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TEMA II | LÓGICA
LÓGICA FORMAL
Uma floresta virgem é o produto dos muitos milhões de anos que passaram desde a origem do
nosso planeta. Se for abatida, pode crescer uma nova floresta, mas a continuidade é
interrompida. A rutura nos ciclos de vida natural de plantas e animais significa que a floresta
nunca voltará a ser aquilo que teria sido se não fosse cortada. Os ganhos obtidos com o abate
da floresta – emprego, lucros das empresas, ganhos em exportações e papel e cartão de
embalagem mais baratos – são benefícios de curto prazo. Mesmo que a floresta não seja
abatida, mas inundada para se construir uma barragem hidroelétrica, é provável que os
benefícios durem apenas por uma geração ou duas; após esse período, as novas tecnologias
tornarão obsoletos esses métodos de gerar energia. No entanto, a partir do momento em que a
floresta é abatida ou inundada, a ligação com o passado perde-se para sempre. Trata-se de um
custo que será suportado por todas as gerações que nos sucederem sobre o planeta. É por essa
razão que os ambientalistas têm razão quando falam do meio natural como um «legado
mundial». É algo que herdámos dos nossos antepassados e que temos de preservar para os
nossos descendentes, se não os quisermos privar desse bem.
Peter Singer (2000). Ética prática. Gradiva, pp. 292-293.
Cenários de resposta
1.1. Sugestão: Temos o dever de preservar o meio natural?
1.2. Devemos preservar o meio natural, pois é algo que herdámos e que devemos manter para que os
nossos descendentes possam usufruir desse bem.
1.3. Se abater a floresta virgem é interromper os ciclos de vida natural; se o abate da floresta ou a sua
inundação para construção de barragens são ganhos de curto prazo, pois tornar-se-ão obsoletos; se depois
de abatida a floresta se perde a continuidade com o passado, o que será um custo para toda a humanidade;
conclui-se que não devemos abater as florestas virgens.
2. No argumento Josué teve três negativas. Logo, Josué não pode passar de ano, está implícita
uma premissa, nomeadamente a que diz:
(A) Nenhum estudante com três negativas pode passar de ano.
(B) Todos os estudantes com negativas reprovam de ano.
(C) Todos os estudantes com duas negativas passam de ano.
(D) Nenhum estudante sem negativas pode passar de ano.
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
Cenário de resposta
2. (A).
3. A conclusão do argumento As ostras não são fósseis, pois nenhum fóssil pode ter relações
sexuais e uma ostra pode ter relações sexuais é:
(A) Uma ostra pode ter relações sexuais.
(B) Nenhum fóssil pode ter relações sexuais.
(C) As ostras não são fósseis.
(D) As ostras não podem ter relações sexuais.
Cenário de resposta
3. (C).
Cenário de resposta
4. (B).
b) As tartarugas marinhas são répteis com carapaça. Os répteis com carapaça são ovíparos.
Por conseguinte, as tartarugas marinhas são ovíparas.
d) Nenhum judeu ou muçulmano come chouriço ou paio, já que judeus e muçulmanos não
comem alimentos derivados do porco.
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
Cenário de resposta
5. a) Premissas: Todas as árvores de folha persistente ou perene mantêm a folhagem durante todo o ano. O
pinheiro mantém a folhagem durante todo o ano. Conclusão: O pinheiro é uma planta de folha persistente
ou perene.
b) Premissas: Todos os répteis com carapaça são ovíparos. As tartarugas marinhas são répteis com
carapaça. Conclusão: As tartarugas marinhas são ovíparas.
c) Premissas: Nenhuma pessoa que chega frequente mente atrasada e apresenta os trabalhos depois dos
prazos estabelecidos é confiável. A Rita é uma pessoa que chega frequentemente atrasada e apresenta os
trabalhos depois dos prazos estabelecidos. Conclusão: A Rita não é confiável.
d) Premissas: Nenhum judeu ou muçulmano come alimentos derivados do porco. Todos os chouriços e paios
são alimentos derivados do porco. Conclusão: Nenhum judeu ou muçulmano come chouriço ou paio.
e) Premissas: Nenhum aluno com menos de 14 no Exame Nacional de biologia e geologia pode candidatar-
se a cursos de medicina. O Hugo teve menos de 14 no Exame Nacional de biologia e geologia. Conclusão: O
Hugo não poderá candidatar-se a cursos de medicina.
Cenário de resposta
6. (A).
Cenário de resposta
7. (A).
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
8. No argumento Até hoje nunca se observou um tubarão sem barbatanas. Por conseguinte,
todos os tubarões têm barbatanas, a conclusão é:
(A) Nunca se observou um tubarão sem barbatanas.
