Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
VENTILAÇÃO MECÂNICA:
Modos Ventilatórios - Oxigenoterapia – Intubação Orotraqueal
RIO DE JANEIRO RJ
2023
Adalberto Stape
Augusto Scalabrini Neto
Sociedade Brasileira de Cardiologia
VENTILAÇÃO MECÂNICA:
Modos Ventilatórios - Oxigenoterapia – Intubação Orotraqueal
RIO DE JANEIRO RJ
2023
Oxigenoterapia
LIBERAÇÃO DE OXIGÊNIO
1. Hipoxemia comprovada:
• neonatos: PaO2
3. Traumatismo grave.
CONTRAINDICAÇÕES
retinopatia da prematuridade.
arterial.
ou umidificadores.
MONITORAÇÃO
TOXICIDADE DO OXIGENIO
Depressão da ventilação.
A supressão do estímulo hipóxico faz alguns pneumopatas hipoventilarem ao
receber oxigênio. Nesses pacientes, a resposta normal às PCO2 elevadas é
atenuada, sendo a falta de O2 (detectada pelos quimior receptores periféricos) o
estímulo principal da respiração. A elevação dos níveis sanguíneos de O2 nesses
pacientes suprime os quimiorreceptores periféricos e conseqüentemente, deprime o
estímulo ventilatório e eleva a PCO2. Níveis elevados de O2 no sangue também
podem romper o equilíbrio V/Q normal, acarretando um aumento da PACO2. O fato
de a oxigenoterapia fazer alguns indivíduos hipoventilarem nunca deve impedir a
administração do O2. A prevenção da hipóxia deve ser sempre a primeira prioridade.
Atelectasia de absorção
O equilíbrio das pressões parciais acontece pela difusão dos gases alveolares para
o sangue. O alvéolo diminui o volume correspondente à quantidade de oxigênio
absorvido. A pressão dos demais gases alveolares é mantida em seus níveis
atmosféricos, isto é , no caso do CO2, um gradiente venoso-alveolar de 40 a 45
mmHg, e do nitrogênio, um gradiente nulo (573 – 573: 0).
De fato, a queda de O2 no alvéolo supera o aumento da taxa de CO2 de tal maneira
que a soma das pressões parciais no sangue venoso será consideravelmente
inferior à pressão atmosférica. Essa diferença de pressão alcançada (60mmHg)
explica a continuidade da difusão do gás, o que reduz ainda mais o volume alveolar
até o colapso completo.
SISTEMAS DE DOIS GASES (AR COMPRIMIDO E OXIGÊNIO)
Incubadoras
• Fluxo de 8 a 15 L/min;
• FiO2 variável;
Tendas
• Fluxo de 12 a 15 L/min;
• FIO2 variável;
Halos ou Capacetes
• Fluxo ≥ 7 L/min;
• FiO2fixa;
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
A intubação orotraqueal (IOT) é a maneira mais antiga e eficaz para se garantir uma
viaaérea definitiva, especialmente em pacientes instáveis. É um procedimento
médico quese constitui pela introdução de uma prótese plástica (tubo) pelo trajeto da
via aéreasuperior (boca – laringe – traquéia) do paciente, utilizando-se um
instrumento rígidopara visualização direta da laringe e das cordas vocais
(laringoscópio), com posteriorpassagem de um tubo plástico flexível pelo trajeto
acima mencionado. A maioria dostubos utilizados para IOT possui um manguito
(cuff) próximo à sua extremidade distal.
Ao ser inflado, ele permite a aplicação de pressões positivas bastante elevadas nas
viasaéreas inferiores e diminui sensivelmente a quantidade de secreções
provenientes dasvias aéreas superiores e do tubo digestivo que são aspiradas
(incluindo-se aspirações deconteúdo gástrico). Por esse motivo, o manguito deve ser
corretamente insuflado.
