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DEFINIÇÃO
ECG é a reprodução gráfica da atividade elétrica do coração durante o seu funcionamento. É registrada a partir da
superfície corpórea, a qual é capaz de conduzir correntes elétricas representando a despolarização e repolarização.
Portanto, ECG é a transcrição da energia elétrica em um papel, configurado em velocidade e amplitude. A energia
captada pode dar informações sobre anatomia e funcionamento cardíaco, sendo uma energia elétrica convertida em
mecânica.
ELETROFISIOLOGIA
O coração é formado por 3 tipos celulares principais: células de condução; células marcapasso (automatismo); e
células musculares (contração). O fluxo de elétrons entre duas soluções produz uma energia elétrica. Portanto,
sempre que há passagem de íon de um local mais concentrado para outro menos concentrado, há liberação de
energia.
A célula cardíaca normalmente possui mais íons positivos fora da célula do que dentro dela, no estágio basal (Na+
fora e K+ dentro da célula). Em dado momento, ocorre modificação das propriedades dessa membrana celular,
permitindo o fluxo de íons nos dois sentidos.
O influxo de sódio, que inicia em uma célula, vai se propagando para as regiões adjacentes até a mudança da
polaridade de toda a célula DESPOLARIZAÇÃO.
Durante a REPOLARIZAÇÃO, as cargas elétricas são restabelecidas através principalmente da saída de íons positivos
(potássio). A primeira porção da célula que despolarizou será a primeira a repolarizar.
Douglas F. Lima
Isso ocorre nas células de resposta rápida (átrios, ventrículos, cardiomiócitos e fibras de Purkinje).
POTENCIAL DE AÇÃO
Fase 0. Despolarização rápida: entrada de sódio na célula.
Fase 1. Repolarização rápida inicial: saída inicial de potássio na célula.
Fase 2. Platô: entrada de cálcio concomitante à saída de potássio.
Fase 3. Repolarização final (saída de potássio): para de entrar cálcio e continua a saída de
potássio.
Fase 4. Fase de repouso: bomba de sódio e potássio para retorno da normalidade (saída de
3 sódios e 2 potássios). Estado de repouso.
1 – Formação de Vetor:
Qualquer força que tenha amplitude, direção e sentido pode ser representada por um vetor. A célula cardíaca
quando se despolariza também gera um vetor (o vetor gerado pela energia produzida pela célula aponta para o lado
da carga positiva).
A energia elétrica gerada pelo coração pode ser captada na superfície do corpo através de eletrodos, que são
superfícies metálicas com ótima condução elétrica. A energia elétrica é transformada em energia mecânica,
permitindo o batimento do músculo cardíaco.
2 – Sistema de Condução:
Douglas F. Lima
Som afastando do ponto. Reduz – afasta do eletrodo.
Nó atrioventricular sua função é retardar o impulso elétrico para dar tempo do átrio e o ventrículo
baterem em tempos diferentes
O VE demora mais pra terminar a despolarização por ser mais espesso, apesar da despolarização começar no
ramo do VE.
Ocorre por quem tem a frequência de despolarização mais rápida. Ela inibe a despolarização das outras partes e
comanda a FC. Normalmente quem faz isso é o nó sinusal (marcapasso fisiológico do coração).
- REPOLARIZAÇÃO: mesmo caminho da despolarização, porém de forma inversa, devido a maior vascularização.
O vetor da despolarização inicia no sentido positivo no interior da célula (endocárdio para epicárdio), enquanto que
a repolarização inicia no mesmo lugar no sentido contrário (epicárdio para endocárdio).
VETORES
1 – Átrios:
A repolarização dos átrios ocorre durante a despolarização ventricular, enquanto que nos ventrículos ocorre do
epicárdio para endocárdio.
Douglas F. Lima
2 – Septo:
VE pro VD, inicia no VE O septo despolariza a partir do nó atrioventricular, iniciando primeiro à esquerda e depois
à direita (parede mais espessa/grossa), fazendo um vetor diagonal para direita.
Demora mais pro VE despolarizar Os ventrículos iniciam a despolarização no VE, visto que a parede é mais
estreita. Logo, o vetor será diagonal para esquerda, vindo a partir do nó AV.
Douglas F. Lima
4 – Porção Basal do Ventrículo Esquerdo:
Inicia a despolarização primeiro do VE e depois do VD, tendo um vetor diagonal superior para a direita.
5 – Repolarização Ventricular:
Ocorre do epicárdio para o endocárdio, sendo o contrário. Vetor tem sentido diagonal esquerda.
Douglas F. Lima
ONDAS P, Q, R, S e T
Eletrodo A está no ápice do coração, próximo ao ictus. Tendo como base os vetores citados acima, tem-se:
Douglas F. Lima
A computação gráfica das ondas irá mudar sempre que mudar o eletrodo, ou seja, nem sempre o “normal’ das ondas
PQRST vai ser somente representado igual a imagem acima, depende de onde o eletrodo está localizado. Mas
sempre a direção e sentido dos vetores serão sempre os mesmos para qualquer análise das ondas em relação aos
eletrodos (exemplo: o vetor do átrio é sempre resultante na diagonal esquerda inferior).
Onda P representa a despolarização atrial (contração atrial). Complexo QRS representa o relaxamento atrial
e contração ventricular (enchimento). Onda T representa a repolarização ventricular (relaxamento
ventricular).
Intervalo PR compreende o início da onda P até o início do QRS (início da despolarização atrial até o início da
despolarização ventricular).
Intervalo QT compreende o início da onda Q até o final da T (início da despolarização ventricular até o fim da
repolarização ventricular). Despolarização acontece do endcocardio para o epicárdio, na repolarização
acontece da forma inversa
- Segmento ST: linha reta entre o fim da S (despolarização ventricular) e início da T (repolarização
ventricular).
T e segmento ST. Repolarização ventricular. Sístole ventricular: início do QRS até final da T.
Relaxamento: final da T.
Douglas F. Lima