(B) Nenhum tubarão tem barbatanas.
(C) Todos os tubarões têm barbatanas.
(D) Já se observou tubarões com barbatanas.
Cenário de resposta
8. (C).
9. Nem todas as frases exprimem proposições. Um bom exemplo de proposição é:
(A) Espero que haja engano no número de vítimas do tufão.
(B) O tufão das Filipinas foi uma tragédia para as populações.
(C) Conheces o número de vítimas do tufão das Filipinas?
(D) Tens de ajudar as vítimas de catástrofes naturais.
Cenário de resposta
9. (B).
Cenário de resposta
10. (B).
Cenário de resposta
11. (D).
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
Cenário de resposta
12. a) ¬ P; b) P ∧ Q; c) P → ¬ Q; d) ¬ P ∧ Q
a) P ∧ S
b) ¬ (Q ∧ S)
c) S → Q
d) S → (Q ∧ ¬ R)
e) P ↔ (R ∧ ¬ Q)
f) (Q ∨ S)
g) P ∧ R → (Q ∨ ¬ S)
Cenários de resposta
13. a) A proteção da natureza é um dever de todos e a extinção de espécies é um facto.
b) É falso que a inteligência humana seja sempre usada em benefício da natureza e que a extinção de
espécies seja um facto.
c) Se a extinção de espécies é um facto, então a inteligência humana é sempre usada em benefício da
natureza.
d) Se a extinção de espécies é um facto, então a inteligência humana é sempre usada em benefício da
natureza e os ecologistas não têm razão.
e) A proteção da natureza é um dever de todos se, e somente se, os ecologistas têm razão e a inteligência
humana não é sempre usada em benefício da natureza.
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
Cenário de resposta
14. a) (P ∧ Q) → R; b) P → Q; c) (P ∧ R) ∧ ¬ Q; d) P ∨ Q; e) R ↔ P
Cenário de resposta
15. a) P → Q; b) P → Q
b) P ∨ Q
c) P ∧ Q
d) P → Q
e) ¬ P → ¬ Q
f) ¬ P ∨ (P ∧ Q)
Cenário de resposta
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
17. Pedro, Joaquim e Raquel são três estudantes que irão fazer Exame Nacional de filosofia no
final do 11.º ano. Considera o dicionário:
P: Pedro passa no Exame.
Q: Joaquim passa no Exame.
R: Raquel passa no Exame.
Cenários de resposta
17. a) P ∧ (¬ Q ∧ ¬ R)
b) ¬ Q ∧ (P ∧ R)
c) P ∧ Q ∧ R
d) R → (P ∧ Q)
18. Considera o argumento: Se Sócrates estiver disposto a casar com Xantipa, ela casará com
Sócrates. Por outro lado, se Xantipa estiver disposta a casar com Sócrates, Sócrates não estará
disponível para casar com Xantipa. Sócrates não está disposto a casar com Xantipa. Logo,
Xantipa não está disposta a casar com Sócrates.
Cenários de resposta
18.1. Dicionário: P: Sócrates casa com Xantipa. Q: Xantipa casa com Sócrates.
Formalização: P → Q; Q → ¬ P; ¬ P ∴ ¬ Q
19. Considera o argumento: Se o Benfica jogar bem, ganhará a Liga dos Campeões. Se o
Benfica não jogar bem, o técnico é responsável pelo fracasso. Se o Benfica jogar bem, os
adeptos ficam contentes. Os adeptos não estão contentes. Logo, o técnico é responsável pelo
fracasso.
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
Cenário de resposta
19.1. Dicionário: P: O Benfica joga bem. Q: O Benfica ganha a Liga dos Campeões. R: O técnico é
responsável pelo fracasso. S: Os adeptos ficam contentes. Formalização: P → Q; ¬ P → R; P → S; ¬ S ∴ R
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
um animal.
Cenários de resposta
20.1. Dicionário: P: Vê um animal. Q: Está a perder alguma coisa. Formalização: P → Q
20.2. (A) Modus ponens. (B) P → Q, P ∣═ Q. (C) Modus tollens. (D) Se não vê um animal, não está a
perder nada. Estou a perder alguma coisa. Logo, vejo um animal. (E) Silogismo disjuntivo. (F) ¬ P ∨ Q, ¬ P,
∣═ ¬ Q. (G) Se vê um animal, está a escapar-lhe qualquer coisa. Logo, se não está a escapar-lhe qualquer
coisa, não vê um animal. (H) P → Q ∣═ ¬ Q → ¬ P. (I) Modus tollens. (J) ¬ P → ¬ Q, Q ∣═ P
21. Traduz para linguagem proposicional os argumentos que se seguem, apontando as falácias
cometidas.