Anatomia
Objetivo
A IOT, como já dito, tem por objetivo garantir a permeabilidade das vias aéreas do
paciente de maneira definitiva, através da colocação de tubo flexível, porém pouco
deformável em seu trajeto, garantindo a entrega de gases na porção inferior da
traqueia e dos pulmões. As indicações de IOT, então, dividem-se em duas
situações: aquela em que o paciente perde a capacidade de manter sua própria via
aérea pérvia e aquela em que é necessário fornecer suporte ao trabalho ventilatório
ou aplicar pressão positiva em seu sistema respiratório.
Indicações de intubação orotraqueal
Permeabilidade da via aérea Suporte ventilatório
Rebaixamento do nível de Consciência Insuficiência respiratória
Anestesia Edema agudo de pulmão
Edema de glote DPOC exacerbada
Trauma de face Crise asmática grave
Corpo estranho SARA
Risco aumentado de aspiração Pneumonia grave
Materiais necessários
Dispositivo bolsa-valva-máscara.
Cânula de intubação (tubo orotraqueal) com cuff números 6 e 7.
Fio-guia.
Luvas.
Laringoscópio com lâminas de Macintosh 3 e 4.
Seringa de 20 mL.
Lubrificante.
Técnica
3. Base direita.
4. Ápice esquerdo.
5. Ápice direito.
O dispositivo detector esofágico é uma “pera” de material plástico flexível que deve
sercomprimido, colocado no tubo e então descomprimido.Caso o tubo esteja
posicionado na traquéia, que é rígida devido aos anéiscartilaginosos, o dispositivo
voltará ao formato original. Caso o tubo esteja no esôfago,que tem paredes flexíveis,
o dispositivo, pela pressão negativa exercida ao voltar a forma original, fará as
paredes do esôfago se fecharem, impedindo a reexpansão.
Capnógrafo colorimétrico
Capnógrafo de Curva
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
Equipamentos
1. Precauções universais.
2. Monitor cardiorrespiratório.
3. Oxímetro de pulso.
4. Sondas de aspiração.
• tamanho da lâmina:
• Tipo de lâmina:
– Reta: preferida para lactentes e crianças até 4 anos (glote mais anteriorizada
e cefálica) e suspeita de lesão cervical;
• diâmetro interno (DI) do tubo traqueal no período neonatal é estimado pelo peso
(P) ou idade gestacional (IG);
Técnica
Cateter Nasal
Limitações: não deve ser utilizada por pacientes com necessidade de alto fluxo e
alta FIO2
Dispositivo análogo ao cateter nasal, mas mais bem tolerado e pode ser usado por
pacientes com respiração predominantemente bucal
Máscara de Venturi
FiO2 fornecida: em cada válvula existe uma inscrição com determinada FiO2 para
determinado fluxo.
FIO2 fornecida: 6 lpm – 60%, 7 lpm – 70%, 8 lpm – 80%, 9 lpm – 90%, acima de 10
lpm – próximo de 100%.
Limitações: não pode ser usada com fluxo baixo, pois ele deve ser suficiente para
manter o reservatório totalmente inflado para evitar recirculação do ar expirado.
Máscara laríngea
Limitações: não é considerada uma via aérea definitiva, não deve ser utilizada em
pacientes eletivos com estômago cheio ou com risco elevado de bronco-aspiração,
obesidade mórbida ou alterações anatômicas supraglóticas.
Dispositivo bolsa-válvula-máscara
1. Abella BS, Sandbo N, Vassilatos P, Alvarado JP, O’ Hearn N, Widger HN, et al.
Chest compression rates during cardiopulmonary resuscitation are suboptimal: a
prospective study during in-hospital cardiac arrest. Circulation 2005; 111: 428-34.
2.Abi-Mansour P, Carberry PA, McCowan RJ, Henthorn RW, Dunn GW, Perry KT.
Conversion efficacy and safety of repeated doses of ibutilide in patients with atrial fl
utter and atrial fibrillation. Study Investigators. Am Heart J. 1998; 136: 632
3.Adams HPJr, Davis PH, Leira EC, Chang KC, Bendixen BH, Clarke WR, et al.
Baseline NIH stroke scale score strongly predicts outcome after stroke. Neurology.
1999 ; 53: 126-31.
