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Insuficiência Respiratória Aguda

CASO CLÍNICO

M.F.C, Homem, 45 anos, solteiro, engenheiro


QP: Falta de ar
HMA: Refere que estava bem até há 7 dias quando iniciou com resfriado (coriza, cefaléia
leve e T: 37,4°C). Há 2 dias piora do estado geral, febre mais elevada (39,8ºC) e tosse com
escarro purulento. Há 1 dia dispnéia rapidamente progressiva até repouso. Nega perda de
peso e dor
HMP/HMF: ndn
Tabagista 30 maços/ano
Exame dirigido: agitado, taquipneico cianose leve central. P=FC-128 bpm FR-32 1pm
PA=100/70 mmHg T-38,5ºC Sp0, 74% FiO2:21%
Neurológico sem sinais de localização,GSW:14 pts Estertores crepitantes em todo o pulmão
direito com submacicez e FTV aumentado
BCRNF, taquicardicas e sem sopros Abdome :globoso,flácido.indolor,DB-,RHA+
MMII sem edemas,panturrilhas livres,pulsos periféricos palpáveis
Hemograma: Hb 14,7 VG 43,5 24.900
Leucócitos (0-10-24-66)
pH 7,30 PaO,53 mmHg PaCO, 22 mmHg BIC 13 mEq Sao,
85% Teste com 0₂ 100%: PaO₂ 298 mmHg

HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS???????????
PNM, exacerbação de DPOC, não podia ser embolia pulmonar pois tem febre, panturrilha
livre e não tem dor torácica, IR do tipo hipoxêmico secundária a uma sepse

Radiografia simples de tórax em PA e


perfil na radiografia da E eu visualizo
um infiltrado alveolar no lobo superior

5 unidades alvéolo capilares em situações


diferentes em relação a ventilação -perfusao
Jhon West disse que para que a respiração
seja mantida deve haver uma boa relação
entre ventilação e perfusão.
Na vdd quem respira é a célula, quando
respiramos estamos colocando o ar para
dentro dos pulmões para que ocorra a troca
gasosa.
 No meio: NORMAL : ventilação ok, o ar está chegando nos alvéolos. Perfusão ok, o
sangue está chegando adequadamente e está ocorrendo a troca gasosa. Jhon West
falou que ssa relação V/Q tem que ser igual a 1. O sangue venoso chega no alvéolo
que tem uma ventilação bem adequada, realiza a troca gasosa e o sangue passa
oxigenado para o leito arterial normal.
 Extrema esquerda: o alvéolo está destruído, efeito shunt, alvéolo está colapsado, o
sangue chega venoso mas ele passa desoxigenado pq não houve a troca gasosa,
então o sangue venoso chega, não tem ar, não ocorre a troca gasosa e ele passa
desoxigenado. -> situações como enfisema pulmonar, pnm difusa com covid.
 Ao lado tem relação V/Q=0,1, a troca gasosa ocorre parcialmente uma vez que a
ventilação está reduzida mas a perfusão está normal. Há alguma obstrução da
passagem do ar para o alvéolo. Não chega muito ar oxigenado.
 Na relação a direita da normal a relação V/Q (vemtilação / perfusão) é igual a 10. Há
uma ventilação normal mas a perfusão está parcialmente obstruída devido a uma
obstrução parcial do capilar -> ICC claase III, IV.
 Extremidade direita, representa o espaço morto patológico. O espaço morto
fisiológico : VAS (traqueia).

Crise hipoxêmica

CONCEITOS

 Hipóxia - oferta inadequada de O₂ aos tecidos;

 Hipoxemia- - decréscimo do conteúdo arterial de 02; -> conteúdo inadequado de O2


arterial que está diminuído;

 Cianose expressão clínica da hipoxemia, sendo caracterizada pela coloração


azulada da pele e mucosas (níveis de Hb reduzida maior ou igual a 5g/100ml de
sangue arterial); Valor HB da mulher : 12 g/dl -> sangue desoxigenado em excesso

Hipoxemia crônica

-A redução na oferta de O₂ estimula a produção de eritropoetina levando a policitemia que


aumenta a viscosidade sanguinea propiciando eventos tromboembólicos (cérebro/pulmão) e
aumento da resistência pulmonar com conseqüente sobrecarga de VD

 Respiração é uma função vital do organismo, tendo como objetivo básico a troca
gasosa com o meio ambiente, promovendo a captação de 02 e a eliminação de
CO2.
 Ventilação pulmonar é o processo de entrada e saída de ar nos pulmões a cada
ciclo respiratório.

 Volume corrente = volume de ar que entra e sai dos pulmões a cada ciclo de uma
ventilação espontânea (500ml)=7ML/KG

 Volume minuto = VC (volume corrente) x FR (12-16 irpm, 71/min.) sendo que 70%
aos alvéolos(VA) 30% (Espaço Morto)

 Ventilação espaço-morto:2 a 3 ml/kg

 Complacência pulmonar = grau de distensibilidade dos pulmões e caixa torácica

RX de tórax em PA que apresenta infiltrado pulmonar


do tipo reticulo pulmonar bilateral

Conceito de IRPA

 Incapacidade do sistema respiratório de realizar trocas gasosas e/ou a ventilação


alveolar de forma adequada.