A. Se a lógica não é fácil e nem tão-pouco um passatempo inútil, então requer estudo e
concentração. A lógica requer estudo e concentração. Logo, a lógica não é fácil e nem tão-
pouco um passatempo inútil.
B. Quando comemos bacalhau ou atum contribuímos para a sua extinção. Não comemos
bacalhau ou atum. Logo, não contribuímos para a sua extinção.
C. Se o cachalote é peixe, então não é mamífero. O cachalote não é peixe. Logo, é mamífero.
Cenários de resposta
21. A. Dicionário: P: A lógica é fácil. Q: A lógica é um passatempo útil. R: A lógica requer estudo e
concentração. Formalização: (¬ P ∧ ¬ ¬ Q) → R, R ∴ (¬ P ∧ ¬ ¬ Q). Falácia da afirmação da consequente.
B. Dicionário: P: Comemos bacalhau. Q: Comemos atum. R: Contribuímos para a sua extinção.
Formalização: (P ∨ Q) → R, ¬ (P ∨ Q) ∴ ¬ R. Falácia da negação da antecedente.
C. Dicionário: P: O cachalote é peixe. Q: O cachalote é mamífero. Formalização: P → ¬ Q, ¬ P ∴ Q.
Falácia da negação da antecedente.
Cenário de resposta
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
22. (B).
23. Traduz para linguagem proposicional a frase Se alguém assumir a sua homossexualidade no
Irão, será condenado à morte.
(A) P ← Q
(B) P ↔ Q
(C) P → Q
(D) P ∧ Q
Cenário de resposta
23. (C).
24. A proposição Se os cangurus não são originários da Austrália, não faz sentido elegê-los
como símbolo desse país é uma:
(A) Negação.
(B) Disjunção.
(C) Implicação.
(D) Conjunção.
Cenário de resposta
24. (C).
25. Considera a proposição expressa na seguinte frase: Embora a pena de morte seja
moralmente condenável, é uma pena legalizada em alguns países. Admitindo que é falso que a
pena de morte seja legal em alguns países e que desconhecemos o valor de verdade da outra
proposição, podemos saber o valor de verdade da proposição composta?
(A) Sim, é verdadeira, pois trata-se de uma conjunção.
(B) Não é possível saber, pois tanto pode ser falsa como verdadeira.
(C) Sim, é falsa, pois trata-se de uma disjunção.
(D) Sim, é falsa, uma vez que se trata de uma conjunção.
Cenário de resposta
25. (D).
26. Se certas pessoas acreditam na medicina, então acreditam na ciência. Ora, algumas
pessoas acreditam na ciência. Portanto, algumas pessoas acreditam na medicina é um
argumento:
(A) Falso.
(B) Válido.
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
(C) Inválido.
(D) Verdadeiro.
Cenário de resposta
26. (C).
27. O seguinte argumento é: (P ∧ Q) → R, ¬ R ∴ ¬ (P ∧ Q)
(A) Falso.
(B) Válido.
(C) Inválido.
(D) Verdadeiro.
Cenário de resposta
27. (B).
28. O argumento Ou a Belimunda tem mais de 18 anos ou ainda não vota. A Belimunda ainda
não fez 18 anos. Logo, ela ainda não vota é:
(A) Um silogismo disjuntivo válido.
(B) Um silogismo disjuntivo verdadeiro.
(C) Um silogismo hipotético válido.
(D) Um silogismo hipotético falso.
Cenário de resposta
28. (A).
29. O argumento Se a Belimunda e o Anselmo não acordarem a horas, então não poderão ir ao
teste intermédio. Se não puderem ir ao teste intermédio, então não terão positiva na disciplina.
Portanto, se a Belimunda e o Anselmo não acordarem a horas, não terão positiva na disciplina é:
Cenário de resposta
29. (C).
30. Considera a proposição É falso que a pena de morte tenha sido abolida em todos os países
europeus.
a) Se a proposição supra for falsa, qual o valor de verdade da proposição A pena de morte foi
abolida em todos os países europeus?
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
Cenário de resposta
30. a) Verdadeira. b) Falsa.
31. Considera a proposição Ainda que goste de filosofia, não aprecio lógica.
b) Se soubermos que a proposição Gosto de filosofia é falsa, o que podemos dizer sobre o
valor de verdade da proposição composta?
c) Se a proposição Não aprecio lógica for verdadeira, será possível determinar o valor de
verdade da conjunção? Porquê?
