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DPOC e ASMA
→ 14/09/23
Introdução
Os pacientes diagnosticados com DPOC e asma necessitam muito da fisioterapia, por isso,
ela abrange diversas áreas com esses pacientes, como:
● reabilitação cardiopulmonar
● atuação nas crises e descompensações
● internação hospitalar
● atendimento domiciliar → oxigenoterapia, VNI, reabilitação cardiopulmonar
● pré e pós operatório
● VNI no hospital
● VMI no hospital → é utilizada quando todos os recursos já foram gastos
DPOC
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma limitação crônica que não é
totalmente reversível, sendo considerada uma patologia progressiva associada a uma
resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas e gases tóxicos que tem
como consequência a destruição do parênquima pulmonar, causando o enfisema.
Portanto, o paciente com DPOC possui dificuldade em exalar o ar, devido à hiperinsuflação,
porém, o aprisionamento de ar também passa a dificultar a entrada de ar (o alvéolo está tão
cheio de ar que fica difícil de entrar mais).
Os pacientes com DPOC exacerbam, na maioria das vezes, por pneumonia ou outras
infecções virais, como COVID. Porém, também podem exacerbar quando há outro evento
adverso, como a quimioterapia.
Causas
PÓS FISIO UTI UNICAMP Larissa Olivato
● tabagismo
● inalação persistente de fumaça ou gases tóxicos
● deficiência de proteína alfa 1- antripisina
No entanto, não é porque o paciente foi exposto às principais causas que ele possui a
DPOC, por isso, é importante investigar como era a vida do indivíduo antes da internação,
se ele conseguia andar sem se cansar ou se já se cansava aos pequenos esforços, por
exemplo.
Classificação
Existem algumas classificações para o DPOC, porém a GOLD é a mais utilizada atualmente
GOLD
Atualmente, a DPOC é classificada de acordo com a GOLD (Global Initiative For Chronic
Obstructive Lung Disease) que divide a DPOC de acordo com a espirometria, sendo que em
pacientes com a VEF1/CVF menor que 70% (0,70) é classificado como:
Além disso, pode-se avaliar o DPOC através da escala MRC e pelos aspectos clínicos
Escala MRC
A escala MRC é uma escala utilizada para avaliar a sensação de dispneia do paciente,
podendo ser classificada de 0 a 5:
Aspectos clínicos
Esquema GOLD
Além disso, segundo o consenso brasileiro, deve-se trabalhar com 2 objetivos centrais:
Visto que com a hiperinsuflação pulmonar, os alvéolos estão distendidos, impondo assim
maior sobrecarga de trabalho à musculatura respiratória para a deflagração do ar.
Asma
A asma é uma doença pulmonar obstrutiva que se caracteriza por uma inflamação crônica
associada a uma hiperresponsividade das vias aéreas, o que causa essa inflamação e
limitação variável ao fluxo aéreo.
Portanto, a limitação ao fluxo aéreo pode ser revertida (ao contrário da DPOC que não)
ASMA DPOC
Por isso, em pacientes que não são indicações de intubação imediata, é interessante que
se realize a VNI
Diretrizes da VNI
Asma
Na asma a VNI pode ser utilizada na crise moderada e acentuada, porém, deve ser
associada com a terapia medicamentosa.
DPOC
No DPOC agudizado a VNI é indicada, até mesmo em pacientes que estão narcosados
(rebaixados), devendo ser utilizada de 30 minutos a 2 horas com o objetivo de:
Porém, caso não haja melhora é indicado a intubação, sendo que um dos
principais erros é postergar a intubação em pacientes que necessitam desse
recurso.
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VNI X CNAF
A VNI é indicada para os pacientes que estão em desconforto respiratório, ou seja, estão
com a musculatura fadigada.
Indicação
Objetivos
a 92%)
Cálculo VC ideal:
Homens: 50 + 0,91 x (altura em cm - 152,4)
Mulheres: 45,5 + 0,91 x (altura em cm - 152,4)
Auto PEEP
A auto PEEP ocorre quando a pressão alveolar ao final da expiração é superior à pressão
das vias aéreas, devido a um esvaziamento incompleto do sistema respiratório, levando ao
desenvolvimento da pressão expiratória auto-positiva (auto PEEP)
Para reduzir a auto-PEEP é interessante ajustar o disparo a fluxo (quando o disparo está a
pressão dificulta o início do ciclo) e/ou aplicar uma PEEP externa de aproximadamente 85%
da auto-PEEP do paciente
Além disso, pode-se reduzir o volume corrente e a frequência respiratória para o paciente
conseguir exalar mais o ar.
Monitorização da mecânica
Após a intubação do paciente, não deve-se extubar nas próximas 24 a 48 horas, visto que é
preciso que o paciente repouse a musculatura respiratória antes da tentativa de extubação.
Uso de medicamentos
● parada cardiorrespiratória
● escala de coma de glasgow < 12
● hipoxemia → PaO2 < 60 mmHg e SpO2 < 90% quando não corrigida com máscara
com FiO2 entre 40 a 50%
● arritmia grave
● fadiga progressiva → hipercapnia progressiva
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● isquemia miocárdica
● acidose lática após tratamento com broncodilatadores
Intubação
Pressões inspiratórias Pinsp < 50. Pplatô < 30 e auto PEEP < 15
cmH2O
minuto
Na asma também há hiperinsuflação e auto PEEP, por isso pode-se trabalhar com 85% da
PEEP para correção de auto PEEP.
No entanto, a hiperinsuflação na asma não é representada pela Ppico e sim pela Pplatô,
pela PEEP e pela resistência das vias aéreas.
Monitorização
● raio X
● desmame com controle de broncoespasmos
● polineuropatia em pacientes que necessitem de bloqueador neuromuscular
Analgesia e sedação
Pressão de suporte
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Avaliação do diafragma