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Ventilação Mecânica 

Básica 
MATERIAIS de FISIOTERAPIA para mudar sua carreira: 

● Aperfeiçoamento 100% online de Fisioterapia em oncologia


● Ventilação Mecânica Invasiva: princípios básicos e modos
convencionais
● Maratona de Neonatologia
● Ventilação Mecânica Invasiva no Adulto
● Fisioterapia Intensiva Oncológica 1.0
● Liberação Miofascial - Ventosas + Instrumental+ Manual + Acessórios
● Eletrotermofototerapia - Curso com Prof. Dr. Thiago Fukuda

● 10 cursos de Avaliação
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O Ventilador
O Ventilador Mecânico Microprocessado está sempre indicado em IRPA ou
Distúrbio Ventilatório Momentâneo (DVM). É, sem dúvida, considerado "o mal
necessário", haja vista proporcionar interrupção da fisiologia Ventilatória e
Respiratória. Corretamente designado Ventilador, proporcionando a
manutenção do Volume Corrente, não efetua troca gasosa, portanto
incorretamente designado Respirador.

Evoluiu sistematicamente, desde o início do Pulmão de Aço ou Iron Lung


projetado em 1927 por PHILIP DRINKER nos EUA na Crise da Poliomielite.
Hoje incorpora sistema valvular mecatrônico e microprocessado permitindo
segurança e baixa resistência para o paciente.

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Composto de válvula Inspiratória e Expiratória e respectivos circuitos,
apresenta gráfico de leitura ( Manômetro de Pressão ) para leitura e controle
das pressões Inspiratórias, sistema este independente do monitor de
ventilação. A umidificação pode ser feita em sistema convencional ( aquecida
) ou através de filtros específicos trocados a cada 24 horas.

Como e Quem Ventilar

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O Ventilador Mecânico pode ser utilizado para ventilação Invasiva (VMI) ou
Não Invasiva (VNI). A decisão depende do nível do consciência,
contra-indicando em pacientes com ​GLASGOW​menores que 8 ou
pneumotórax não drenado. A decisão da VNI prévia fica a critério do
intensivista, porém sugerimos os Índice IVM Ferrari-Briceno e ​IVN . Padrões
ventilatórios, oximetria, gasometria e clínicos servirão para análise terapêutica
adequada.

Parâmetros da Ventilação Invasiva


Para iniciar a VMI, é necessário reconhecer o tipo de paciente e causa da
IRpA. Podemos dividir em cinco categorias de pacientes e necessidades:

● Normais ou Fisiológicos (AVC, PO, BCP );


● Altas complacências (DPOC)
● Altas Resistências ( Mal Asmático, EAP )
● Baixas complacências ( SARA )
● Mista

A decisão dos parâmetros depende de cada situação acima citada.


Inicialmente deve ser discutida a ventilação Fisiológica, já que a maioria dos
pacientes internados na UTI mantém parâmetros de complacência e
Resistência em níveis aceitáveis, seja através de adaptação ou efeito
medicamentoso, incluindo sedação-analgesia. A melhor ventilação é aquela
que estabelece a proteção, ou seja, estabelecer níveis estratégicos que
protejam o pulmão a longo prazo ( "Estratégia Protetora" ).

Evitar o maior dano pulmonar inevitável: Ponto fundamental na VM em UTI


Ventilação Protetora no paciente Fisiológico na Ventilação Invasiva
1- Modo: A primeira escolha deve ser sempre o modo ser ventilado,
mantendo-se restrições de volumes ou pressões. A distensão alveolar rápida

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e abrupta é fator predominante na lesão alveolar, modos pressóricos devem
ser evitados, mantendo-se ventilações com aporte volumétrico quando
possível. Restrições de volumes de 7 a 8 ml/kg são suficientes para boa
manutenção das trocas gasosas, todavia o critério de peso é discutível,
devendo observar estados de hipo ou hiperventilação vendo, ouvindo e
sentindo. Após trinta minutos de ventilação está indicada a gasometria
arterial, mantendo controle diário, a cada 24 horas. No modo pressórico,
manter níveis que proporcionem a manutenção do Volume Minuto maior que
5 a 6l/minuto, na dependência do peso, com níveis médios de pico em torno
de 22 a 25 cm/h2O.

