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Definição
Essa definição contém duas diferenças de DPOC e asma: obstrução persistente do fluxo aéreo
(na asma a obstrução é variável) e anormalidades alveolares (na asma as alterações tendem a
se restringir a via aérea).
Etiologia
Diagnóstico
A espirometria é mandatória para o diagnóstico de DPOC.
Indicações clínicas para a sua solicitação:
Espirometria
Deve-se utilizar os resultados de velocidade expiratória forçada no primeiro
segundo (VEF1) e capacidade vital forçada (CVF) na relação VEF1/CVF. Os
valores utilizados devem ser obtidos após a administração de broncodilatador.
O critério espirométrico permanece o mesmo. Uma relação VEF1/CVF pós
broncodilatador menor que 0,7 é diagnóstica de obstrução ao fluxo de ar não
totalmente reversível. Esse achado não é específico de DPOC, podem ocorrer na
asma e em outras doenças pulmonares.
O GOLD introduz dois conceitos novos de condições precursoras de DPOC:
pré-DPOC e PRISm. Pré-DPOC são pessoas com sintomas respiratórios e/ou
alterações estruturais pulmonares (ex.: enfisema em tomografia) e/ou alterações
fisiológicas (ex.: VEF1 reduzido), mas com a relação VEF1/CVF preservada. PRISm
- do inglês Preserved Ratio Impaired Spirometry - agrupa pessoas com espirometria
alterada, mas VEF1/CVF normal. Essas pessoas têm risco de evoluírem para
DPOC, mas nem todas evoluem. Mais estudos são necessários para caracterizar
melhor a história natural desses grupos.
Obs: rastreamento de câncer de pulmão
Avaliação e Classificação
Após o diagnóstico, três pontos devem ser avaliados:
Gravidade da obstrução ao fluxo de ar
Risco de exacerbações
Intensidade dos sintomas
*A obstrução ao fluxo de ar é avaliada pela VEF1 após o broncodilatador
em porcentagem em relação ao predito. O paciente então é classificado conforme a
tabela 4. A espirometria deve ser repetida anualmente.
Escalas:
A saturação de oxigênio deve ser aferida em toda consulta. Se ≤ 92%, deve-
se solicitar uma gasometria arterial.
Tomografia de tórax deve ser considerada nas seguintes situações:
Exacerbações frequentes, com tosse intensa e produção excessiva de
secreção - pelo diagnóstico diferencial com bronquiectasia.
Sintomas desproporcionais aos achados da prova de função pulmonar.
VEF1 < 45% do predito e candidatos a intervenção cirúrgica - cirurgia
redutora de volume pulmonar é uma opção para pacientes com
hiperinsuflação e enfisema predominando nos lobos superiores.
Pacientes que entram no critério de rastreio de câncer de pulmão.
Todo paciente com DPOC deve ser rastreado uma vez para deficiência de
alfa-1 antitripsina.
Tratamento
As principais intervenções não farmacológicas de DPOC estável são:
Cessar o tabagismo
Vacinas
Reabilitação pulmonar
Oxigenoterapia domiciliar
Ventilação não invasiva
Cirurgias
Vacinas: O GOLD recomenda vacinas para os seguintes agentes, a
depender das diretrizes locais: influenza, Sars-CoV-2, pneumococo, coqueluche
(dTPa, para aqueles não vacinados na infância), zoster (se mais de 50 anos).
Indicação de oxigenoterapia na DPOC:
Classificação
Exacerbação
"piora da dispneia e/ou tosse com secreção que ocorre em menos de 14 dias
que pode ser acompanhada por taquipneia e/ou taquicardia comumente associada a
aumento da inflamação local e sistêmica causada por infecção, poluição ou outros
insultos".
O quadro de exacerbação de DPOC é inespecífico. Os diagnósticos
diferenciais mais comuns são pneumonia, insuficiência cardíaca e embolia
pulmonar. Os três devem ser procurados ativamente.