Cenários de resposta
31. a) Gosto de filosofia e não aprecio lógica.
b) A conjunção será, nesta circunstância, necessariamente falsa.
c) Não, uma vez que desconhecemos o valor de verdade da proposição Gosto de filosofia. É necessário
conhecer o valor de verdade da proposição Gosto de filosofia para se poder determinar se a conjunção é
verdadeira ou falsa. Se Gosto de filosofia for verdadeira, a conjunção será verdadeira, caso contrário será
falsa.
Cenário de resposta
32. É falso que seja verdade que chove.
33. Considera as proposições P O livro tem muitas páginas e Q O livro é muito bom. Passa para
linguagem simbólica as proposições seguintes:
d) É falso que o livro tenha muitas páginas, mas é certo que é muito bom.
Cenário de resposta
33. a) P ∧ Q; b) Q ∧ P; c) Q ∧ ¬ P; d) ¬ P ∧ Q
12
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
c) Se a proposição Procuram-se cães para adotar for falsa, será possível determinar o valor
de verdade da disjunção inclusiva? Porquê?
Cenários de resposta
34. a) P ∨ Q
b) Podemos concluir que P ∨ Q é necessariamente verdadeira, uma vez que pelo menos uma das frases
disjuntas o é.
c) Não, dado que conhecemos apenas o valor de verdade de Q. Se P for verdadeira, P ∨ Q será igualmente
verdadeira; se P for falsa, P ∨ Q será falsa. Não nos basta, por isso, neste caso, conhecer o valor de verdade
de Q.
35. Considera a proposição A Presidência da República será ocupada nas próximas eleições ou
por um homem ou por uma mulher.
a) Adotando o dicionário P A Presidência da República será ocupada nas próximas eleições por
um homem e Q A Presidência da República será ocupada nas próximas eleições por uma
mulher, formaliza a proposição complexa.
c) Se soubermos que nenhuma das proposições é falsa, o que podemos concluir sobre o valor
de verdade da proposição composta?
Cenário de resposta
35. a) P ∨ Q
b) Nada se pode concluir, dado que desconhecemos o valor de verdade de Q. Se P for verdadeira, a
disjunção será falsa; se P for falsa, a disjunção será verdadeira. No caso da disjunção exclusiva, precisamos
sempre de conhecer o valor de verdade de ambas as proposições simples para podermos determinar o valor
de verdade da proposição complexa.
c) Podemos concluir que a proposição composta é, necessariamente, falsa.
Cenários de resposta
36. a) P: Os brincos são muito caros. Q: Os brincos são de ouro.
b) Q → P (Se os brincos forem de ouro, então serão muito caros).
c) Q → P é falsa.
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
Cenário de resposta
37. a) P → Q; b) ¬ P → ¬ Q
b) Que valor ou valores de verdade pode assumir a proposição complexa se for verdade que
recebemos salário?
c) Que valor ou valores de verdade pode assumir a proposição complexa se tanto P como Q
forem falsas?
Cenários de resposta
b) Se P (recebemos salários) for verdadeira, P ↔ Q tanto pode ser verdadeira como falsa, dependendo dos
valores de Q.
39. Usa inspetores de circunstâncias para determinar se os seguintes argumentos são ou não
válidos.
a) Se a Júlia é boa aluna a lógica, então conhece as regras da conjunção e conhece as regras
da disjunção. A Júlia não conhece as regras da conjunção nem as regras da disjunção. Logo, a
Júlia não é boa aluna a lógica.
b) Se os animais não humanos sentem dor, então devem ser respeitados e possuir
personalidade jurídica. É certo que os animais não humanos sentem dor. Por conseguinte,
devem ser respeitados, mas não possuir personalidade jurídica.
Cenário de resposta
39. a) Dicionário: P: Júlia é boa aluna a lógica. Q: Júlia conhece as regras da conjunção. R: Júlia conhece
as regras da disjunção. Formalização argumento: P → (Q ∧ R), ¬ Q ∧ ¬ R ∴ ¬ P
Inspetor de circunstâncias:
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
A única circunstância em que as premissas são, neste caso, ambas verdadeiras acontece na última linha.
Como nessa circunstância a conclusão é também verdadeira, o argumento é válido, pois não há qualquer
possibilidade de as premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa.
b) Dicionário: P: Os animais não humanos sentem dor. Q: Os animais não humanos devem ser
respeitados. R: Os animais não humanos devem possuir personalidade jurídica. Formalização do
argumento: P → Q ∧ R, P ∴ Q ∧ ¬ R
Inspetor de circunstâncias:
A única circunstância em que as premissas são, neste caso, ambas verdadeiras acontece na primeira linha.
