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O tomógrafo

Componentes,
Hardware,Software,Geração dos
Tomógrafos
Ah,não… física
outra vez ?
O QUE É UM TOMÓGRAFO ?
Um aparelho de raios X que cria imagens seccionais do
corpo
Básicamente : um portal e uma mesa móvel
Tubo
Produção dos RX
Gerador

Detectores

Detecção dos RX Conversão AD

Reconstrução

Exibição e formatação
Sistemas de computação Impressão

Arquivo
O PORTAL (“GANTRY”)
Portal

Parte mais imponente do sistema


a. Cabeçote com ampola de RX
b. Detectores na margem oposta ao cabeçote
c. Engrenagens e motores elétricos – rotação
d. Motores hidráulicos - inclinação
Portal
Tubo RX
Whizzo CT Company

feixe
abertura

cabeamento detectores
ImPACT Course: Mar-07
Cabos
Tubo

Abertura Feixe

Detectores

ImPACT Course: Mar-07


Sistema de cabos
• Permite rotação máxima de 360 graus

Gira 360 graus para

volta a posição inicial


SISTEMA DE RX (DENTRO DO
PORTAL)
Componentes do sistema de Raios X

1. Gerador
2. Tubo
3. Filtros
4. Colimadores
1.Gerador

• Trifásico de alta frequencia


– Relativamente pequeno
• O suficiente para girar com o tubo
• Cabe dentro do portal
2.Cabeçote (tubo)

• Funcionamento contínuo produz


1000 a 10 000 vezes mais calor que o RX
convencional (calor gerado continuamente sem
esfriamento entre os cortes)
• Sistema eficiente de refrigeração e dissipação de
calor
• Ampolas dimensionadas para suportar até 1 milhão
de Unidades Calóricas (HU)
• Anodo giratório com maior diâmetro
ANODO
SISTEMA DE
REFRIGERAÇÃO

Estabilizador do anodo
Funcionamento ideal
• “Aquecer” o tubo de RX no início do dia
• Evitar superaquecimento
– Redução da miliamperagem
– Número de cortes e aquisições
– Os sistemas são protegidos – a aquisição não inicia
se a temperatura do tubo está além do limite

** Tubo de alta performance ~ U$ 50 000


Redução no mAs pôde ser feita sem comprometer a qualidade do diagnóstico,
proporcionando redução de até 20% na dose média dos exames de crânio em adultos e de
até 45% em crianças com idade de 0 a 6 meses; pacientes com menos de 50 kg tiveram
redução de aproximadamente 37% na dose média de radiação para os exames de abdome
superior; para o exame de tórax de rotina a redução chegou a 54%.
O aquecimento do tubo de raios X para os exames de crânio, abdome superior e tórax teve
redução estimada em aproximadamente 13%, 23% e 41%, respectivamente.
CONCLUSÃO: Alteração nos protocolos dos exames descritos acarretará diminuição
significativa na dose de radiação e aumento na vida útil do tubo de raios X, sem
comprometer o diagnóstico.

Redução de dose e aumento na vida útil do tubo de raios X em tomografia


computadorizada
Marconato,José Augusto; Mazzola,Alessandro A.; Sanvitto,Paulo César; Carvalho,Antonio
Carlos Pires; Vasques,Márcio Vieveger

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-39842004000500009
3.Filtros
• Endurecem o feixe
– Removem fótons de baixa
energia
• Reduzem a exposição do
paciente Filtro Paciente
• Tentativa de produzir um
feixe uniforme
4.Colimação

• Pré-colimadores
– Entre tubo e paciente Tubo

• Pos-colimadores
- Entre paciente e Detector
detectores
Pre-Colimação
• Limita a extensão do feixe
• Reduz radiação espalhada
• Desenhado para minimizar a divergência
do feixe
Tubo

Pre-colimação

Detector
Pos-Colimação

• Ajuda a definir a espessura de corte


• Reduz a radiação espalhada que alcança os
detectores
Tubo

Pos-colimação

Detector
Detectores
Detectores
Whizzo CT Company

DETECTORES

ImPACT Course: Mar-07


Detectores

• Componente Críticos
– Transformam a absorção de RX em sinal elétrico
– Determinantes na qualidade de imagem e dose para o
paciente
• Tipos
– Xenonio
– Estado sólido

ImPACT Course: Mar-07


Estado Sólido
RX
Os cristais são
atingidos diretamente
pelo feixe de RX,
produzindo energia
Cintilador Fóton
luminosa, cujos fótons
dirigem-se para o capturado
diodo sensível a luz
que converte a luz em
sinal elétrico

Foto-diodo
Sinal
Elétrico
ImPACT Course: Mar-07
Câmara de ionização
• Converte os RX diretamente em sinal elétrico
Ar

+ Câmara -
ionização
- Sinal Elétrico
Raios X +
Câmara de ionização
Câmara preenchida por gás comprimido
(geralmente Xenônio) na pressão de 30 atm
por dois motivos: Câmara de pressão

Placas

• aumentar a energia das moléculas de gás


facilitando a liberação de elétrons quando
incidir o RX
• aumentar a quantidade de átomos do gás Alta Tensão

disponível para interagir com o feixe.