2: Modalidade: É fundamental reconhecer o nível de dependência do VM. De


modo geral o ciclo ventilatório é passivo ( controlado - do Ventilador ) e ativo
( Assistido - do paciente ) com ciclos A/C respectivamente. Denominações
modernas foram ampliadas:
- Controladas: VCV ( Ventilação Controlada a Volume ) e PCV ( Ventilação
Controlada a Pressão ).
- Assistidas: SIMV ( Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada ), sendo
a Volume ( SIMV/V) ou Pressão (SIMV/P).
Todas outras modalidade derivam da A/C.

3: FiO2: A Fração Inspirada de Oxigênio ( ​FiO2 ) deve ser controlada e


mantida em níveis entre 40% a 60%. Frações superiores a 60% são
deletérias e estão na dependência do tempo e níveis mais elevados. A FiO2 a
100% é permitida em período curto, 30 minutos, após início da ventilação,
onde gradativamente a cada 5 a 10 minutos, reduzi-la até manutenção de
PaO2 e saturação favoráveis para idade, o que em geral ocorre em 40%. A
redução abaixo de 40% só deverão ser efetuadas em retentores de CO2.

4: PEEP: Designada de Pressão Expiratória Final Positiva, é responsável


para manutenção da distensão alveolar no final da expiração, evitando o
colabamento e atelectasias. A peep ideal fisiológica não é consensual,
trabalhos recentes demonstram níveis médios entre 5 a 8 cm/h2O. É
consensual a utilização de 5cm/H2O. Distúrbio hemodinâmicos podem
ocorrer com níveis de PEEP maiores que 12 cm/H2O ou menos.

5: Pressão de Suporte: A PS é pressão auxiliar para utilização nas


ventilações exclusivamente assistidas. Inicialmente utilizada para romper a

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Resistência dos Circuitos e Válvulas, hoje é amplamente empregada em
desmames difíceis, possibilitando a adaptação do paciente ao ventilador,
objetivando principalmente a manutenção do drive ventilatório neurológico e
com consequente manutenção do comando do paciente. Níveis iniciais
preconizados: 10 cm/H2O.

6: Frequência Respiratória e Sensibilidade: Deve ser mantida entre 10 a 14


ciclos por minuto. Para manutenção, o controle da sedação e analgesia é
fundamental, evitando-se retenções ou altas liberações de CO2 da corrente
sanguínea. Frequências altas podem também gerar o auto-peep. A
sensibilidade é medida em valores de pressão negativa, ou seja, na pressão
necessária efetuada pelo paciente na inspiração para disparo do ciclo
ventilatório. O valor médio deve ser mantido em torno de - 2cm/H2O ( 2
cm/H2O no display).

7: Fluxos, relação I:E: Depende de vários fatores relacionados e interativos.


O fluxo deverá ser mantido entre 30 a 40 l/min, ou 5 vezes o Volume Minuto.
A relação I:E é 1:2, na dependência da dinâmica ventilatória.

Fatores diferenciais em Doenças específicas:

● SARA: Elevação da PEEP, níveis de 12 a 16 cm/H2O, e manutenção


de altas pressões na necessidade da oximetria, restringir FiO2 ao
máximo;
● DPOC: Diminuição da PEEP, em torno de 4 cm/H2O e limitações de
Volumes e/ou pressões na dependência do estágio clínico;
● EAP: Restrição de Pressões, manutenção do aumento da PEEP em
níveis não superiores a 10 cm/H2O, analisar o quadro clínico e
necessidade de incremento da peep conforme troca gasosa e
saturação de O2. É conveniente a monitorizção do Débito Cardíaco.
● Pediatria: Modo Pressórico, manutenção de volumes entre 6 a 10
ml/Kg. Evitar pressões de pico inferiores a 10cm/H2O e superiores
acima de 20 cm/H2O. Iniciar paulatinamente, incrementando a pressão
conforme dinâmica ventilatória e oximetria. PEEP: Entre 3 a 4 cm/H2O.