Como nessa circunstância a conclusão é falsa, o argumento é inválido, pois prova-se que é possível as
premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa.
40. Considerando os argumentos abaixo, seleciona o único que obedece rigorosamente à regra
do modus ponens.
(A) Se defendemos valores democráticos, então não somos a favor da discriminação das
minorias étnicas. Somos a favor da discriminação das minorias étnicas. Portanto, não
defendemos valores democráticos.
(C) Defendemos valores democráticos ou não somos a favor da discriminação das minorias
étnicas. Defendemos valores democráticos. Portanto, somos a favor da discriminação das
minorias étnicas.
(D) Se defendemos valores democráticos, então não somos a favor da discriminação das
minorias étnicas. Não somos a favor da discriminação das minorias étnicas. Logo, defendemos
valores democráticos.
Cenário de resposta
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
40. (B).
41. Considerando as premissas abaixo, escreve a conclusão dos argumentos, usando uma das
formas válidas de inferência. Em cada um dos casos, indica a regra utilizada.
a) Se eu mantiver a cabeça fria, não falharei este conjunto de exercícios. É certo que
mantenho a cabeça fria.
b) Não é possível ouvir música sem sentir emoção. Neste momento, a verdade é que não
sinto qualquer emoção.
c) Para ser galo, basta ter crista. Eu não sou certamente um galo.
e) Ou falho este exercício ou é verdade que a lógica é uma disciplina fácil. Não falho de forma
alguma este exercício.
Cenários de resposta
41. a) Logo, não falharei este conjunto de exercícios (regra do modus ponens).
b) Logo, não oiço música (regra do modus tollens).
c) Logo, não tenho crista (regra do modus tollens).
d) Logo, se é natural do Porto Santo, não é açoriano (regra da contraposição).
e) Logo, a lógica é uma disciplina fácil (regra do silogismo disjuntivo).
f) Logo, se não chove, o caracol não sai (regra da contraposição).
g) Logo, se o preço da gasolina subir, diminuem os níveis de dióxido de carbono na atmosfera (regra do
silogismo hipotético).
a) Ninguém pode estudar e simultaneamente estar a conversar nas redes sociais. O Pedro
conversa nas redes sociais. Logo, não estuda.
b) Para tirar positiva no teste, bastaria ter estudado pelo menos uma tarde. Ora, tirei positiva
no teste. Portanto, estudei pelo menos uma tarde.
c) Ninguém pode estudar e simultaneamente estar a conversar nas redes sociais. É certo que
a Marta não está a conversar nas redes sociais. Portanto, estuda.
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
d) Para tirar positiva no teste, bastaria ter estudado pelo menos uma tarde. Tirei negativa no
teste. Logo, é certo que não estudei sequer uma tarde.
Cenários de resposta
42. a) O argumento é válido, uma vez que obedece à forma válida do modus ponens. Dicionário: P: Pedro
estuda. Q: Pedro conversa nas redes sociais. Formalização: Q → ¬ P, Q ∣═ ¬ P
b) O argumento não é válido: falácia da afirmação da consequente. Dicionário: P: Eu tiro positiva no teste.
Q: Eu estudo pelo menos uma tarde. Formalização: Q → ¬ P, P ∴ Q
c) O argumento não é válido: falácia da negação da antecedente. Dicionário: P: Marta estuda. Q: Marta
conversa nas redes sociais. Formalização: Q → ¬ P, ¬ Q ∴ P
d) O argumento é válido, uma vez que obedece à forma do modus tollens. Dicionário: P: Eu tiro positiva no
teste. Q: Eu estudo pelo menos uma tarde. Formalização: Q → P, ¬ P ∣═ ¬ Q
Cenário de resposta
43. (B).
Cenário de resposta
44. (A).
17
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
Cenário de resposta
45. (C).
Cenário de resposta
46. (D).
47. O argumento Se é um elefante, não é um carneiro. É certo que não é carneiro. Portanto, é
um elefante é:
(A) Válido (modus ponens).
(B) Válido (modus tollens).
(C) Inválido (falácia da afirmação da consequente).
(D) Inválido (falácia da negação da antecedente).
Cenário de resposta
47. (C).
48. O argumento É sarampo ou é papeira. Não é sarampo. Logo, é papeira obedece a uma
forma válida conhecida como:
(A) Contraposição.
(B) Silogismo disjuntivo.
(C) Silogismo hipotético.
(D) Lei de De Morgan.
Cenário de resposta
48. (B).
49. Testa a validade dos seguintes argumentos, aplicando a regra do inspetor de circunstâncias
ou outra considerada adequada.
