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Eutanásia é a prática pela qual se abrevia a vida de um enfermo incurável de maneira

controlada e assistida por um especialista. • A eutanásia representa actualmente uma


complicada questão de bioética e biodireito, pois enquanto o Estado tem como princípio a
protecção da vida dos seus cidadãos, existem aqueles que, devido ao seu estado precário
de saúde, desejam dar um fim ao seu sofrimento antecipando a sua morte.

Argumentos a Favor… • Para quem argumenta a favor da eutanásia, acredita-se que esta
seja um caminho para evitar a dor e o sofrimento de pessoas em fase terminal ou sem
qualidade de vida, um caminho consciente que reflecte uma escolha informada, o término
de uma vida em que, quem morre não perde o poder de ser actor e agente digno até ao
fim. • São raciocínios que participam na defesa da autonomia absoluta de cada ser
individual, na alegação do direito à autodeterminação, direito à escolha pela sua vida e
pelo momento da morte. Uma defesa que assume o interesse individual acima da
sociedade que, nas suas leis e códigos, visa proteger a vida. A eutanásia não defende a
morte, mas a escolha pela mesma por parte de quem a concebe como melhor opção ou a
única.

Argumentos Contra… [1] • Muitos são os argumentos contra a eutanásia, desde os


religiosos, éticos até os políticos e sociais. Do ponto de vista religioso a eutanásia é tida
como uma usurpação do direito à vida humana, devendo ser um exclusivo reservado ao
Criador, ou seja, só Deus pode tirar a vida de alguém. "algumas religiões, apesar de estar
consciente dos motivos que levam a um doente a pedir para morrer, defende acima de
tudo o carácter sagrado da vida.

Argumentos Contra… [2] • Da perspectiva da ética médica, tendo em conta o juramento de


Hipócrates, segundo o qual considera a vida como um dom sagrado, sobre a qual o
médico não pode ser juiz da vida ou da morte de alguém, a eutanásia é considerada
homicídio. Cabe assim ao médico, cumprindo o juramento Hipocrático, assistir o paciente,
fornecendo-lhe todo e qualquer meio necessário à sua subsistência. Para além disto,
pode- se verificar a existência de muitos casos em que os indivíduos estão desenganados
pela Medicina tradicional e depois procurando alternativas conseguem curar-se.

Eutanásia Activa • A activa (conhecida também como positiva ou directa) é prática


realizada com injecção letal ou overdose de medicamentos aplicada por um médico, ou
seja, este profissional fornece os meios para uma pessoa se suicidar. "Eutanásia seria um
homicídio compassivo, por compaixão por alguém.
Eutanásia Passiva • A eutanásia passiva (negativa ou indirecta) inclui medidas como
suspender ou retirar a alimentação, a hidratação ou a oxigenação do paciente em estado
vegetativo persistente. "Na passiva, faz-se uma omissão e não uma acção. Faz-se uma
medida de retirar um equipamento essencial, como um respirador.
 Eutanásia Voluntária • Aplica-se quando o doente se encontra em perfeitas condições
mentais e ainda possui vontade própria para pedir conscientemente que lhe retirem a vida.
Eutanásia Não Voluntária • Aplica-se a casos de doentes que estão incapacitados de
tomar qualquer decisão ( por alterações de consciência ou quando se trata de um menor
de idade ou de um recém-nascido). Nestes casos o pedido de eutanásia é requisitado
pelos familiares mais próximos do paciente.
Eutanásia Involuntária • A eutanásia é involuntária quando é realizada numa pessoa que
poderia ter consentido ou recusado a sua própria morte, mas não o fez ― seja porque não
lhe perguntaram, seja porque lhe perguntaram mas não deu consentimento, querendo
continuar a viver. Embora os casos claros de eutanásia involuntária possam ser
relativamente raros, houve quem defendesse que algumas práticas médicas largamente
aceites (como as de administrar doses cada vez maiores de medicamentos contra a dor
que eventualmente causarão a morte do doente, ou a suspensão não consentida ― para
retirar a vida ― do tratamento) equivalem a eutanásia involuntária.
Artigo 3
todo o ser humano tem o direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

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