4. Adams HP Jr, del Zoppo G, Alberts MJ, Bhatt DL, Brass L, Furlan A, et al.
Guidelines for the early management of adults with ischemic stroke: a Guideline from
the American Heart Association/American Stroke Association Stroke Council, Clinical
Cardiology Council, Cardiovascular Radiology and Intervention Council, and the
Atherosclerotic Peripheral Vascular Disease and Quality of Care Outcomes in
Research Interdisciplinary.
Working Groups: the American Academy of Neurology affirms the value of this
guideline as an educational tool for neurologists. Stroke. 2007; 38 : 1655-711.
5. Adams KF Jr, Fonarow GC, Emerman CL, Lejemtel TH, Costanzo MR,
Abraham WT, et al; ADHERE Scientific .
Advisory Committee and Investigators. Characteristics and outcomes of patients
hospitalized for heart failure in the United States: rationale, design, and preliminary
observations from the first 100.000 cases in the Acute Decompensated Heart Failure
National Registry (ADHERE). Am Heart J. 2005; 149(2):209-16.
6. Adgey AA, Walsh SJ. Theory and pratice of defibrillation: atrial fibrillation and DC
cardio version. Heart.2004; 90:1493-8.
10. Alboni P, Botto GL, Baldi N, Luzi M, Russo V, Gianfranchi L, et al. Outpatient
treatment of recent-onset atrial fibrillation with the “pill-in-the-pocket” approach. N
Engl J Med. 2004; 351:2384.
12. Alexandrov AV, Grotta JC. Arterial reocclusion in stroke patients treated with
intravenous tissue plasminogen activator. Neurology. 2002; 59: 862-7 .
13. Alexandrov AV, Hall CE, Labiche LA, Wojner AW, Grotta JC. Ischemic stunning
of the brain: early recanalization without immediate clinical improvement in acute
ischemic stroke. Stroke. 2004; 35: 449-52
5. Jenkinson SG. Oxygen toxicity in acute respiratory failure. Respir Care 1983;
28:614-7.
7. Piva JP, Carvalho P, Garcia PC (eds.). Terapia intensiva em pediatria. 4.ed. Rio
deJaneiro: Medsi, 1997.
8. Scanlan CL, Wilkins RL, Stoller JK. Fundamentos da terapia respiratória de Egan
São Paulo: Manole, 2000.
9. West JB. Fisiologia respiratória moderna. 4.ed. São Paulo: Manole, 1995.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIVRO EMERGÊNCIAS EM PEDIATRIA
BIBLIOGRAFIA
1. Antonangelo L, Capelozzi VL. Collection and preservation of the pleural fluid and
pleural biopsy. J Bras Pneumol 2006; 32(Supl4):S163-9.
2. Berg MD, Idris AH, Berg RA. Severe ventilator compromise due to gastric
distensionduring pediatric cardiopulmonary resuscitation. Resuscitation 1998; 36:71-
3. Cordeiro AMG. Acessos para as vias aéreas. In: Carvalho WB, Hirscheimer MR,
Mat-sumoto T. Terapia intensiva pediátrica. 3.ed. São Paulo: Atheneu, 2006; 1589-
603.
4. Cronan KM, Wiley JF. Lumbar puncture. In: Textbook of pediatric emergency
medicine procedures. Henretig FM, King C ( eds.). Philadelphia: Lippincott, Williams
& Wilkins,1997; 541.
5. Ebinger F, Kosel C, Pietz J, Rating D. Headache and backache after lumbar
puncture in children and adolescents: a prospective study. Pediatrics 2004;
113:1588-92.
6. Ferreira AVS, Souza MAMO, Zamataro TMR. Procedimentos em pediatria. In:
Reis AG, Grisi S. Manual de pronto-socorro em pediatria clínica. São Paulo:
Atheneu, 1998; 375-403.
7. Fiallos M, Kissoon N, Abdelmoneim T, Johnson L, Murphy S, Lu L et al. Fat
embolism with the use of intraosseus infusion during cardiopulmonary resuscitation.
Am J Med Sci 1997; 314:73-9.
8. Galicinao J, Bush AJ, Godambe SA. Use of bedside ultrasonography for
endotrachealtube placement in pediatric patients: a feasibility study. Pediatrics 2007;
120:1297-303.