Cenários de resposta
18
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
Inspetor de circunstâncias:
O argumento é válido, uma vez que na única circunstância em que todas as premissas são verdadeiras (linha
2) a conclusão também o é. Não há, pois, qualquer possibilidade de as premissas serem verdadeiras e a
conclusão falsa.
b) Dicionário: P: David Hume tem razão Q: O ceticismo é verdadeiro. R: O ceticismo é contraditório.
Formalização: P → Q, Q → R, ¬ P, ∴ ¬ Q
Inspetor de circunstâncias:
Existem três circunstâncias em que as premissas são todas verdadeiras (linhas 5, 7 e 8). Dado que em duas
delas (linhas 5 e 7) a conclusão é falsa, o argumento é inválido, pois prova-se que é possível as premissas
serem verdadeiras e a conclusão falsa.
Os filósofos são entusiastas dos argumentos válidos. Procuram e conseguem que concordemos
com algumas pequenas premissas inocentes, oferecendo depois o que pretendem ser
argumentos válidos que têm todo o tipo de conclusões surpreendentes e grandiosas. Nas
Meditações, Descartes começa por uma premissa inócua – penso – e conclui: Deus existe. Claro
que temos tendência para pensar que ele se apoiou implicitamente em mais algumas premissas
que foram suprimidas, com as quais podemos discordar, ou que cometeu um erro no seu
argumento. Mas se as premissas fossem verdadeiras e o raciocínio válido, a sua conclusão de
que Deus existe seria verdadeira. E se nós aceitássemos as suas premissas e o seu argumento,
estaríamos obrigados a aceitar a sua conclusão.
William H. Newton-Smith (2005). Lógica. Um curso introdutório. Gradiva, p. 16.
19
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
Cenário de resposta
50.1. Enquanto a validade diz apenas respeito à estrutura ou forma lógica dos argumentos, a verdade é
uma propriedade exclusivamente relacionada com o conteúdo das proposições.
CONCEITOS AFIRMAÇÕES
A. É um processo de inferência.
Cenário de resposta
51. 1 → G; 2 → J; 3 → B e D; 4 → A e C; 5 → E; 6 → D e I; 7 → C e H; 8 → F.
B. Todos os símios são mamíferos. Os chimpanzés são símios. Logo, os chimpanzés são
mamíferos.
D. Os dados dos sentidos enganam-nos. A experiência sensível tem por base os dados dos
sentidos. Logo, a experiência sensível é enganadora.
E. Todos os advogados ganham muito dinheiro. O João ganha muito dinheiro. Logo, o João é
advogado.
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
Cenário de resposta
52. B; D.
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
LÓGICA INFORMAL
Cenários de resposta
1.1. A água não potável é como uma arma. As armas são letais e matam milhares de crianças todos os
anos. Do mesmo modo, a água não potável mata milhares de crianças todos os anos.
1.2. Se a UNICEF tiver razão, a água não potável provoca mais mortes do que a guerra. A UNICEF tem
razão. Logo, a água não potável provoca mais mortes do que a guerra.
1.3. Todos os anos morrem milhares de crianças vítimas do consumo de água não potável. A próxima
criança que morrer, morrerá por não ter acesso a água potável.
A. As galinhas observadas até ao momento atual têm penas e põem ovos. Logo, todas as
galinhas têm penas e põem ovos.
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
C. O cometa Halley é um cometa brilhante que tem retornado às regiões interiores do Sistema
Solar a cada 76 anos. A última vez que o cometa Halley foi visto foi em 1985. Por conseguinte, o
cometa Halley voltará a ser visto em 2061.
D. Da última vez que consultei a wikipédia, uma famosa enciclopédia em linha, fui conduzido ao
erro por uma informação falsa que li. É certo, assim sendo, que não podemos confiar em
nenhum artigo que lemos na wikipédia.
F. De acordo com o secretário-geral das Nações Unidas, existem por todo o mundo pelo menos
250 milhões de crianças em idade escolar que não sabem ler, escrever ou contar. Dois terços
delas são mulheres. Logo, é verdade que há pelo menos 250 milhões de crianças em idade
escolar que não sabem ler, escrever ou contar e que dois terços delas são mulheres.
Cenários de resposta
2. A. Indução (generalização); B. Indução (previsão); C. Indução (previsão); D. Indução (generalização); E.
Argumento por analogia; F. Argumento de autoridade.
Neste cartaz, da
Sociedade Internacional
para os Direitos
Humanos (IGFM, em
alemão), pode ler-se:
«As mulheres oprimidas
são facilmente
esquecidas».
