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DPOC

DOENÇA PULMONAR
OBSTRUTIVA CRÔNICA

Prof. Vinicius Tassoni Civile


DEFINIÇÃO
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é
uma doença caracterizada por limitação ao fluxo
aéreo que não é totalmente reversível. A limitação
ao fluxo aéreo usualmente é progressiva e
associada à uma resposta inflamatória do pulmão,
à partículas e gases nocivos.
DPOC
Bronquite crônica e Enfisema pulmonar

BC – Tosse crônica com expectoração mucopurulenta,


com duração de pelo menos três meses, durante dois
anos consecutivos

Enfisema – Aumento anormal dos espaços aéreos distais


ao bronquíolo terminal, acompanhado por alterações
destrutivas das paredes alveolares

Alterações no fluxo expiratório


DPOC
Fatores de risco
Tabagismo – 80%; poluição atmosférica,
poluentes profissionais, infecções respiratórias e
predisposição genética – 20%;

Tabagismo: desequilíbrio elastase-antielastase;


hiperplasia e metaplasia do epitélio, ruptura dos
septos alveolares, proliferação fibrótica.
DPOC
Bronquite crônica e Enfisema pulmonar

Alteração genética – gene recessivo autossômico


Deficiência de Alfa-1-Antiprotease

BRONQUITE CRÔNICA
Hipertrofia das glândulas mucosas
Aumento do número de células caliciformes
Modificações da luz brônquica
Via aérea normal

Alterações no DPOC
Expiração normal
Expiração com colapso de via aérea
DPOC
⚫ ENFISEMA ⚫ BRONQUITE CRÔNICA
Pink puffer tipo A Blue bloater tipo B

dispneia tosse/expectoração
magros obesos
área cardíaca pequena aumento de área cardíaca
sem insuficiência cardíaca com insuficiência cardíaca
hematócrito normal aumento de hematócrito
DPOC
DPOC
ENFISEMA
Alterações ocorrem no
nível do ácino

Enfisema centrolobular
ou centroacinar

Lobos superiores
CLE closer up
DPOC

Enfisema Panlobular ou Pan-acinar-


comprometimento total
⚫ Mais difuso
⚫ Maior comprometimento dos lobos
inferiores
⚫ Típica forma com deficiência de alpha-1
antitripsina
DPOC
ENFISEMA

Enfisema Perilobular ou Periacinar –


periferia do ácino

Enfisema Cicatricial – Tuberculose


PAE gross
alpha 1 case
Hamster lung
elastic stain
BULLA
DPOC
Bronquite crônica e Enfisema pulmonar

Fisiopatologia
Destruição do parênquima pulmonar
Estenose bronquiolar
Distúrbios ventilatórios
Aumento da resistência ao fluxo expiratório
Distribuição ventilatória irregular
Destruição alveolar – perda de retratilidade pulmonar
DPOC
Bronquite crônica e Enfisema pulmonar

Fisiopatologia

Distúrbios bioquímicos
Alterações ácido-básicas
Tendência a acidose respiratória

Distúrbios da Perfusão

Policitemia
DPOC
Bronquite crônica e Enfisema pulmonar

Distúrbios Circulatórios

Perturbações anatômicas – cor pulmonale


Perturbações funcionais – Insuficiência
Cardíaca com redução de DC
HIPERTENSÃO PULMONAR NO DPOC

⚫ Destruição de vasos pulmonares


(enfisema)
⚫ Constrição das artérias pulmonares em
decorrência da hipóxia
⚫ Aumento de VD
⚫ Cor pulmonale se hipertensão grave
Pul vein and caps
gel injection
Right ventricular hypertrophy
DPOC
Bronquite crônica e Enfisema pulmonar
Dados Clínicos
Enfisematosos:
Idade 50 a 75 anos
Emagrecimento acentuado
Cianose ausente
Dispneia precoce, progressiva e grave
Tosse discreta com pouca expectoração
Ausculta: MV diminuído
Capacidade vital reduzida
CPT – normal ou elevada
Volume residual – muito elevado
Hipersonoridade
DPOC
Bronquite crônica e Enfisema pulmonar
Bronquíticos:
Idade 40 - 55 anos
Emagrecimento ausente
Cianose presente
Dispneia intermitente e moderada
Tosse acentuada com expectoração
Ausculta: expiração rude, roncos e sibilos abundantes
Capacidade vital muito diminuída
CPT – normal
Volume residual – pouco elevado
Percussão normal
DPOC
Bronquite crônica e Enfisema pulmonar

RADIOLOGIA

Hiperinsuflação
Retificação das cúpulas diafragmáticas
Aumento dos espaços intercostais
Horizontalização das costelas
Hipertransparência dos campos pulmonares
Pobreza de trama vascular
Área cardíaca alongada
Aumento do diâmetro anteroposterior
RADIOGRAMA - DPOC
TC -DPOC
ESTADIAMENTO
ESTADIO DENOMINAÇÃO CARACTERÍSTICAS

0 Com risco Sintomas crônicos


Espirometria normal
G I Leve VEF1/CVF < 70%
VEF1 ≥ 80%
O II Moderada VEF1/CVF < 70%
50%  VEF1 < 79%
L III Grave VEF1/CVF < 70%
30%  VEF1 < 49%
D IV Muito Grave VEF1/CVF < 70%
VEF1 < 30%
Hipoxemia ou
hipercapnia
CONDUTA NA DPOC ESTÁVEL
PONTOS FUNDAMENTAIS

• A vacinação antigripal pode reduzir a ocorrência de

doença grave e óbito em torno de 50% na DPOC


(Evidência A)
CONDUTA NA DPOC ESTÁVEL
PONTOS FUNDAMENTAIS

• A administração de oxigênio (> 15 horas por dia) aos

pacientes com insuficiência respiratória aumenta a


sobrevida dos mesmos.

(Evidência A)
CONDUTA NA DPOC ESTÁVEL
PONTOS FUNDAMENTAIS

• Todos os pacientes com DPOC se beneficiam dos

programas de treinamento com exercícios, melhorando


não só a tolerância ao exercício mas também reduzindo
os sintomas de fadiga e dispneia.

(Evidência A )
CONDUTA NA DPOC EXACERBADA
PONTOS FUNDAMENTAIS

• As exacerbações clínicas que requerem intervenção


médica, são eventos importantes na evolução da DPOC
• A infecção da árvore traqueobrônquica e a poluição
ambiental são as causas mais comuns, mas em cerca
de um terço dos casos a causa não é identificada
(Evidência B)
CONDUTA NA DPOC EXACERBADA
PONTOS FUNDAMENTAIS

• Broncodilatadores inalatórios (beta-dois agonistas e


anticolinérgicos), teofilina, e corticoides sistêmicos, de
preferência oral, são efetivos no tratamento da
exacerbação da DPOC.

(Evidência A)
CONDUTA NA DPOC EXACERBADA
PONTOS FUNDAMENTAIS

• Pacientes que apresentam exacerbação do DPOC, com


sinais clínicos de infecção das vias aéreas (aumento do
volume e mudança da cor da expectoração, e ou febre)
podem se beneficiar com o uso de antibióticos

(Evidência B)
CONDUTA NA DPOC EXACERBADA
PONTOS FUNDAMENTAIS

• A ventilação não invasiva intermitente por pressão

positiva (VNIPPI), nas exacerbações agudas melhora os


gases arteriais e o pH, reduz a mortalidade hospitalar,
reduz a necessidade de intubação e ventilação
mecânica, e reduz a permanência hospitalar

(Evidência A)
BONS ESTUDOS!!!

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