 A definição arbitrária inclui:Pa02 <60mmHg, e/ou PaCO2 > 50mmHg (exceto para
pacientes retentores crônicos de CO2)

DIAGNÓSTICO

 Distúrbio agudo ou crônico de gases sanguíneos arteriais com repercussão clínica:

 PaO₂ < 60 mmHg (ar ambiente) e/ou PaCO, >50 mmHg na gasometria

 PaO₂ normal: 104 - 0,4 x idade

 PaCO2 normal: 35 a 45 mmHg (40mmHg)

 Oximetria: SpO₂ ≤ 88% (cuidado com alcalemia)


Classificação Convencional

 Aguda

 Crônica

 Tipo I ou hipoxêmica PaO2 < 60mmHg em ar ambiente

 Tipo II ou hipercápnica PaCO2>50 mmHg

 Mista

CLASSIFICAÇÃO

 I.Resp.Aguda

 Instalação em horas ou pouco dias

 Doenças agudas

 Acidemia ou alcalemia

 I.Resp.Crônica

 Instalação em meses ou anos


 Doenças crônicas - DPOC
 pH normal (ajustado pq o organimo lança mão de mecanismos para
tamponar) - > não exclui disturbio

 I.Resp. Crônica agudizada


FISIOPATOLOGIA

 Redução da pressão alveolar de oxigênio (PAO₂)

 Hipoventilação alveolar

 Distúrbio V/Q (desequilíbrio da relação) ventilação/perfusão)

 Shunt direito-esquerdo

 Distúrbio da difusão

REDUÇÃO DA PAO₂

 Causa rara

 Altitudes muito elevadas (montanhas)

 Secundária a redução intensa da pressão barométrica

 Há redução do gradiente entre o alvéolo e o capilar pulmonar

HIPOVENTILAÇÃO ALVEOLAR

 Insuficiência respiratória extra-alveolar

 Queda da ventilação alveolar secundária a redução do volume minuto

 Característica é a elevação da P.CO₂

 Causas
o Depressão do drive respiratório
o Incapacidade neuromuscular

DISTÚRBIO V/Q

 Insuficiência respiratória alveolar

 Efeito espaço morto e efeito shunt

 Causa mais comum de insuficiência respiratória

 Evolução adequada com o tratamento precoce da

 causa básica e com a oferta de oxigênio


 Causas mais comuns

o Doenças brônquicas (asma e DPOC)


o Doenças do parênquima (pneumonia)
o Doenças vasculares (embolia)

SHUNT DIREITO-ESQUERDO

 Insuficiência respiratória alveolar GRAVE

 Diagnóstico leva a indicação de UTI

 Evolução incerta mesmo com o tratamento da causa básica devido a pouca resposta
a oferta de oxigênio

 Causas mais comuns

o Edema pulmonar não cardiogênico (SARA)

o Edema pulmonar cardiogênico

o Pneumonia grave bilateral

DISTÚRBIO DA DIFUSÃO -> normalmente por fibrose

 Insuficiência respiratória difusional

 Algumas vezes é difícil distinguir do distúrbio V/Q (associação de processos de


doença)

 Causas mais comuns

o Diminuição da área de troca alvéolo-capilar

o Espessamento da barreira alvéolo-capilar

QUADRO CLÍNICO - Hipoxemia

 Dispnéia

 Alteração da freqüência respiratória

 Alteração da freqüência cardíaca


 Agitação psicomotora

 Cianose

 Uso de musculatura respiratória acessória

 Tiragem intercostal e supraclavicular

 Alteração da ausculta pulmonar

QUADRO CLÍNICO - Hipercapnia

 Edema cerebral (sintomas relacionados)

 Alteração do nível de consciência (sonolência)

 Alteração da freqüência cardíaca

 Cefaléia

 Letargia

 Rubor

 Alteração respiratória (Biot e bradipnéia)

Relação PaO2/FiO2
FiO2 : fração inspiratória de O2 (no ar normal:
N- 78%
O – 21%
He – 1%)
Se essa relação for maior que 301 eu falo que
está normal
Se ficar entre ...

Sd do desconforto respiratório agudo (SDRA), antes era chamado de SARA (sd da angustia
respiratório do adulto)

Indicação para ventilação com pressão positiva: leve


Indicação de intubação: moderada - grave

MANEJO DAS VIAS AÉREAS:OFERTA DE OXIGÊNIO


OXIGENIOTERAPIA
 Corrigir a hipoxemia aguda

 (PaO2 < 60mmHg/SatO2< 90%);

 Reduzir os sintomas associados a Hipoxemia crônica (PaO2< 55mmHg);

 Reduzir a carga de trabalho que a hipoxemia impõe ao sistema cardiovascular.

A escolha do dispositivo considera:

 FiO2 liberada;

 Variação da FiO2.

Sistemas de Oxigenioterapia

• Baixo Fluxo: Performance variável e limitada; Demanda parcial do paciente (cateter nasal)
-> vc coloca o cateter e a demanda vvai dele, quando ele tiver IR ele puxa mais ar

• Alto Fluxo: Performance fixa; Demanda total do paciente.-> o fluxo vai entrar independente
do individuo -> mascara de venturi

Cateter de O2 (1 litro, 2 litro, 3 litro)

MASCARA DE VENTURI

Constitui um método mais seguro e exato para liberar a concentração necessária de


oxigênio sem considerar a profundidade e freqüência respiratória do paciente.

KIT VENTURI

 Máscara facial;

 Traquéla corrugada;

 Extensão para conexão no fluxômetro;


 Adaptador para umidificação/inalação;

 6 válvulas coloridas (laranja, rosa, verde, branca, amarela e azul).

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