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Eletrocardigrama

O CORAÇÃO

O coração apresenta atividade elétrica por variação na quantidade relativa de íons de sodio presentes dentro e fora
das células do miocárdio. Esta variação cíclica gera diferença de concentração dos referidos íons na periferia do
corpo.Eletrodos sensíveis colocados em pontos específicos do corpo registram esta diferença elétrica.

DOENÇAS DO CORAÇÃO

As doenças cardíacas são as principais causas de mortalidade nos paises desenvolvidos. A trombose é a causa
mais importante de um ataque cardíaco ou infarto do miocárdio que com freqüência tem conseqüências mortais.
A causa imediata de morte em muitos infartos do miocárdio é a arritmia.

DIAGNÓSTICO

Entre as ferramentas mais importantes de diagnostico, destaca-se o eletrocardiógrafo.


O exame é indicado como parte da análise de doenças cardíacas, em especial as arritimias cardíacas.

INTRODUÇÃO

O Eletrocardiograma (ECG) é o registro da atividade elétrica do coração.


Pode ser definido também como uma representação gráfica da atividade elétrica gerada pelo coração, durante todo
ciclo cardíaco, que se transmite a superfície corporal.
Para que sua interpretação seja otimizada, é necessário que se conheçam dados referentes ao paciente, como
idade, sexo, peso, altura, hipótese diagnostica, condições clinicas, drogas em uso e o motivo da sua solicitação.

OBJETIVO DO ECG:

 REGISTRO DA VARIAÇÃO DOS POTENCIAIS ELÉTRICOS GERADOS PELA ATIVIDADE ELÉTRICA FO


CORAÇÃO;
 ANÁLISE DE DOENÇAS CARDÍACAS.

ELETROFISIOLOGIA

A célula cardíaca em repouso (polarizada) é rica em potássio, e apresenta-se negativa em relação ao meio externo que
é positivo e rico em sódio, como mostrado a seguir.
Quando ocorre a ativação de uma célula miocárdica característica (atrial ou ventricular), ocorrem trocas iônicas e
inverte-se a polaridade da célula, que é mantida nesta polaridade, originando na superfície da célula uma região
despolarizada e outra ainda em repouso, gerando uma frente de onda de despolarização/repouso, resultando portanto em
um dipolo equivalente. À medida que se propaga a ativação, há uma tendência progressiva da parte intracelular da
membrana ficar positiva, enquanto que a parte extracelular ficará gradativamente negativa. Desta forma um dipolo (- +) será
formado com intensidades diferentes e se propagará, formando um limite móvel entre a parte estimulada e a parte ainda em
repouso.

A célula totalmente despolarizada fica com sua polaridade invertida. A repolarização fará com que a célula volte às
condições basais.

Em uma única célula, a despolarização e a repolarização começam no mesmo ponto. Mas, no coração como um
todo, sucede que, apesar da despolarização dos ventrículos começar no endocárdio, é o epicárdio quem primeiro termina de
se repolarizar. Dentre as explicações dadas para tal fenômeno, destaca-se que o endocárdio é mantido em regime de
pressão mais alta que o epicárdio, enquanto que este é melhor irrigado e apresenta temperatura ligeiramente superior a do
endocárdio.
ELETROCARDIOGRAMA NORMAL E FORMAS DAS ONDAS

É importante constatar que o coração, durante sua atividade, age como um gerador de correntes elétricas e que estas
correntes, espalhando-se no meio condutor que é o coração, geram potenciais elétricos cuja evolução no tempo e no
espaço podem ser aproximadamente previstas. Assim funciona o eletrocardiograma que nada mais é do que o registro das
variações do potencial elétrico do meio extracelular decorrentes da atividade cardíaca. O ECG consiste de ondas
características (P, Q, R, S e T) as quais correspondem a eventos elétricos da ativação do miocárdio. A onda P corresponde
à despolarização atrial, o complexo QRS à despolarização ventricular e a onda T a repolarização dos ventrículos.

Mais especificamente:

Onda P-Corresponde a despolarização dos átrios, e sua amplitude máxima é de 0.25 mV. Tamanho normal: Altura: 2,5mm,
comprimento: 3,0mm Hipertrofia atrial gera aumento da onda P.

Complexo QRS - Corresponde a despolarização ventricular. É maior que a onda P pois a massa muscular dos ventrículos é
> que a dos átrios. Anormalidades no sistema de condução geram complexos QRS alargados.

Onda T - Corresponde a repolarização ventricular. Normalmente é perpendicular e arredondada. A inversão da onda T


indica processo isquêmico. Onda T de configuração anormal indica hipercalemia. Arritmia não sinusal = ausência da onda P.

Onda T auricular - A repolarização auricular não costuma ser registrada, pois é encoberta pela despolarização ventricular,
evento elétrico concomitante e mais potente. Quando registrada, corresponde a Onda T atrial.A onda Ta é oposta à onda P.

Intervalo PR- É o intervalo entre o início da onda p e início do complexo QRS. É um indicativo da velocidade de condução
entre os átrios e os ventrículos e corresponde ao tempo de condução do impulso eléctrico desde o nódo atrio-ventricular até
aos ventrículos.

Período PP- Ou Intervalo PP, ou Ciclo PP. É o intervalo entre o início de duas ondas P. Corresponde a freqüência de
despolarização atrial, ou simplesmente freqüência atrial.

Período RR- Ou Intervalo RR, ou Ciclo RR. É o intervalo entre duas ondas R. Corresponde a freqüência de despolarização
ventricular, ou simplesmente freqüência ventricular.
César

CCCC
César E. Schmitt

Referências:
José Henrique Duran.BIOFÍSICA FUNDAMENTOS E APLICAÇÕES - Prentice Hall
GUYTON, Arthur C. Neurociência básica: anatomia e fisiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, c1993.

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