23
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
Cenários de resposta
3.1. Trata-se de um argumento por analogia, pois compara-se o esquecimento a que são votadas as
mulheres oprimidas com o esquecimento a que é votado o lixo. O argumento implícito pode ser resumido
nos seguintes termos: As mulheres oprimidas são semelhantes a sacos de lixo. Os sacos de lixo são
facilmente ignorados. Do mesmo modo, as mulheres oprimidas são facilmente esquecidas.
3.2. Sim, na medida em que a imagem, só por si, interpela a nossa consciência enquanto cidadãos
defensores dos direitos fundamentais de todos os seres humanos. A analogia com o lixo (o objeto
dispensável, abandonado, ignorado) tende a produzir no auditório sentimentos de repugnância face à
situação das mulheres oprimidas.
Cenário de resposta
4. (D).
Cenário de resposta
5. (A).
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
Cenário de resposta
6. (D).
7. Ou temos no governo o partido XPTO ou, caso contrário, o país mergulhará no caos é uma
falácia conhecida como:
Cenário de resposta
7. (D).
(A) Da derrapagem.
(B) Do espantalho.
(C) Do apelo à ignorância.
(D) Do ataque à pessoa.
Cenário de resposta
8. (A).
9. 2500 especialistas reunidos em Praga, em 2006, determinaram que são oito e não nove,
como se considerava até então, os planetas do sistema solar. Sendo assim, o sistema solar
conta apenas com oito planetas é um argumento:
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
10. A Joana tem febre, arrepios de frio e espirra muito. O médico disse-lhe que tinha gripe. O
João tem os mesmos sintomas da Joana. Então, o João também tem gripe é um argumento:
(A) De autoridade.
(B) Indutivo (generalização).
(C) Por analogia.
(D) Indutivo (previsão)
Cenário de resposta
10. (C).
Cenário de resposta
11. (B).
12. O argumento Uma vez que o universo existe e não pode ter sido criado a partir do nada,
teve de ser criado por uma força inteligente é um exemplo de falácia. Trata-se de:
Cenário de resposta
12. (B).
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
Por exemplo, numa discussão sobre os méritos e deméritos dos jardins zoológicos, alguém pode
argumentar que desempenhar um papel importante na conservação das espécies. Um opositor
dos jardins zoológicos pode representar erroneamente este aspeto, tratando-o como equivalente
à perspetiva de só as espécies ameaçadas devem ser mantidas nestes espaços. Um modo de o
fazer seria sugerir que a perspetiva do defensor dos jardins zoológicos era absurda porque
implicaria que deveríamos libertar os animais de jardins zoológicos que não pertencem a espécie
ameaçadas.
Nigel Warburton (2012). Pensar de A a Z. Bizâncio, p. 120.
Cenário de resposta
13.1. Falácia do espantalho ou boneco de palha. O opositor dos jardins zoológicos apresenta as ideias do
defensor numa versão deficiente ou distorcida, transformando-as num alvo fácil a abater.
Cenário de resposta
14. (D).
Quando os ativistas dos direitos dos animais argumentam que nos devíamos preocupar mais
com o bem-estar dos animais, os seus argumentos normalmente apoiam-se numa analogia
implícita entre as capacidades dos humanos e dos animais para sentir dor. Sabemos que os
seres humanos sentem dor e que, nas suas formas extremas, é uma coisa terrível que a quase
todo o custo procuramos evitar: é por isso que a tortura pode ser tão eficaz. Os mamíferos são
muito parecidos com os seres humanos em diversas coisas. São geneticamente muito próximos
de nós e têm respostas fisiológicas semelhantes quando sofrem danos físicos. Como nós,
procuram evitar ser feridos e em determinadas circunstâncias fazem ruídos que pensamos poder
reconhecer como indicadores de dor, porque são semelhantes aos ruídos que fazemos quando a
temos. Assim, parece razoável concluir com base na analogia entre seres humanos e mamíferos
que os mamíferos são capazes de sentir determinados géneros de dor.
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
15.1. Identifica as premissas e a conclusão do argumento dos ativistas dos direitos dos animais.
Cenário de resposta
15.1. Premissas: Os não humanos, especialmente os mamíferos, são como os humanos em muitos
aspetos, nomeadamente na capacidade de sentir e evitar a dor. É errado infligir dor e sofrimento a um ser
humano. Conclusão: É errado infligir dor e sofrimento a um não humano, especialmente se for mamífero.
Por exemplo, se um político defende que baixar o limite de velocidade em áreas densamente
povoadas reduziria acidentes envolvendo crianças e um jornalista o ataca com base no facto de
ele ter sido multado em diversas ocasiões por conduzir sob o efeito do álcool e por excesso de
velocidade, este último estaria a fazer um ataque pessoal. O jornalista desviou a atenção do
argumento em causa para a alegada hipocrisia da pessoa que apresentou o argumento.
