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ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA

NO DESMAME VENTILATÓRIO E
EXTUBAÇÃO

FTª Esp. Cibele Lima


DESMAME

a Processo de transição da VM para a respiração espontânea;

a Promover a respiração espontânea, visando prevenir ou minimizar os riscos de


infecção e lesão pulmonar em consequência da VM prolongada.

a O desmame pode ser dividido em três fases: desmame durante a ventilação,


extubação e desmame do oxigênio suplementar.

MEDEIROS, 2011
CLASSIFICAÇÃO DO DESMAME

a Desmame Simples: Paciente é liberado da VM após o primeiro


teste de respiração espontânea - 70%;

a Desmame difícil: Paciente só consegue ser extubado após 3


tentativas do TRE -15% ;

a Desmame Prolongado: Mais de 3 tentativas do TRE, ou utiliza a


ventilação por períodos maiores que 7 dias - 15%.
AMIB (2013)
O QUE PODE PROLONGAR UM DESMAME?

a Excesso de sedação;
a Fraqueza dos músculos respiratórios;
a Distúrbios hemodinâmicos;
a Pneumonia associada à VM;
a Infecção;
a Déficit Neurológico;
a Doses altas de drogas vasoativas.
CRITÉRIOS PARA INICIAR O DESMAME

a Ausência de intervenção cirúrgica;


a Estado alerta e responsividade;
a Mínimo ou ausência de sedação;
a Estabilidade hemodinâmica;
a Mínima ou nenhuma dose de droga vasoativa;
a Equilíbrio ácido-básico: 7.30 > PH < 7.50
a Oxigenação adequada: PaO2 > 60 mmHg, SpO2 > 90%
a * Prematuro extremo – PaO2 >50 mmHg, SpO2 > 88%
SARMENTO (2011)
DESCONTINUAÇÃO DO SUPORTE VENTILATÓRIO

Fonte: adaptado de MacIntyre NR. Discontinuing


mechanical ventilatory support. Chest. 2007;132:1049-56.
BENEFÍCIOS DA EXTUBAÇÃO

a Redução do risco de pneumonia associada à ventilação;


a Diminuir os riscos de morbimortalidade;
a Redução do tempo de internamento na UTI e os custos
hospitalares;
a Diminuição dos níveis de estresse do paciente e da família.
QUESITOS PARA EXTUBAÇÃO

Avaliar se o paciente apresenta:

a Presença de drive respiratório;


a Tosse efetiva;
a Sinais vitais sem alterações;
a Sedação suspensa;
a Nível de consciência;
QUESITOS PARA EXTUBAÇÃO

a Estabilidade hemodinâmica;
a Níveis de hemoglobina normais;
a Parâmetros ventilatórios de desmame;
a Sem desconforto respiratório;
a Gasometria Arterial;
a Raio –X.
ESCALA DE COMFORT - B

Fonte: Rev Bras Ter Intensiva. 2008; 20(4): 325-330


ESCALA DE RAMSAY

Fonte: Arq. Bras. Cardiol. vol.93 no.6 São Paulo Dec. 2009
ESCALA DE DOR PARA RECÉM NASCIDOS – NEONATAL INFANT
PAIN SCALE (NIPS)

Fonte: Revista Respirar Vol. 2, Nº 6, nov/dez, 2010


SISTEMA DE CODIFICAÇÃO DA ATIVIDADE FACIAL
NEONATAL (NFCS)

Fonte: Revista Brasileira de Anestesiologia 567 Vol. 57, No 5, Set/Out (2007)


TESTE DE RESPIRAÇÃO ESPONTÂNEA (TRE)

a Teste do tubo T: O paciente é desconectado do ventilador mecânico e respira


espontaneamente com oxigênio suplementar, conectando ao tubo T ao tubo
endotraqueal.

a Pressão de suporte: Não precisa desconectar do ventilador, e a pressão de


suporte permanece entre 7 – 10 cmH2O, podendo monitorar o volume corrente,
fluxo, frequência respiratória e tempo inspiratório a cada ciclo respiratório,
além de manter a PEEP.

a Os dois testes são aplicados em um tempo que pode variar de 30 minutos até 2
horas.
PROCEDIMENTO DE EXTUBAÇÃO

a Realizar aspiração em tubo orotraqueal e vias aéreas, se


necessário;
a A alimentação deve estar suspensa em média de 3 a 6 horas
antes e após o procedimento;
a Retirar o TOT durante insuflação pulmonar;
a Instalar suporte ventilatório adequado para criança;
a Realizar ausculta pulmonar;
a Observar sinais vitais.
a Sucesso na extubação - Quando o paciente permanece 48 horas sem desconforto respiratório
pós extubação;

a Falha na extubação - Retorno a VM e realização de novo teste após 24 horas;

a Após 73 horas em VM aumenta de forma significativa o risco de PAV;

a Segundo Medeiros (2011), a taxa de falha no desmame e posterior reintubação em pediatria varia
de 14% – 24%.
A EXTUBAÇÃO FALHOU?

a Houve resolução completa da causa que levou a


intubação?
a A avaliação clínica foi falha ou um importante fator
coexistente faltou ser analisado?
a Um novo problema apareceu?
REFERÊNCIAS

a MEDEIROS, Juliana Karina Brugnolli. Desmame da ventilação mecânica em pediatria, Revista


ASSOBRAFIR Ciência; vol 2, nº 1: pág. 57-64, Jun ,2011.

a Princípios e práticas de ventilação mecânica em pediatria e neonatologia / George Jerre Vieira


Sarmento (organizador). – Barueri, SP : Manole, 2011.

a ANDRADE, Lívia Barbosa de. Fisioterapia Respiratória em Neonatologia e Pediatria, Ed MedBook, Rio
de Janeiro, 2011.

a OLIVEIRA, P. C. R. et al. Incidência e principais causas de extubação não planejada em unidade


de terapia intensiva neonatal. Rev. bras. ter. intensiva vol.24 nº 3, São Paulo, Jul/Sep. 2012.

a Associação de Medicina Intensiva Brasileira; Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.


Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica. [São Paulo]: AMIB; 2013.

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