A Intubação Orotraqueal ( IOT )

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Após decisão do início e indicação inclusive ​preventiva da Ventilação
Mecânica Invasiva, a IOT deve ser efetuada com critério e extremo cuidado.
Protocolo-SATI para IOT ( ​SATI-IOT​ ) :

IOT deve ser procedimento eletivo e seguro na UTI, evitar intubações


emergenciais

● Equipe Médica, Enfermagem e Fisioterapia presente;


● Preparo do material: Cânulas descartáveis, guia, luvas, seringa para
verificação do Cuff e cadarço;
● Carro de Parada com Desfibrilador ligado;
● Bolsa-Máscara com O2 conectado;
● Sistema de Aspiração ativado;
● Verificação do funcionamento do laringoscópio;
● Ventilador conectado a rede de gases e pré-configurado;
● Indução com fração decimal de midazolam ACM. sugerimos
inicialmente 50% da dose;
● Introdução da cânula não ultrapassando 15 segundos;
● Verificação com ausculta em bases pulmonares e epigástrico;
● Insuflação do Cuff e fixação;
● Conexão no VM.

Em pediatria:

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● Cânulas sem Cuff
● Lâminas curvas ou retas;
● escolha do número e local de fixação na dependência do peso e idade (
ver fórmulas )

Cânulas-Diâmetro
Cânula: n/4 + 4
Fixação: n/2 + 12
n: idade

O fisioterapeuta desempenha um papel chave em qualquer programa de


reabilitação pulmonar, pois é ele quem está apto para orientar e supervisionar
os exercícios de treino de força muscular respiratória, aplicar as técnicas de
respiração, atuar na assistência ventilatória invasiva e não invasiva,
monitorando os parâmetros do ventilador mecânico, assim como no desmame
do ventilador, realizar manobras de higiene brônquica antes da aspiração,
manobras motoras intensivas com cinesioterapia global, avaliando a força e a
condição muscular global, analisar e interpretar exames complementares de
rotina das Unidades de Terapia Intensiva - UTIs

Desde 1980, esse profissional atuante na área de terapia intensiva tem se


tornado um especialista no cuidado do paciente crítico. Devido a isso, houve
grandes evoluções, e a atuação do fisioterapeuta que se estendia a aplicação
de técnicas fisioterápicas, incorporou a reabilitação de cuidados com a via
aérea artificial e ao manuseio da assistência ventilatória mecânica invasiva e
não invasiva

A intervenção do fisioterapeuta se firma a partir de uma avaliação global do


paciente, atuando, principalmente, sobre as funções motora, cardiovascular e
respiratória. No entanto, concebe o indivíduo de forma holística, não
permitindo que o aperfeiçoamento tecnológico e científico subestime outros
aspectos relevantes ao bem-estar do ser humano, como os princípios
bioéticos, a interação com familiares e a humanização da assistência (Sousa
Pinto et al., 2008).

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O fisioterapeuta realiza avaliação das funções gerais e respiratórias
traçando um plano de cuidados individuais. Ele estabelece as medidas para o
suporte ventilatório instalando os equipamentos de oxigenoterapia ou
ventilação mecânica. O fisioterapeuta deve estar atento aos parâmetros do
ventilador para manter adequada a ventilação do paciente, sendo iniciado o
processo de desmame ventilatório logo após a resolução do evento que
indicou o processo de ventilação mecânica.
Associada aos recursos ventilatórios, são utilizadas técnicas
fisioterápicas que incluem: manobras de higiene brônquica, mobilização geral
do paciente, exercícios respiratórios, treinamento muscular respiratório e
readaptação progressiva do paciente aos esforços. Essas técnicas objetivam
prevenir complicações pela incapacidade da eliminação das secreções
respiratórias, preservar o volume pulmonar, diminuir o trabalho respiratório e
prevenir alterações conseqüentes à imobilidade no leito.
Quando o fisioterapeuta se sente pertencente à equipe, com relações
de confiança e compartilhamento de trabalho com os médicos e enfermeiros,
tende a ter maior autonomia no processo de tomada de decisão da
assistência. Nestes casos, o fisioterapeuta não se limita ao controle sobre
suas técnicas fisioterapêuticas, mas participa ativamente no plano de
tratamento do paciente internado na UTI juntamente aos demais profissionais.
Como resultado desta realidade, os fisioterapeutas têm construído protocolos
assistenciais de forma coletiva com os demais profissionais da equipe básica
da UTI . No presente estudo notou-se que os fisioterapeutas, em sua maioria,
participam da elaboração de protocolos fisioterapêuticos da UTI e atuam com
autonomia.
É evidente a complexidade do trabalho do fisioterapeuta diante da
cobrança pela efetividade de suas condutas e da necessidade de controlar os

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riscos ao paciente. Deste modo, é imperativo a correta habilitação desse
profissional, para sua plena inserção junto à equipe multiprofissional atuante
nas UTI

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