Contudo, é evidente que os hipócritas podem apresentar excelentes argumentos: muitos fazem-
no.
16.1. Que tipo de ataque pessoal foi usado pelo jornalista? Justifica.
Cenários de resposta
16.1. O jornalista recorreu a uma forma de falácia ad hominem conhecida como tu quoque. Acusa o político
em causa de hipocrisia, de não praticar aquilo que propõe (condução segura e a baixa velocidade).
16.2. O jornalista não ataca o que é dito, mas quem o diz, o político. Acontece que a questão de o político
ser ou não um condutor responsável é irrelevante para a questão de saber se baixar o limite de velocidade
em áreas densamente povoadas reduz ou não os acidentes.
A. Desde que se observa que, ano após ano, milhares de pinguins-imperador percorrem cerca
de 100 km pelos gelos inóspitos da Antártida rumo ao local de reprodução. Isto significa que
no próximo ano milhares de pinguins-imperador migrarão para se reproduzirem.
B. Desde que Portugal é uma república que todos os seus presidentes, desde Manuel de
Arriaga até à atualidade, são homens. Logo, nunca existirá em Portugal uma mulher
Presidente da República.
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
condutoras do que os homens. Logo, é verdade que as mulheres são melhores condutoras do
que os homens.
Cenário de resposta
17. A. Previsão (indução). B. Generalização (indução). C. Argumento de autoridade.
Cenários de resposta
18.1. Analogia.
18.2. Os cigarros são como armas. As armas matam inocentes. Logo, os cigarros matam inocentes.
Cenário de resposta
19. a) Falácia contra a pessoa (hipocrisia ou tu quoque); b) Falso dilema.
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
As ilhas de São Miguel, Santa Maria, Terceira, Graciosa, São Jorge, Faial, Pico, Flores e Corvo
são ilhas de origem vulcânica localizadas no nordeste do oceano Atlântico. Logo, todas as ilhas
dos Açores são ilhas de origem vulcânica localizadas no nordeste do oceano Atlântico.
Cenário de resposta
20. Trata-se de uma generalização forte, uma vez que cada uma das ilhas dos Açores está representada nas
premissas.
O agir tem de ser, tal como é comumente aceite, estabelecido de acordo com um sentido
orientador [prático]. (…) as formas de tratamento de um assunto são tantas quanto a matéria a
que se aplicam o admitir. Nada do que diz respeito à prática de ações ou à obtenção do que é
vantajoso tem algo de estável, tal como o não tem o que concerne ao estado de saúde.
21.1. Que tipo de argumento não dedutivo está presente no excerto? Justifica a tua resposta.
Cenário de resposta
21.1. É um argumento por analogia. Aristóteles está a comparar instabilidade da orientação para agir com a
instabilidade típica do estado de saúde. As formas de tratamento de ambas, ação e saúde, são múltiplas.
Uma das dificuldades que as crianças têm na aprendizagem acerca do mundo é lidarem com as
ambiguidades da linguagem. Têm tendência para levar as coisas bastante à letra, pois ainda não
aprenderam a usar o contexto para interpretar as ambiguidades. Não desenvolveram ainda a
tolerância (ou a compreensão) em relação às diferentes nuances.
22.1. Quando se discute a igualdade de direitos entre mulheres e homens, é muito comum
surgir, a determinada altura, o argumento de que se as mulheres querem ser como os homens,
então devem fazer exatamente os mesmos trabalhos que os homens. Geralmente, o exemplo
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
TEMA II | LÓGICA
usado é o da construção civil como sendo uma profissão onde não se encontram mulheres. Que
tipo de argumento é este? Justifica a tua resposta.
Cenário de resposta
22.1. Este argumento é uma falácia do espantalho ou do boneco de palha, o que significa que é um mau
argumento. Quando se discute a igualdade de direitos entre mulheres e homens, muitas vezes o argumento
inicial é deturpado como se se estivesse a discutir uma igualdade a nível das características físicas dos dois
sexos, quando de facto não é isso que está a ser discutido. Discute-se se as mulheres têm direito aos
mesmos direitos do que os homens, independentemente do sexo. Essa tentativa de alterar a linha de
argumentação prende-se com o facto de, em termos físicos, muitos homens terem um conjunto das
características morfológicas e fisiológicas que lhes conferem mais força do que a uma boa parte das
mulheres. Com este expediente, julga-se ser mais fácil justificar que as mulheres não devem ter os mesmos
direitos do que os homens à luz da lei.
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