Amplificador Sinal

A câmara é compartimentalizada através


de lâminas de Tungstênio que coletam os
íons liberados. Este tipo de detector tem
eficência quântica menor se comparado ao
de estado sólido.
Tecnologia de detectores
• Alta eficiência
• Resposta rápida
• Alta amplitude dinâmica (dynamic range) –
intervalo entre o maior e o menor sinal
detectável (1 000 000 : 1)
• Estabilidade

** Segredo industrial…..
Detectores – fundamentais para a geração
das imagens
• Escaneamento: produz dados captados pelos
detectores ( RX → sinal elétrico)
• Conversão analógico-digital (reconstrução):
sinal elétrico (analógico) → sinal digital
• Conversão digital-analógica
TRANSMISSÃO DE ENERGIA E
DADOS
Whizzo CT Company
TUBO DE RX

ENERGIA
&
DADOS

DETECTORES
ImPACT Course: Mar-07
Rotação do portal
Cabos

• O sistema de cabos requer


rotação de ida e volta
– roda - para - volta
• Séries de rotações nos
sentidos horário e anti-
horário

Rotação

ImPACT Course: Mar-07


Rotação contínua

Energia

Sinais dos
detectores
ImPACT Course:
Mar-07
Anéis deslizantes - 1990
– Cabos conectados a anéis estáticos
– Energia e sinais transmitidos para / do portal através de escovas
estacionárias que deslizam sobre os anéis
– Permite rotação contínua
– Não necessita rodar e parar
– Tempo de escaneamento ~ 0.3 s
Tomografo Espiral
Fiação
interconectora
• Só foi possível com a tecnologia
de anéis deslizantes
• O tubo gira continuamente em Tubo
torno do paciente
• A mesa move-se
simultâneamente
• Não existem cabos

Anéis Detector
deslizantes
GERAÇÃO DOS TOMÓGRAFOS
Raio
• Parte do feixe que incide sobre um único detector
• É atenuado pelo corpo do paciente
• Gera sinal elétrico

Raio
Vista
• Somatória de informações coletadas
pelo conjunto de “raios” que compõem
o feixe
Geometria do feixe de RX

• Lápis

• Leque

• Espiral
Primeira Geração – feixe em “lápis”
• O conjunto tubo-detectores gira da esquerda para a
direita e realiza medidas de atenuação do feixe de
RX de grau em grau (180 medidas por corte)
• A cada 45º executa um movimento de translaçãoo
1

Tubo

Detector
Primeira Geração

Feixe em lápis
* Detector único
* Surgiu em 1972
* Rotação/translação
* Rotação linear(1°)
* Tempo de corte: 5min
* Matriz: 80 x 80
* Vóxel: 3mm x 3mm x 13 mm
* Apenas exames de encéfalo
Segunda Geração – feixe em “leque”
Feixe em leque estreito – angulo de abertura
do “leque” de 10º

* Surgiu em 1974
* Rotação/translação
* Maior ângulo de rotação
* Múltiplos ângulos de aquisição em cada posição
* Imagens de corpo inteiro
* 30 detectores
* Tempo de corte: 10 a 90 seg
Tubo

Detectores
Terceira Geração

Feixe em leque largo envolvendo toda a circunferencia do paciente


* Surgiu entre 1975-1977
* Centenas de detectores (500 a 1000)
* Tempo de corte: 2 a 10 seg
* Rotação de 360º / Múltiplos ângulos de aquisição em cada posição
47
Tomógrafos de Terceira Geração
Rotação-Rotação
Rotação-
o desenho moderno
Rotação

• Tubo & detectores


– Giram em torno do paciente
colhendo dados

Rotação
UKRC 2007
Quarta Geração
Feixe “em leque”, largo

* Surgiu em 1981
* Rotação do tubo
* Múltiplos detectores fixos (até 2000)
circundando completamente o paciente
* Tempo de rotação mais curto – até 0.5 Paciente
segundos
Tubo Tubo