9. Galinski M, Treoux V, Garrigue B, Lapostelle F, Borron SW, Adnet F. Intracuff
pressures of endotracheal tubes in the manegement of airway emergencies: the
need for pressure monitoring. Ann Emerg Med 2006; 47:545-7
10. Gerling MC, Davis DP, Hamilton RS, Morris GF, Vilke GM, Garfin SR et al.
Effects of cervical spine immobilization technique and laryngoscope blade selection
on an unstable cervical spine in a cadaver model of intubation. Ann Emerg Med
2000; 36: 293-300.
11. Guinsburg R, de Almeida MFB. Atualizações 2006 para o manual do Curso de
Reani-mação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria.
12. Hodge D. Intraosseous infusions: a review. Pediatr Emerg Care 1985; 1:215-8.
BIBLIOGRAFIA
LIVRO PROCEDIMENTOS EM EMERGENCIA
2. Mazur, Glen. ACLS: principles and practice. Dallas: Amer Heart Assn, 2004.
p. 135-80.
3. Part 7.1: Adjuncts for Airway Control and Ventilation. 2005 American Heart
Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency
Cardiovascular Care. Circulation. 2005. 112 (24 Suppl):IV51-7.
BIBLIOGRAFIA
EMERGENCIAS CARDIOVASCULARES
1. Abella BS, Sandbo N, Vassilatos P, Alvarado JP, O’ Hearn N, Widger HN, et al.
Chest compression rates during cardiopulmonary resuscitation are suboptimal: a
prospective study during in-hospital cardiac arrest. Circulation 2005; 111: 428-34.
2.Abi-Mansour P, Carberry PA, McCowan RJ, Henthorn RW, Dunn GW, Perry KT.
Conversion efficacy and safety of repeated doses of ibutilide in patients with atrial fl
utter and atrial fibrillation. Study Investigators. Am Heart J. 1998; 136: 632
3.Adams HPJr, Davis PH, Leira EC, Chang KC, Bendixen BH, Clarke WR, et al.
Baseline NIH stroke scale score strongly predicts outcome after stroke. Neurology
1999; 53: 126-31.
4. Adams HP Jr, del Zoppo G, Alberts MJ, Bhatt DL, Brass L, Furlan A, et al.
Guidelines for the early management of adults with ischemic stroke: a Guideline from
the American Heart Association/American Stroke Association Stroke Council, Clinical
Cardiology Council, Cardiovascular Radiology and Intervention Council, and the
Atherosclerotic Peripheral Vascular Disease and Quality of Care Outcomes in
Research Interdisciplinary.
Working Groups: the American Academy of Neurology affirms the value of this
guideline as an educational tool for neurologists. Stroke. 2007; 38 : 1655-711.
5. Adams KF Jr, Fonarow GC, Emerman CL, Lejemtel TH, Costanzo MR,
Abraham WT, et al; ADHERE Scientific .
Advisory Committee and Investigators. Characteristics and outcomes of patients
hospitalized for heart failure in the United States: rationale, design, and preliminary
observations from the first 100.000 cases in the Acute Decompensated Heart Failure
National Registry (ADHERE). Am Heart J. 2005; 149(2):209-16.
6. Adgey AA, Walsh SJ. Theory and pratice of defibrillation: atrial fibrillation and DC
cardio version. Heart.2004; 90:1493-8.
10. Alboni P, Botto GL, Baldi N, Luzi M, Russo V, Gianfranchi L, et al. Outpatient
treatment of recent-onset atrial fibrillation with the “pill-in-the-pocket” approach. N
Engl J Med. 2004; 351:2384.
12. Alexandrov AV, Grotta JC. Arterial reocclusion in stroke patients treated with
intravenous tissue plasminogen activator. Neurology. 2002; 59: 862-7.
13. Alexandrov AV, Hall CE, Labiche LA, Wojner AW, Grotta JC. Ischemic stunning
of the brain: early recanalization without immediate clinical improvement in acute
ischemic stroke. Stroke. 2004; 35: 449-52