DISTANÁSIA
 É a prática pela qual se continua, através
de meios artificiais, a vida de um enfermo
incurável ou com morte cerebral
 Havendo um plano de saúde ou uma
família ou instituição dispostos a investir
neste procedimento, os tratamentos
continuam enquanto o paciente não
morrer ou os recursos não acabarem

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