Paciente

Detector Detectores

Paciente
Tomógrafos Espirais – “5ª Geração”
• Utilizam feixes de elétrons que são defletidos
e focalizados em anéis de alvo com grande
diametro posicionados no portal
• Extremamente rápidos – dezenas de
milisegundos por corte
• A mesa move-se simultâneamente ao tubo
que gira em torno dela
• Sistemas de detector único e múltiplos
detectores
Tomografia Helicoidal
• Final dos anos 80
• Tecnologia de anéis deslizantes
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Tomografia Computadorizada Helicoidal
• Rotação continua do tubo e detectores simultânea ao
movimento da mesa
• Movimento “espiral” em torno do paciente
– Forma imagens axiais

z axis
xy plane
UKRC 2007
QUE TIPO DE TOMÓGRAFOS TEMOS
HOJE?
TC Convencional (não espiral)
• Tubo gira uma vez ao redor do paciente
– A mesa para
– São colhidos os dados para este corte
• A mesa “anda” o equivalente à espessura de
corte + incremento
• O tubo gira no sentido contrário
Escaneamento passo a passo
• Os cabos sópermitem rotação de 360 graus
• Passos do escaneamento:
1. O conjunto tubo/detectores deve ser acelerado
2. Os dados são adquiridos com velocidade
constante
3. O conjunto desacelera para parar após 360 graus
4. Mesa & Paciente movem-se para a próxima
posição
• Retardo entre os cortes : aumenta o tempo de
exame
Escaneamento passo a passo
• O paciente tem que prender a respiração a
cada corte (quando indicado)
– A respiração varia de um corte a a outro
• Lesões pequenas podem não ser vistas
Escaneamento helicoidal
• Outros nomes
– TC espiral
– Escaneamento volumétrico
• Dados coletados de forma contínua
• A mesa move-se contínuamente
• O tubo e detectores descrevem uma espiral
TC helicoidal de múltiplos detectores
(“multislice”)
• Multislice – rotação ultra-rápida e multíplas filas de detectores
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Tomógrafo multislice

Espessura
coberta
pelo feixe

10 mm 40 mm

até 64 filas de detectores


Eixo Z
direção de
TCDU TCMS escaneamento

UKRC 2007
QUE DIFERENÇA FAZ SER UM
TOMÓGRAFO PASSO A PASSO OU
HELICOIDAL?
Aquisição de dados
• Passo a passo
– Um corte por vez
• Aquisição volumétrica
– São colhidos dados do volume todo
– Durante o escaneamento o paciente move-se
junto com a mesa e o tubo faz um movimento
espiral
Vantagem da aquisição espiral
• Não existe intervalo entre os cortes
– Os cortes podem ser reformados em qualquer
posição
• Não há variação em função da respiração
• toda uma região pode ser examinada em uma
única apnéia
• Melhor rendimento do contraste EV
• aquisição rápida, concentração uniforme do contraste
• Aquisição volumétrica
• maior acurácia da reformação multiplanar e 3D
Redução dos artefatos de movimento
Menor volume de contraste EV

• Permite avaliar múltiplas fases da passagem do contraste EV


Fase córtico-medular

Fase nefrográfica

Fase excretora
Permite Reformação Multiplanar

Uma grande extensão pode ser examinada com cortes contíguos - 175mA / 8Os
MIP – pixels de intensidade máxima
Reformação intraluminal (endoscopia
virtual)
Mudança da espessura de corte
Reformação 3D de alta resolução
Coração
ULTIMO CONCEITO: PITCH
A mesa move-se durante o escaneamento
♦ Espessura de corte determinada pela colimação
♦ O quanto a mesa move-se a cada giro de 360 graus é determinado pela
velocidade da mesa
♦ Extensão total: espessura de corte x número de giros de 360 graus
movimento da mesa a cada giro de 360 graus
Pitch (passo) = -----------------------------------------------------------------------
espessura de corte

Espessura
de corte

Incremento da mesa
Pitch = 1
♦ Pitch = 1 significa um corte atrás do outro

movimento da mesa a cada giro de 360 graus


Pitch (passo) = -----------------------------------------------------------------------
espessura de corte
Pitch >1
♦ Pitch > 1 significa espaço entre os cortes

movimento da mesa a cada giro de 360 graus


Pitch (passo) = -----------------------------------------------------------------------
espessura de corte
Pitch <1
♦ Pitch < 1 significa superposição de cortes
♦ Pode melhorar a visibilização depequenas
partes da anatomia
movimento da mesa a cada giro de 360 graus
Pitch (passo) = -----------------------------------------------------------------------
espessura de corte
A DOSE É ALTAMENTE DEPENDENTE
DO PITCH
Pitch = 1

• Equivale a TC passo a passo


Pitch >1

• Menor dose para TC espiral se o


incremento da mesa for MENOR que a
espessura do corte
Pitch <1

• Maior dose para TC espiral se o incremento


da mesa for MENOR que a espessura
cocorte
Futuro
• Abertura
mais ampla

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